sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A HERDEIRA - JAKEXNESS 26 Remorso


26 Remorso

Meu corpo estava completamente torpe. Tentei abrir os olhos, minhas pálpebras se apertaram por instinto e depois começaram a abrir. Sentia um estranho cansaço e ainda um pouco de sono. Como era possível uma pessoa se sentir daquela forma? Pensei. Ouvi um barulho vindo do outro cômodo. Era um som de algo caindo no chão. Espreguicei-me e depois levantei lentamente.

Estiquei os braços, ainda de forma preguiçosa e depois caminhei em direção ao banheiro. Quando cheguei ao closet, Jacob estava arrumando as suas roupas nos cabides.

- O que faz aqui? – Perguntei com a voz manhosa e depois bocejei. Instintivamente ele também bocejou. Até hoje não entendo porque todas as pessoas à volta bocejam, repetindo o gesto de uma pessoa, mas tudo bem. – Esse closet é meu!- Tentei manter o meu tom de voz baixo e fiquei observando o sorriso se formando no canto dos seus lados. Ele era realmente lindo e me deixava desnorteada quando fazia aquilo. Era difícil não se encantar, muito menos se perder, com aquele sorriso de deus grego.

- Nosso! – Rebateu, colocou a camisa branca sobre a mala e depois caminhou alguns passos, talvez três, até mim. Puxou-me pela cintura, reduzindo o espaço entre os nossos corpos, seu peitoral definido encontrou em meu tronco, erguei o meu queixo e ficou me olhando nos olhos por alguns segundos. Simplesmente não consegui dizer nada e tentava entender o que aquilo realmente significava quando finalmente voltou a falar: Estou me mudando para o “nosso” quarto. – Fez questão de enfatizar o “nosso”.

- Você não me pediu permissão. – Tentei argumentar, mas foi em vão. Ele colocou o dedo sobre os meus lábios e continuou.

- Hoje nosso casamento começa de verdade. Não pense que vai gritar e me mandar embora. Não pense que vou te obedecer. Vai dormir comigo nessa cama e dividir o closet e o banheiro, querendo ou não. Não estou te pedindo nada, apenas te comunicando a minha decisão. – Seu rosto se aproximou do meu lentamente e seus lábios me tocaram de forma cálida. Não havia desespero, urgência ou qualquer outro tipo de coisa naquele beijo. Era simplesmente calmo e amoroso.

- Jacob, eu...- Tentei afastar os lábios e falar novamente, mas ele me puxou novamente e recomeçamos o beijo. Depois de alguns instantes, ele se afastou e permitiu uma distância maior entre nós.

- Deixa que faço isso amanhã. – Disse para ele.

- Você não pode se cansar. Quero que tenha uma gravidez tranqüila. – Pegou-me nos braços e me levou de volta para cama. Depois de me acomodar, deitou-se ao meu lado e puxou o meu corpo para si. Fiquei completamente surpresa com suas novas atitudes e não tinha certeza se o repelia ou se deixava que fizesse aquelas coisas. Afinal eu estava gostando... Gostando muito daquilo.

Os lábios de se aproximavam de meus lábios e me beijou de forma intensa. Acomodou-me sobre a cama e depois abriu as minhas pernas. Encaixou-se sobre elas e de repente estava dentro de mim. Senti a sua semente sendo jorrada para o meu corpo e comecei a chorar.
Eu o empurrava, mas as sementes continuavam a entrar dentro de mim. Senti minha barriga crescendo rápido e as lágrimas escorriam pelo meu rosto.

- Não, Seth! Não! Não posso trair, Jacob. Eu o amo e você sabe disso.

- Vamos ter nossos filhos, docinho. – Dizia com a voz calma e expressão suave, enquanto alisava a minha enorme barriga.

O cenário mudou e estava em uma sala de cirurgia. A dor era terrível, queria morrer naquele momento. Não agüentava a dor que vinha cada vez mais forte. De repente uma coisa aliviou a minha aflição... A mão de Jacob segurando a minha.

- Calma, neném! Nosso filho já vai nascer. – Dizia com aquela voz rouca e sexy. Dessa vez não me senti extasiada por ela. O que senti foi medo do que faria quando soubesse a verdade.

Comecei a chorar e desejar que o bebê não nascesse. Um golpe de dor me pegou mais forte dessa vez, parecia que estava sendo cortada ao meio. O som de um choro me despertou e me esqueci da dor. Esqueci que queria morrer e virei o rosto para o lado. Jacob estava com uma
criança embrulhada com pano branco em seu colo. Lágrimas rolavam de seu rosto. Ele me olhou com ódio e a sua pergunta me feriu fundo o coração. Não soube como negar...

Simplesmente não soube.

