sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O destino2

A infância não vai do nascimento até certa idade, e a certa altura.
A criança esta crescida, deixando de lado as coisas de criança.
A infância é o reino onde ninguém morre.
Edna St. Vicent Millay


Destinada. É assim que considero minha vida, desde pequena, eu sabia meu destino estava trassado, mas, para que tudo isso pudesse acontecer, eu teria que passar por poucas e boas.

Eu estava em minha cama pensando em tudo que havia acontecido em minha vida esses últimos anos. Eu estava com 17 anos, e estava cursando o ultimo ano do ensino médio. Eu ainda morava na casa do fundo dos Black, família onde meu pai e minha mãe trabalhavam. Agora só minha mãe trabalhava.
Pois com a ida dos filhos do senhor Black a Europa, o senhor Black mal ficava na mansão, estava sempre viajando ou em reuniões da corporação Black, Billy mal ficava em casa, e então começou a dispensar alguns serviços, em um deles foi o de meu pai, a notícia não pegou ninguém de surpresa, todos já esperávamos isso.
E então com algumas economias que meu pai tinha guardado, ele montou uma microempresa de limusines, era bem que pequena, e constituía apenas de três limusines, mas já era uma renda a mais para nós.

E com esse dinheiro a mais, meu pai pagaria minha tão sonhada faculdade de artes plásticas, que eu sonhei minha vida toda.
Minha professora de artes da escola sempre me dizia que eu tinha o dom de colocar meus sentimentos em uma tela, e isso era extremamente virtuoso, isso me alegrava demais.

A professora Masen, sempre me elogiava, ela era uma desenhista ótima, mas a vida a fez desistir de seus sonhos, pois ela engravidou, e teve que deixar tudo pelo seu filho, pois seu namorado na época tinha largado, e seus pais tinham expulsado ela de casa, e ela ficou sosinha com seu filho.
Eu tinha muita dó da professora, ela dizia para eu seguir o meu caminho, e não deixar nenhum homem estragar isso. Acredito que ela disse isso, por experiência. Quem ria desses conselhos era Claire, minha melhor amiga, e piriguete oficial, eu contava minhas conversas com a professora Masen para Claire, e a idiota sempre ria. Falava que ela era uma encalhada, que queria que eu fosse também, eu ficava com certa raiva por Claire falar isso, mas fazer o que ela era minha melhor amiga.
Claire era uma menina alegre, mas era muito, vamos dizer, soltinha com todos os garotos, mas Claire era assim por causa do Nahuel, nosso amigo. Ele não ligava pra ninguém, acredito eu e isso deixava a pobre Claire, muito triste, cheguei a pensar que Nahuel era gay, Claire quase surtou quando falei isso.

Mas ela vivia insistindo que Nahuel não era gay, e sim que ele gostava de mim. Mas eu jamais veria Nahuel de outro jeito, a não ser como meu amigo.
Após colocar minhas idéias no lugar, levantei-me de minha cama e fui até o espelho, passei os dedos sobre meu cabelo longo e encaracolado, que estava amassado, por eu estar deitada, arrumei meu cabelo e fui até a pequena cozinha da minha casa.

