Capítulo 3 – Intimação
Final de semestre,
eu estava cansada com as provas e todos os trabalhos que tinha que entregar. Minha cabeça estava a mil por hora, vendo as
cartas de aceitação das faculdades, as quais enviei os formulários de inscrição.
Estava na dúvida se escolhia uma escola de arte nos Estados Unidos ou se levava
o meu projeto de ir para Itália à diante. Queria muito fazer o curso na Europa.
Estudar no berço do renascimento será o máximo.
Aquela tarde sai
correndo da escola, pois precisava estudar para prova de Literatura que teria
no dia seguinte e ainda tinha que abrir mais algumas cartas. O motorista do meu avô estacionou o carro,
abri a porta e me despedi dele com pressa.
- Adeus Jimi! Nos
vemos amanhã. – Disse sorrindo enquanto partia.
- Até amanhã,
senhorita Nessie. – Retribuiu com um aceno e um sorriso.
Quando entrei em
casa correndo, fui interrompida pela minha mãe.
- Nessie, filha, seus avós veem jantar conosco hoje e querem conversar
algo sério com você. – Disse ela assim que me viu entrando. Sua expressão era
de preocupação, deixando-me curiosa sobre o jantar. Afinal fazia tempo que meus
avós não apareciam em nossa casa. E para se abalarem no meio da semana, devia
ter algo importante a ser dito. Quando viam, de surpresa, era algo bem natural.
Não precisavam nos comunicar da visita. Aquilo realmente foi preocupante.
- O que querem? A
senhora sabe? - Minha mãe franziu o cenho e deu de ombros, fingindo não saber o
motivo da pequena reunião familiar. Mas percebi que ela estava a me esconder
algo. Algo significativo, pela sua expressão de desgosto. Avaliei a situação e
resolvi esperar. Não adiantava ficar sofrendo por antecedência, quem morre de
véspera é peru.
- Tudo bem, mãe!
Vou para o meu quarto tomar meu banho e estudar. Estou nas últimas semanas de
aula e ainda faltam algumas provas. Mais tarde conversamos sobre “a conversa séria” que meus avós querem
ter comigo. – Respondi e continuei caminhando em direção ao meu quarto.
Será que eles querem conversar sobre a minha estadia na
Itália? Será que concordaram com a minha escolha de ir estudar arte lá? Espero
que seja isso e que meu pai seja compreensivo a esse respeito.
Cheguei ao meu
quarto, fui logo tirando as roupas, coloquei-as no aparador e corri para o meu
banheiro. Entrei no chuveiro e fiquei um tempo à água quente. Voltei para o quarto, ainda de toalha, peguei
um baby doll e uma calcinha, enxuguei o meu corpo e depois vesti a minhas
roupas. Peguei os meus livros e comecei
a estudar, esquecendo completamente da vida e do tal jantar com os meus avós.
- Nessie, filha,
está ficando tarde e seus avós já chegarão. Não vai se arrumar? - Minha mãe
perguntou ao entrar no meu quarto e me observar jogada na cama, com as pernas
para cima, enquanto lia pela terceira vez a matéria de literatura.
- Que horas são,
mãe? Acho que me esqueci da vida. – Levantei e espreguicei o meu corpo,
esticando braços e pernas.
- Já são seis e
meia. E pelo que conheço de Esme Cullen, não tarda muito para chegarem aqui em
casa. Então, filha, vá se arrumar e fique preparada para receber os seus avós.
– Beijou o meu rosto, olhou da mesma forma esquisita de quando havia chegado,
depois deu às costas e saiu.
Caminhei em meu
lindo quarto branco, com uma faixa de papel de parede rosa ao seu redor, um
pequeno puf branco, cama branca, quadros com várias fotos minhas, dos meus
amigos e de... Jacob... Parei um instante e olhei o quadro de fotos, vendo de
relance a foto dele. Meu coração apertou. Era sempre assim, desde que me
entendo por gente.
Suspirei fundo e
caminhei em direção ao meu enorme closet, todo preparado pela minha tia
maluquinha, especialmente para mim. Comecei a procurar um vestido bem elegante
e discreto, sabendo como minha avó era observadora e faria algum tipo de
comentário sobre a roupa se não caprichasse.
Depois de revirar
o meu closet, peguei um lindo vestido de seda azul e sandálias marfim de
saltos. Comecei a me arrumar, depois fiz uma escova rápida em meus cabelos, uma
leve maquiagem e já estava pronta para descer.