- Por que você me traiu, Renesmee? – Havia fúria em seus olhos. Tive tanto medo pelo meu filho. Pensei que fosse matar a criança. – Essa criança não é minha... Não é!

- Não, Jacob! Não! Ele é seu filho! É seu filho!

- Não! Não! – Os braços me sacudiam e tentavam me tirar do pesadelo. Abri os olhos e através da visão turva vi a expressão de pavor de Jacob ao meu lado.

- Foi só um pesadelo! Calma, amor! Tudo ficará bem. Eu prometo a você que tudo dará certo para nós três. – Ele tirou os cabelos de meu rosto molhado pelas lágrimas, beijou a minha testa e depois secou os meus olhos.

- Eu estou tão cansada. – sussurrei com a voz baixa.
- Vem cá! – Ele me puxou para o seu peito desnudo e aconchegou a minha cabeça. – Você só precisa dormir,  amor. Tudo ficará bem, eu prometo. – Fechei os olhos e tentei lutar contra o sono. Não queria dormir e sonhar novamente com aquilo... Não queria.

O dia amanheceu e Jacob me chamou, sussurrando em meu ouvido enquanto acariciava a minha barriga.

- Hora de acordar, dorminhoca. – Sua voz era muito tranqüila, apesar do senso de urgência. – marquei uma consulta com a sua ginecologista para agora de manhã. Temos duas horas para chegar ao consultório. E se o transito estiver ruim, chegaremos atrasados. – Seus olhos negros e penetrantes estavam me encarando, quando comecei a abrir os olhos. Congelei com aquele olhar tão amoroso. Eu não merecia a sua atenção. Era uma traidora da pior espécie e estava enganando. Como ele se sentiria quando descobrisse a minha traição? Meu estômago revirava só de pensar naquilo eu queria chorar.

- Como conseguiu o telefone da minha médica?- Perguntei ainda atordoada.

- Eu havia marcado com um clínico geral, mas quando Sue falou da gravidez achei melhor com a sua médica. Então liguei para o celular da sua mãe. Ela estava tão mal humorada como sempre. – Gelei – Quando perguntou porque você não ligou, disse que estava enfraquecida pega gravidez. Ela afastou o telefone por segundo, mas pude ouvi-la praguejando do outro lado da linha.- Jacob riu engraçado. – Sabe que me odeia? Está furiosa por eu ter te engravidado. Pediu para ligar para ela quando houver uma confirmação. Disse que o seu avô está passando por um período complicado, mas que em breve voltará para Seattle. Depois pediu para ir visitá-lo no hospital. Ele tem reclamado da sua negligência. – Eu me senti horrível naquele momento. Em momento algum fui visitar meu avô em Nova York. Não queria que a família soubesse o que estava passando e por isso evitava contato. Mas ele sentia a minha falta. Sentia a distância entre nós e a culpa era minha. Estava errando com todos a minha volta e não tinha como me redimir daqueles erros.

- Meu avô... – Comecei a chorar. – Sabe que se for para lá, eles vão descobrir sobre nós. Não posso dar essa decepção para ele. Acho que não agüentaria. – Comecei a chorar toda manhosa e Jacob me puxou para os seus braços. Ficamos sentados na cama, abraçados sem dizer nada por longos segundos.

- A culpa é minha, Ness. Mas prometo que as coisas vão mudar e nesse final de semana vamos visitar o seu avô. Ele ficará muito feliz com a notícia do bisneto. – Ele tentava me acalmar da melhor maneira, mas continuava me sentindo péssima com as minhas ações.

Depois que tomamos banhos juntos, nos arrumamos e fomos tomar café da manhã. Sue havia feito uma linda mesa, cheia de frutas, suco, leite, café, queijos, geléias e dois tipos de pães.

Fazia tempo que não via a mesa daquela forma. Mas sabia que Jacob havia pedido para caprichar. Ele estava tão feliz com a notícia da gravidez, que soltava aos olhos o seu ar de felicidade.

Até Rebecca se comportou a mesa e não fez nenhuma gracinha. Ficou calada o tempo todo, sem olhar para nós, talvez fingindo estar sozinha no local. Ao contrário disso, Rachel estava radiante e falando bastante naquela manhã.

- Ness, eu mal posso esperar para ter o meu sobrinho nos braços. Quero ajudar a decorar o quarto e fazer o enxoval. Ele será tão lindo quando o pai e a mãe. Vai ser a criança mais mimada do mundo.

- Com certeza, Rachal. – Jacob disse sorrindo. – Os pais, avós e tios ficarão maravilhados com essa criança. Será o bebê mais mimado do mundo. Quero uma menina tão linda quanto a mãe. – Ele pegou a minha mão e beijou.