Meu pai estava em tomando café em nossa pequena com apenas quatro lugares, e minha mãe estava encostada na pia ao telefone. Fui até meu pai, dei um beijo em sua bochecha e sorri:
– Bom dia, papai.– disse sorrindo, e sentei-me à mesa.
– Bom dia, querida.– ele levou a xícara a sua boca, e tomou algo que estava na xícara, que acreditei ser café. - Onde vai assim, toda arrumada?
– Vou pegar meus horários na escola com Claire. E depois vou até a casa de Nahuel com ela, sabe... Ela quer ver o Nahuel. Entende...– fiz uma careta e meu pai ficou meio confuso, e depois assentiu.
– Ah, sim. Entendi.– e então rimos. Minha mãe apertou um botão do telefone, e depois o colocou de volta na base. E se sentou em uma cadeira.
– Ah!– ela suspirou
– O que houve Bella?– perguntou meu pai
– Lauren estava me dizendo que o senhor Black vai chegar hoje, e quer que eu prepare um grande almoço. Pois ele vai convidar uns amigos, pra comemorar.
– Comemorar o que?– perguntei
– A chegada de Rachel e Jacob– Disse ela num suspiro. E então ela pegou sua xícara, colocou um pouco de café - Preciso de um assistente de cozinha, por que eu não vou dar conta de tudo sosinha. Billy despediu minha assistente daquela vez em que as crianças foram pra Europa, porque eu dava conta, mas agora que Rachel e Jacob vão voltar, eu não vou conseguir, concertesa vai haver muitos almoços, jantares e etc..
– Depois converse com o senhor Black, Bella.– disse papai, estendendo a mão para minha mãe, e então ela a pegou e olhou para meu pai e deu um sorriso de lado. Eu ainda estava absorvendo a idéia de Jacob estar voltando. Meu velho amigo de infância, Jacob Black estava voltando.
– Jacob... Está voltando?– perguntei com a voz falha.
– Claro Renesmee! Não esta acreditando?– perguntou minha mãe. Não respondi, mas acabei deixando escapar um sorriso bobo em meu rosto, que logo me denunciou.
– Bom Bella. Você não esta muito contente com a volta dos Black. Mas tem alguém que esta explodindo felicidades aqui...– meu pai falou e então passou seus dedos por meu queixo, e me tirou de meus devaneios. - Não é Nesmee, querida?– Olhei para o rosto de meu pai que estava se segurando para não cair na gargalhada.
– Pai!– eu disse pra ele, então ele não se conteve e começou a rir.
Levantei-me e fui até meu quarto pegar a minha bolsa. Quando passei pela cozinha, meu pai ainda estava rindo, ele estava praticamente se engasgando com suas próprias risadas, enquanto minha mãe estava lhe dando um copo de água. Ela olhou pra mim e disse:
– Não liga pro seu pai, Renesmee, ele é um idiota.– ela deu um tapinha nas costas de meu pai, e então ele parou de rir. Levantou-se da cadeira, deu um beijou no alto de minha cabeça, pegou seu paletó, e deu um selinho em minha mãe.
– Desculpe Renesmee.– disse ele piscando.
– Tudo bem, pai.
– Quer uma carona?– perguntou ele, já na porta.
– Não, tudo bem, eu vou com a minha baratinha.– Baratinha, é o apelido carinhoso que eu dei pro meu Volkswagen 1967, que ganhei do meu pai quando tirei minha carteira.
– Boa sorte. - disse meu pai e então ele saiu.
– Não vai tomar café, Renesmee?– mamãe perguntou.
– Perdi o apetite.
– Renesmee, será que você podia chegar uma hora antes do almoço, pra me ajudar na cozinha? – pediu ela
– Mãe...– disse suplicando a ela.
– Por favor, Renesmee! É só por hoje, eu vou falar com o senhor Black, pra contratar uma assistente de cozinha pra mim.
– Ok mamãe.– eu disse desanimada.
– Ah! Obrigada meu anjo!– disse ela me abraçando, e beijou o alto de minha cabeça.
– Tchau mamãe, Claire deve estar me esperando.– peguei meu casaco e fui andando até a garagem da mansão.
A garagem era enorme, tinha cada carro mais lindo que o outro, aprendi a apreciar carros com a minha tia Rosalie, irmã de meu pai. Eles viviam na casa do vovô Carlisle, em Forks, aqui perto de La Push. Meu pai não falava com Carlisle desde que descobriu que minha mãe estava grávida de mim, pois Carlisle tinha vários planos para meu pai, só que então ele conheceu minha mãe, e pouco tempo depois ela engravidou e os planos de Carlisle, morreram com isso.
Carlisle havia pedido pra eles tirarem o bebê, mas meu pai se recusou a fazer essa monstruosidade. Então meu pai saiu da casa de Carlisle. Carlisle, sem meu pai saber, arrumou um emprego para meu pai aqui na mansão, pois ele era amigo de Billy Black, então viemos parar aqui. Então para ajudar meu pai, minha mãe se tornou assistente da ex-cozinheira da mansão senhora Norman, e pouco tempo depois ela tomou seu lugar e se tornou a cozinheira da mansão.
Um vento gélido passou pelo enorme galpão que era a garagem, e lá atrás no fundo, minha baratinha rosa se escondia, fui andando até ele, passei a mão pelo capô:
– Vê se não me deixa na mão, viu baratinha? – disse a ele.
O meu carrinho era tão velho, que eu andava uma semana com ele, e ficava um mês sem ele. Era triste, eu sabia, mas eu o amava demais. Meu sonho era comprar meu tão sonhado Volkswagen New Beetle, mas por enquanto, era apenas um sonho tolo. Entrei na baratinha, e segui até a casa de Claire, que não era muito longe, ficava na reserva.
Cheguei à casa de Claire, e ela estava em frente a sua casa, com os braços cruzados, e cara amarrada, quando eu estacionei, juro, eu pensei que ela iria me comer com os olhos. E então ela entrou cambaleando no carro, com um salto enorme e me encarou por três longos segundos:
– Pra que essa produção toda Claire?– Olhei para sua roupa. E ela retribui com um olhar mortal.
– Não fala nada tá Renesmee?!– disse ela - Era pra você estar aqui 10hrs00min e agora são...– ela olhou para seu relógio de pulso - São 10hrs10min Renesmee! – Claire era muito pontual quando o assunto era Nahuel. Com certeza ela estava com pressa de ir á escola, por que queria chegar logo na casa de Nahuel.
