quarta-feira, 11 de julho de 2012

O destino18

O destino não pode ser mudado, todos os caminhos levam ao mesmo lugar”

Castiel. SUPERNATURAL, 5
th Season



– Rachel!– gritei mais uma vez para que então ela pudesse finalmente vir até mim.
Depois de alguns segundos todos que estavam na rua se viraram e seguiram seus distintos destinos, mas ela, continuava me encarando mas diferente do que imaginei, ela arque-o a sobrancelha como se eu tivesse dito alguma tolice e então na ponta de seu scarpin e com várias sacolas de grifes francesas em suas mãos, atravessou a rua e quando parou na minha frente eu não aguentei, pulei em seus braços para abraçá-la.

– Rach, por que não disse que vinha? Esta tudo bem? Ain, que saudades!– eu disse já com um lagrima ameaçando cair em meus olhos – sua boba! Quase me mata do coração!

Apesar de tudo, Rachel me fazia falta,
muita falta, nos falávamos por telefone e por e-mail, mas, não era a mesma coisa e por mais que eu quisesse manter Sarah longe dos Black eu me sentia no dever de pelo menos, Rachel conhecê-la.

Mas diferente,
bem diferente do que eu pensei, Rach não respondeu ao meu abraço, ficou parada, estática foi então que eu me afastei e olhei para que parecia... sem graça? O que estava acontecendo com Rachel.
– O que foi? – perguntei
– Desculpe-me, ér...?– disse ela pela primeira vez, a voz dela tinha mudado? Esta mais soprano? Não, deve ser impressão minha, talvez por que já faz anos que não ouço a voz dela, a não ser pelo telefone.

Renesmee. M-mas – eu já estava tremendo de tão nervosa, aquela situação era muito estranha, eu queria saber - o que há Rachel? Você esta bem?
– Por favor, não me chame de Rachel de novo.– pediu ela em tom de suplica.
– Hein?
– Olha, desculpe-me, mas não sou quem você pensa que sou, não sou Rachel.
– Como não? Claro que você é Rachel – e então me veio algo na cabeça que fazia tudo se encaixar – a não ser que... Ah meu Deus!

Ela então assentiu, sabendo que então eu tinha sacado que não era mesmo Rachel, que era nada mais, nada menos de que
Rebecca Black. Irmã gêmea de Rachel. Como eu fui uma tonta, Rachel jamais viria pra França sem me falar e como eu não liguei os pontos?

Sem falar que Rebecca estava morando na França a mais sete anos sozinha por causa que havia se casado com um empresário Francês. Eu sou uma tonta mesmo, mas a ilusão de Rachel estar aqui falou mais alto, ou talvez a ilusão de que ela poderia ter trazido
ele junto.

Dei um passo pra trás, me afastando de Rebecca.
– M-me desculpe, Rebecca. É que você e a Rach se parecem tanto. Ah meus Deus, eu sou uma tonta! E eu esqueci completamente que você estava morando aqui por que esta casada com um francês.
– Estava.
– Como? – perguntei confusa.
– Quer dizer, eu estava a cincos minutos atrás, me divorciei de Jean-Paul, acabei de sair do fórum, mas pelo menos arranquei tudo daquele...pédé ! Só o deixei com as roupas do corpo e fui desestressar um pouco!– disse ela levantando as sacolas de grife.

Então soltei um risinho.
– Desculpe-me – tapei minha boca e então foi a vez de Rebecca soltar um risinho.
– Sem problemas, ér...? Como disse que se chamava mesmo?
– Renesmee, Renesmee Cullen.– respondi.
– Cullen? Seus pais trabalhavam na mansão de meu pai, certo?
– Isso mesmo.
– Nossa, você é a pequena Renesmee? Ual! Estou me sentindo velha, agora! - disse Rebecca sorrindo.

– Que isso, você esta incrível!
– Obrigada. – sorriu ela. - E então, pelo visto você virou muito amiga de minha irmã enquanto eu estive fora, não?
– Sim, Rachel e eu somos grandes amigas. – olhei meu relógio de pulso, eu estava atrasa para buscar Sarah na escolinha – olha, desculpa Rebecca, eu tô meio atrasada tenho que buscar uma pessoa e também tenho que levar isso pra minha tia – eu disse mostrando as sacolas com macarrão e queijo e então Rebecca olhou e arqueou a sobrancelha.
– Macarrão com queijo?– perguntou Rebecca.
– É pro jantar de ação de graças.