- Eu estou me sentindo estranha esses dias. Sei lá, parece que estou mais cansada e abatida.

- É normal esse sono no início e também muito enjôo. Mas depois isso passa e você ficará ótima. Quando tiver com o filho nos braços, nem pensará nessas coisas. Isso vai compensar tudo. – Sue disse sorrindo.

- Eu mal posso esperar para o meu filho nascer – Jacob disse após beber com copo de café.

- Vai ser tão babão esse pai. – Rachael gargalhou. – Olha a cara de felicidade dele! – Sacaneou o irmão.

- Serei mesmo! Nove meses serão tempo demais para esperar. Até lá terei um treco. – Respondeu.

- Até parece que é você quem vai carregar a criança. – Disse para ele.

- Mas vou! Acha que vou te deixar sozinha algum minuto. Vou ficar o tempo todo com vocês dois ao meu lado. – Sentia a culpa me corroendo por dentro. E se o filho não fosse dele? Se o sonho estivesse certo? O que ele faria quando descobrisse a verdade? Fiquei enjoada só de pensar naquela possibilidade. Ai outra coisa me açoitou como chicote rasgando as minhas costas. O que diria para Seth? Como ele se sentiria em relação aquilo? Não poderia mentir para os dois. Ele nunca me perdoaria quando soubesse a verdade e eu seria odiada pelos dois homens que amava. Seth não era o amor da minha vida. Não sei explicar o amor que tinha por ele, mas assim mesmo sabia que era amor. Por Jacob eu aturava aquele casamento de fachada, pelo simples fato de querer estar ao seu lado. Talvez Seth estivesse certo e aquilo fosse um amor doentio... Mas era amor.

Saímos de casa no carro de Jacob e partimos para Seattle. Ele estava estranhamente quieto, ouvindo o som baixo de Gun’s Rose que tocava na rádio. E eu perdida em meus devaneios, implorando a Deus que o filho fosse de Jacob e não de Seth. Mas não tinha como ter certeza.

Se o tempo fosse de dois meses, poderia ser de qualquer um. Lembro-me que dormi com Jacob na noite que o ouvi falando com sua amante ao telefone. Foi muito louco, quase animal a forma como nos amamos. E no outro dia eu o ouvi falando com Rebecca sobre o golpe do casamento e acabei dormindo com Seth. De quem seria o filho? Inferno!

A consulta na Dra Ridan foi rápida e depois de me examinar, e fazer uma ultra ela teve a certeza que eu estava com 8 semanas de gestação. Não consegui esconder o meu desapontamento, mas Jacob estava radiante com a notícia. Seus olhos cheios de lágrimas, deixando todas as suas emoções transbordarem e a minha culpa crescer naquele momento.

Saímos do consultório e fomos para e a empresa. No caminho liguei para minha mãe e dei a confirmação. Ela ficou bem chateada com aquilo. Mas fazer o quê?

- Alô, mãe!

- Filha, não me diga que é verdade. – Sua voz era quase um sussurro.

- Bom dia para a senhora também. – disse ironicamente.

- Você está grávida mesmo? – A voz de choro cortou o meu coração.

- Mãe, Jacob é meu marido e é natural que nós tenhamos filhos. Não precisa fazer esse drama.
– Tentei confortá-la.

- Ele é um sem vergonha. Por que ninguém acredita em mim? Meu sexto sentido de mãe me diz que ele não presta. Coitado do meu neto. – Ela estava certa, pelo menos em partes, mas eu não poderia confirmar aquilo.

- Olha só, não quero brigar. Tudo bem? Diga para o vovô que Jacob e eu vamos no final de semana. Estou em divida com ele. Tenho que desligar agora.

- Se cuida, filha! E cuida bem do meu neto. Ele não tem culpa do pai que arrumou para ele.

- Ta bom! Ta bom! Tchau! – Desliguei o telefone e Jacob parecia tranqüilo ouvindo a conversa, enquanto dirigia.

- Ela nunca vai gostar de mim. – Ele disse sem nenhuma preocupação com aquilo. – Mas você é minha mulher e ele meu filho. – Colocou a mão sobre a minha barriga. – Ela não pode fazer nada sobre isso.

- É verdade! – Estava quase chorando com aquela angustia me sufocando. Toda vez que ele se referia a criança, era como se me acusasse de traição.

Chegamos ao estacionamento do prédio, Jacob abriu a porta para mim, pegou a minha mão e seguimos de mãos dadas até o elevador. As pessoas nos olhavam de forma estranha, talvez por nunca terem me visto lá com ele, e eu me sentia de certa forma constrangida.

Passamos pelo salão onde havia várias baias com funcionários  e todas as mulheres em suas mesas esticavam as cabeças para me encarar. Seguimos pelo corredor até chegamos a ante sala do seu escritório. Notei que a secretaria era nova.