– Calma Claire, vai dar tempo de ver o Nahuel.
– Não é por causa do Nahuel, Renesmee. É pela sua falta de compromisso.– disse ela
– Sei, sei.– eu disse a ela ironicamente.
Fomos à escola e pegamos nossos horários, e depois e fomos correndo pra casa de Nahuel, chegando tocamos a campanhinha e rapidamente a porta se abriu, como se ele já nos esperasse naquele lugar.
– Nesmee, que bom que você veio... Eh, olá Claire – ele disse.
– Olá... – ela disse com a voz falha.
– Entrem, por favor – ele disse dando passagem e nós entramos e nos sentamos –Nesmee eu queria ter uma conversa com você, bastante séria – ele disse segurando a minha mão e me encarando, na mesma hora vi Claire olhando as mãos entrelaçadas, então soltei a mão dele.
Nahuel era um cara legal, bonito, e sempre que eu precisava, eu contava com ele. Mas ele era muito idiota. Ele não percebia que Claire gostava dele, era tão evidente, que isso me irritava. E então para ajudar Claire, decidi ir embora da casa de Nahuel mais cedo.
 Infelizmente eu não posso ficar – eu disse levantando-me.
– Você tem que ir mesmo Renesmee? - perguntou Nahuel quando eu já estava na porta de sua casa
– Tenho Nahuel, eu tenho que ajudar minha mãe em um almoço lá mansão. Mas Claire pode te fazer companhia. Não é Claire?– perguntei para Claire que estava lá atrás.
– Cla-claro– disse ela gaguejando - Se Nahuel não se importar, é claro.
– Se importa Nahuel?– perguntei a ele. Ele franziu a testa confuso.
– Não, por que me importaria?– disse ele dando os ombros.
E então disse Tchau para Nahuel, e abracei Claire e disse em seu ouvido.
– Aproveita, essa é uma chance única. Agarra seu gatinho.– pisquei e fui correndo até meu \\\"carro\\\", pois estava chovendo.
No meio da estrada, o carro começou a dar uns trancos, e de repente, parou. Desci do carro e peguei meu celular, estava sem sinal. Fiquei me perguntando como iria chegar à mansão a tempo. Então eu não tinha escolha, eu tinha de ir a pé. Iria demorar um pouco, mas era o único jeito.
Peguei minha bolsa e tranquei a baratinha em fui andando. No meio do caminho, um carro passou sobre uma poça da água e por fim me molhou toda e o idiota, ou melhor, a idiota, deu pra perceber que era uma garota e pra piorar, ela riu. Logo após, passou outro carro, mas o motorista, percebendo que eu estava na estrada, passou longe da poça da água.
Cheguei à mansão, meia hora depois do combinado, minha mãe vai ficar uma fera comigo. Quando cheguei, entrei pela porta dos fundos, que dá direto pra cozinha. Quando cheguei, a cozinha estava a mil, Lauren (a nova empregada que o senhor Black contratou) estava ajudando minha mãe, quando minha mãe percebeu minha presença, veio até mim, ela estava com uma colher de pau não mão, juro que eu pensei que ela ia me bater.
– Renesmee Carlie Cullen! – ela disse – eu não te disse pra chegar aqui uma hora antes? Daqui a pouco, é à hora de servir o prato principal, e eu não terminei. Mas ainda bem que vou chegou, vá servir os aperitivos. – ela começou a tagarelar – e por que a senhorita tá toda molhada?
– Bom mãe. Se a senhora deixar eu explico. A baratinha...
– AH! Tinha que ser esse maldito carro. Nem sei por que seu pai te deu aquele maldito carro. Ele mais quebra, do que anda. – disse minha mãe bufando – Anda Renesmee, pega essa bandeja e leva lá pra sala de jantar. – disse ela me entregando uma bandeja.
– Mãe! Eu tô toda molhada!
– Toma isso aqui. – ela me entregou o seu avental – prende seu cabelo que ninguém percebe. – Peguei o avental e o vesti, fiz um coque no meu cabelo. Peguei uma colher e olhei meu reflexo, eu precisava estar apresentável. Eu iria encontrá-lo, ou melhor, reencontrá-lo.
Respirei fundo, e segui até a sala de jantar, ela estava vazia, olhei para trás tentando voltar, mas Lauren estava com outra bandeja atrás de mim. E sussurrou um Vai! Então prossegui com a bandeja até a sala de estar, onde o pessoal estava.
Coloquei a bandeja na mesinha de centro, e olhei em volta da sala. Senhor Black estava sentado no sofá com Sue Clearwater, a viúva de Harry Clearwater. No outro sofá estavaacredito eu, o senhor Uley e do seu lado sua esposa. Em pé encostado na parede esquerda da sala, estava senhor Ateara estava com sua filha, acredito eu, irmã de dona Sarah conversando. E então, encostado na parede do lado esquerdo estava Seth Clearwater, junto de sua irmã, Leah, dei uma fitada rápida no rosto de Leah, era ela! A motorista idiota que tinha jogado água em mim no carro. Ah! Aquela vadia!
Do lado de Leah estava um linda moça, sua pele era igual a de Billy, seu cabelo era curto, repicado, ela tinha um sorriso incrível, seu dentes eram brancos e afiados, acredito eu. Essa só podia ser Rachel Black, a irmã de Jacob. Onde estaria ele? Só estavam Leah, Seth e Rachel ali. Olhei em volta da sala, e não vi ninguém. Bom, acho melhor eu voltar pra cozinha. Virei-me e de repente trombei com alguma coisa.
– Ah, me perdoe, eu não te vi, foi culpa minha... – comecei a tagarelar, parecia até minha mãe.
– Não, tudo bem. – ouvi uma voz rouca falar ao meu ouvido, então parei de falar e procurei o rosto dono dessa voz. Tomei um susto quando enfim encontrei o dono dela.
Era ele. Mas não parecia. Ele estava tão mudado, estava tão mais... Lindo. Ah meu Deus, ele estava tão, tão... Meu coração disparou depois eu não sabia o que fazer, nem mesmo respirar eu conseguia. Ele estava musculoso agora, suas feições eram mais adultas, mas seu sorriso continuava o mesmo. Desviei meus olhos de seu rosto, assim que percebia a cara de idiota que estava fazendo.
– Esta tudo bem com você? – Respirei fundo, e me foquei.
– Tá-tá tudo bem sim. – olhei para ele – Oi, Jacob – disse com um sorriso bobo no rosto.