– Ação de graças? Na França?

– Coisa da minha tia, ela fala que mesmo longe da América, temos que ser patriotas e comemorar um feriado tão tradicional que é a ação de graças e outra bobagens que você nem vai querer saber.
– eu ri e ela me acompanhou.
– Isso é bom, eu sinto falta de comemorar o dia de ação de graças – ela disse abaixando a cabeça – eu me lembro que a ultima vez que comemorei ação de graças foi um ano antes de mamãe morrer, ela fez uma mesa enorme, lembro até de mim e de Rachel brigando pelo lugar perto dela, e de Jacob se lambuzando com a calda de chocolate, sinto falta disso... – e então um lagrima saltou de seus olhos.
Eu sei que vou me arrepende, mas...
– Quer passar a ação de graças conosco?

Rebecca levantou a cabeça, limpou seus olhos e arqueou a sobrancelha.

Olha,a casa de minha tia não é como a mansão de seu pai, mas é enorme e cabe várias pessoas, se quiser chamar alguém ou se não pude ir, tudo bem.

Não!– disse ela rapidamente - claro que eu quero ir. Só que não tenho ninguém pra levar, quero dizer, as minhas “amigas” francesas são todas... esqueça. – suspirou – Bom. É claro que eu vou.

Peguei um bloco de notas, anotei o endereço de tia Alice.

Nossa, do lado do Boulevard Restaurant\'s? Ótimo restaurante!

É o restaurante do meu tio, Jasper Whitlock e minha tia tem uma Boutique chamada Alice\'s e ela desenha roupas também.

Sua tia é a Alice?

– Sim.

– Ela é um gênio da moda, minha amiga uma vez me deu um Alice\'s de presente e eu A-M-E-I! Vai ser um máximo conhecer ela.

– Bom, eu preciso ir mesmo, Rebecca. Até a noite – eu disse e então Rebecca se aproximou e me deu um beijo na bochecha.
– Foi um prazer, conhecê-la, Renesmee e obrigada pelo convite!

Sorri e então corri para pegar um táxi e ir buscar minha filha.

(…)
– O QUE? – gritou tia Alice quando contei que havia chamado Rebecca Black para nossa ação de graças. - Renesmee Cullen você esta bêbada? Esta se drogando?
– TIA! – eu gritei a repreendendo e então fiz um sinal até Sarah que olhava confusa para tia Alice. Então ela me puxou para longe de onde Sarah estava.

Renesmee, – sussurrou ela - você pirou? Trazer a tia da Sarah pra cá?– ela sussurrou mais baixo ainda a palavra “tia”
– Eu não contei nada pra ela, calma tia! E eu só chamei por que fiquei com pena dela, ela acabou de se separar do marido.
– Ela é uma deles!

– Se ela não sabe, esta tranquilo tia! E ela não é Billy Black nem
ele, ela é tipo Rachel, só que Rachel sabe e ela não.

– Você que sabe, mas tome cuidado. Estou sentido que essa “convidada” vai trazer mudanças.

– Virou vidente agora tia Alice?

– Só estou avisando.


(…)

Tia Alice pôs o peru na enorme mesa de sua casa, enquanto Sarah corria pra cá e pra lá com sua nova
barbie que Alec havia lhe dado, mais uma pra coleção gigantesca, ela adorava bonecas barbie e Alec adorava ver o sorriso de Sarah quando ganhava uma diferente. Eu e Alec estávamos abraçados no sofá conversando com Nelle e Jane, enquanto sra. Chevalier, mãe de Nelle estava na cozinha preparando seu tão famoso Clafoutis de ameixa, uma sobremesa deliciosa.
– Quando sai le mariage? – perguntou Nelle na maior cara de pau.

Eu olhei sem graça para Alec, vermelha feito um pimentão e então ele engasgou com a própria saliva e saiu correndo pra cozinha tomar um copo d\'água.
– Nelle! - a repreendi.
Qu\'est-ce? perguntou a francesinha na maior cara de pau e então olhou para Jane e as duas começaram a rir.
– Por je – ouvi Alec voltando com o rosto vermelho, mais ainda lindo como sempre – amanhã mesmo, mas mon amour é quem sabe.