- O que aconteceu com a Vivi?- Perguntei intrigada.

- Ela não estava me agradando muito. Era entrona,  curiosa e fofoqueira. Por isso eu a transferi para outro setor.- Respondeu sem a menor culpa.

- E por que escolheu uma secretária velha? – Ainda não entendia as suas atitudes.

- Para não dizerem que havia trocado a secretária por uma amante. – Ele rui discretamente.

- Sra Morgan, essa é a minha esposa Renesmee Black.- Ele nos apresentou e vi que apesar de parecer ter seus cinqüenta e poucos anos, ela era bem cuidada, cabelos ligeiramente grisalhos bem arrumados,maquiagem discreta e roupas sociais e de acordo com a sua idade. Suas expressão era simpática e agradável.

- É ainda mais linda do que as fotos no computador. – Disse e fiquei ruborizada com o comentário.

- Obrigada, respondi.

- Peça, por favor, um suco de abacaxi com biscoitos para minha esposa. – Jacob pediu e entramos de mãos dadas dentro da sala.

- Você deve fazer muito sucesso nesse escritório. As mulheres estavam todas olhando quando passamos. – Disse tentando testá-lo.

- São tolas... Eu já tenho problemas demais para pensar nisso. E ainda tem a... – Ele hesitou e desviou o olhar.

- A sua amante? – Questionei arqueando uma das sobrancelhas.

- Ela não é minha amante. Eu já dispensei desde que vim para cá ficar com você. Ela veio atrás de mim. Que culpa eu tenho? Mas ela está me chantageando e se fizer um escândalo agora, na situação que a empresa está, será ruim para os negócios. Não posso enfurecê-la agora... Não mesmo. – Ele ficou me analisando, como se estivesse com medo das minhas reações. Eu sentia raiva por aquilo, mas ao mesmo tempo alivio por falar sobre o assunto abertamente comigo.

- Isso é uma desculpa. – Resmunguei, encarando o seu olhar.

- Não! Nunca mais tive nada com ela desde que vim para cá. No início ainda conseguia, mas depois simplesmente não funcionou... Eu brochei. – Confessou envergonhado. – Sente-se aqui, por uns instantes. Tenho assuntos a resolver e já volto. Fique a vontade. – Jacob colocou o smart phone sobre a mesa e depois saiu da sala.

Caminhei até a sua mesa, sentei-me na cadeira e fiquei olhando para a tela bloqueada do computador. Comecei a digitar possíveis senhas, mas não funcionavam.

Rachael

Rebecca

Sarah

Billy

Renesmee

Ness

- Inferno! Pense, Ness... Pense! HUM?

Nenem

Magicamente o computador desbloqueou e pude ver a sua área de trabalho cheia de pastas de documentos. Comecei a abrir, mas só havia arquivos. Depois desisti  e fiquei parada com a cabeça encostada na poltrona pensando no que ele havia me dito. Olhei para os porta retratos na mesa, um com foto do nosso casamento e outro do dia do nosso noivado. A tela do computador fechou e as imagens do descanso de tela começaram a aparecer. Eram várias fotos minhas, as que havia dado para ele na ocasião do namoro, passando uma a uma na tela do computador. Comecei a me questionar se ele realmente me amava e se falava a verdade.

Afinal por que teria fotos minhas em sua tela se não sentisse nada?

O smartphone tocou e o peguei para atender. No visor estava CM e não entendi do que se tratava. A minha curiosidade foi tamanha e atendi a ligação.

- Alô, amorzinho, você vai continuar a fazer jogo duro comigo. Sabe muito bem que precisa me tratar bem. Não fiquei feliz em ser despejada e quero saber se vai continuar com isso. O apartamento que arrumei é um lixo, estou sem dinheiro e ficando enfurecida com você. Não quer que a sua esposinha saiba tudo sobre nós? Ou quer? – continuei em silêncio, com a respiração forte, mas tentando em controlar. – JACOB BLACK! Você não deveria me deixar irada! Estou cansada desse jogo! Cansada do seu desprezo! O que aquela insossa tem que eu não tenho? Ela não “FO” melhor do que eu. Sei disso! Quer me responder? INFERNO!

- Aqui é a esposa falando. – Disse com a voz firme.


- Finalmente nos conhecemos, Vadia Cullen. RARARA – Disse dando uma gargalhada debochada.

- Antes tarde do que nunca. – Respondi com presunção. – Jacob não poderá responder. Ele foi resolver problemas e me deixou no escritório. Acabamos de voltar do médico e ele está muito feliz hoje. Acho que não conseguirá estragar o humor dele. Não hoje. RARARA

- E o que foram fazer no médico? Ele descobriu que você vai morrer e ele será um viúvo milionário? RARAR

- Não... Descobriu que será papai. Está radiante de felicidade. E você, sua mocréia, por que não volta para o covil de cobras de onde veio?