– Oi, quem é você? – perguntou ele franzindo a testa
– Você não se lembra... Quem eu sou? – perguntei pausadamente
– Não. A gente se conhece? – respirei fundo. Ele não se lembrava de mim? Como não? Nós éramos como irmãos. Então a do nada, Leah apareceu do lado de Jacob, e seu apoiou em seus ombros.
– Nossa Jacob, a empregadinha já tá toda animadinha com você. Que foi? Você disse que o suco tá bom, e ela já tá achando que pode arrumar seu quarto é? – ela começou a rir, parecia uma hiena. Olhei para Jacob, ele pareceu sem graça, mas se manteve quieto.
Então, respirei fundo, e busquei forças de onde não havia para sair dali. Cheguei à cozinha, já não agüentava mais, as lágrimas começaram a sair.
– Renesmee, meu bem. O que aconteceu? – perguntou minha mãe.
– N-nada mamãe. Acho que caiu um cisco no meu olho.
– Ah! Não vem com essa história, de cisco em olho não Renesmee. Conte-me! – disse ela me abraçando
– Ah, não é nada mamãe.
– Bella! – era Lauren – Billy quer apresentar os empregados aos meninos. Sabe como tem muita gente nova.
– O.K. Já vou indo– disse a Lauren, e então ela saiu da cozinha - Vamos? – ela perguntou a mim.
– Mas, mamãe. Eu não sou uma empregada, eu sou filha da empregada.
– Mas você esta me ajudando hoje, então ponto final. Vamos bebê! – ela me puxou pelo braço.
Todos já estavam posicionados na mesa de jantar, e havia uma fileira de empregados atrás da cadeira onde o senhor Black, estava sentando. Minha mãe me puxou até a ponta da fileira, onde estava Lauren. Então o senhor Black se levantou, e começou a falar:
– Bom, Rachel, Jacob. Eu trouxe esse pessoal aqui, por que, bom. Eles serão as pessoas que os servirão daqui por diante nessa casa. Aqui está Gregory Stewart, nosso novo motorista, que substituiu o Edward Cullen, você se lembram dele? – disse ele apontando pro Greg.
– Eu me lembro. – disse Rachel – Olá Gregory!
– Olá senhorita Black.
– Oi Greg – disse Jacob num tom bem amigável. Greg apenas assentiu.
– Bom. Essas daqui são Lola e Lauren McGonagoll que cuidaram da limpeza, e de outros afazeres domésticos da casa.
– Olá Lola, Lauren – disse Rachel com um sorriso simpático para as duas.
– Oi Rachel – disseram Lauren e Lola ao mesmo tempo.
– E essas daqui são: Isabella Cullen e sua filha... – Billy disse apontando pra mim
– Renesmee, senhor Black. Renesmee Cullen – disse pra ele.
– Bom, essas são Isabella e Renesmeei – disse ele
– É Re-nes-mee senhor Black. – o corrigi, e me minha mãe me deu um cutucão no ombro.
– Tanto faz. Bom, elas irão cuidar da cozinha. – disse ele dando os ombros.
– Olá Renesmee, Isabella – Disse Rachel
– Oi Rachel – dissemos eu e minha mãe ao mesmo tempo
– Renesmee... – disse Jacob pensativo e então o encarei confusa.
– O que Jacob? – perguntou a kenga da Leah
– Nada, nada. Er, oi Isabella, Renesmee. – disse ele
– Olá Jacob – disse minha mãe. Eu me mantive quieta.
– Podem servir o almoço Isabella. – disse Billy se sentando á mesa.
– Sim senhor Black– disse minha e então seguindo até a cozinha.
Foi então que quando eu estava prestes a entrar na cozinha que ouvi uma voz gritar meu nome, olhei pra atrás foi quando o vi.
– Renesmee! – gritou ele
– Senhor Black? O senhor quer? – perguntei indiferente
– Deixa disso Renesmee, nos somos amigos. Me perdoa! Por não ter lembrado de você é que...
– É que agora as coisas mudaram certo? Agora as coisas estão mais claras. Agora somos o que sempre fomos. Patrão – apontei pra ele – e empregada – apontei pra mim – Não precisa se desculpar Jacob.
– Para com isso Renesmee! Nunca houve isso entre a gente. Você sempre foi minha amiga, e isso nunca importou pra gente, e não vai ser agora que vai importar.
 Renesmee! Vamos meu benzinho! Temos muito trabalho aqui! – berrou minha mãe da cozinha
– Já vou mamãe! – gritei pra ela – Bom, eu tenho que ir. – fui entrando na cozinha, mas sua mão segurando meu braço me impediu disso – me solta Jacob!
– Não. – olhei pra ele confusa – Só te solto se você me perdoar.
– Não tenho o que te perdoar Jacob.
– Renesmee, eu só não te reconheci, por que você tá tão diferente. Tá mais... Mais linda! – pude sentir minhas bochechas corarem quando ele disse isso – Nem parece aquela magrela que me fazia brincar de casinha! – disse ele divertido e então não resisti e soltei um risinho. – Vai Renesmee! Me perdoa! Se não...
– Se não?
– Eu te encho de cócegas ouviu? – disse ele fazendo cócegas na minha barriga
– Para Jacob! – eu disse rindo – Tá! Tudo bem! Eu te perdôo!
– Eh! – disse ele me surpreendendo com um abraço de urso.
– Jacob! – disse o repreendendo
– RENESMEE CARLIE CULLEN SE VOCÊ NÃO ESTIVER AQUI EM TRINTA SEGUNDOS VOCÊ VAI CONHECER A IRA DE BELLA CULLEN! – gritou minha mãe.
– Bom, é melhor eu ir, ou eu irei conhecer a ira de Bella Cullen. – disse a ele, e ele riu.
– É melhor você ir mesmo. Eu também não gostaria muito de conhecer isso. – ele disse – Bom, a gente se vê. – disse ele me dando um beijo na bochecha.
– Tchau. – e então entrei na cozinha com um sorriso idiota.
– Olha, Bella alguém viu um passarinho verde! – disse Lauren pra minha mãe
– Vixi! Acho que Renesmee esta com problema de bipolaridade. Ela esta chorando agora pouco. – disse minha mãe
– Vocês duas, da pra calarem a boca? – eu disse. E elas começaram a rir.
Bom, o almoço foi um sucesso todos elogiaram a comida da minha mãe. O senhor Black prometeu a ela que amanhã mesmo estaria arrumando uma assistente pra ela. E bom, enquanto á mim eu estava extremamente feliz. Por quê?
Meu velho amigo estava de volta.A infância não vai do nascimento até certa idade, e a certa altura.
A criança esta crescida, deixando de lado as coisas de criança.
A infância é o reino onde ninguém morre.
Edna St. Vicent Millay


