Guerra dos Sexos JakexNess13

Um dia de compras

- Estamos aqui para renovar o seu guarda-roupa. – Jacob disse enquanto tentava arrastar Ness de um sexy shop. Ela estava empolgada e não dava o menor sinal de querer sair dali. Fazer compras com ele em um lugar daqueles era bem excitante.

- Ah, vamos! – Ela pediu fazendo beicinho. – Olha só esse vibrador! – A coisa era rosa, feita de material de silicone e enorme. Ela pegou e começou a brincar, enquanto Jacob fazia cara de poucos amigos. – É tão grande. Acho que não vejo um desse tamanho... Ah,não! O seu amigo ai – Apontou para baixo. – Não deixa nada a desejar. – Começou a rir histericamente. – Parece uma anaconda, mas eu já vi maior. – Mordeu os lábios e fez cara de safada.

- Maior¿ Quem¿ - Ele perguntou cruzando os braços. – Não quero saber... Não me fale! – Balançou a cabeça de forma negativa, enquanto olhava para Ness brincando com a coisa. - Vamos embora desse lugar.

- Eu não pretendo te contar, mas sabe que gosto de jogos. Podíamos brincar ... – Ele nem a deixou terminar e colocou o dedo e seus lábios.

- Não quero saber sobre os seus amantes e muito menos dos seus jogos. – Disse severamente.

- Não fica curioso. Podíamos brincar um pouco com essas coisinhas.  – Ela apontou para a prateleira em frente. - Você ficaria uma gracinha com uma daquelas fantasias.

- Não mesmo, Ness. Vamos embora! – Ele ordenou, puxando-a pelo braço, enquanto colocava o vibrador em uma prateleira.

- Tudo bem! Tudo bem! Você está me saindo muito rabugento, mas eu te perdôo. Para onde vamos agora?... AIMEUDEUSSSS! OLHA AQUELA BLUSA! – Ela se soltou dele e correu para a vitrine. Havia uma blusa verde, que realçava as curvas do corpo e deixaria os seios exuberantes em evidência através do enorme decote.

- Não! Estamos aqui para evitar esse tipo de roupas. Temos que repaginar você. – Jacob tentava tirá-la da frente da loja. Ela continuava sonhando com a blusa em seu corpo.

- Essa blusa ficará perfeita em mim. Não entende¿ - Ela nem olhava para ele, somente para a vitrine.

- Quando olha uma roupa, o que espera dela¿ - Ele perguntou e ficou observando como parecia uma criança.

- Eu¿ - Ela deu um giro de 360º e parou de frente para ele. – Deixa eu ver... Bem, eu imagino como a roupa realçará meu corpo. Ela tem que ser do tipo que você olha e pensa: “Hum, dá vontade de comer! Gostosa! Delicia!” – Ele parecia não acreditar no que ouvia. “Ela dizia sem pudor que gostaria que sentissem vontade de comê-la¿”

- Não! Você é completamente louca. Uma roupa não pode ser apenas para te desejarem. Você precisa se sentir bem, bonita e confortável. Ninguém pode se sentir confortável com os mamões pulando para fora. Sem falar no frio. Essa mini blusa deixará sua pele exposta ao tempo e você sentirá frio. – Ele argumentou.

- O frio compensa e os meus mamões são lindos. O que é bonito é para se mostrar. – Ela rebateu. – É o meu corpo. – Ela apontou o dedo para os seus seios. – Eu mostro ou escondo se quiser. Não venha me dar ordens, Jacob Black. – Colocou as mãos na cintura e o encarou.

- Você parece uma dessas garotas de rua. Não tem classe, estilo e elegância. Fala como se fosse arruaceira que se mente em brigas. Fala sério! O que adianta ter dinheiro se tem alma de pobre¿ - Ela deu as costas e caminhou para a porta da loja. – Não me dê as costas, garota irritante. – Ele segurou o seu braço.

- Dá para soltar¿ Vou começar a gritar. – Ela o ameaçou e ele riu debochadamente.