- Não mesmo, queridinha. Quero estar ao lado dele no seu velório. Acha que ele se casou com você por causa dos seus lindos olhos azuis? Você é uma estúpida! Sabe como ele te chama? Vadia Cullen! RARARA E PARA O SEU CONHECIMENTO, VOCÊ NÃO TERÁ ESSA CRIANÇA. NEM QUE PARA ISSO EU TENHA QUE ARRANCAR PESSOALMENTE DA SUA BARRICA. SUA IDIOTA!

- NÃO AMEACE O MEU FILHO! SUA ORDINÁRIA! SUA... – A porta se abriu e Jacob entrou correndo na sala. Pegou o aparelho de minha mão e começou a gritar com ela.

- O QUE PENSA ESTAR FAZENDO? SE A AMEAÇAR NOVAMENTE, SE A CHAMAR DE FEIA OU SE ATREVER A TOCAR NO MEU FILHO EU MATO VOCÊ, CADELA! ENTENDIDOS? EU VOU ACABAR COM SUA RAÇA E NÃO SOBRARÁ NADA DE VOCÊ PARA AMEAÇAR A ALGUÉM.  – Desligou a ligação furioso e socou a mesa com raiva. Eu estava chorando muito, não conseguia me contar com a raiva e o medo que sentia. A mulher era louca e por isso Jacob estava a tratando com cautela, mas agora a guerra estava declarada entre eles. Aquilo era mal para os negócios e eu sabia que era a culpada por provocá-la.

Jacob me abraçou e tentou me acalmar fazendo caricias em minha cabeça.

- Eu amo você. Não acredite em nada do que ela diga. Aquela louca não chegará perto do nosso bebê. Eu juro para você, amor. Nem que para isso eu tenha que matá-la. – Arregalei os olhos e vi que ele falava muito sério naquele momento. Tive medo das suas reações.

Ele me puxou para  a poltrona, sentou-se e depois me colocou em seu colo. Fomos interrompidos por batidas na porta e depois ela se abriu. Sra Morgan entrou com uma bandeja com suco e biscoito. Percebeu que eu chorava, não falou nada. Apenas colocou a bandeja sobre a mesa e saiu.

Levantou-me, foi até a porta e passou a chave.

- Para que isso? – Perguntei um pouco mais calma.

- Não quero que Sra Morgan entre e nos pegue em situação constrangedora. Ele me puxou para ele, conduziu-me até a mesa, seus lábios desceram até o meu pescoço e começou a distribuir leves beijos. Fechei os olhos e me esqueci do motivo de estarmos ali. Ele me sentou sobre a mesa, abriu as minhas pernas e encaixou-se entre elas.

- A porta... – Sussurrei.

- Ninguém vai entrar aqui, amor. Deixe que eu te acalme. – Beijou os meus lábios, levou a mão, passando pelas minhas pernas, até a minha calcinha. Ainda bem que estava de vestido. Do contrário a coisa seria mais complicada. Quando percebi, Jacob estava me penetrando lentamente e fui aumentando o ritmo os poucos. Esqueci-me de tudo e todos e me permitir aquele momento. Era uma entrega verdadeira. Eu o amava e precisava sentir que ele também me amava, a despeito de tudo o que já havia feito.

Assim nós nos amamos em seu escritório e quando terminamos, ele tinha um sorriso de satisfação no rosto.

Ajudou-me a descer e depois apontou para o banheiro. Desci o meu vestido e fui me limpar enquanto ele foi para a sua poltrona.

Fiquei alguns minutos no banheiro e quando voltei ele olhava intrigado para o computador.

- Como descobriu a  minha senha? – Perguntou estendendo as mãos para mim.

- Óbvio demais. Não é?

- Só você a encontraria. Deveria ter pensando sobre isso. – Ele riu e me sentei em seu colo.

– Eu vi as fotos na proteção de tela.

- Elas são o meu consolo. Todos os dias eu fico olhando para as suas fotos para consolar o meu coração. Fiz tudo errado e quase estraguei o nosso casamento.

- Eu também não fui muito fácil. – Coloquei a cabeça em seu ombro e ficamos olhando para o computador.

- Eu errei e te peço perdão. Tem muitas coisas que gostaria de te contar, mas não tenho coragem. Acho que me odiaria se fizesse isso. – Ele estava muito temeroso e procurei não insistir.

- Quando quiser falar, estarei aqui para ouvir.

- Tenho uma reunião daqui a pouco. Você pode ficar na sala e volto em duas horas. Tudo bem? Quando voltarmos, vamos ao shopping para comprar algumas coisas para o nosso bebê.