Destinada. É assim que considero minha vida, desde pequena, eu sabia meu destino estava trassado, mas, para que tudo isso pudesse acontecer, eu teria que passar por poucas e boas.

Eu estava em minha cama pensando em tudo que havia acontecido em minha vida esses últimos anos. Eu estava com 17 anos, e estava cursando o ultimo ano do ensino médio. Eu ainda morava na casa do fundo dos Black, família onde meu pai e minha mãe trabalhavam. Agora só minha mãe trabalhava.
Pois com a ida dos filhos do senhor Black a Europa, o senhor Black mal ficava na mansão, estava sempre viajando ou em reuniões da corporação Black, Billy mal ficava em casa, e então começou a dispensar alguns serviços, em um deles foi o de meu pai, a notícia não pegou ninguém de surpresa, todos já esperávamos isso.
E então com algumas economias que meu pai tinha guardado, ele montou uma microempresa de limusines, era bem que pequena, e constituía apenas de três limusines, mas já era uma renda a mais para nós.

E com esse dinheiro a mais, meu pai pagaria minha tão sonhada faculdade de artes plásticas, que eu sonhei minha vida toda.
Minha professora de artes da escola sempre me dizia que eu tinha o dom de colocar meus sentimentos em uma tela, e isso era extremamente virtuoso, isso me alegrava demais.

A professora Masen, sempre me elogiava, ela era uma desenhista ótima, mas a vida a fez desistir de seus sonhos, pois ela engravidou, e teve que deixar tudo pelo seu filho, pois seu namorado na época tinha largado, e seus pais tinham expulsado ela de casa, e ela ficou sosinha com seu filho.
Eu tinha muita dó da professora, ela dizia para eu seguir o meu caminho, e não deixar nenhum homem estragar isso. Acredito que ela disse isso, por experiência. Quem ria desses conselhos era Claire, minha melhor amiga, e piriguete oficial, eu contava minhas conversas com a professora Masen para Claire, e a idiota sempre ria. Falava que ela era uma encalhada, que queria que eu fosse também, eu ficava com certa raiva por Claire falar isso, mas fazer o que ela era minha melhor amiga.
Claire era uma menina alegre, mas era muito, vamos dizer, soltinha com todos os garotos, mas Claire era assim por causa do Nahuel, nosso amigo. Ele não ligava pra ninguém, acredito eu e isso deixava a pobre Claire, muito triste, cheguei a pensar que Nahuel era gay, Claire quase surtou quando falei isso.

Mas ela vivia insistindo que Nahuel não era gay, e sim que ele gostava de mim. Mas eu jamais veria Nahuel de outro jeito, a não ser como meu amigo.
Após colocar minhas idéias no lugar, levantei-me de minha cama e fui até o espelho, passei os dedos sobre meu cabelo longo e encaracolado, que estava amassado, por eu estar deitada, arrumei meu cabelo e fui até a pequena cozinha da minha casa.