Quando cheguei à
sala, meus avós já haviam e se mostraram feliz em ver, apesar de eu ir a mansão
dos Cullens todos os finais de semana. Sempre me tratavam como se fizesse séculos
que não nos víssemos.
- Renesmee, minha
filha, você está muito linda. – Meu avô caminhou em minha direção e me abraçou
forte. Beijou o meu rosto enquanto acariciava os meus braços. Vi de relance
minha avó nos olhando de forma terna e ao mesmo tempo preocupada. Contudo
procurei não ficar fazendo conjecturas sobre o real motivo daquela visita.
Sabendo que mais cedo ou mais tarde me contariam.
- Vôzinho, como o
senhor tá? Jimi disse que passou mal essa semana? - Perguntei olhando para
aquele homem lindo, com cabelos castanhos claros, olhos azuis intensos e uma
face de anjo em seu rosto perfeito.
Meu avô era o tipo
de homem que qualquer mulher gostaria de ter ao seu lado. Era gentil, educado e
muito carinhoso. Isso sem mencionar os “atributos
financeiros”, que vamos concordar que foi uma das coisas que fez a minha
avó Esme cair de encantos por ele.
Sempre tive uma
ligação muito forte com minha família e principalmente com os meus avós. Tive uma criação do tipo que está sempre
abraçando, beijando, pedindo colo e correndo para a casa do vovô Cullen e do
vovô Swan quando as coisas complicavam com meus pais. Em uma época da minha vida foi até engraçado
ver o ciúme que meu vô Carlisle tinha do Charlie, por eu passar tanto tempo em
Forks nas férias. Mal sabendo que os reais motivos para aquilo, era Jacob... “meu Jacob”... Que saudade dele...
Mas ai Jacob se
mudou com a família e as minhas temporadas em Forks diminuíram. Sobrando um
pouco mais de tempo para curtir meu avô Carlisle e minha avó Esme. Também
aproveitar as loucuras das minhas tias Alice e Rosalie, que em faziam de Barbie
e brincavam comigo como se fosse uma boneca de luxo.
Minha avó Esme já
não sofria do mesmo mal. Afinal Renee mora a Jackson Ville e quase não a via,
tirando as reuniões de ações de Graças, aniversário, natal e ano novo. Por isso
sempre se sentiu a dona do pedaço e nunca teve que se preocupar com a
concorrência como meus avós. Mas o que eles na sabem, é que eu os amo da mesma
forma e não faço nenhum tipo de distinção.
- Minha menina,
não precisa se preocupar com seu velho avô. Estou bem, meu anjo. – Tocou o meu
rosto e beijou.
- Primeiro que
está longe de ser velho. Segundo que o senhor não estava nada bem. O que
aconteceu? Não vai me contar? - Eu o abracei forte e senti todo o carinho.
- Logo saberá,
Nessie. – Respondeu e ouvi um muxoxo da minha avó.
- Não vai me
abraçar? Será que sempre perderei para o seu avô? – Reclamou ela, e fui para os
seus braços.
- Vozinha, a
senhora não tem motivos para reclamar. A propósito, está linda nesse tubinho
preto. – Comecei a rir vendo o corpo lindo da minha avó naquele vestido. Aff Será que na sua idade estaria tão linda?
- Como consegue ficar tão linda desse jeito? Quero ser assim quando crescer. –
Sorri e fiquei observando o seu rosto encantador.
- Bem, vamos para
sala de jantar? - Ouvi minha mãe perguntar e olhei para ela, lindíssima em um
vestido rosa claro, deixando as curvas de seu corpo bem definido, com os
cabelos presos por um coque, uma leve maquiagem, brincos e cordão de pérola. Então
fiquei imaginando o trabalho que teve para se arrumar de forma impecável,
sabendo quão criteriosa minha avó era com as roupas e que falaria algo se não
estivesse adequadamente arrumada. Ela observou minha mãe, dando um breve olhar
de aprovação e assentiu com a cabeça.
Para minha mãe ser aprovada pela minha avó, era uma questão de
honra depois de tantas complicações. Vi a vitória em seus olhos com a aprovação
de Esme Cullen.
Minha mãe era
típica menina pobre, que conheceu o rapaz rico e enfrentou o preconceito da
família. Mas mesmo assim, manteve firme e conseguiu conquistar o seu lugar, e
se impor diante dos Cullens. Mas ela contou que houve uma época de sua vida,
que pensou em desistir de tudo com tantas adversidades e humilhações que
passava diante da minha avó. Hoje as duas se dão até bem, mas sinto que ainda
há uma magoa no fundo do seu coração. E que mostrar a Esme Cullen que ela está
a altura, tornou se uma questão de honra para ela.