- É cedo, amor. – Respondi.

- Já podemos ir pensando na decoração, comprar algumas coisas e ver os moveis e objetos.

- Amor, a Alice ficará chateada se não decorar o quarto. – Fiz beicinho e ele riu.

- Ness, eu nunca tive nada que fosse realmente meu. E agora quero curtir o meu filho. É uma coisa que quero fazer sem interferência da sua família. Tudo bem? Se não quiser comprar nada hoje, podemos apenas olhar e quando soubermos o sexo do bebê compramos as coisas. – A culpa novamente me assolou naquele momento. E se o filho não fosse dele? O que eu faria?
Quis chorar, mas tive que me conter para ele não perceber o que se passava comigo.
A tarde passeamos no shopping, vimos roupas de bebês em algumas lojas, tentamos imaginar o quarto do bebê ao ver as decoração no mostruário. Jacob estava completamente fascinado com aquelas coisinhas para criança e se deixasse, ele teria comprado a loja inteira.

A noite voltamos para casa, tomamos banho juntos e fomos dormir agarradinhos. E novamente tive pesadelos e acordei chorando com as lembranças.

Jacob parecia assustado, mas não queria que eu percebesse algo. Apenas tentava me acalmar e dizia que tudo daria certo.

--- xx---

Viajamos para Nova York no sábado a tarde e chegamos lá a noite. Ficamos hospedados no enorme apartamento comprado pelo meu avô e pude me redimir pela a minha ausência nos últimos meses.

Minha mãe ficou com aquela cara de amora azeda, sempre alfinetando Jacob, e se lamentando pela minha gravidez. Parecia até um agouro a forma como ela falava do meu filho. Cheguei a ficar com raiva e brigar com ela. E meu pai  a repreendeu várias vezes.

Minha avó e minhas tias fizeram festa e cismaram que tinham que fazer a decoração e o enxoval do bebê. Mas Jacob jogou água fria dizendo que ele queria fazer tudo pessoalmente.

Foi bom estar com minha família novamente. Aqueles três dias que ficamos em Nova York nos deixaram ainda mais unidos e nem parecia que havíamos vivido tantas conturbações nos últimos meses. Eu já havia perdoado as humilhações de Jacob e ele me tratava como um cristal prestes a quebrar.

Voltamos a nossa rotina em La Push e tudo parecia ir bem, exceto pelo fato de Seth e eu não nos falarmos mais desde o “incidente”.

Sue notou que havia algo errado e me perguntou o que havia acontecido, mas eu não lhe contei o nosso segrego.

Às vezes eu percebia ele me olhar de longe enquanto brincava com o cachorro. Fingia não ver por causa do meu constrangimento.


Duas semanas passaram tranquilamente e apesar dos meus sonhos, Jacob e eu estávamos em perfeita harmonia.

Rebecca não me infernizava e fazia o possível para se manter longe de mim. Jacob pediu para Sue que eu não saísse sozinha de casa e não atendesse telefone. Tinha medo que a Casy cumprisse com as promessas e me fizesse algo.

Uma tarde eu estava no escritório, navegando na internet, quando Sue me chamou.

- Ness, você precisa ver isso. – Eu a segui até o meu Studio e quando chegamos lá, carregadores colocavam aparelhos de ginástica, enquanto outro rapaz tirava as minhas telas e material de pintura para colocar no jardim.

- O que está acontecendo? Quem deu ordens para colocarem essas coisas ai? – Perguntei enraivecida.

- Eu!  - Rebecca saiu do Studio e ficou me encarando. – Essa será a minha nova sala de ginástica. Você está muito ocupada com as coisas para o bebê e não vai precisar do local.

- Você é louca? Tirem isso agora! – Ordenei para os homens, que me olhavam atordoados.

- Não! – Rebecca disse

- A casa é minha! Tirem agora! – Seth se aproximou e gritou com eles.

- NÃO ESTÃO OUVINDO A DONA DA CASA? ANDEM!

- E o que fazemos com as coisas? Para onde levamos? – Olharam para Rebecca, que continuou firme em seu propósito.

- Levem para o salão! Eu estou pagando vocês. – Eles assentiram e continuaram a entrar com as caixas enormes.

- Você é muito abusada! – Caminhei até ela e a encarei. – Quero tudo isso fora da minha casa! AGORA! –Ela me segurou pelo braço, machucando o meu punho. – Solta!

- Você não manda em nada! O dinheiro é seu, mas quem manda é meu irmão. – Girou meu corpo 360 graus e me empurrou com força contra a parede. Cai de mal jeito, sentindo o impacto em minhas costas. No mesmo instante uma dor forte me assolou e senti o sangramento. Comecei a chorar e pedi ajuda.