- Duvido disso! – Ele desdenhou.

- AHHH! TARADO! LADRÃO! ESTUPRADOR! – Ele a abraçou forte por trás e colocou as mãos sobre sua boca.

- Você é louca! Vão acabar me lixando por sua causa. – Reclamou enquanto a arrastava para o outro lado. As vendedoras da loja olharam assustadas para os dois. – Minha esposa... – Ele levantou a mão e mostrou a aliança.

- Dá para soltar¿ Agora! – Ela ordenou.

- Vamos procurar uma loja que venda roupas bonitas, elegantes, estilosas e comportadas. – Ele disse arrastando a pelo braço.

- Eu não quero nada disso. – Ela reclamou enquanto andavam. – Olha aquela calça¿ Ela é... Irada! Eu quero... – Ela ameaçou correr para a porta da loja e ele a segurou por trás.

- Você tem milhares de calças como aquela. Além do mais, ela tem o cós tão baixo, que mais um pouco mostraria os seus pentelhos. – Ele a puxava na direção oposta, mas ela tentava voltar para a loja.

- Jacob, aquela calça é linda e não se parece com as minhas. Além disso, eu não tenho tantos pentelhos. Você sabe bem que eu faço depilação com cera quente. A minha pererequinha é linda. Não é¿ - Ela riu maliciosa para ele.

-           E como é... Mas... Não vai me distrair, dona Renesmee. – Ele segurou a sua mão e começaram a andar.

- Se você me deixar comprar aquela calça, posso te recompensar de muitas formas. – Disse manhosa.

- Sem calça ou com calça, você vai me recompensar. Eu sou irresistível e você não tem como escapar do meu charme. Sabe bem disso, bebê. – Ela o empurrou e olhou feio.

- Você não é irresistível e não é o último biscoito do pacote, Jacob. Como você, existe um milhão por ai. Não venha se fazer de gostoso comigo, meu caro. Eu posso até fingir múltiplos orgasmos, mas não se engane comigo. – Ela deu de costas e começou a andar.

- Você finge¿ Conta outra, garota. – Ele a seguiu e segurou o cotovelo.

- Finjo sim! – E começou a imitar no meio do shopping. As pessoas passavam e olhavam para os dois. Ele estava morrendo de vergonha. Ela não estava nem ai. – OH, JACOB! VAI! ASSIM! TO CHEGANDO LÁ! AHHHH, QUE GOSTOSOO! HUMMM ÁNÁN

- Para com isso, sua louca! – Ele a sacudiu e tentou não olhar para as pessoas que passavam e balançavam a cabeça.

- Eu finjo bem, queridinho. E quando disse que já vi “coisinhas” grandes não menti. A sua não foi a maior e nem a melhor. – Ela mentiu e desdenhou dele descaradamente.

- Olha só, você está começando a me irritar, garota. Já estamos aqui mais de vinte minutos e não compramos nada. O que você pretende com isso¿ Inferno! Para de me irritar ou pagará muito por isso.

- Vou pagar, é¿ AI QUE MEDO!HUMMMM – Ela colocou as mãos na cintura e se sacudiu.

- Você não acha que já pagou micos demais por hoje, Renesmee Black¿ - Ele segurou seu braço e começou a arrastá-la novamente.

- Eu quero aquela calça, quero aquela blusa e você está me impedindo de comprar. Você! – Ela apontou para ele. – Está privando o meu corpo daquelas roupas que foram feitas para ele. EU QUERO!

- NÃO! Só temos dois mil dólares em cada cartão de credito. Se você começar a comprar essas roupas de piriguetes, não sobrará para comprar as roupas “decentes”.

- E qual o seu conceito de decência, Jacob¿ Posso saber¿ - Ela começou a bater o pé como criança.

- Vai sair vestida como uma “PU”. Você agora é uma mulher casada e precisa se dar ao respeito. – Ele disse parando em frente a uma loja. Era do tipo de roupas finas e de classe com queria. A maioria dos manequins pareciam vestidos para ir a reunião de trabalho ou para irem a uma entrevista de emprego.

