domingo, 15 de maio de 2011

Pena de anjo20


CAPÍTULO 20
By ValentinaLB

... - Eu estou é com raiva de ter percebido que se você topasse, ela iria pra cama na hora com você, ao contrário de mim, que fico alimentando traumas e não me comporto verdadeiramente como sua mulher.
Fiquei perplexo com as palavras de Bella.
- Eu não quero mais invejar essa safada, Edward. Vamos voltar para o hotel?
Bella saiu me puxando pelas mãos e tive uma leve impressão que seria eternamente grato àquela vendedora.

Eu estava sendo literalmente rebocado para o hotel. Minha gatinha ingênua tinha virado uma leoa decidida e eu ainda buscava saber, na confusão da minha cabeça, se aquilo era uma coisa boa ou não.
Ter Bella querendo me levar pra cama a todo custo era mais do que eu podia sonhar, mas eu temia que aquela decisão tomada no calor do momento pudesse ter consequências devastadoras depois.
O medo que Bella tinha de sexo não era uma simples frescura, era algo muito sério, originado de um estupro extremamente violento e traumático. Eu não podia deixar que ela desconsiderasse seus limites apenas por uma insegurança momentânea, proveniente de uma crise de ciúmes.
Mas era tentador me deixar levar pelo seu rompante... Ah era!!
Assim que chagamos no hotel, resolvi dar uma acalmada em Bella.
- Podíamos almoçar antes de irmos para o quarto. O que você acha, Bella? – perguntei, me excomungando por ser tão responsável e ético. Que homem, numa hora dessas, iria se preocupar com o dia seguinte?
- Não estou com fome, Edward. – Bella respondeu meio irritada.
- Está bem, então vamos pro quarto – falei resignado. O que ela queria eu tinha de sobra pra dar.
Eu tentei dissuadi-la... Deus era prova disso.
Quando entramos no quarto, Bella pulou em meu pescoço e me beijou apaixonadamente.
Era hora de testar sua convicção em seu plano de fazermos amor.
Abracei-a pela cintura, juntando nossos corpos o máximo que podia, e retribui o beijo lascivamente, mostrando a ela que eu estava pronto para satisfazê-la.
Bella não perdeu a empolgação, mas suas mãos frias em minha nuca entregavam seu nervosismo.
- Esse passeio me fez suar um pouco. Quer tomar banho comigo? – Perguntei, murmurando em seu ouvido.
- Nós dois, juntos? – Seus olhos estavam arregalados, mostrando o absurdo que aquela situação parecia para ela.
- É Bella. Chamam isso de “preliminares”. Um banho a dois pode ser muito estimulante – falei brincando, fazendo cara de segundas intenções.
Ela ficou me olhando sem dizer nada, presa em sua própria armadilha de sedução.
- Bella, vamos ter de nos ver nus de qualquer jeito, se quiser que façamos amor. No banheiro ou na cama, não faz diferença. Já é hora de superar esse tipo de constrangimento, Srª Cullen.
Bella fechou os olhos, mordeu os lábios e tomou sua decisão.
- Está bem. Vou ao meu quarto e já volto.
Sentei na cama sem acreditar que dentro me alguns minutos eu tomaria banho com Bella. Peguei uma camisinha e coloquei na bancada, perto do box. Escondi-a para que ela não a visse e ficasse nervosa. Não pretendia que a nossa primeira vez acontecesse no desconforto de um banheiro, mas as coisas podiam esquentar e era melhor eu estar prevenido.
Finalmente Bella ia ser minha. Confesso que estava começando a ficar nervoso.
Minha esposa ciumenta estava demorando muito. Achei melhor dar uma pressionada.
- Bella, já vou ligar o chuveiro para ir esquentando a água, tá bom? – Gritei, perto da porta que unia os dois quartos.
- Tá! – Respondeu com uma voz um pouco insegura.
Tirei a roupa e entrei no box. O vidro transparente foi aos poucos ficando embaçado e o calor relaxante da água quente foi soltando meus músculos tensos.
Alguns minutos depois Bella entrou no banheiro, vestindo um roupão. Seu rosto estava completamente corado. Abri o box e a chamei, estendendo minha mão.
- Tira a roupa e entra aqui, amor.
Apesar do vapor, Bella podia me enxergar perfeitamente. A cor vermelho escarlate de suas bochechas deixavam isso bem evidente.
Eu bem que tinha tentado me manter o mais “normal” possível, mas imaginar o que estávamos prestes a fazer me animava mais do que eu podia controlar. A visão que Bella estava tendo de mim era bem, digamos assim, “viril”.