- Vamos! - Meu pai
disse e vi que o Dr Edward Cullen estava impecável em um lindo terno de linho
marfim, calças negras e camisa branca. Seus cabelos devidamente arrumados, seu
rosto lindo e perfeito demonstrava tranquilidade. Mas aqueles olhos verdes me
diziam que havia algo anormal acontecendo ali. Conhecia muito bem meu pai para
entender que a aparente tranquilidade estava oculta em uma máscara de
preocupação.
- Pai, o senhor
está muito lindo. – Eu o abracei e senti seus lábios tocarem a minha cabeça.
- Você é que está
maravilhosa. Tenho orgulho de ter uma filha tão linda, bondosa e meiga como
você, Nessie. – Caminhamos abraçados para a sala de jantar, meu pai puxou a
cadeira para eu me sentar, depois fez o mesmo para a minha mãe e sentou se na cabeceira
na mesa.
Meus avós se
sentaram e Jofred, o mordomo, começou a servi a mesa enquanto falávamos.
- Será que alguém
pode me dizer o motivo desse jantar? A que devo a honra de receber meus avós em
plena semana? - Perguntei arqueando a sobrancelha e vi que meu pai se engasgou
com o vinho que bebia. Olhei para minha mãe e vi que ela estava muito
preocupada, franzindo o cenho enquanto olhava para o meu avô. Depois vi a
expressão de dúvida ou arrependimento, não soube definir, nele que me olhava consternado.
- Vamos comer
primeiro, filha. – Disse meu avô aparentando constrangimento evidente.
- Tudo bem! Vamos
comer e depois quero que alguém me diga o que acontece nessa casa. Sinto que há
algo no ar e isso está começando a me incomodar. – Disse para eles, que se
olharam e assentiram com a cabeça.
O jantar seguiu
sem maiores constrangimentos e meu pai conversou com meu avô sobre as operações
complicadas que realizou, sobre como se sentia feliz na profissão que havia
escolhido e nos projetos que tinha para o futuro. E minha mãe conversou com
minha vó e comigo sobre o livro que pretendia escrever. E no final, todos
voltaram a ficar sem assunto, olhando uns para os outros como se procurassem
coragem para iniciar a “tal conversa”
comigo.
- Nessie, filha...
– Meu pai começou em tom cerimonioso e fiquei vendo a angustia transparecer
diante daquela máscara que havia colocado. Ele começava a mostrar a sua
preocupação e dor através da face calma que antes existia.
- Pai, não precisa
de tanta cerimônia. O que vão me falar? Aconteceu algo grave? Estou ficando
nervosa... – Disse tudo muito rápido e vi meu avô morder os lábios e depois
respirar fundo.
- Nessie, querida,
eu estou doente. – Meu avô começou a falar. – E preciso me afastar da empresa
para cuidar da minha saúde.
- Está doente? O
que o senhor tem? - Perguntei nervosa vendo o seu rosto angustiado. Senti meu
coração apertar de aflição pela aquela revelação.
- Eu estou com
câncer de próstata e preciso me afastar da empresa para cuida da minha saúde.
Mas eu não queria abandonar a empresa nas mãos de qualquer pessoa. – Disse
olhando para o meu pai, que balançava a cabeça em sinal de negativo.
- Mas por que não
deixa com minhas tias? Ou Jasper? - Ri de nervoso. – Emmett não conta porque
ele não gosta de trabalhar... – Olhei e vi que todos balançavam cabeça. –
Gente, fala logo! – Disse nervosa.
- Alice não tem o
menor talento e não quer dirigir a empresa. Jasper tem o escritório de
advocacia e não tem tempo para cuidar dos nossos negócios. Rosalie mal sabe
fazer contas e Emmett, como disse, não gosta de trabalhar. – Olhou para o meu
pai. – Seu pai é um médico comprometido e seria um desperdício o trancar dentro
de um escritório. Então...
- Então só resta a
mim? Mas eu mal terminei o colegial... E a faculdade... O curso que gostaria de
fazer na Itália... – Gaguejei e meus olhos se encheram de lágrimas.