- Respeito¿ Dê-se ao respeito primeiro.  – Ela bufou.

- E quando eu te desrespeitei¿ QUANDO¿ Faça um favor para nós dois, garota, dá um tempo e para de agir como criança. – Ele disse furioso.

- Você me trata como se eu fosse sua “PU”. Acha que isso não é falta de respeito¿ - Ela questionou.

- E você age como o que¿ Como uma lady¿ OH, isso é novidade para mim. A donzelinha se sente ofendida¿ Eu te assumi na frente de todos e você não se dá ao respeito. Fica se exibindo para todos. Quer que te chamem de gostosa¿ Eu me esqueci que já te provaram.  – Jacob já sentia o sangue fervendo em sua cabeça. Estava a ponto de estapear a esposa.

- Você só fez se exibir comigo, Jacob. Não venha se fazer de ofendido, ta¿ Agora eu sou a bola da vez. Não ache que tenho ilusões românticas com você, porque te conheço bem. Você já me magoou demais. Sei bem que logo vai se cansar e me dar um pé na bunda. Não tenho esperanças com você. Nunca sentirá o mesmo por mim. Eu para você sou apenas um investimento lucrativo. Enquanto estiver casado comigo, terá dinheiro, carros, conforto e além de usufruir tudo o que a vida pode te oferecer de bom, ainda tem um belo traseiro para usar e exibir. – Ela já sentia as lágrimas no canto dos olhos. Não iria chorar... Não mesmo.

Ele sentia a bile em sua garganta. Não acreditava que depois de tantas demonstrações de amor, ela ainda o acusava daquela forma. Não tinha confiança ou respeito por ele. Começava a suspeitar que o casamento duraria menos do que as apostas que foram feitas. Os dois ficaram em silencio. Cada um olhou para um lado e depois ele quebrou o gelo.

- Vamos entrar. – Pegou a mão dela e entraram na loja.

Ness não disse mais nada. Olhou a sua volta, vendo que não tinha nada que quisesse naquela loja. Sentia vontade de sair correndo.

Enquanto Jacob observava algumas roupas nos cabides, pensando como ficariam nela, uma vendedora se aproximou e lhe ofereceu ajuda. Do outro lado, Ness olhava os sapatos, que eram lindos e pediu alguns para experimentar. Observou Jacob de longe com a vendedora e depois desviou o olhar.

- Essa calça é linda e é neutra. Pode ser usada com qualquer cor de blusa, combina perfeitamente com vários tipos de acessórios e cai muito bem no corpo. Olha o caimento ela. Acho que sua namorada ficará linda. E pode ser usada tanto de dia quanto a noite. – Ela jogava charme para Jacob e ele estava entrando no clima.

- Hum! Acho que preciso ver como ela fica no corpo, mas acredito em você quando diz que é linda. – Ele deu um sorriso presunçoso e piscou para ela.

- Venha! Mostrarei mais peças. – Ela tocou o braço dele e os dois caminharam para o outro lado da loja.

Já estavam num clima de azaração, quando Ness pôs os olhos nos dois e ficou observando enquanto experimentava mais um pé de sapato.

- Esse é Lindo. Pode separar que levarei. – Ela disse para a vendedora que a atendia, enquanto observava Jacob e a outra moça. A garota jogou os longos cabelos loiros para trás, deu um sorriso malicioso e ficou encarando o rosto de Jacob. Ness sentiu o sangue subir e se dirigiu para os dois.

- Posso saber o que está acontecendo¿ - Ela perguntou abraçando Jacob por trás.

- Mel está me falando sobre as combinações de roupas e me mostrando umas peças bem legais. Acho que você ficará linda com elas.

- “Mel”¿ - Ness perguntou arqueando a sobrancelha, enquanto dava um sorriso debochado. – Por que a “Mel” não me mostra as roupas então, amor¿ - Ela deu um olhar desafiador para a garota, que tremeu de medo. – Vamos lá, “Mel”! Dê-me essas roupas que você escolheu. – Ness puxou as roupas das mãos da garota, que estremeceu.