Ela fez de tudo para manter seus olhos do meu peito para cima, mas a curiosidade a traiu e seu olhar percorreu todo o meu corpo, fazendo-a parar de respirar por alguns segundos.
Como não se movia, fui até ela, todo molhado, e segurei no cinto de seu roupão, que com apenas uma laçada mantinha coberto o corpo que eu tanto desejava conhecer por inteiro. Colei meus lábios nos seus e, enquanto a beijava apaixonadamente, desamarrei-o, despindo-a, deixando o tecido atoalhando escorrer lentamente por suas costas até que chegasse ao chão.
Como eu suspeitava, Bella estava nua.
Passeei com os olhos por seu corpo, completamente deslumbrado por sua beleza e delicadeza. Na claridade do banheiro dava pra ver as cicatrizes quase imperceptíveis em sua barriga e seios.
Eu ia elogiá-la, dizer que era perfeita, mas ela estava muito envergonhada e qualquer coisa que eu dissesse só iria piorar seu acanhamento. Apenas sorri.
Entrei no box  levando-a comigo.
- Vai molhar seus cabelos – avisei.
- Não me importo.
Passei os braços em volta da sua cintura e a puxei para junto de mim. Um choque percorreu meu corpo quando nossas peles se tocaram, molhadas pela água que escorria do chuveiro. Era a realização de uma fantasia.
Bella estava travada; mal se mexia, desconfortável em encostar-se no meu membro já completamente ereto.
O ímpeto com que tinha saído daquela loja tinha sido nocauteado com a simples visão do meu corpo nu. Minha gatinha estava de volta. Bem mais solta, isto era fato, mas ainda assim uma gatinha assustada.
- Não precisa ficar nervosa, Bella, não farei nada que não queira. – Era importante que ela tivesse sempre isso em mente.
Beijei seu ombro e fui subindo com meus lábios por seu pescoço e mandíbula, até alcançar sua boca. No inicio o beijo foi lento, terno, mas então foi se tornando urgente e faminto. Bella envolveu minha nuca com os braços e minhas mãos saíram de sua cintura, descendo até sua bunda perfeitamente esculpida.
Neste ponto nossa excitação já era latente. Abafados pelos beijos, nossos gemidos eram incontroláveis e intensos.
Encostei-me no azulejo e virei o corpo de Bella, puxando-o para que se apoiasse no meu. Colei suas costas em meu peito, sentindo suas nádegas pressionarem meu sexo. Eu fazia um esforço sobre-humano para me controlar.
Girei seu pescoço para beijar sua boca e, enquanto nos beijávamos, fui acariciando seus seios. O peito de Bella subia e descia em descompasso, devido sua respiração acelerada, mas quando uma das minhas mãos alcançou seus pêlos pubianos ela simplesmente parou de respirar.
Com a boca colada em sua orelha, tentei acalmá-la.
- Bella, eu só vou te tocar, meu amor. Relaxa que não vai doer, eu prometo – murmurei.
Então lentamente fui abaixando meus dedos até que senti sua própria umidade.
Bella murmurou meu nome, mal se segurando em pé.
- Edward... – Sua voz era puro deleite.
- Isso, Bella, apenas se entregue à sensação de prazer – pedi, torcendo para que ela estivesse sentindo a mesma emoção que eu.
Fui estimulando-a cada vez mais ousadamente, tanto em seu sexo quanto nos seios. Quando minha língua invadiu seu ouvido, ela simplesmente não se segurou e gemeu alto, me levando a beira da loucura.
Achei que era o momento certo de tentar dar um passo decisivo. Delicadamente fui introduzindo meu dedo em Bella.
Quando ela percebeu o que eu fazia, contraiu-se toda, completamente amedrontada.
- Calma, Bella, eu não vou te machucar. Isso não dói. Se solta, amor, fica bem relaxada, vai ser bom – disse, enquanto beijava seu pescoço e ia aprofundando meu dedo cada vez mais, porém lentamente.
Percebi que ela estava se acalmando, pois suas pernas foram se abrindo sutilmente, rendendo-se a minha carícia.
Se não fosse a ausência do hímem eu poderia afirmar que Bella era virgem, de tão apertada e delicada que era..
Usando outro dedo para estimulá-la externamente e iniciando um movimento de vai-e-vem, fui vendo Bella praticamente de desfalecer sobre meu corpo, encaminhando-se para o ápice do prazer.
Virei-a de frente para mim, e continuei tocando-a. Colei minha testa na sua e fiquei me deliciando com sua expressão de completo êxtase.