Que bobagem gente, esta muito cedo pra pensar em casamento – eu disse me esquivando de Alec que ia me abraçar e me levantando do sofá.
– Quem vai casar mère? – perguntou Sarah chegando perto de mim e me entregando sua barbie com um prendedor de cabelos, que acredito, era para colocar na boneca.
– Ninguém, princesse. Ninguém!– olhei para Alec que abaixou a cabeça decepcionado.
Triiim! Tocou a campainha.
Je atender!– gritou Sarah e então na pontinha do pés tentou acalçar a maçaneta e depois de muito tempo e esforço, conseguiu com sucesso. - Qui êtes-vous?
– Rebecca Black e você princesinha?

– Sarah, Sarah Cullen.
– corri feito uma doida, tropeçando no meu próprio pé até chegar na porta onde Rebecca olhava curiosa para Sarah.
– Sarah? – perguntou ela a Sarah que assentiu e então ela olhou pra mim – Ela é s-sua... – ela nem conseguia falar direito – filha?
– Entre, Rebecca! – eu disse puxando Sarah para um lado para que Rebecca pudesse passar e então quando ela entrou na casa de tia Alice e eu fechei a porta, ela perguntou mais uma vez.
– Então, ela é sua filha Renesmee?
– Sim Rebecca. Sarah é minha filha!

– E v-você colocou o nome de minha mãe na sua filha?
– pude ouvir na cozinha tia Alice dizendo “Ih, isso não vai prestar”.
– É, só que... Olha Rebecca eu sei que eu não tenho esse direito, só que eu gostava muito de dona Sarah e...
– Ei! Calma, Renesmee! Eu não estou brava, estou contente até. Eu nunca iria pensa em uma homenagem mais linda do que essa, eu sei o quanto você gostava de mamãe, só fico triste que num futuro bem distante eu não possa fazer a mesma homenagem.– sorriu ela
Caraca! É impressão minha? Ou eu tinha um pré conceito horrível sobre Rebecca? Eu achava que ela era mente fechada, uma garota fútil e que não gosta de gente pobre. Eu estava super enganada, Rebecca apesar das diferenças, me lembra muito dona Sarah, igualmente Rachel.
Linda sua menina, é filha de quem?
Ah meu Deus!

Estremeci, comecei a suar frio e minha garganta parecia presa.
Ma fille Alec disse atrás de mim e então passou os braços pela minha cintura e sussurrou apenas para que eu ouvisse – Ma chéri, fique tranquila – e então olhou para Rebecca e sorriu.
– Ela é realmente linda, mas estranho – disse ela olhando Sarah que já estava longe correndo mais uma vez com sua barbie – ela me lembra alguém, mas não sei quem!Ele. Completei mentalmente.

Sarah era muito parecida com
ele. A cor dos cabelos, negros e os olhos também, apesar da pele pálida ser igual a minha o resto era tudo dele. O sorriso, as caretas, os gestos, tudo!
– O jantar esta servido, crianças! Salva pela tia Alice!
– Vamos Rebecca?– Seguimos até a mesa onde todos se preparavam para sentar quando eu decidi apresentá-los, Rebecca – Gente, essa aqui é Rebecca Black, Rebecca essa é minha gente – eu disse e então ela soltou um risinho – Alec e Sarah você já conhece.
– Prazer – disse Rebecca à Alec, que assentiu e então olhou pra Sarah e mandou um beijo e depois o assoprou e Sarah sorriu feito uma boba.
– Bom esse é Tio Jasper – apontei a ele que assentiu e Rebecca também – Jane, sra. Chevalier, Nelle e essa é...
– Ah meu Deus! Que bolsa linda!

– Tia Alice...
– bufei.

Tia Alice disparou onde Rebecca estava e olhou pasma a bolsa de Rebecca.

De que marca é?

– Dolce & Gabbana!
– disse Rebecca.
– Ah meu Deus! Deve ter custado os olhos da cara?– gritou Nelle de onde estava e quando dei por conta ela estava do outro lado de Rebecca olhando admirada a bolsa.
– Que nada! – disse Rebecca – liquidação, 75% de desconto.
– Não acredito! – gritaram as duas ao mesmo tempo.
E lá vamos nós...
(…)
– Muito obrigada pelo jantar maravilhoso, Renesmee – disse Rebecca se despedindo de nós após o termino do jantar.

E eu que pensei que ia ser uma coisa desconfortável, pela presença de Rebecca, mas foi totalmente o contrário. Depois da histeria de tia Alice e Nelle ao descobrir que Rebecca tinha comprado um bolsa Dolce & Gabbana com 75% de desconto, o papo não ficou só por isso, elas ficaram conversando por muito tempo. E as poucos cada um foi descobrindo o quão legal era Rebecca e as suas mil e umas qualidades.