Depois de muitas indiretas e ironias, Ness começou a experimentar as roupas. Saia do provador e desfilava para Jacob e para “Mel” se exibindo. Fazia caras e bocas debochadas e imitava a musa “Gisele” desfilando. Sentia-se uma songa monga com aquelas roupas de velha, que mesmo elegantes e com ótimo caimento em seu corpo, a deixavam com ar de mulher bem mais velha. Odiava as roupas, odiava a loja, odiava ainda mais as vendedoras... Principalmente a “Mel”. “Não gosto de nada!” “Pareço um bolo de noivas!” ”Essa é para entrevista de emprego.” “Hum festa chiq chiq” “Madrinha de casamento” E Ness desfilava, gargalhava e zombava de “Mel” e Jacob.

Por dentro estava mordida com os dois. Todas as vezes que voltava de uma troca de roupas, percebia os olhares que trocavam e como a “PU” estava derretida para ele. Chegou um momento em que não aguentou e explodiu. Foi logo após sair do provador, com as peças nas mãos, e os dois bem juntos perto de uns cabides... Ah “FDP” ! Ela pensou com raiva.

- O que é isso¿ - Ela se dirigiu para eles e Jacob a olhou, fingindo não entender nada.

- A Mel está me mostrando os óculos. Esse está lindo. – Ele apontou para o óculos.

- É por isso que essa “Vadia” está em cima de você¿ Está colocando óculos em você¿ Por acaso você perdeu a mão¿ Ficou aleijado¿ AH, não! Está maluco! Ou querendo ficar capado. – Ela se sacudiu toda e partiu em direção aos dois, pegou o braço da vendedora e a puxou para longe.

- EU QUERO FALAR COM A GERENTE DESSA ESPELUNCA!- Ela gritou com a garota e todos na loja a olharam.

- O que se passa¿- Uma mulher alta, ruiva e elegante, vestida com um vestido cinza de aproximou delas.

- Renesmee, por favor não me faça passar vergonha. – Jacob sussurrou em seu ouvido e a puxou para trás.

- Vergonha¿ Sabe o que é vergonha¿  - Ela apontou para a vendedora. – Vou te dizer o que é vergonha. – Ela se virou para a gerente. – É quando você é feita de otária e o “SEU MARIDO” fica flertando com uma “vendedorazinha ridícula”.

- Senhora, por favor, não grite. Está chamando a atenção das outras clientes.  – A mulher pediu pacientemente. Jacob estava vermelho e se pudesse se jogaria dentro do primeiro buraco que encontrasse. Ness, no entanto, parecia bem familiarizada ao barraco.- Acho que aconteceu um mal entendido. Melissa é uma das melhores vendedoras que temos e muito prestativa. Tenho certeza que entendeu errado.

- Melissa¿ Ela pediu que “meu marido” a chamasse de “Mel”. Não é mesmo, amor¿ - Ela perguntou trincando os dentes. – Suas vendedoras se insinuam para homens casados quando as mulheres estão nos provadores¿ - Ela cruzou os braços e começou a bater o pé de forma impaciente. – Eu exijo que essazinha seja demitida! – Ness ordenou.

- Eu não a admitirei. Tenho certeza que foi um mal entendido. – A gerente olhou para a vendedora, que chorava, e para as outras clientes que se espreitavam ao redor para ver a confusão.

- Então aprova essa pouca vergonha¿ Essa loja além de só ter roupas feias, antiquadas, cafonas e sem graça, ainda tem um monte de vendedoras e gerentes ridículas que dão em cima de homens casados. Essa é boa!  - Ness ameaçou partir para cima da gerente e Jacob a segurou pela cintura e a puxou para trás.