- Seth, o meu bebê... eu to perdendo o meu bebê. – Choraminguei caída no chão. Ele correu até mim e os homens olharam assustados. Rebecca começou a pedir perdão e chorar. Ela no fundo sabia o que a esperava.

- Eu não queria! Eu não queria! Por favor, me perdoa! Jacob vai me matar! OMG! Ele vai me matar. – Ela saiu correndo e não vi para onde foi.

Seth correu comigo em seus braços e me levou para o carro.

Durante o caminho, eu só conseguia chorar enquanto ele me pedia para ficar calma. E por mais que tivesse com medo que aquela criança não fosse de Jacob, eu queria muito o meu filho. Eu já o amava demais e sendo quem fosse o pai, era fruto de amor.

O carro correu em alta velocidade pelas estradas de La Push até chegar ao Hospital de Forks.

Fui levada para a emergia ensangüentada e no fundo sabia que meu filho não resistiria. Por isso eu chorava como criança e ao imaginar a dor de Jacob, o meu sofrimento só fazia aumentar.

Os minutos pareciam passar lentamente enquanto a médica me examinava. E depois de me limparem e ela me fazer todo o procedimento, verificou que eu havia abortado.

Fui encaminhada para uma sala de cirurgia para fazer a curetagem ainda chorando muito. Passei por aquele procedimento horrível e depois de um longo tempo, estava deitada em uma cama completamente sedada.

Apaguei completamente e tive alguns sonhos estranhos com Jacob brincando com uma linda menina de uns cinco  anos. Ela era muito parecida com ele, tinha longos cabelos negros, assim como de Rachael e Rebecca, a pele muito morena, os olhos negros, lábios carnudos e o formato do rosto muito parecido. Os dois sorriam alegremente pelo jardim e ela gritava o chamado de pai muitas vezes.

Tive o mesmo sonho muitas vezes e não entendi o motivo daquilo, já que havia perdido o “nosso” filho. E quando acordei, ele estava sentado na beira da cama segurando a minha mão.
Sua expressão de dor era terrível, apesar disso parecia calmo.

- Como você esta, amor? Sente-se mal? – Ele me perguntou franzindo o cenho.

- Estou estranha. – Respondi ainda grogue.

- Ficará tudo bem... Eu prometo. – Ele beijou a minha mão docemente e ficou me analisando.

- Eu perdi o nosso... – Ele colocou o dedo sobre os meus lábios e fez sinal de “SHIII” com a boca.

- Não pense nisso. Tudo bem? Não foi culpa sua e depois eu me entenderei com a culpada. Só pense que ficará bem e depois faremos outro filho.

- Mas...

- Mas nada, amor! – Ficou passando as mãos pelos meus cabelos e ouvimos um toque na porta. Virei o rosto e vi Seth entrando.

- Posso falar com ela? – Ele perguntou, Jacob só soltou a minha mão e saiu sem dizer nada.
Seth caminhou em direção a cama, pegou a minha mão e ficou me olhando.

- Fiquei muito preocupado com você, docinho.- Disso com a voz muito baixa.

- Eu imagino. – Respondi.

- As coisas ficaram estranhas entre nós. Não tive coragem para conversar com você depois daquele dia. Às vezes eu a vejo brincando com o cachorro e tenho vontade de ir até vocês dois. Mas sei lá... entende?

- Sim! Eu me sinto estranha com o que aconteceu. – Desviei os olhos por não conseguir encará-lo.

- Posso te perguntar uma coisa? Se não quiser responder tudo bem. Só olhe nos meus olhos. Ok?

- Fala! – Meu estômago embrulhou. Conhecendo o bem, sabia do que se tratava. Como mentiria para ele? Não tinha como.

- Esse filho... – Ele hesitou.

- Não sei. – Disse envergonhada. – Poderia ser de qualquer um dos dois. Nunca mais saberemos afinal.- Uma lágrima rolou em seu rosto. Sentei-me na cama e ele me abraçou forte.

- Eu sinto como se fosse meu. – Disse baixinho.

- Me perdoa, Seth. Eu fiz tudo errado com você. Tudo o que aconteceu foi um erro. Não quis te usar. Juro que não! Acabei te machucando ainda mais. – Eu estava chorando em seus braços. Tive medo de Jacob entrar e assistir a cena. Sabia que perderia o controle, por isso me afastei. – Jacob pode entrar e sabe bem como ele é possessivo.

- Entendo...

- Como você estar? Como vai a sua vida? Você me disse na ultima vez que falamos que tinha alguém. Qual o nome dela? Vocês ainda estão juntos? – Comecei a tagarelar nervosa. Pensar em Seth com outra me causava ciúmes, mas ele merecia ser feliz com alguém que não fosse eu. Não podia ser egoísta e monopolizar o seu amor.