Tio Jasper descobriu que Rebecca era um
expert em massas italianas, a mãe de Nelle se encantou com Rebecca falando das suas joias de Mattew Campbell Laurenza e por ultimo foi a minha princesinha, Sarah. Rebecca contou a Sarah de suas bonecas de porcelana que sua mãe, dona Sarah havia lhe dado quando ela era criança, Sarah se encantou com a descrição que Rebecca dava das bonecas.
– Ei, faltou je! – gritou Sarah quando todos nós tínhamos nos despedido de Rebecca que já estava na porta da casa de tia Alice pronta para ir, então Sarah veio correndo e pulou nos braços de Rebecca ficando em seu colo – tchau tia Becca!– e então ela deu um beijo em seu rosto.

“Tia Becca”. Era tão estranho eu ouvir isso, apesar de Sarah chamar todas nossas amigas de tia, como Nelle, sra. Chevalier, Jane e etc... Mas mesmo assim, era estranho, pois Rebecca era tia mesmo de Sarah, tia de sangue.

Sacudi minha cabeça me livrando desses pensamentos e foquei em Sarah e Rebecca.
– Tchau, Sarah. E amanhã mesmo eu te mando por correio aquela boneca que eu te falei. – disse Rebecca.
– Boneca? – perguntei a ela.
– É, aquela boneca de porcelana que minha mãe havia me dado, a princesa Julie, que você adorava brincar com ela quando criança. Eu vou dar para Sarah.
– Não, não – eu disse pegando Sarah do colo de Rebecca – é sua Rebecca, sua mãe te deu. É uma lembrança dela para você

Que isso, Renesmee. Eu tenho várias coisas para lembrar de mamãe e eu nunca fui muito fã de bonecas. E eu quero dar a Sarah, eu adorei sua filha.
Era impossível não gostar de Sarah. Respondi a mim mesma mentalmente. Não por ela ser minha filha, eu sei que sou suspeita a falar, mas Sarah tinha um encanto que me mexia com as pessoas que era... INEXPLICÁVEL.

Tem certeza, Rebecca?– perguntei a ela.
– Claro. – disse ela e então olhou no relógio – bom, eu tenho que ir.

– Tchau Rebecca
– eu disse – foi muito bom tê-la conosco.

Digo o mesmo, Renesmee – sorriu ela e então se virou e segui pelas ruas iluminadas de Paris.

Fechei a porta e então tia Alice soltou um suspiro:
– Ain, que menina encantadora!

– Hã? Como é?
– perguntei.
– Esqueça – disse tia Alice e então se sentou no sofá – Sarah, acho que tia Rosemarie esta te chamando na cozinha.

Eu sabia que tia Alice estava tirando Sarah dali, por que queria conversa comigo, a sós.
– Tá bom!– disse Sarah e então fez um movimento que a fez saltar de meu colo – já volto, mère!

– Esta bem, querida
– eu disse dando um beijo no alto de sua testa e então rapidamente Sarah saiu correndo e sumiu de nossas vistas e então me virei para tia Alice e disse – e então, o que quer conversar?

Eu percebi.

– Percebeu, o que?

– Como ficou quando Sarah chamou Rebecca de tia, eu percebi.

– Tia, olha....

– Calma, querida – disse ela com a voz tranquila e amena, estranhei – dessa vez não vou te julgar, ou algo do tipo eu prometo
Como é?
– E então?

– Só fiquei pensando, não acha que Rachel tenha razão?

– Sobre?– perguntei, mas eu já sabia a resposta. Era sobre ele e dele saber de Sarah, sempre que eu conversava com Rachel, que era de tempos em tempos, mais ou menos de dois em dois meses, ela sempre tentava de algum modo me convencer disso, mas eu sempre dizia a mesma coisa: Não.
– Que Jacob devia saber da existência de Sarah e também que ela mereça conhecer o pai, que mereça ter um pai? Renesmee, querida. Pense em tudo que você privou de ambos.

– Olha, tia...
– Espera Renesmee, ouça!– disse ela me interrompendo – olhando ali, Rebecca e Sarah rindo e se divertindo juntas eu vi que talvez não fosse tão ruim assim eles saberem da existência dela, que apesar do velho Black fazer o diabo para afastá-la do pai, você teria o apoio de todos, inclusive das próprias irmãs de Jacob. – e então ela se levantou do sofá, pegou em minhas mãos e disse – pense nisso, querida. Pense como teria sido se não tivesse fugido, pense como seria a vida se Sarah tivesse um pai, apenas pense...– e então ela se foi.