- Senhora, podemos contornar isso. –A mulher pareceu hesitar. Já estava perdendo a paciência, mas a loja estava cheia e não poderia agir por impulso. - Olha pode levar o que quiser com desconto de 50%. Não precisa gritar, xingar ou ofender. Estamos tentando dar um jeito na situação, mas se continuar com essa histeria, terei que chamar os seguranças para conduzi-la até a porta.

- O QUÊ¿ ACHA QUE SOU ALGUMA POBRETONA QUE PRECISA DOS SEUS DESCONTOS¿ ACHA QUE VOU DESCONSIDERAR A HUMILHAÇÃO QUE “ESSA RIDICULA” ME FEZ PASSAR POR UM MISERO DESCONTO¿ - Gritava ainda mais - EU TENHO DINHEIRO! SOU MILIONÁRIA E POSSO COMPRAR TODA ESSA DROGA!- Ness se descontrolou e Jacob começou a arrastá-la para fora da loja.

- Sua doida! Fica quieta! Para!- Ela lutava com ele enquanto saiam da loja.

- Seu “FDP”! Acha bonito o que fez¿ Você não pode exigir respeito nenhum meu. Entendeu¿ Eu sairei com quem eu quiser, quando eu quiser e você não fará nada. SEU CRETINO! SAFADO! SEM VERGONHA! EU TE ODEIO! – Ela começou a bater nele, que se defendia. As pessoas dentro e fora da loja olhavam a cena bizarra. Os seguranças, que até aquele momento os acompanhavam de longe se aproximaram para ver o barraco. Ness sentia o ciúme rasgando o seu coração. Queria matar a garota que se jogou para cima de Jacob. Mas com ele queria fazer coisa pior. Era um traidor  e não merecia compaixão.

Depois de alguns minutos de gritos e brigas na frente da loja, Ness finalmente se acalmou e pode se recompor.

- Acabou o chilique¿ - Ele perguntou com raiva.

- Eu não te perdôo seu traidor. – Ela disse cruzando os braços.

- Eu não fiz nada. – Ele se fez de inocente, mas sabia que ela não estava completamente errada. Não que aprovasse o escândalo que fez. Contudo sabia que estava dando mole para a vendedora e que a garota estava praticamente se jogando em seu colo. Começava a gostar do jogo quando Ness percebeu e começou o ataque. Estava arrependido daquilo. Já tinham muitos motivos para brigas. Agora ele lhe dava mais um...”Inferno!” Pensou.

- AH, mas você é tão... tão... tão inocente. Tenho até dó de você. – Bateu com força no braço dele. – Sonso! Cretino! Eu te odeio!

- Vem cá, neném! – Ele a puxou pelo braço.- Não tenho culpa de ser irresistível. Eu sou completamente inocente. – Ele fez cara de ingênuo para ela.

- AIMEUDEUS! – Ela gritou. Pediu para a outra vendedora separar o sapato. Com a confusão acabou os deixando de lado.

- O que foi agora, Renesmee¿ - Ele perguntou sem paciência.

- Os sapatos¿ Eu preciso dos sapatos. – Ela disse. – Eu me esqueci dos sapatos.

- Que sapatos¿ - Jacob perguntou sem entender.

- Eu preciso daqueles sapatos e você voltará lá, Jacob. Só posso ser feliz com aqueles sapatos. – Ele a olhou de forma estranha. Ela era mais louca do que pensava. Como ele poderia voltar depois do escândalo que fez¿ não! Ele não iria

- Por favor! Por favor! Por favor!- Ela começou a pular na frente dele, com as mãos unidas como se estivesse fazendo uma oração.

- Não! Não! E não!- Ele respondeu dando de costas.

- Isso tudo é culpa sua. Eu preciso daqueles sapatos e se você não os conseguir para mim, dormirá no seu quarto no próximo mês. Eu irei para todas as boates de Washington e aprontarei tanto que você se arrependerá de ter se casado comigo. –Ela ameaçou.

- Eu já me arrependi. – Ele disse dando de ombros.