- Você não teria
condições de gerenciar uma empresa. Mas talvez se... – Respirou fundo e olhou
mais uma vez para o meu pai, que estava quase esmagando as mãos de tanto que
apertava, enquanto seus olhos estavam cravados na taça de vinho. – Casasse... –
Completou consternado.
- Casar? Mas como
casar? Eu nem tenho namorado... Eu não tenho ninguém... – Meus olhos cheios
lágrimas e tive que me conter para não chorar naquele momento onde tudo parecia
complicado, e só tinha certeza que: Meu avô estava doente e precisava de alguém
para dirigir a sua empresa. Então eu teria que me casar para que aquilo
acontecesse.
- Você não será
obrigada a casar, filha. – Disse meu pai olhando para mim com os olhos cheios
de lágrimas. Vi que minha mãe mordia os lábios e minha avó olhava tudo de forma
nervosa, bebendo uma taça de vinho após a outra. E meu avô parecia
terrivelmente envergonhado pela proposta. – Essa é apenas uma das saídas. Mas
não é obrigada a isso e daremos um jeito, mesmo que coloquemos um estranho para
dirigir a empresa da família.
- Mas pai, como eu
posso negar? Ao mesmo tempo como acharia alguém para dirigir a empresa? Eu
estou confusa sobre isso... Meu Deus! – Peguei uma taça com água e bebi tudo de
uma vez.
- Filha, você não
é obrigada se não quiser. Apenas achamos que seria uma saída, para que o
controle da empresa continuasse nas mãos dos Cullens. Mas de forma alguma a
obrigaríamos a se casar com alguém que gostasse. Por isso a decisão é sua e se
achar que não dá para fazer, entenderemos perfeitamente, querida. – Meu avô
olhava para mim com uma agonia misturada com arrependimento em seu olhar, que
me deixou morrendo de pena. Então me levantei e caminhei até a sua cadeira e o
abracei.
- Amo você,
vovô... – Disse chorando para ele.
- Também amo você,
minha netinha preferida. – Afagou os meus cabelos e riu.
- Eu já disse que
sou sua única neta. – Comecei a rir e chorar ao mesmo tempo.
- Mas sempre será
a preferida... Sempre... Meu anjinho.
- Assim eu também
chorarei. – Minha avó disse com a voz embargada.
- Vai começar a
chorar também? - Fui para o seu colo e a abracei.
- Nessie, filha,
você entendeu a importância de ter uma pessoa da família na frente da direção
da Cullen? Não estamos a forçando se casar. Mas se você achar que pode
encontrar alguém de quem goste e que possa cuidar dos negócios da família, será
a nossa salvação. – Disse meu pai observando tudo de forma aflita.
- Eu sei pai... Mas...
– Hesitei porque não queria fazer sobre os meus sentimentos naquele momento.
Não queria revelar que sempre amei Jacob Black e mantive um sonho de criança em
minha mente. Senti uma dor em meu coração em pensar em casar com alguém que não
fosse ele, mas preferi não revelar nada naquele momento.
- Tudo bem, filha!
– Disse meu avô enquanto eu caminhava para o meu lugar. – Pode pensar antes de
nos dá resposta.
- Eu prometo que
até domingo eu respondo para vocês... Prometo. – Disse baixinho, pensando que
teria cinco dias para dá a minha resposta.
- Gente, eu não
acho boa ideia. – Minha mãe começou. – Casamento com amor já é difícil. Imagina
ela se casar só por conveniência? Acho que essa não é a melhor solução. –Ela me
olhava de forma aflita e seus olhos percorriam o caminho na direção do meu pai
e depois do meu avô, implorando para não me obrigarem aquilo. Sabia o quanto
sofria com a situação.
- Tudo bem,
mãezinha! Até domingo eu respondo. – Tentei me recompor e parecer tranquila
diante da situação, mas tudo foi muito complicado e me via diante de uma
estrada sem saída.
O jantar terminou
e fui para o meu quarto pensar sobre o que havia acontecido, sem saber qual o
rumo daria para a minha vida a partir daquele momento.
--- xx---
Alguns dias se
passaram e minha família não estava me pressionando. Mas avô precisava que eu
me casasse com alguém capaz de administrar os negócios. Então me decidi a
aceitar esse casamento e informar a minha família da minha decisão. Informar
que só me casaria se fosse com Jacob Black.