Tinha colocado minha satisfação em segundo plano. Agora tudo o que me importava era fazer Bella entender que poderia ter prazer com um homem... E ela estava tendo.
Sua respiração foi se acelerando mais e suas mãos começaram a apertar meus braços com força, cravando suas unhas em minha pele.
- Edward, Edward! – Ela nem sabia o que dizer, assustada com o que estava sentindo.
- É só um orgasmo, meu amor. Goza pra mim, Bella – sussurrei, beijando seus cabelos quando ela enterrou a cara em meu peito e abafou os gritos que saíam de sua boca. Podia sentir seu sexo se contraindo, apertando ainda mais meu dedo. Meus ombros ampararam o peso de seu corpo quando suas pernas trêmulas não suportaram ficar em pé.
Tirei meu dedo de dentro dela e abracei sua cintura. Dava para ouvir seu coração batendo acelerado. Eu tinha acabado de viver a experiência mais linda da minha vida, e acho que ela também.
Ficamos em silêncio por alguns segundos, até que Bella falou:
- Então isso que é um orgasmo? – Perguntou sem fôlego.
- Você nunca tinha gozado antes, Bella, nem sozinha? – perguntei de volta, curioso a abismado.
- Sozinha? – Ela me olhou intrigada, afastando pela primeira vez o rosto do meu peito.
- Se masturbando, Bella. – Expliquei, rindo da sua ingenuidade.
Ela ficou mais vermelha do que já estava.
- Eu nunca me masturbei, Edward... Nunca senti nada tão... tão... – Ficou procurando uma palavra para dizer.
- Gostoso? – Completei a frase, sorrindo para ela.
- É – disse, mordendo os lábios.
- Você ainda não viu nada, Bella. Eu ainda vou te dar tanto prazer que nunca mais se lembrará das coisas ruins que te aconteceram. Eu tenho fama de ser bom nisso – falei, sabendo que ficaria envergonhada.
Ela suspirou profundamente e não disse nada.
Fomos para baixo do chuveiro e ficamos nos beijando debaixo d’água, rindo quando nos afogávamos.
- Edward, e você? – Bella perguntou, de repente.
- Eu o quê? – realmente eu não tinha entendido sua pergunta.
- Seu coisinha tá duro ainda. – Bella falou, com a cara mais engraçada do mundo.
- “Coisinha”, Bella? – Fiz cara de decepcionado, tirando sarro dela.
- É só modo de falar, Edward. De “inha ou inho” ele não tem nada.
Caí na risada.
- Enquanto eu estiver abraçando você nua desse jeito, ele vai continuar assim. Não há nada que eu possa fazer, Bella.
- Dói?
- Hum... Não é bem uma dor, mas incomoda um pouco quando fica muito tempo dessa forma.
Numa atitude completamente inesperada, Bella olhou para baixo, observando pela primeira vez meu pênis sem tentar disfarçar e apertou-o levemente com a ponta dos dedos.
Não há precedentes para o susto que eu levei.
- Ownnnnn!! – Murmurei.
Ela o soltou rapidamente.
- Desculpa – falou timidamente, assustada com meu gemido.
- Não doeu, Bella. Para mim é tão bom quanto foi pra você quando a toquei.
- Vamos sair da água, Edward, minha mão já está ficando enrugada. – Bella mudou o assunto, constrangida.
Saímos e nos enrolamos em toalhas. Na cama poderíamos consumar definitivamente o nosso casamento e eu finalmente teria minha tão esperada noite de amor com Bella, no caso, tarde de amor... “E põe tarde nisso”, pensei.
Aumentei a temperatura do aquecedor, pois estávamos com os cabelos molhados, e abracei Bella.
- O que acha de deitar comigo naquela cama ali? – Perguntei, sorrindo maliciosamente.
- Acho que eu vou adorar. – Bella respondeu, mostrando um jeitinho sedutor do qual ela não se dava conta que tinha.
Joguei nossas toalhas no chão e a carreguei até a cama, deitando-a delicadamente no colchão. Deitei-me ao seu lado e acariciei seu rosto.
- Quer mesmo isso, Bella? Não está apenas se deixando levar pelo ciúme daquela moça? – Perguntei, querendo que ela estivesse segura do que íamos fazer.
- Eu quero ser sua, Edward, mas quero mais ainda que você seja meu. Vamos tentar, amor. – Ela estava decidida, mas ainda dava pra ver o medo em seus olhos.
- É tudo o que eu mais quero, Bella, mas me promete que não irá além dos seus limites por causa de uma birra boba com aquela vendedora?