As palavras de tia Alice me fizeram tanto efeito que fui para casa pensando nelas, escovei os dentes pensando nelas e por fim, dormi pensando nelas...
– Bom dia, querida – ouvi uma voz rouca sussurrar em meu ouvido me fazendo despertar, abri lentamente meus olhos e então me deparei com um rosto que não via a anos, que estava tão esquecido em minhas lembranças tristes. Era ele. Puxei o lençol branco cobrindo até meu queixo, eu estava morrendo de vergonha.
– Ja-jac...– eu não conseguia pronunciar seu nome, eu mal conseguia respirar.
– Jacob, querida. Sou eu, Jacob. Seu Jacob meu amor...

Mère, Père! – gritou uma vozinha soprano conhecida correndo até nós dois e pulando na cama e sorrindo feliz.
– E claro da nossa princesinha, Sarah!

Père, nós vamos fazer o piquenique na clareira, né? Je quer ver a flores da primavera!

– Clareira?
– perguntei confusa.
– Sim, querida. Não se lembra que prometemos a nossa princesinha que iriamos levá-la a clareira para fazer um piquenique?

– Estamos em... La Push?


Ele riu.
– Lógico que estamos em La Push, onde mais estaríamos?

Sorri e então me levantei da enorme cama de casal e então eu levei um susto enorme, o lençol branco escorreu lentamente até o chão e então mostrando o que ele escondia, uma barriga enorme que devia ter uns sete ou oito meses. Ele sorriu e passou a mão em minha barriga:
– Não vejo a hora do nosso meninão nascer!


–NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!
– gritei desesperada abrindo os olhos e notando que eu ainda estava em Paris.
– Mère? – me chamou uma voz embargada correndo com seu ursinho até minha cama, era Sarah – O-o que aconteceu? P-por que você gritou? – começou então ela a chorar compulsivamente.
– Calminha, princesa – eu disse a puxando num abraço apertado – esta tudo bem, não foi nada, não foi nada.

Depois que Sarah adormeceu em minha cama, já que havia se assustado com meu grito, segui até um pequeno quarto na qual eu havia feito de estúdio onde eu colocava meus quadro e meus instrumentos de pintura e simplesmente coloquei tudo rodava em minha cabeça naquele momento, naquela tela em branco.

E no final o quadro continha
ele segurando nossa filha.
– Quem é ele mère? ouvi uma vozinha sussurrar vindo da porta aberta do estúdio, Sarah.
– É-é... Não sei, ma chéri. Ninguém.


(…)

Havia se passado um mês do meu encontro com Rebecca Black e então graças a
Alá eu não tinha tido mais noticias dela, não por que eu não gostasse dela, muito pelo contrario eu tinha mudado meu conceito sobre ela, mas sim por que seria melhor desse jeito, não queria ela por perto por que (1) Ela podia descobrir a qualquer momento que eu tive um relacionamento com ele (2) Quando ela descobrisse isso, logo também descobriria que Sarah é filha dele e por último (3) Quando descobrisse que Sarah é filha dele, eu não dava cinco segundos para ele descobrir e aí a cobra iria fumar.

Amanhã é véspera de natal e eu não estou nem um pouco animada, por que Tia Alice e Tio Jasper decidiram fazer uma viajem para o Brasil dizendo que iriam ter uma segunda lua de mel ou algo do gênero e também por que Alec recebeu um convite de última hora do congresso de advogados para uma reunião de extrema urgência na Inglaterra que dura três semanas e ele nem poderá passar o ano novo aqui também, Jane vai com umas amigas para Miami comemorar o natal e só sobramos eu, Nelle e Sarah.

E agora estou eu aqui tentando convencer Alec a ir tranquilo a viagem sem se preocupar comigo e com Sarah, mas como Alec é teimoso, parecia que aquela luta, seria em vão.
– Alec, não precisa ficar. Esse congresso é importante para você, não quero ser o motivo de não ir. Eu vou ficar bem, eu juro!– eu tentava pela milésima vez convencer Alec a ir – e também eu Nelle, ela também vai ficar sozinha, a mãe dela vai visitar alguns parentes em outro lugar e Nelle não quer ir. – eu disse o enchendo de beijinhos – Vá, querido.