Lembro-me de
quando era criança e visitava meu avô Charlie em La Push. Vivendo momentos
incríveis com as crianças da reserva. Mas não era puramente as amizades que
tinha lá que me fazia gostar tanto daquele lugar, apesar de gostar muito de
Seth, Claire, Quil e Embry. Jacob era a real razão para eu insistir tanto em
visitar o meu avô, apesar de mal notar a minha existência.
Com sete anos
conheci o meu primeiro e único amor que tive até hoje. Ele era um menino moreno,
cabelos negros, um rosto expressivo, forte, e muito travesso. Mas eu adorava
ver as traquinagens que aprontava com os garotos. Sentia-me feliz simplesmente
está perto deles nos momentos de travessuras e durante anos da minha vida
sonhei que ele seria meu namorado, noivo e marido.
Quando Jacob tinha
quatorze anos, e eu dez, a mãe dele morreu. E foi um choque muito grande para a
família Black naquele momento. Então abandonaram a linda casa que mantinham e
se mudaram para Seattle, por isso acabamos perdendo contato.
Eu ouvia meu avô
contar que o seu sócio Billy, pai de Jacob, mudou muito depois da morte de
Sarah. E fez de tudo para apoiá-lo naquele momento tão doloroso de sua vida.
Também dizia que Jacob teve alguns problemas de temperamento depois da perda da
mãe e estava sendo muito complicado para Billy lidar com ele.
Não sei exatamente
o que aconteceu entre o meu avô e Billy, mas os dois romperam a sociedade e a
família Black se mudou de Seattle quando eu tinha 16 anos. E isso me afetou muito,
pois desde essa época nunca mais tivemos notícias dos Blacks.
Mesmo assim,
continuei a amar Jacob da mesma forma por um bom tempo. Cheguei a ter uma
paixonite na escola e me esqueci da sua existência por um período. Mas sempre
que pensava sobre amor e futuro, de certa forma, ele sempre estava em meus
planos e meu coração me dizia que um dia o encontraria.
Hoje pensando em
minha vida e nas escolhas que tenho que fazer, a única certeza que tenho é que
preciso me casar e o único homem a quem poderia me entregar é Jacob. Isso não
vai mudar em minha mente e ninguém me convencerá a aceitar outro que não seja
ele.
Minha decisão
estava tomada. E naquele momento só me restava comunicar à minha família e
fazer “a proposta” incomum de
casamento para ele, implorando aos céus que ele pudesse me aceita como sua
esposa, e que um dia fosse capaz de me amar da mesma forma que o amo.
- Pai, Vô... –
Respirei fundo e tomei coragem para falar. – Minha decisão já está tomada. –
Disse e os dois me olharam de forma inquisitiva. – Eu aceito me casar, desde
que o meu marido seja Jacob Black. – Meu avô ficou vermelho no mesmo momento
que mencionei o seu nome e não entendi o motivo. Afinal nunca me contaram o
motivo do rompimento da sociedade e o fim da amizade entre os Cullens e os
Blacks.
- Nessie, você tem
certeza que é ele que quer para marido?- Me avô perguntou nervoso.
- Qual o problema, vô? - Perguntei arqueando uma das sobrancelhas.
- Billy e eu
tivemos problemas sérios no passado. – Respondeu sem entrar em detalhes.
- Que tipo de problemas? - Ele olhou para o meu pai, hesitou por
um momento e depois continuou.
- Billy estava
dando desfalques na empresa. – Mordeu os lábios e depois fitou os meus olhos. –
Ele roubou uma quantia muito grande e para eu não o entregar a policia, teve
que devolver tudo e por isso rompemos a sociedade. Depois ele se mudou com os
filhos para Londres e última coisa que soube, foi que morreu falido. – Disse
consternado e vi que havia dor em seus olhos azuis.
- OH! Eu... Eu... –
Gaguejei.
- Você não sabia.
– Balançou a cabeça. – Assim como ninguém soube o que se passou. Procurei
esconder tudo de todos e só à família soube do ocorrido. Os acionistas pensaram
que ele se desfez das ações por que brigamos. Mas só nossa família sabe do real
motivo. E agora... – Hesitou.
- Sei que é
complicado para vocês. Mas quero que saibam que sempre gostei de Jacob. E se é
para me casar, só pode ser com ele... Só com ele. – Disse de forma firme, ouvi
a porta do escritório do meu avô se abrir e minha avó entrar.
- Eu ouvi bem? Ela
quer se casar com o filho do Billy? Meu Deus! – Parecia perplexa com a
revelação.
