terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Song Fic Vento No Litoral Jakexness10

Capítulo 9 – Adeus






PVO Jacob



Estava muito magoado e chateado com o clima que havia ficado entre Ness e eu. Ela era a mulher da minha vida, disso não tinha a menor dúvida, mas ainda sofria ao seu lado por perceber que ela não me enxergava. Que só buscavam em mim os traços do meu irmão.

Isso me feria de verdade, deixando muito mal e receoso sobre os rumos que uma relação poderia tomar.



Durante toda a minha vida me senti inferior, tive raiva e vontade de pergunta a minha mãe o motivo... O motivo dela ter escolhido ele; Mas naquele momento, apesar de está ferido demais por ela chamar o seu nome, não poderia fazer o mesmo... Eu já sabia o motivo.



Perdi a cabeça e fui super indelicado com ela, dizendo coisas que certamente a magoaram. Depois que a vi desmaiar, completamente frágil diante da briga, fiquei me sentindo muito mal e jurei para mim mesmo que nunca mais a trataria daquele jeito. Ela merecia muito mais do que um homem grotesco e não incorporaria o espírito de Billy Black. Não! Não mesmo! Ela era uma princesa para mim e merecia muito mais que palavras desaforadas de um homem com raiva. Completamente frustrado e com ciúmes de um fantasma... Eu a amava demais para fazer aquilo novamente.



Passei a sexta feira inteira na praia, olhando para o horizonte e pensando no que fazer da vida, mesmo sabendo que deveria estar a minha procura. Contudo precisava organizar a minha mente e decidir o que fazer da vida. Afinal só tinha mais uma semana em La Push e não sabia o que seria os nossos destinos depois.



Se eu voltasse para Pearl Harbor e ela fosse para a universidade, certamente nos perderíamos um do outro e seria complicado manter uma relação, que já havia começado tão frágil, a distancia... Aquilo me dava medo.



Decidi que a pediria em casamento e a levaria comigo para a base. Como esposa de militar, poderia freqüentar a universidade lá e não precisaria abandonar os estudos. Cheguei aquela conclusão depois de um dia inteiro pensando e sofrendo com a possibilidade da separação. E por mais que soubesse que ela nunca me amaria do mesmo jeito, não dava simplesmente para dizer adeus e deixar todo o amor para trás. Ela era tudo o que queria da vida e se dissesse que não poderia ir comigo, talvez abandonasse tudo e viesse morar em Washington só para ficar ao seu lado.



O Crepúsculo chegou e finalmente resolvi ir para casa. Já estava sem comer e beber o dia inteiro, o cansaço assolava o meu corpo, o sono já começava a me dominar e a minha cabeça começava a doer. Precisava comer algo e deitar para descansar.



Cheguei na casa da minha mãe e conversamos sobre ela. E por mais constrangido que me sentisse diante daquela situação, inquestionavelmente minha mãe era a melhor pessoa para me aconselhar. Poderia me ouvir e tentar entender os meus motivos. Entre nós já havia uma muralha quase que intransponível e eu não conseguia abrir os portões daquele muro. Mas naquela noite estava carente demais e precisava de um colo... Eu estava sofrendo muito e tinha medo do futuro.



- Filho, a Ness esteve aqui para te ver. Estava tão nervosa.- Ela deu o primeiro passo na conversa e em um primeiro momento, pensei em me esquivar e fugir.



- Mãe eu... – Gaguejei envergonhado.



- Não tenha medo de se abrir comigo, Jacob. Sou sua mãe e quero o seu bem. Vi o quanto aquela menina está sofrendo por sua causa. Ela me pareceu tão agoniada... Estava quebrada. – Disse tocando suavemente o meu rosto. Caminhou até o sofá e se sentou. Sem pensar muito, caminhei até lá, sentei e coloquei a cabeça em seu colo.



- Eu a amo, mãe... Como nunca amei ninguém. – Confessei mesmo temeroso de suas criticas, afinal ela era a namorada do meu irmão. E eu me sentia um traidor.



- Ela também te ama. Vi isso nos olhos dela, filho. Qual o problema entre vocês dois¿ Por que essa dificuldade toda¿ - Fazia cafuné em meus cabelos enquanto falava.



- Ela não me ama, mãe... Apenas procura em mim a imagem do amor que perdeu. E por mais duro que seja dizer isso... Pareço um fraco.



- Não! Você é um homem lindo, amoroso e sensível. Não pense assim filho.



- Por mais duro que seja, prefiro viver com ela à sombra dele, do que viver sem ela. Isso está acabando comigo... – Hesitei por um momento, sentindo as lágrimas se formando no canto dos meus olhos. – Queria que ela me visse uma só vez... Que olhasse para mim e dissesse: “Jacob eu amo você e é com você que quero ficar”. Mas isso é apenas um sonho... Só fui só uma relação carnal para ela... Só isso.



- Vocês dormiram juntos¿ - Perguntou parecendo constrangida.