Meu pai estava em tomando café em nossa pequena com apenas quatro lugares, e minha mãe estava encostada na pia ao telefone. Fui até meu pai, dei um beijo em sua bochecha e sorri:
– Bom dia, papai.– disse sorrindo, e sentei-me à mesa.
– Bom dia, querida.– ele levou a xícara a sua boca, e tomou algo que estava na xícara, que acreditei ser café. - Onde vai assim, toda arrumada?
– Vou pegar meus horários na escola com Claire. E depois vou até a casa de Nahuel com ela, sabe... Ela quer ver o Nahuel. Entende...– fiz uma careta e meu pai ficou meio confuso, e depois assentiu.
– Ah, sim. Entendi.– e então rimos. Minha mãe apertou um botão do telefone, e depois o colocou de volta na base. E se sentou em uma cadeira.
– Ah!– ela suspirou
– O que houve Bella?– perguntou meu pai
– Lauren estava me dizendo que o senhor Black vai chegar hoje, e quer que eu prepare um grande almoço. Pois ele vai convidar uns amigos, pra comemorar.
– Comemorar o que?– perguntei
– A chegada de Rachel e Jacob– Disse ela num suspiro. E então ela pegou sua xícara, colocou um pouco de café - Preciso de um assistente de cozinha, por que eu não vou dar conta de tudo sosinha. Billy despediu minha assistente daquela vez em que as crianças foram pra Europa, porque eu dava conta, mas agora que Rachel e Jacob vão voltar, eu não vou conseguir, concertesa vai haver muitos almoços, jantares e etc..
– Depois converse com o senhor Black, Bella.– disse papai, estendendo a mão para minha mãe, e então ela a pegou e olhou para meu pai e deu um sorriso de lado. Eu ainda estava absorvendo a idéia de Jacob estar voltando. Meu velho amigo de infância, Jacob Black estava voltando.
– Jacob... Está voltando?– perguntei com a voz falha.
– Claro Renesmee! Não esta acreditando?– perguntou minha mãe. Não respondi, mas acabei deixando escapar um sorriso bobo em meu rosto, que logo me denunciou.
– Bom Bella. Você não esta muito contente com a volta dos Black. Mas tem alguém que esta explodindo felicidades aqui...– meu pai falou e então passou seus dedos por meu queixo, e me tirou de meus devaneios. - Não é Nesmee, querida?– Olhei para o rosto de meu pai que estava se segurando para não cair na gargalhada.
– Pai!– eu disse pra ele, então ele não se conteve e começou a rir.
Levantei-me e fui até meu quarto pegar a minha bolsa. Quando passei pela cozinha, meu pai ainda estava rindo, ele estava praticamente se engasgando com suas próprias risadas, enquanto minha mãe estava lhe dando um copo de água. Ela olhou pra mim e disse:
– Não liga pro seu pai, Renesmee, ele é um idiota.– ela deu um tapinha nas costas de meu pai, e então ele parou de rir. Levantou-se da cadeira, deu um beijou no alto de minha cabeça, pegou seu paletó, e deu um selinho em minha mãe.
– Desculpe Renesmee.– disse ele piscando.
– Tudo bem, pai.
– Quer uma carona?– perguntou ele, já na porta.
– Não, tudo bem, eu vou com a minha baratinha.– Baratinha, é o apelido carinhoso que eu dei pro meu Volkswagen 1967, que ganhei do meu pai quando tirei minha carteira.
– Boa sorte. - disse meu pai e então ele saiu.
– Não vai tomar café, Renesmee?– mamãe perguntou.
– Perdi o apetite.
– Renesmee, será que você podia chegar uma hora antes do almoço, pra me ajudar na cozinha? – pediu ela
– Mãe...– disse suplicando a ela.
– Por favor, Renesmee! É só por hoje, eu vou falar com o senhor Black, pra contratar uma assistente de cozinha pra mim.
– Ok mamãe.– eu disse desanimada.
– Ah! Obrigada meu anjo!– disse ela me abraçando, e beijou o alto de minha cabeça.
– Tchau mamãe, Claire deve estar me esperando.– peguei meu casaco e fui andando até a garagem da mansão.
A garagem era enorme, tinha cada carro mais lindo que o outro, aprendi a apreciar carros com a minha tia Rosalie, irmã de meu pai. Eles viviam na casa do vovô Carlisle, em Forks, aqui perto de La Push. Meu pai não falava com Carlisle desde que descobriu que minha mãe estava grávida de mim, pois Carlisle tinha vários planos para meu pai, só que então ele conheceu minha mãe, e pouco tempo depois ela engravidou e os planos de Carlisle, morreram com isso.
Carlisle havia pedido pra eles tirarem o bebê, mas meu pai se recusou a fazer essa monstruosidade. Então meu pai saiu da casa de Carlisle. Carlisle, sem meu pai saber, arrumou um emprego para meu pai aqui na mansão, pois ele era amigo de Billy Black, então viemos parar aqui. Então para ajudar meu pai, minha mãe se tornou assistente da ex-cozinheira da mansão senhora Norman, e pouco tempo depois ela tomou seu lugar e se tornou a cozinheira da mansão.
Um vento gélido passou pelo enorme galpão que era a garagem, e lá atrás no fundo, minha baratinha rosa se escondia, fui andando até ele, passei a mão pelo capô:
– Vê se não me deixa na mão, viu baratinha? – disse a ele.
O meu carrinho era tão velho, que eu andava uma semana com ele, e ficava um mês sem ele. Era triste, eu sabia, mas eu o amava demais. Meu sonho era comprar meu tão sonhado Volkswagen New Beetle, mas por enquanto, era apenas um sonho tolo. Entrei na baratinha, e segui até a casa de Claire, que não era muito longe, ficava na reserva.
Cheguei à casa de Claire, e ela estava em frente a sua casa, com os braços cruzados, e cara amarrada, quando eu estacionei, juro, eu pensei que ela iria me comer com os olhos. E então ela entrou cambaleando no carro, com um salto enorme e me encarou por três longos segundos:
– Pra que essa produção toda Claire?– Olhei para sua roupa. E ela retribui com um olhar mortal.
– Não fala nada tá Renesmee?!– disse ela - Era pra você estar aqui 10hrs00min e agora são...– ela olhou para seu relógio de pulso - São 10hrs10min Renesmee! – Claire era muito pontual quando o assunto era Nahuel. Com certeza ela estava com pressa de ir á escola, por que queria chegar logo na casa de Nahuel.