- Muito bem! É isso¿ É sua ultima palavra¿ Tudo bem!  - Ness ficou na frente dele e começou a tirar a roupa. Tirou a jaqueta e quando tiraria a blusa, ele segurou a sua mão.

- O que está fazendo, sua doida¿ - Ele a sacudiu furioso.

- Ficarei nuazinha nesse shopping. Como vim ao mundo se você não conseguir os meus sapatos. Eu estou te avisando, Jacob. Faça algo antes que seja tarde demais. – Ela ameaçou.

- Inferno, Ness! – Ele a soltou e ela colocou a jaqueta.

- Vai conseguir os sapatos¿ - Ela perguntou calmamente como se não houvesse acontecido nada.

- Eu tenho outra saída¿  - Ele perguntou cansado da discussão. Nunca pensou que uma ida ao shopping poderia dar tanta confusão.

- Acho que não. – Ela deu um sorriso convencido.

- Como são esses sapatos¿ - Ele perguntou.

- Preto, brilhante, tem um laço na frente, o salto é bem alto e fino. Pergunta para a vendedora baixinha e gordinha. Pedi para separar para mim.

- Para que você quer um sapato desse tipo, se deve ter uns trinta iguais¿ Eu não entendo as mulheres. Simplesmente é impossível entender isso.

- Você não tem que entender. Tem que comprar! Vá lá e compre os sapatos. Não dê mole para a “Mel” – Ela enfatizou tanto o nome da garota, que a voz ficou melodicamente enjoada. – Estarei olhando daqui. Se você ficar de gracinha com ela, quebro a loja inteira. Vamos todos para uma delegacia. Não duvide de mim, querido. Sabe que sou doida. – Ela o ameaçou.

- Você comeu “M” quando era bebê. Eu deveria saber disso. Como não percebi que você é uma doida de pedras. É caso para internação em manicômio.  – Ele respondeu.

- Se me mandar para um manicômio, perde o dindim do meu avô. É melhor ficar rico com uma doida a tira colos, do que ficar na “M”. Não se faça de engraçadinho comigo, Jacob. Agora vá!  - Quando Jacob se virou e foi para a loja, viu todas as vendedoras e as clientes observando de longe. Ele ficou vermelho. Era humilhação demais para uma pessoa. Se não fizesse o que ela queria, as coisas ficariam ainda mais complicadas.

 - A minha “doce e meiga esposa” pediu para você separar um par de sapatos para ela. – Jacob disse com a cara de pau para a vendedora. – Poderia pegá-los para mim¿ - Ele pediu.

- Não! – A gerente falou e ele se virou para encará-la.

- Olha, a minha esposa é um pouco tempestuosa, sabe. – Ele riu debochadamente. – Sei que a loja está sob sua responsabilidade, mas não pode me impedir de comprar os sapatos. Ela pode ficar ainda pior. Pode fazer um escândalo ainda maior. Os prejuízos seriam grandes demais. Ela não se importa em pagar ou ser processada. Seria ruim para todos se ela não tiver os sapatos que deseja. Estou tentando ser cordial e manter a calma nessa situação.

- Sua esposa perdeu o direito de ser atendida. – A mulher falou.

- Eu não! Não complique as coisas, senhora. – Jacob disse.

- Senhora¿ - Ela perguntou ofendida.

- Você é linda, sensual e elegante, mas não é nenhuma garotinha. Pode ser razoável ou terei que ir até lá e dizer a ela que não terá os sapatos¿- Perguntou de forma arrogante.

- Olha aqui, rapaz... – Ela começou a se exaltar.

- Ai meu santo saco! Hoje não é meu dia. Nossos advogados procurarão os responsáveis legais pela loja. – Jacob se virou para ir embora sabendo que a mulher voltaria atrás.

- Espere! – Ela chamou. – Madeleine, pegue os sapatos que a “esposa” dele pediu. – Ela ordenou tentando controlar a voz.