- Foi lindo, mãe... Eu me entreguei de corpo e alma para aquela garota. E no final ela chamou por ele. Como isso me fere... Como dói! – Já estava chorando, mesmo que inconscientemente. – Ela disse que foi força do hábito, mas eu não acredito. A todo momento olha para mim, analisando as minhas expressões a procura de um traço singular... Ela não me ver. Sou apenas um espelho do Seth.



- Já pensou que ela pode ter dito a verdade¿ - Passou a mão sobre o meu rosto e enxugou as minhas lágrimas.



- Era tudo o que mais queria. E agora fico pensando em como será quando for embora. Chega a doer a possibilidade de me separar dela. Não sei o que faço, mãe. – Confessei nervoso. – Quero levá-la junto comigo. Casar com ela e dá uma boa vida. Lá em Pearl Harbor ela poderia estudar na Universidade Militar e até trabalhar se quiser. Mas tenho medo dela não aceitar a minha proposta e dizer que não me ama, que não pode e não vai comigo. Isso está acabando comigo.



- Eu estou feliz. Sabia¿ - Perguntou e não entendi nada.



- Feliz¿ Como assim¿ - Questionei.



- É a primeira vez que se abre comigo e diz o que está sentindo. Também por ser um homem lindo, honrado e amoroso. Tenho certeza que essa menina saberá reconhecer isso. Mas acho essa idéia de casar um pouco prematura, filho. – Sentei no sofá e fiquei olhando para ela.



- Eu preciso de uma família, mãe... Eu nunca tive! – Fiquei temeroso em falar aquilo, mas precisava desabafar. – Quero uma mulher para me receber em casa todos os dias. Alguém com quem possa partilhar as minhas inquietações. Quero uma criança para amar e cuidar como nunca foi amado e cuidado... Eu nunca recebi amor de ninguém! Nunca tive um natal, dia das crianças ou ações de graça. Sempre fui sozinho com um pai rabugento e autoritário. Eu preciso de alguém para me amar e para eu dá amor, mãe. E tenho certeza que essa pessoa é Ness. Se eu tiver que me separar dela agora, será doloroso demais para mim. É como se houvesse encontrado a minha outra metade. A senhora não tem noção de como me sinto ao seu lado. Não tem noção de como ela me faz feliz, mesmo nesse momento de dor. A sua presença é um bálsamo para o meu coração e eu preciso dela... Preciso mais do que ar que respiro.



- Você é realmente lindo e tem um coração bom, filho. Acho que ao escolher o seu irmão fiz a escolha certa. – Senti-me sufocado naquele momento. Meu coração apertou e quase chorei novamente. – Seu irmão tinha a cabeça fraca, não tinha muito juízo e o seu coração não era tão bonito quanto o seu. Era um rapaz bom, mas porque recebeu uma educação boa e firme. Agora imagina se ele tivesse crescido com o seu pai¿ Imagina como seria a personalidade dele¿ Seria um bruto... Um animal como Billy. – Sorriu docemente para mim. Já você tem uma alma tão boa, é tão lindo, doce e amável que mesmo passando por momentos difíceis na vida, preservou essa doçura em seu coração... Filho, Deus escreve certo por linhas tortas. Você não deixou os estímulos do ambiente em que viveu transformá-lo em uma pessoa má. Já seu irmão... – Parecia incomodado em falar sobre aquilo.



- O que tem o meu irmão¿ -Perguntei franzindo o cenho.



- Ele era revoltado por eu ter largado a vida boa ao lado do pai. Não se conformava em não ter dinheiro e por muito tempo fingiu ser quem não era. Devo confessar para você que ele tinha vergonha de eu ser a sua mãe. De seus amigos saberem que era filho de uma empregada. E até trazer a Ness nessa casa, demorou muito tempo e mesmo assim sempre ficava constrangido. Ela tem uma situação financeira muito boa, vem de família rica e nunca precisou de nada. Ele não se conformava em ter que dirigir o carro dela, em não ter dinheiro para comprar coisas boas e levá-la em lugares legais. Muitas vezes me acusou da vida ruim que teve. E tenho certeza que você no lugar dele teria agido diferente.



- A Ness disse que ele começou a trabalhar. – Disse.



- Sim! Mas não por pena de mim como ela achava. Começou a trabalhar porque não conseguia ficar sem dinheiro. Precisava de roupas boas, para mostrar aos amigos, dinheiro para levá-la em lugares legais e para ostentar o que não era. Por isso largou as atividades na escola e começou a trabalhar, mas me acusava disso todos os dias. Foi muito difícil essa fase da vida dele.



- Sinto muito, mãe. – Eu a abracei e comecei a fazer carinho em suas costas.



- Por isso eu digo que a melhor coisa que fiz foi deixar você com seu pai. Sei que isso te fere muito, filho, mas a verdade é que seu irmão seria um rebelde sem causa e faria muitas besteiras na vida. E você foi capaz de passar por isso tudo com dignidade. – Ela segurou o meu rosto com as duas mãos e encarou os meus olhos. – Eu amo você, filho. Se pudesse voltar ao tempo, fugiria com os dois filhos. Nunca faria você sofrer tanto na vida. Mas eu não posso. Por favor me perdoa.



- Eu já te perdoei, mãe... Já perdoei. – Ficamos abraçados por um longo tempo sem dizer nada.