- Prometo.
Beijei sua boca com luxúria. Eu precisava estar dentro dela na mesma intensidade com que precisava de oxigênio.
Desci meus beijos por seu corpo, me limitando a não passar do umbigo para baixo por achar que Bella ainda não estava preparada para a intimidade do sexo oral.
Suguei seus seios , sussurrando para Bella o quanto eles eram deliciosos e lindos.
Depois de muitas carícias e beijos alucinantes, toquei seu sexo para ver se ela estava pronta para me receber. Era o momento certo.
Peguei uma camisinha na gaveta do criado ao lado da cama, que eu mesmo tinha colocado ali, e vesti-a, deixando Bella com as bochechas rosadas novamente.
Fiquei imaginado qual a melhor posição para transarmos. Eu conhecia dezenas delas, mas não queria ser muito ousado na nossa primeira vez. Talvez fosse o momento de ser o mais tradicional possível. Deitei-me sobre seu corpo e afastei suas pernas com as minhas.
- Flexione os joelhos, Bella – pedi carinhosamente.
Ela obedeceu, meio sem graça. Tinha uma expressão diferente em seu rosto que eu não consegui decifrar.
- Pode ser que você sinta uma pressão diferente, Bella, - comecei a explicar - mas não confunda com dor, meu amor. Eu vou colocar bem devagarzinho. Se quiser que eu pare é só pedir – falei, enquanto a olhava nos olhos, tentando entender o que eles estavam dizendo.
Bella balançou a cabeça pra cima e para baixo, concordando com o que eu acabara de dizer.
Colei meus lábios nos seus e me posicionei, unindo nossos sexos. Bella se encolheu e fechou os olhos com força, fazendo uma ruga se formar no meio de sua testa.
Tinha alguma coisa errada.
- Tudo bem, Bella? Você quer mesmo?
- Ham, ham.
Mergulhei o rosto no vão do seu pescoço e comecei a beijá-lo. Aproveitei a excitação de Bella e forcei lentamente a penetração, sentindo-me mergulhar bem pouquinho no seu calor e umidade.
Esperei um pouco para que se acostumasse.
 Foi na segunda investida que ouvi seu grito desesperado.
- Para, por favor, para, para... – Suas últimas palavras saíram misturadas com os soluços.
Saí de cima dela no mesmo instante, quase em choque diante de seu desespero.
- Bella, pelo amor de Deus, o que foi, meu amor? Eu te machuquei? – Perguntei, tentando entender o que estava acontecendo.
- Aquele monstro estava aqui, ele nunca vai sair da minha cabeça, Edward, nunca! – Bella falava e chorava ao mesmo tempo.
- Calma, Bella, já acabou, amor. Não vamos mais fazer nada, calma.
Eu afagava seu cabelo, sentado ao seu lado, sentindo-me impotente diante de sua dor.
- Bella, temos muito tempo para tentarmos. Não precisa ficar assim. Hoje você já me fez o homem mais feliz do mundo, se entregando as minhas carícias, tendo seu primeiro orgasmo em minhas mãos. Na hora certa vai acontecer o resto, não precisa acontecer tudo no mesmo dia.
- Aquela loira te merece muito mais do que eu, Edward. – Bella estava muito decepcionada por não ter conseguido.
- Não fale um absurdo desses, meu amor. É só você que eu quero.
Depois de muito chorar, ela se acalmou e pedi o almoço no quarto. Comemos e ficamos deitados na cama, conversando sobre o que ela sentiu.
- No banheiro foi diferente, Edward, mas aqui na cama parecia tão igual ao que eu vivi naquele galpão. Era como se tudo estivesse acontecendo de novo. – Bella se explicou.
- Por que você não disse no início, Bella?
- Eu achei que conseguiria, Edward. Eu tentei apagar aqueles pensamentos da minha cabeça, mas não deu. Ele me persegue, acho que nunca vou me livrar daquele estuprador – falou, cheia de tristeza.
- Bella, posso te perguntar uma coisa? A polícia conseguiu prendê-lo?
- Edward, depois do que me aconteceu, eu implorei para os meus pais que eu não queria me envolver com a polícia e nem que eles também se envolvessem. Eu simplesmente queria esquecer tudo, passar uma borracha naquela noite maldita. Tinha medo que saísse nos jornais ou na televisão, sabe? Então meu pai deixou toda a investigação a cargo do meu padrinho, que era sócio dele na época. Nós não perguntávamos nada. Nem mesmo meu pai quis saber de qualquer informação que fosse sobre o processo. Eu só me lembro do dia em que o Tio Thomas chegou lá em casa e nos contou que ele tinha sido preso por outros estupros e que acabou confessando todos seus crimes, inclusive o meu. Ele pegou prisão perpétua.