– Mas,
chéri...– disse ele mas não pode terminar a frase, foi interrompido pelo som da campainha tocar.
– Espere um minuto – eu disse a Alec e então fui até a porta e então quando a abri levei um susto.
– Renesmee! – gritou Rebecca toda animada me abraçando.
– Re-re-rebecca? – perguntei.
– Eu mesma! – sorriu ela toda contente.
– O que faz aqui?– perguntei.
– Nossa é assim que me recebe depois de quase um mês sem nos virmos?

– Desculpe, é que fiquei surpresa com sua visita, como achou meu apartamento?

– Fui até a casa de sua tia Alice e ela me disse onde você morava em troca de eu dizer onde eu comprei as minhas botas
– disse ela apontando as botas que vestia.

Tia Becca!– gritou minha princesinha correndo para abraçar Sarah!
– Gostou da boneca que eu te mandei, Sarinhah?

On a adoré!

– Fico feliz, princesa
– disse ela e então se virou para mim – vim te fazer uma proposta irrecusável!
– Entre, por favor!– eu disse e então ela entrou.
– Olá, Alec – disse ela ao ver Alec e então se sentou no pequeno sofá de meu apartamento e olhou ao redor – muito fofo seu apê, Renesmee.

– Obrigada
– eu disse me sentando ao seu lado – e então, qual é sua Proposta Irrecusável?

– Bom...
– disse ela respirando fundo – você havia me dito que não via seus pais a um bom tempo.

– Sim. E...?

– E Rachel e seus amigos de La Push a mais tempo ainda, certo?

– Certo. Mas onde você quer chegar, Rebecca?

– Nesse ultimo mês tenho tentado falar com Rachel a qualquer custo e não consigo.

– Sério? Eu também.


Nesses último meses eu tentei falar com Rachel, ligava ao seu escritório na corporação Black e ela nunca estava e seu celular sempre estava fora de área e de apartamento com seu marido, Paul (na qual Rachel tinha se casada a dois anos e meio) mas só dava caixa postal sempre.
– Pois é, mas ontem eu consegui e advinha? Rachel me chamou para passar o natal e o ano novo com ela.

– Que legal, Rebecca!
– sorri para ela.
– E eu, tipo assim, queria saber se você não quer ir comigo?
O QUE?
– O que? – disse surpresa – ir com você? Passar o natal e ano novo... em La Push?

– Nossa, até parece que eu te chamei para ir a forca!
– disse Rebecca.

Desculpe-me.

– Tudo bem. E então, vamos?

– Sério, Rebecca?

– É Renesmee, você aproveita e mata a saudades de lá e visita seus pais, seus amigos e claro de Rachel.

– E o seu irmão?
– levei um susto com a pergunta, era Alec. Havia me esquecido que ele estava ali.
– O que tem ele?

– Vai estar, lá?

– Que nada
– soltei o ar de meus pulmões aliviada quando Rebecca disse isso – Rachel disse que ele nem aparece mais na casa dela, muito menos em datas comemorativas, ele não sai do escritório da empresa de papai e quando não esta, vive para lá e para cá com a noiva dele.
– Noiva? – perguntei rápido, rápido demais.
– É, minha prima. Leah Clearwater.

Então a vadia conseguiu!
– E seu pai?

– Piorou!
– disse Rebecca rindo – só vamos estar eu, Rachel, Paul e se você topar, você, Sarah e pode levar quem mais você quiser, Alec talvez ou sua tia, sei lá.
– Não vou poder ir – disse Alec – terei um congresso.

– Então você vai Alec?
– perguntei surpresa.
– Se você for com Rebecca, eu vou – disse ele e então me levantei do sofá e fui até ele – fico mais tranquilo sabendo que você esta perto de quem você ama e eu sei o quanto você quer ir a La Push ver seus amigos, seus pais, enfim! Pode ir, eu confio em você, mon amour! – disse ele e então me beijou carinhosamente.
– Então!– disse Rebecca nos interrompendo – vai ou não, Renesmee?

– Só seu eu puder levar uma pessoa...
– eu disse fazendo cara de pensativa.

(…)
– Nelle, era necessário tudo isso?– eu disse apontando as milhares de malas que Nelle fazia seu motoristas levar até o aeroporto, enquanto ela foleava um daqueles folhetos de “Bem vindo à América”. E então eu peguei o folheto de suas mãos – pra que isso? – eu perguntei.
– Se je vou la Amérique eu preciso conhecê-la, droite? disse ela.