- Obrigado! – Jacob se virou para a mulher e se apoiou no balcão. A vendedora pegou a caixa que estava embaixo da bancada e a colocou sobre o balcão. Jacob a abriu e viu o par de sapatos. “O que tinha de diferente naquilo¿ Ness fez aquela cena toda apenas para o deixar doido. Só poderia ser.” – Esses são os sapatos¿ Mulheres... – Resmungou. – Jacob olhou os sapatos e viu que estavam gastos, arranhados e davam a impressão de usados. – Não podem ser. Olha, sei que vocês estão loucas para se vingar dela. Só que usar sapatos para isso é ridículo. Ela entrará como uma doida varrida nessa loja e vai arrumar outro escândalo. Arrume sapatos decentes para eu levar. Não posso levar isso. – Ele disse apontando desdenhosamente para o par de sapatos.

- Madeleine... – A Gerente olhou para a garota, fuzilando a, e ela foi pegar os sapatos embaixo do balcão. – Desculpe! Sabe como são as jovens. Tão vingativas. – Ela disse de forma arrogante.

- Se você sabe como são as jovens,deveria escolher melhor as vendedoras. Esse tipo de erro é primário, ridículo, imaturo e pode lhe custar um processo. – Ele respondeu divertido. Os dois trocaram olhar, lutando silenciosamente, e permaneceram calados. Naquele momento, Ness entrou correndo na loja e as vendedoras se esconderam quando a viram entrar.

- Jacob! Jacob! Jacob! – Ela entrou ofegante.

- O que foi, garota¿ - Ele perguntou já estressado com aquilo tudo. Se fosse outra de suas infantilidades, faria com que pagasse. - O que foi, Ness¿ Qual é a crise agora¿ - Ele perguntou observando o seu rosto assustado. Percebeu que algo realmente ia mal. A gerente ficou observando os dois e tentava entender a situação.

- Bella... – Ela ofegou. – Me ligaram do hospital. Aconteceu alguma coisa com a Bella no consultório. Precisamos ir para lá, Jacob. Alguém a atacou e ela está ferida. Eu não entendi bem o que a atendente da minha medica tentava explicar. Mas sei que é grave. Vamos, Jacob! – Ela o puxou pelo braço.

- Espera, Ness! E os sapatos¿ - Ele perguntou olhando para a gerente.

- Quem se importa com esses malditos sapatos¿ Eu devo ter uns cem pares e nem tenho tempo para usar. Vamos logo!- Ela o puxou da loja e gerente ficou balançando a cabeça em sinal de negativo.

- Mulheres... – Jacob resmungou enquanto corriam para a porta.

[...]

Bella estava no consultório da Dra Elizabeth. Já havia tirado as roupas e colocado a camisola azul. Estava deitada na maca para ser examinada quando a Dra pediu licença.

A Dra recebeu uma ligação da escola do seu filho, onde um homem informava que o menino havia sofrido um acidente e que fora transferido para o hospital. A médica estava desnorteada demais. Tentou ser gentil com a paciente e explicou a situação. Conversou com a sua secretária e pediu que remarcasse para as oito horas da manhã seguinte.

- Você um dia será mãe e saberá como é isso. – Disse para Bella

Depois de se desculpar pela décima vez, a médica pediu que Bella se trocasse para ir embora. Saiu apressadamente do seu consultório para ir ver o filho no hospital.

Assim que saiu, um homem tocou a companhia e a atendente abriu a porta para que entrasse. Ele estava com uma enorme caixa, sob carrinhos e a empurrou. Ele conversou habilmente com a atendente e explicou que estava com um novo aparelho para a médica. Ela pareceu surpresa e disse não saber de nada.

Alguns segundos depois, o homem pediu para ir ao banheiro antes de ir embora. A atendente apontou a direção e continuou o seu trabalho. Estava esperando que Isabella Marie Cullen saísse para remarcar a consulta. Estava tão distraída que não percebeu quando o homem veio por trás e colocou um pano em sua boca. O cheiro forte penetrou as suas narinas e a deixou sem sentido.