- Com certeza já fizeram com ele o que ele fez com você, Bella. Os presos não gostam deste tipo de criminoso – falei.
- Eu espero mesmo que ele sofra muito por todas as mulheres que ele destruiu por dentro e por fora.
O assunto e o momento eram perfeitos para eu contar a Bella o meu segredo.
- Bella, tem uma coisa que eu preciso te contar.
- O que, Edward?
- Primeiro eu queria que você entendesse que eu só não te contei antes porque eu achei que não era a hora certa, mas agora é.
- Edward, seja o que for que queira me contar, posso te garantir que agora não é a hora certa. Tudo o que eu quero agora e deitar no seu peito e dormir em paz. Estou morrendo de sono e espero, francamente, que quando eu acordar, todas essas lembranças ruins tenham sumido da minha cabeça.
- Está bem, Bella, depois a gente conversa. – O assunto era longo e estressante e Bella tinha de estar bem para absorver tanta informação.
Eu mal tinha acabado de falar e seus olhos já estavam se fechando.
Puxei-a para perto de mim e acomodei-a em meu ombro. Bella jogou a perna e o braço sobre mim e dormiu profundamente. Ela agora ela vestia uma das minhas camisetas. A tentação era menor.
Não demorou muito e eu também caí no sono.
Acordamos quando já estava noite. Eram mais de sete horas.
- Vamos jantar? – Tínhamos ficado a tarde toda no quarto. Era hora de passearmos um pouco. Eu estava decidido a contar minha participação em seu passado naquele dia ainda.
- Vamos.
Bella foi se arrumar e eu também fiz o mesmo.
O gerente nos indicou um dos poucos restaurantes da cidade. Ficava ao lado do hotel.
Assim que nos sentamos, vi a cara de espanto que Bella fez.
- Tia Sheila!! – Falou sorridente para a mulher que estava vindo em nossa direção.
- Meu deus, Bells, o que faz por estas bandas?
- Estou em lua de mel. E a senhora?
As duas se abraçaram carinhosamente.
- Thomas e eu estamos trabalhando numa causa de uma empresa da cidade vizinha e viemos aqui buscar uns documentos.
- Tia, este é Edward, meu marido. – Bella nos apresentou.
- Oh, querido, é um prazer conhecê-lo – falou, apertando minha mão com força.  – Charlie nos convidou para o casamento, mas infelizmente tínhamos uma reunião importantíssima com as testemunhas do caso. Espero que tenham recebido nosso cartão e o presente.
- Recebemos sim, obrigada – Bella se adiantou. – Senti muito a falta de vocês, mas entendo os motivos de não terem ido.
- Querida, não imagina o quanto ficamos felizes e surpresos com seu casamento, mas só de olhá-los já dá pra ver o quanto estão felizes e apaixonados.
- Nos nos amamos muito – confirmei.
- Cadê o Tio Thomas?
- Foi buscar meu casaco no carro e já está voltando. Importam-se de jantarmos juntos? Não quero estragar o momento de vocês.
- Será um prazer – falei, feliz de ver a alegria de Bella com aquele encontro.
Um senhor aparentando ter mais de cinqüenta anos entrou no restaurante e logo veio em nossa direção, com um sorriso de orelha a orelha.
- Thomas, olha quem está passando a lua de mel aqui?
- Bells, minha querida, que felicidade te encontrar.
Ele a abraçou ternamente e se virou para mim, esperando sermos apresentados.
- Tio Thomas, este é Edward Cullen, meu marido.
Levantei-me e estendi-lhe a mão.
- É um prazer conhecê-lo, Sr. Thomas – falei.
Ele me olhou assustado.
- Edward Cullen? Edward Anthony Masen Cullen? – Perguntou-me, como se já me conhecesse.
- Sim – respondi, esperando que ele se explicasse.
- Meu Deus, Bells, Charlie não me contou esta incrível coincidência. Você se casou com o cara que a encontrou naquele galpão? Meu Deus, isso é inacreditável!!! Foi graças ao seu depoimento e ao retrato falado que fez aquela noite – falou empolgado, virando-se para mim -  que conseguimos prender o estuprador. Como seu pai não me conta uma história linda dessas? – Perguntou, olhando para uma Bella em choque. – Então você se casou com o anjo que a salvou naquele dia??
Bella me olhou mortificada e senti o chão sumindo sob meus pés.
Era o início do fim.

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