– Calma Claire, vai dar tempo de ver o Nahuel.
– Não é por causa do Nahuel, Renesmee. É pela sua falta de compromisso.– disse ela
– Sei, sei.– eu disse a ela ironicamente.
Fomos à escola e pegamos nossos horários, e depois e fomos correndo pra casa de Nahuel, chegando tocamos a campanhinha e rapidamente a porta se abriu, como se ele já nos esperasse naquele lugar.
– Nesmee, que bom que você veio... Eh, olá Claire – ele disse.
– Olá... – ela disse com a voz falha.
– Entrem, por favor – ele disse dando passagem e nós entramos e nos sentamos –Nesmee eu queria ter uma conversa com você, bastante séria – ele disse segurando a minha mão e me encarando, na mesma hora vi Claire olhando as mãos entrelaçadas, então soltei a mão dele.
Nahuel era um cara legal, bonito, e sempre que eu precisava, eu contava com ele. Mas ele era muito idiota. Ele não percebia que Claire gostava dele, era tão evidente, que isso me irritava. E então para ajudar Claire, decidi ir embora da casa de Nahuel mais cedo.
 Infelizmente eu não posso ficar – eu disse levantando-me.
– Você tem que ir mesmo Renesmee? - perguntou Nahuel quando eu já estava na porta de sua casa
– Tenho Nahuel, eu tenho que ajudar minha mãe em um almoço lá mansão. Mas Claire pode te fazer companhia. Não é Claire?– perguntei para Claire que estava lá atrás.
– Cla-claro– disse ela gaguejando - Se Nahuel não se importar, é claro.
– Se importa Nahuel?– perguntei a ele. Ele franziu a testa confuso.
– Não, por que me importaria?– disse ele dando os ombros.
E então disse Tchau para Nahuel, e abracei Claire e disse em seu ouvido.
– Aproveita, essa é uma chance única. Agarra seu gatinho.– pisquei e fui correndo até meu \\\"carro\\\", pois estava chovendo.
No meio da estrada, o carro começou a dar uns trancos, e de repente, parou. Desci do carro e peguei meu celular, estava sem sinal. Fiquei me perguntando como iria chegar à mansão a tempo. Então eu não tinha escolha, eu tinha de ir a pé. Iria demorar um pouco, mas era o único jeito.
Peguei minha bolsa e tranquei a baratinha em fui andando. No meio do caminho, um carro passou sobre uma poça da água e por fim me molhou toda e o idiota, ou melhor, a idiota, deu pra perceber que era uma garota e pra piorar, ela riu. Logo após, passou outro carro, mas o motorista, percebendo que eu estava na estrada, passou longe da poça da água.
Cheguei à mansão, meia hora depois do combinado, minha mãe vai ficar uma fera comigo. Quando cheguei, entrei pela porta dos fundos, que dá direto pra cozinha. Quando cheguei, a cozinha estava a mil, Lauren (a nova empregada que o senhor Black contratou) estava ajudando minha mãe, quando minha mãe percebeu minha presença, veio até mim, ela estava com uma colher de pau não mão, juro que eu pensei que ela ia me bater.
– Renesmee Carlie Cullen! – ela disse – eu não te disse pra chegar aqui uma hora antes? Daqui a pouco, é à hora de servir o prato principal, e eu não terminei. Mas ainda bem que vou chegou, vá servir os aperitivos. – ela começou a tagarelar – e por que a senhorita tá toda molhada?
– Bom mãe. Se a senhora deixar eu explico. A baratinha...
– AH! Tinha que ser esse maldito carro. Nem sei por que seu pai te deu aquele maldito carro. Ele mais quebra, do que anda. – disse minha mãe bufando – Anda Renesmee, pega essa bandeja e leva lá pra sala de jantar. – disse ela me entregando uma bandeja.
– Mãe! Eu tô toda molhada!
– Toma isso aqui. – ela me entregou o seu avental – prende seu cabelo que ninguém percebe. – Peguei o avental e o vesti, fiz um coque no meu cabelo. Peguei uma colher e olhei meu reflexo, eu precisava estar apresentável. Eu iria encontrá-lo, ou melhor, reencontrá-lo.
Respirei fundo, e segui até a sala de jantar, ela estava vazia, olhei para trás tentando voltar, mas Lauren estava com outra bandeja atrás de mim. E sussurrou um Vai! Então prossegui com a bandeja até a sala de estar, onde o pessoal estava.
Coloquei a bandeja na mesinha de centro, e olhei em volta da sala. Senhor Black estava sentado no sofá com Sue Clearwater, a viúva de Harry Clearwater. No outro sofá estavaacredito eu, o senhor Uley e do seu lado sua esposa. Em pé encostado na parede esquerda da sala, estava senhor Ateara estava com sua filha, acredito eu, irmã de dona Sarah conversando. E então, encostado na parede do lado esquerdo estava Seth Clearwater, junto de sua irmã, Leah, dei uma fitada rápida no rosto de Leah, era ela! A motorista idiota que tinha jogado água em mim no carro. Ah! Aquela vadia!
Do lado de Leah estava um linda moça, sua pele era igual a de Billy, seu cabelo era curto, repicado, ela tinha um sorriso incrível, seu dentes eram brancos e afiados, acredito eu. Essa só podia ser Rachel Black, a irmã de Jacob. Onde estaria ele? Só estavam Leah, Seth e Rachel ali. Olhei em volta da sala, e não vi ninguém. Bom, acho melhor eu voltar pra cozinha. Virei-me e de repente trombei com alguma coisa.
– Ah, me perdoe, eu não te vi, foi culpa minha... – comecei a tagarelar, parecia até minha mãe.
– Não, tudo bem. – ouvi uma voz rouca falar ao meu ouvido, então parei de falar e procurei o rosto dono dessa voz. Tomei um susto quando enfim encontrei o dono dela.
Era ele. Mas não parecia. Ele estava tão mudado, estava tão mais... Lindo. Ah meu Deus, ele estava tão, tão... Meu coração disparou depois eu não sabia o que fazer, nem mesmo respirar eu conseguia. Ele estava musculoso agora, suas feições eram mais adultas, mas seu sorriso continuava o mesmo. Desviei meus olhos de seu rosto, assim que percebia a cara de idiota que estava fazendo.
– Esta tudo bem com você? – Respirei fundo, e me foquei.