- Jacob não tem
culpa dos erros do pai e de certo nem sabe que ele nos roubou. E se é para me
casar... – Olhei para todos e apesar da vergonha confessei tudo. – Será com
ele! Eu o amo desde criança e sonhei com o dia que ficaríamos juntos por toda a
vida. Não posso me casar com outro. Então espero que entendam e aceite. Essa é
a minha única condição. – Conclui de forma decidida.
- Se é assim que
quer... – Meu pai assentiu com a cabeça.
- Como
encontraremos Jacob? Não sabemos o seu paradeiro. E se ele não te aceitar? -
Meu avô perguntou me encarando.
- Eu tenho como
descobrir o seu paradeiro e tentarei fazer um contato com ele. Se ele não me
aceitar... – Abaixei a cabeça envergonhada. – Terão que encontrar outra forma
de resolver o problema.
- Tudo bem, filha!
Então encontre o seu noivo e o convença a se casar. – Meu avô disse de forma
amargurada, beijou a minha cabeça e saiu com a minha avó.
- Você tem certeza? - Meu pai perguntou intrigado.
- Absoluta! –
Respondi de forma decidida.
- Tudo bem! Então
vá em frente. – Disse e saiu.
Peguei o celular e
disquei o número de Seth. E depois do quarto toque, ele atendeu a ligação. - Seth, meu amigo. – Disse quando atendeu.
- Oi docinho! Por
que está me ligando hoje? Sentiu falta de mim? Quando vem me ver? - Perguntou
animado
- E sinto muita
falta de você, meu amigo. E vou te ver no próximo final de semana. Essa semana
eu termino as provas e posso passar uns dias ai com você. Mas estou te ligando
para te pedir um grande favor. Acho que só você pode me ajudar.
- O que precisa,
Nessie? Por que pergunta dessa forma tão séria? - Seu tom de brincadeira sumiu
e ele pareceu preocupado ao falar ao telefone.
- Eu quero que
arrume o email ou o telefone de Jacob. – Respondi para ele.
- Jacob? Pra que
quer o email dele? Pensei que havia desencanado desse cara. Ele nem se lembra
que você existe no final das contas.
- Eu só preciso
que arrume o mais rápido possível. Pode fazer isso? – Perguntei nervosa ao perceber a sua má vontade.
- Tudo bem, Nessie!
O Paul ainda se comunica com a Rachael. Verei com ele se me consegue os
contatos do Jacob. Mas quero que em conte o que está acontecendo.
- Tudo bem! Tudo
bem! Mas prefiro contar pessoalmente. Então aguarde a minha visita, Sr curioso.
E obrigada por tudo!
- De nada docinho!
- Você sabe que eu
te amo, meu amigo!
- Eu também te
amo, Nessie. E justamente por isso que não quero que se magoe.
- Eu sei o que
farei, Seth! Não sou mais aquela menina que precisava proteger. – Respondi
- Sempre será a
menina, Nessie... sempre. – Disse com a voz triste.
- Tá bom! Ta bom!
– Amanhã é segunda feira e devo sair cedo por causa da prova. Então pedirei ao
motorista do meu avô que me leve até você. Assim posso contar o que está
ocorrendo. Agora promete que vai se empenhar em conseguir os contatos de Jacob?
Promete?
- Prometo!
- Obrigada, Seth!
- De nada,
docinho. – Disse e desligo.
A decisão estava
tomada e naquele momento precisava encontrar uma forma de convencer Jacob Black
a se casar comigo. E estava disposta a tudo para conseguir o que queria.
--- xx ---
Nota Glau: E ai¿ O que acharam¿ Ness é doida, não¿ Como a bichinha resolve casar com um cara que nem conhece¿ Tudo bem, coisa de primeiro amor. Mas essa bateu com a cabeça e vai pagar o preço por causa disso.
A bichinha mal sabe como o seu Jacob é safadinho e vai penar na sua mão. kkkk Mas isso é outra história!
Até que essa Esme é não é tão chata quanto as outras... DR DELICINHA EDWARD CULLEN! KKKK ADOGO! E Carlisle¿ Vou confessar que tenho uma queda por esse ai.... Glau olha o fofo no fiofó. kkkkk GOSTOSO!
Obrigada pelas mensagens!!
bjus no core
1 comentários:
olá, primeira vez que faço um comentario sobre uma fic, e é prefeita, aliais mais que perfeita, todas as sua fics são maravilhosas, já lee todas elas, parabens parabens parabens, sem palavras, so temos a agradecer beijinhos Sy
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