– Nós vamos a La Push, faz frio lá e não a Miami ou Los Angeles, Nel!– eu disse jogando fora o folheto ao primeiro lixo que encontrei no aeroporto.
Mère, eu vou ver Gradmère Bella e Grandpère Edward?– perguntou Sarah.
– Vai sim, princesse! – eu disse sorrindo.
Premier appel pour le vol 7566 à destination de Seattle, Etats-Unis d\'Amérique.
– E então, prontas ?– disse Rebecca a nós.
– Pronta!– eu disse.
Prêt! – disseram Nelle e Sarah ao mesmo tempo e então seguimos até o portão de embarque, e lá estava eu, depois de seis anos voltando para casa.

(...)
Wow! Un táxi aqui em a Amérique é os olhos da cara! Dieu ne plaise. disse Nelle reclamando pelo oitava vez do preço do táxi. Chegamos em Seattle, lá pelo dia 24 de manhã e então pegamos um táxi até o apartamento de Rebecca.

O táxi estacionou num conjunto de apartamentos em uma área nobre de Forks, já estava no crepúsculo.
– Seu apartamento fica em Forks? – perguntei para Rebecca
– Sim, sim! Eu quis assim, prefiro Forks do que La Push. – disse ela e então saiu do táxi, logo depois eu, Sarah e por último Nelle que quase escorregou com seu salto na neve. - vamos?

Chegamos no apartamento de Rebecca, arrumamos nossas coisas e então eu me deitei no sofá, não me sentia bem, senti um enjoo enorme. Então todas começaram a se arrumar, pedi para que Nelle auxiliasse Sarah a tomar banho e se arrumar já que eu mal conseguia levantar do sofá. Foi então que tudo que tinha no meu estômago se revirou e foi posto para for de uma vez só, corri para o banheiro antes que fosse tarde:
– Renesmee, o que houve?– perguntou Rebecca.
– Sei lá, acho que foi aquela bendita lasanha do avião, mas estranho, nenhuma de vocês passou mal.

– Eu não comi
– disse Rebecca.
– Nem je. – disse Nelle.
– Nem je – disse Sarah
– É, acho que babou pra mim hoje. Não vou poder ir ao jantar de natal na casa de Rachel.

– Sério, Renesmee?
– disse Rebecca decepcionada.
– Nós não vamos, mère? – disse Sarah triste.
– Você pode ir se quiser, princesse! – eu disse a ela – Isso é claro, se Rebecca e Nelle puderem olhar você – os olhinhos dela brilharam e então Nelle e Rebecca sorriram pra ela e isso quis dizer um “sim”.
– Eba! – gritou Sarah dando pulinhos.
Oh de casa!– gritou alguém abrindo a porta da sala de estar e então rapidamente todos, inclusive eu, quase me rastejando até a sala pra descobrir quem era.
– Renesmee? Renesmee Cullen é você mesma! - gritou e então veio me abraçar.
– Rachel!– eu disse a abraçando e ficamos ali por um longo, longo tempo. Rachel não tinha mudado nem um pouquinho, ainda continuava com seu cabelo curto e liso e sua gentileza de outro mundo.
– Que saudades, sua boba!

Então ouvimos um pigarreio e nos separamos.
– Oh meu Deus! O que faz aqui?

Como? Ela não sabia que eu vinha? Rebecca não contou?
– Você não contou a ela?– perguntei a Rebecca.
– Queria fazer surpresa – disse ela sorrindo.
– Pois quase me matou do coração, Becca! – disse ela e então se virou e olhou Sarah que estava sentada no sofá agarrada a sua boneca e creio que não entendia nada do que estávamos dizendo – essa é a Sarah? Aquela bebezinha das fotos, oh meu Deus! disse ela histérica e então Sarah sorriu e assentiu ela correu e foi abraçá-la, apertando a pobre Sarah - Plaisir, ma chère. Mon nom est Rachel. Mais vous pouvez m\'appeler tante Rachel.
– Eu sei falar inglês – sorriu Sarah – tia Rachel – completou a frase e então Rachel voltou a atenção para mim.
– Decidiu então fazer o que eu te disse?

– Jamais! Quero dizer... eu só vim aqui visitar você, mamãe, papai e Claire. Só.