– Tá-tá tudo bem sim. – olhei para ele – Oi, Jacob – disse com um sorriso bobo no rosto.
– Oi, quem é você? – perguntou ele franzindo a testa
– Você não se lembra... Quem eu sou? – perguntei pausadamente
– Não. A gente se conhece? – respirei fundo. Ele não se lembrava de mim? Como não? Nós éramos como irmãos. Então a do nada, Leah apareceu do lado de Jacob, e seu apoiou em seus ombros.
– Nossa Jacob, a empregadinha já tá toda animadinha com você. Que foi? Você disse que o suco tá bom, e ela já tá achando que pode arrumar seu quarto é? – ela começou a rir, parecia uma hiena. Olhei para Jacob, ele pareceu sem graça, mas se manteve quieto.
Então, respirei fundo, e busquei forças de onde não havia para sair dali. Cheguei à cozinha, já não agüentava mais, as lágrimas começaram a sair.
– Renesmee, meu bem. O que aconteceu? – perguntou minha mãe.
– N-nada mamãe. Acho que caiu um cisco no meu olho.
– Ah! Não vem com essa história, de cisco em olho não Renesmee. Conte-me! – disse ela me abraçando
– Ah, não é nada mamãe.
– Bella! – era Lauren – Billy quer apresentar os empregados aos meninos. Sabe como tem muita gente nova.
– O.K. Já vou indo– disse a Lauren, e então ela saiu da cozinha - Vamos? – ela perguntou a mim.
– Mas, mamãe. Eu não sou uma empregada, eu sou filha da empregada.
– Mas você esta me ajudando hoje, então ponto final. Vamos bebê! – ela me puxou pelo braço.
Todos já estavam posicionados na mesa de jantar, e havia uma fileira de empregados atrás da cadeira onde o senhor Black, estava sentando. Minha mãe me puxou até a ponta da fileira, onde estava Lauren. Então o senhor Black se levantou, e começou a falar:
– Bom, Rachel, Jacob. Eu trouxe esse pessoal aqui, por que, bom. Eles serão as pessoas que os servirão daqui por diante nessa casa. Aqui está Gregory Stewart, nosso novo motorista, que substituiu o Edward Cullen, você se lembram dele? – disse ele apontando pro Greg.
– Eu me lembro. – disse Rachel – Olá Gregory!
– Olá senhorita Black.
– Oi Greg – disse Jacob num tom bem amigável. Greg apenas assentiu.
– Bom. Essas daqui são Lola e Lauren McGonagoll que cuidaram da limpeza, e de outros afazeres domésticos da casa.
– Olá Lola, Lauren – disse Rachel com um sorriso simpático para as duas.
– Oi Rachel – disseram Lauren e Lola ao mesmo tempo.
– E essas daqui são: Isabella Cullen e sua filha... – Billy disse apontando pra mim
– Renesmee, senhor Black. Renesmee Cullen – disse pra ele.
– Bom, essas são Isabella e Renesmeei – disse ele
– É Re-nes-mee senhor Black. – o corrigi, e me minha mãe me deu um cutucão no ombro.
– Tanto faz. Bom, elas irão cuidar da cozinha. – disse ele dando os ombros.
– Olá Renesmee, Isabella – Disse Rachel
– Oi Rachel – dissemos eu e minha mãe ao mesmo tempo
– Renesmee... – disse Jacob pensativo e então o encarei confusa.
– O que Jacob? – perguntou a kenga da Leah
– Nada, nada. Er, oi Isabella, Renesmee. – disse ele
– Olá Jacob – disse minha mãe. Eu me mantive quieta.
– Podem servir o almoço Isabella. – disse Billy se sentando á mesa.
– Sim senhor Black– disse minha e então seguindo até a cozinha.
Foi então que quando eu estava prestes a entrar na cozinha que ouvi uma voz gritar meu nome, olhei pra atrás foi quando o vi.
– Renesmee! – gritou ele
– Senhor Black? O senhor quer? – perguntei indiferente
– Deixa disso Renesmee, nos somos amigos. Me perdoa! Por não ter lembrado de você é que...
– É que agora as coisas mudaram certo? Agora as coisas estão mais claras. Agora somos o que sempre fomos. Patrão – apontei pra ele – e empregada – apontei pra mim – Não precisa se desculpar Jacob.
– Para com isso Renesmee! Nunca houve isso entre a gente. Você sempre foi minha amiga, e isso nunca importou pra gente, e não vai ser agora que vai importar.
 Renesmee! Vamos meu benzinho! Temos muito trabalho aqui! – berrou minha mãe da cozinha
– Já vou mamãe! – gritei pra ela – Bom, eu tenho que ir. – fui entrando na cozinha, mas sua mão segurando meu braço me impediu disso – me solta Jacob!
– Não. – olhei pra ele confusa – Só te solto se você me perdoar.
– Não tenho o que te perdoar Jacob.
– Renesmee, eu só não te reconheci, por que você tá tão diferente. Tá mais... Mais linda! – pude sentir minhas bochechas corarem quando ele disse isso – Nem parece aquela magrela que me fazia brincar de casinha! – disse ele divertido e então não resisti e soltei um risinho. – Vai Renesmee! Me perdoa! Se não...
– Se não?
– Eu te encho de cócegas ouviu? – disse ele fazendo cócegas na minha barriga
– Para Jacob! – eu disse rindo – Tá! Tudo bem! Eu te perdôo!
– Eh! – disse ele me surpreendendo com um abraço de urso.
– Jacob! – disse o repreendendo
– RENESMEE CARLIE CULLEN SE VOCÊ NÃO ESTIVER AQUI EM TRINTA SEGUNDOS VOCÊ VAI CONHECER A IRA DE BELLA CULLEN! – gritou minha mãe.
– Bom, é melhor eu ir, ou eu irei conhecer a ira de Bella Cullen. – disse a ele, e ele riu.
– É melhor você ir mesmo. Eu também não gostaria muito de conhecer isso. – ele disse – Bom, a gente se vê. – disse ele me dando um beijo na bochecha.
– Tchau. – e então entrei na cozinha com um sorriso idiota.
– Olha, Bella alguém viu um passarinho verde! – disse Lauren pra minha mãe
– Vixi! Acho que Renesmee esta com problema de bipolaridade. Ela esta chorando agora pouco. – disse minha mãe
– Vocês duas, da pra calarem a boca? – eu disse. E elas começaram a rir.
Bom, o almoço foi um sucesso todos elogiaram a comida da minha mãe. O senhor Black prometeu a ela que amanhã mesmo estaria arrumando uma assistente pra ela. E bom, enquanto á mim eu estava extremamente feliz. Por quê?
Meu velho amigo estava de volta.

1 comentários:

Deia disse...

Estou gotando muito dessa fic, a espera do proximo capitolo.

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