- Estamos começando uma relação. Ela faz direito na universidade e nos conhecemos na lanchonete. Não fazia parte do meu grupo de amigas, mas agora faz. Ela é bonita, por dentro e por fora, se é que me entende. Sabe sobre você e é paciente. Queria apresentar as duas, mas tenho medo.

- E o nome? – Perguntei arqueando a sobrancelha.

- Larissa. – Respondeu com um singelo sorriso no rosto.

- Leve a sua namorada lá em casa. Eu quero conhecê-la. – Disse com meu coração apertado.

- Tem certeza? – Ele perguntou e eu assenti.

- Quando ao que aconteceu, docinho, não precisa se preocupar. Ninguém sabe sobre nos e se depender de mim as coisas ficam assim. Não tenho medo de Jacob, mas sei que você não agüentaria se ele a abandonasse. – Beijou a minha mão e se levantou. – não era para ser. Nós teremos uma nova chance de ter outro filho... Se é que era meu. – Levantou-se e saiu do quarto lentamente.

No dia seguinte, recebi alta e fui para casa com Jacob. E durante o caminho ele me disse que mandou Rebecca para longe. Ela iria dividir o apartamento com uma amiga de Rachael e trabalhar em um escritório. Havia arrumado um emprego temporário te atendente para ela, assim ele teria tempo de digerir o que havia acontecido. Certamente ele a mataria se cruzasse com ela dentro de casa com ar de deboche.

Naquele dia Jacob não foi para o escritório e ficou trabalhando em nosso quarto enquanto eu via TV.

No final da noite, percebi que ele estava inquieto e andava de um lado para o outro. Parecia querer dizer algo, mas não tinha coragem. Às vezes me olhava e havia uma coisa estranha naquele olhar. Tive medo que soubesse sobre mim e Seth, fazendo o meu coração apertar. Mas resolvi não dar o primeiro passo e esperei até que ele tomasse coragem para falar.
Ele sentou-se ao meu lado na cama, pegou a minha mão e ficou me olhando. Seus olhos estavam cheios de lágrimas quando finalmente começou.

- Ness, eu queria conversar sobre uma coisa. Preciso te fazer uma confissão. Combinamos que não haveria mais mentiras entre nós. Vou te contar tudo e quero a verdade de você. – Meu coração gelou naquele momento. Arregalei os olhos, comecei a chorar e Jacob também. Sabia que aquela conversa seria decisiva para nós dois.

Nota
Amores, tenho uma boa noticia para vcs. Eu já postei o regulamento para o concurso de Short no meu perfil. O Staff do Nyah aprovou a postagem do concurso e por isso não preciso me preocupar em ser denunciada. Quem for concorrer tem até o dia 30 para enviar.
O meu bebezinho (notebook) chegou ontem a noite e agora poderei fazer os caps para vcs. Estou muito feliz de tê-lo de volta. O único problema é que continuo sem acesso a internet de casa e dependo da minha sobrinha, e algumas vezes de Lan House.
Bem sobre o cap, não consegui chegar aonde queria, que era na parte das revelações dos dois. Não sei se vcs estão recordadas, mas a Ness ainda não sabe sobre a vingança. Ela sabe sobre a amante e sobre o roubo do dinheiro no seu cartão. No próximo cap, teremos as revelações e uma surpresa inesperada da parte do Jacob. Não posso dizer exatamente o que, mas eu não engravidei a Ness sem motivos. Kkkk Não dou ponto sem nó.
Os próximos caps serão mais rápidos e tentarei compactar os eventos em poucos caps para a fic acabar no inicio de fevereiro. Então teremos fortes emoções e ai vcs saberão quem morrerá e qual o motivo. O que posso dizer é que tem muita gente na linha de tiro. Kkkk
Bem, vou deixá-las ler o cap e voltarei a trabalhar.
Boa leitura para vcs!

N/Heri: Nossa que capitulo tenso.  A Casy quebrou a cara quando a Ness respondeu... Falem ai meninas está lindo os dois juntinhos no maior love. Pense num homem que sabe acalmar uma mulher...aff!  E esse papo com Seth? Hum...agora as revelações a seguir, continua tenso...ele vai confessar tudo? E ela vai também?...comentários gente pra ela postar logo....bjs girls.


2 comentários:

Polly disse...

GENTE SUPER EMOCIONANTE
sê que matar nós eu morrendo de ansiedade tou a ate tremendo agora
BJS ansiosa por mais

Deia disse...

Ai, to chorando aqui, snif, snif...
Como é que pode que o que vc escreve meche tanto com a gente?
amo essa fic, esta entre as minhas preferidas.

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