– Tem certeza? – perguntou ela.
– Do que você estão falando?– perguntou Rebecca e então Rachel olhou pra mim e arqueou a sobrancelha e sussurrou bem baixinho fazendo com que apenas eu ouvisse “Ela não sabe?” e eu apenas assenti antes que Rebecca perguntasse algo, Rachel sacudiu a cabeça em tom de reprovação e se virou para a irmã.
– Sobre voltar a morar aqui, Becca – disse ela sorrindo – vamos?– disse ela mudando de assunto – vim busca Becca e uma amiga que ela tinha dito que vinha, mas pelo visto isso esta bem melhor do que um francesinha metida a besta.
Hey!– gritou Nelle em tom de reprovação.
– E você é...? – perguntou Rachel.
– Nelle Chevalier, melhor amiga de Renesmee – disse ela estendendo a mão para Rachel que a apertou.

Rachel Black, cunh...
– E então, vocês já vão? – eu disse interrompendo Rachel antes que ela falasse merda.
– Você não vem?– perguntou Rachel.
– Estou passando mal, acho que estou com intoxicação alimentar por causa da lasanha do avião.– eu disse passando a mão em minha barriga que doía.
– Quer que eu chame um médico? – perguntou Rachel.
– Não há necessidade, vou ficar de repouso, talvez melhore.

– E Sarah?
– perguntou Rachel.

Nós iremos levá-la – disse Rebecca – não é Sarinhah? – disse ela toda animada olhando pra Sarah que deu pulos de alegria.
– Então vamos!– disse Rachel que pegou a chave de seu carro que estava em cima da mesa de centro do apartamento de Rebecca, enquanto Nelle vinha até mim e se despedia.
– Vê se melhora, petite amie ! – sorriu ela e então chamou Sarah – vamos, ma chéri !– e saiu porta a fora com a minha princesinha.
– Juízo princesse e se comporte – gritei para Sarah.
Oui, mère! – gritou ela de volta.

Vou pegar minha bolsa – disse Rebecca saindo da sala e deixando eu e Rachel sozinhas.
– Estou feliz que esteja aqui, Renesmee. Não sabe o quanto sua visita me faz bem! – sorriu ela.
– Também estou muito feliz por te ver, Rachel.

– Ainda não acredito que fugiu, se soubesse o que aconteceu...

– Xi!
– eu disse a interrompendo – não quero saber. Apenas vim aqui para ver vocês e matar a saudades, não quero saber do passado.

– Ela é linda!
– disse ela.

Eu sei – sorri satisfeita.
– Parece tanto com...

– Com quem?
– disse Rebecca voltando.
– Vamos?– disse Rachel revirando os olhos e mudando de assunto.
– O.K.– disse Rebecca e então se despediu de mim e disse - qualquer coisa, só ligar pro meu celular, é o primeiro numero da discagem rápida do telefone.
– Pode deixar – sorri e então as duas gêmeas Black saíram do apartamento me deixando naquele silêncio e então me fazendo deitar do sofá e descansar um pouco e tentar amenizar meu mal estar.

(…)

Eu fiquei a noite inteira deitada no sofá, morrendo de dor no estômago assistindo aquele velho programa que eu assistia na minha adolescência, Couples Therapy. Depois de pegar no sono uma trezentas vezes e acordar com a minha barriga doendo, decidi não tentar mais dormi e então peguei um remédio em minha bolsa e tomei.

Quando voltava para o sofá a porta do apartamento foi aberta violentamente e eu ouvi alguém dizer.
– … ah ela vai ter que me explicar, isso! Como ela pode me esconder!– Era Rebecca gritando.
– Becca, calma. Não é pra tanto!– agora era Rachel e então quando as duas me avistaram eu vi suas expressões, Rachel parecia assustada e Rebecca furiosa. Foi então que lá atrás das duas veio um pequena fadinha correndo até mim, Sarah estava toda animada e então quando me viu pulou em meu colo e disse.
Mère, mère! Je o viu, je o viu!

– Viu quem?
– perguntei.
– É Sarah, viu quem? Conta! – disse Rebecca ironicamente.
– Becca... – disse Rachel a repreendendo.

– O moço do quadro mamãe, aquele que estava segurando a mim. Je o viu, ele existe!– disse ela toda animada – e ele se chama Jacob!
– O-oque?– perguntei catatônica, olhei para Rachel que engoliu seco e depois para Rebecca que batia seu pé impacientemente no chão esperando um resposta.

1 comentários:

Deia disse...

HHHHAAAAAAAAAA
COMO É QUE SE PARA UM CAPITULO ASSIM???
Por favor atualização logo.

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