domingo, 23 de outubro de 2011

A mansão dos segredos





A mansão dos segredos
Autora: Candace Camp

Gente o livro que vou indicar hoje é A mansão dos segredos da Candace. Eu sou completamente suspeita para falar dessa autora, que simplesmente AMO. Para terem uma idéia, depois que comprei os dois primeiros livros, da série As casamenteiras, comecei a vasculhar a Estante Virtual e o mercado livre atrás dos demais livros dela. Só tem um livro, em português, que não consegui comprar. Ele só está a venda na Harlequin de Portugal e essa editora não envia para o Brasil, chamado Prometa-me o Amanhã. O que quero dizer é que para mim a Candace é simplesmente perfeita e amo tudo o que ela escrever. Por isso digo que sou suspeita para falar dela.

O livro relata nada mais nada menos que a estória do libertino Conde de Ravencar, Devil  Aircount, que assim como os seus antecessores, dilapidou o patrimônio da família e encontra-se a beira da falência. O conde precisa se casar rapidamente com uma herdeira rica, para tentar salvar o que resta para os Aircounts, mas pela a sua reputação infame  não consegue nenhuma noiva de boa família para desposa. Sua ardilosa mãe, encontra uma herdeira americana, filha de um comerciante, que está louca para ver a jovem fazendo parte da nobreza inglesa. O único problema é que Miranda não é uma mocinha ingênua e fácil de ser manipulada. Logo nos primeiros capítulos do livro, ela mostra a que veio e coloca o Devil em seu devido lugar. Ela o humilha e expõe a cruel realidade: ele é nada mais nada menos de uma forma de conseguir posso da mansão dos Aircount e virar uma condessa.

Os dois entram em choque e o nosso conde pouco a pouco começa a se interessar realmente por Miranda. Mas para ele, um libertino experiente, não será nada fácil seduzir uma mulher de personalidade tão forte e decidida. Terá que abandonar o antigo estilo de vida e o pior, uma amante por quem Devil se viu apaixonado e manipulado por  anos.

Não vou contar mais, o que posso dizer é que a estória é maravilhosa e você se divertirá com esse casal tão estranho, personagens carismáticos e uma pitada de suspense. Tenho certeza que ao final do livro, terá vontade de ler os outros dois livros da série e os demais livros da Candace.

Esse livro faz parte da Trilogia Aircount e pode ser encontrado na Harlequin Brasil e nos sebos da Estante virtual. Essa é uma deliciosa trilogia que fala sobre a família Aicount.

Sinopse:

Há várias gerações, terras e títulos de nobreza foram concedidos à família Aincourt pela sua lealdade ao rei. A antiga abadia Darkwater, no entanto, veio com uma maldição: nenhum Aincourt que a possuísse conheceria a felicidade

Devin Aincourt, conde de Ravenscar, jamais pediu permissão para ser o que é — um verdadeiro libertino. Renegado pelo pai, Devin é feliz em sua existência amaldiçoada, vivendo-a de forma hedonista, gastando todo o dinheiro herdado e não dando a menor atenção à administração de Darkwater, à beira da ruína. Até que um dia, sua mãe implora para que ele recupere a fortuna e o nome da família e se case com uma rica herdeira americana. Acreditando ser apenas uma união no papel, Devin concorda em casar-se com Miranda. No entanto, o que ele não imagina é que esta estrangeira decidida e autêntica tem seus próprios planos: restaurar Darkwater, tornar a propriedade rentável novamente, arrancar o conde das garras da amante e ganhar seu coração.

Trecho:

"— Não! — Desvencilhou-se dele que, assustado, soltou-a. Devin ficou parado observando-a, os braços inesperadamente vazios, o fogo queimando, insatisfeito, por suas veias.
Miranda alisou o vestido e levantou a mão para colocar uma mexa de cabelo solto de volta no lugar.

— Francamente, lorde Ravenscar — disse ela, tentando passar toda a calma que podia na voz. Não podia deixar que ele percebesse como conseguia abalá-la com facilidade; isso seria humilhante demais, — Esta não é a hora nem o lugar. Qualquer um pode se aproximar de nós a qualquer momento.

— Eles não irão. — Sua voz era baixa e, ficou surpreso ao perceber, quase trêmula com a intensidade de seu desejo. 

— Nós podemos ir mais para adiante. Conheço um lugar... — Devin parou abruptamente, percebendo horrorizado que estava quase implorando.
Uma raiva comedida transpassou Miranda pelo fato de que ele conhecia o melhor lugar perfeito para seduzir uma mulher no jardim da irmã.

— Sim — disse ela, friamente. — Tenho certeza de que você teve uma vasta experiência ali adiante. Entretanto, não tenho a intenção de ser mais uma de suas amantes.
Miranda virou-se para encará-lo, os olhos cinza brilhando, prateados de raiva.