O homem deitou a moça no chão e foi para a sala da médica. Isabella estava de costas, atrás das cortinas, trocando de roupas. O homem se aproximou na surdina e a pegou por trás. Bella tentou gritar e lutar. Ela se sacudiu para se libertar do homem, que a deixou inconsciente.

A menina estava caída no chão, quase nua e totalmente indefesa. Era a chance que precisava.

Quando ele e virou para tomá-la nos braços, levou um choque e viu que havia cometido um grande erro... “Aquela não era Renesmee Black. O que ele faria¿ Como daria um jeito naquilo¿”

Ele teve muito trabalho e pouco tempo para armar tudo rápido. Tirou a médica do caminho, com uma ligação onde a informava sobre um acidente com o filho. Conseguiu uma autorização falsa para entrar no prédio, carrinho e caixa para tirar o corpo inerte da garota, um pequeno caminhão de mudança, que deixara nos fundos do prédio. Ele armou tudo e agora nada daquilo tinha importância. Tinha que sair dali antes que a atendente acordasse ou que alguém descobrisse as duas moças apagadas.

Saiu esbravejando do consultório, levou o carrinho com a caixa para o elevador de serviço e mais que depressa o levou para a porta dos fundos, onde o caminhão estava a sua espera.

Ao chegar no caminhão, ligou para o seu contratante para dar as más noticias.

- Alô!

- Fez serviço¿ Já está com a garota¿ - O homem perguntou.

- Deu tudo errado. A garota que estava no consultório era outra Cullen... Bella. – Ouviu o homem bufar do outro lado da linha. Pareça nervoso naquele momento.

- A menina está viva¿ Fez alguma coisa a ela, seu incompetente¿ - Perguntou furioso.

- Ela está viva. Só apagada. Deve acordar em algumas horas. – Respondeu.

- Melhor assim! – Ficou em silêncio. – Dê um jeito de eliminar Jacob, Sam e me trazer Renesmee. Isso está demorado demais. O FBI já está investigando o caso e quanto mais tempo passar, mais complicado ficará para mim.

- Pode deixar,chefe. – Ele respondeu.

- Outra coisa... A garota o reconheceu¿ - Ele perguntou.

- Não! Eu a peguei de costas, ela tentou lutar e eu a apertei um pouco antes de jogá-la no chão. Ela na viu o meu rosto. E a atendente da médica não me conhece. Além do mais, estou com disfarce.

- Fico mais tranqüilo. Agora só me ligue quando tiver boas noticias. – O mandante disse e desligou.

Nota Glau

Ai ai girls? Esse cap foi só para descontrair um pouco. Eu estava com saudade dos barracos desses dois. E como o outro cap foi bem tenso, resolvi aliviar um pouco. Mas não acostumem com isso. O próximo cap pegará fogo e teremos duas personagens importantes para a fic. Talvez a partir da chegada deles dois vocês consigam desvendar um pouco dos mistérios e do passados dos Cullens. É só aguardar.

Agradeço aos muitos comentários e as 15 recomendações que a fic teve. Eles são a minha grande inspiração.

Eu já não ando com pique para escrever tanto e desde que a tendinite se agravou há alguns meses tenho tentado me preservar. Só que eu estou tão apaixonada por essa fic, que se pudesse escreveria todos os dias.

Bem, se eu for postar o cap na sexta ou no sábado deixo mensagem no meu facebook. Quem não me add pode fazer isso. OK? Eu só tenho que terminar o livro Dezesseis Luas, para começar o novo cap da fic.

A Heri e a Leka estão ausentes nesse Cap. As duas estão enroladas com problema particulares e não puderam betar.

Agradeço a minha amiga Valeria que fez a revisão para mim. VAL OBRIGADA PELA AJUDA!

Bem, nem preciso dizer que amo ocês. Kkkk E mais ainda os comentários. Por isso comentem... Vou mandar um pouco de ectoplasma para as minhas fantasminhas. Essas minhas leitoras vivem dando uns perdidos por ai e me abandonam. BUA BUA BUA.

Boa leitura e bjus no core