— Não há mesmo necessidade dessa farsa, senhor. Nós dois sabemos o que quer de mim, portanto é tolice fingir uma paixão que nenhum de nós sente. — Seu sorriso era frio. — Você não conseguirá me seduzir para que aceite o pedido de casamento.
Suas palavras foram como sal na ferida aberta da frustração sexual de Devin. Ele sentira paixão — um volume alarmante dela, na verdade —, em óbvio contraste à ausência pia de paixão por parte dela. Ficou muito irritado com o fato de que ele, que planejara seduzi-la, houvesse sucumbido ao desejo, enquanto Miranda estava ali, fria e desdenhosa.

— Não pretendo me casar com você. Nunca pretendi, mesmo antes de seu pedido sem graça — continuou Miranda, sentindo-se novamente controlada. Foi assustador o modo como quase perdera o controle. E pensar que chegara tão perto de cair como uma menina ingênua na falsa sedução deste canalha! — Não estou interessada em um casamento arranjado... ainda que, é claro, possa ver as vantagens de um.

— Mesmo. — Devin cruzou os braços, olhando irritado para Miranda.

— Oh, sim, mesmo. Para você, é claro, há o meu dinheiro. Para mim, bem... Eu poderia apresentar minha irmã Verônica à sociedade londrina do jeito que minha madrasta deseja. Isso agradaria tanto a Verônica quanto a minha madrasta, ambas muito queridas para mim. E seu nome, obviamente, é tradicional e respeitado, apesar de você tê-lo manchado com suas práticas perdulárias.

— O quê? — Ele arregalou os olhos e fechou as mãos, os braços esticados ao lado do corpo. — Como ousa?
Miranda olhou para ele com ar inocente.

— Mil perdões. Essa não é a verdade? Foi o que ouvi. Mas talvez os comentários não lhe tenham feito justiça. Você não gastou toda a sua fortuna? Não anda em má companhia e passa seu tempo em inferninhos de jogatina e casas de má reputação?
Ele apertou os lábios, um rubor surgindo em seu rosto firme.

— Então? — Miranda provocou-o. — Trata-se de um falso rumor?

— Você não deveria nem saber da existência de tais coisas, muito menos mencioná-las — falou ele, contrariado. — É vergonhoso.

— É vergonhoso eu mencioná-las, mas não o é você praticá-las? Francamente, lorde Ravenscar, não sou tola, se é isso o que você pensa a respeito daqueles que vivem além da reverenciada costa da Inglaterra. Também não sou surda. Não imaginou que eu ouviria os rumores? Só esta noite, ao andar pelo salão, ouvi que você envergonhou o nome de seu pai, desperdiçou...

— Cale-se! Você não sabe do que está falando.

— Ah, sei sim. Promiscuidade, depravação, bebedeiras... essas coisas são como vento no moinho dos boatos. Todos falam a respeito. Estou certa de que nenhuma das pessoas aí dentro se importa se uma americana desprezível vá ter a infelicidade de se casar com um homem com sua reputação. Mas isso conta pontos contra você, pelo que sei. E, obviamente, nenhum dos seus deixará que se case com uma de suas filhas. À parte, é claro, da afeição natural que sentem por elas, nenhum deles desejaria aliar seus nomes a um outro tão manchado por escândalos. É por isso que você deve se contentar com uma herdeira que não é da nobreza... até mesmo uma não-britânica. Sua reputação deve ser realmente muito ruim.

O rosto de Devin parecia feito de pedra ao encará-la com uma expressão fria e dura nos olhos, que pareciam bolas de gude. Miranda sabia que ele gostaria de poder lançar sua ira sobre ela, mas não podia, porque tudo o que tinha dito era verdade.

— Obviamente, uma mancha em seu nome não incomodaria tanto a nós, americanos. Meus conterrâneos parecem estranhamente apaixonados por títulos. Suponho que isso se deva ao fato de termos nos livrado de tais detalhes sem sentido há muito tempo. O que criou um vazio para os muito orgulhosos, sabe. De modo que conheço alguns americanos abastados que comprariam maridos aristocratas para suas filhas, só para que pudessem ter um título na família. Eu, no entanto, tenho pouco interesse em ser "lady" Ravenscar. Ele soa como um título vazio, e, francamente, prefiro meu próprio nome. Ainda que — acrescentou ela, com um olhar pensativo — a idéia de restaurar sua propriedade de certa forma me atraia. Gosto de colocar as coisas em ordem e funcionando, e tenho certeza de que ela tem sido negligenciada. Sinto-me atraída por construções antigas, a arquitetura elizabetana é uma das minhas favoritas, assim como de papai. Sei que Darkwater é um exemplo espetacular de mansão do início do período elizabetano. E, é claro, a história que a cerca é intrigante. A maldição e tudo mais. É verdade que Darkwater foi feita com pedras tiradas...

— Para o inferno com Darkwater! — Ravenscar explodiu. — O maldito lugar pode apodrecer, pelo que me diz respeito. Este aqui é um nobre inglês que não está à venda para você ou para qualquer outra americana rica. Prefiro que a propriedade inteira caia em ruínas ao meu redor. Prefiro morrer na pobreza a me casar com uma bruxa ordinária e insensível como você! Boa noite, srta. Upshaw. E até logo.

Devin passou por ela com um esbarrão e foi embora."

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