- Eu tenho que falar com a Ness, mas preciso dá um tempo para ela pensar. Não quero pressioná-la ainda mais.



- Tenho certeza que fará o melhor para os dois. – Sentamos lado a lado e ficamos em silencio alguns segundos.



- Obrigada, mãe... Precisava desabafar.



- Pode falar sempre comigo, Jacob. Não tenha medo de falar com sua mãe.



- Sou fechado demais... É difícil.



- Você vai consegui superar isso e se abrir. Tenho certeza que com o tempo vai começar a se abrir.



Fui para o quarto e comecei a pensar sobre tudo o que minha mãe havia dito. Vi as folhas desarrumadas sobre a cama e conclui que ela havia visto os desenhos. Percebi que havia um bilhete e pequei para ler.



- Jacob, estou indo até a casa de Sue e mais tarde volto. – Minha mãe disse da porta do quarto.



- Tudo bem!



- Tem comida quente no fogão para você. Vê se alimenta esse corpo. Vai acabar ficando doente sem comer.



- Estou realmente com fome. – Ela fechou a porta e eu comecei a ler o bilhete de Ness.



“Jacob, eu te esperei o dia inteiro, mas você não apareceu.


Precisamos conversar sobre nós dois.


Pode me ligar quando chegar¿


A manhã a limusine vai nos buscar na porta da minha casa às 19h. Não esqueça disso. OK¿


Um beijo muito carinhoso”



Pensei várias vezes em ligar, mas resolvi dá um tempo para ela sentir a minha falta e pensar sobre nós dois. Assim eu tomei meu banho, jantei e deitei na cama para ficar ouvindo músicas no meu ipod. E depois de algum tempo, acabei adormecendo.



“Jacob! Jacob!


Ouvi a voz doce do meu anjo chamando o meu nome e me virei para vê-la. Ela caminhava em minha direção com o nosso bebê no colo. Usava um lindo vestido florido, que estava esvoaçando pela força do vento, os cabeços desgrenhados, o sorriso lindo e os braços protegendo o nosso pequeno enrolado em uma manta.






- Não devia sair de casa com essa ventania. – Disse beijando a sua testa. Toquei o rosto do meu filho e fiquei sorriso a ver como ele era lindo e como se parecia comigo.






- Senti sua falta, amor! – Deu um selinho em meus lábios e fiquei olhando aquele lindo olhos verdes que parecia pequenas esmeraldas.






- Eu também senti a sua falta, meu anjo. Prometo que essa foi a minha última viagem. Vou pedir despensa e iremos embora de Pearl Harbor.






- Para onde vamos¿






- Vamos morar em La Push.- Eu a abracei por trás e ficamos a beira da praia vendo o por do sol. A tarde estava linda e me sentia feliz por está junto a minha família após meses no mar.






- Eu te amo, Jacob...






- Eu te amo muito mais...”



Acordei radiante com aquele sonho e certo do que iria fazer. E mesmo correndo o risco de ouvir um sonoro “não”, eu a pediria em casamento aquela noite, aproveitando o clima de festa do baile.



Mesmo sabendo que ela não me amava da mesma forma, faria de tudo para fazê-la feliz e quem sabe um dia ela olhasse para mim e descobrisse que também me amasse. Estava disposto a amá-la tanto, que o meu sentimento seria o suficiente para nós dois. Daria a vida para que ela fosse feliz e que me olhasse como o seu homem, não como o fantasma do meu irmão. E algum dia ela se daria conta de quem eu era, e se esqueceria completamente de tudo que viveu antes de nós dois.



Aquele era o meu plano e estava disposto a levá-lo a diante, começando na noite do baile de formatura.



Passei o dia eufórico esperando a hora de me arrumar. Corri alguns quilômetros, nadei, fiz 500 abdominais e depois fui para casa me arrumar.



Depois de alguns minutos diante do espelho, para me certificar que tudo estava direito e que não faria feio ao seu lado. Peguei a chave da moto e sai de casa para ir ao seu encontro.



A viagem para a casa dos Cullens, em Forks, demorou cerca de quinze minutos e quando cheguei foi bem recebido por sua mãe.



Fiquei super ansioso a sua espera e quando a vi no alto da escada, parecia a visão de uma fada. Ela estava muito linda e radiante. Não consegui esconder o encantamento que sentia ao vê-la arrumada daquele jeito. Tive vontade de seqüestrá-la e curtir uma noite a dois... Tomá-la em meus braços e fazer amor.



Vi em seus olhos o mesmo encantamento e em sua face o sorriso mais lindo do mundo. Sentia um frio estranho em minha espinha, meu corpo tenso e uma louca vontade de beijá-la. Mas não deu tempo, porque logo a limusine chegou e tivemos que partir para o carro.



Aquilo foi bem engraçado. Confesso que morri de rir com os amigos de Ness espantados com minha presença. Uma desmaiou e acordou unas três vezes, o seu namorado simplesmente desmunhecou e mostrou o seu lado gay, a outra se agarrou ao seu namorado que tentava acalmá-la. O outro se jogou no canto do carro e quase surtou quando o boiolinha se jogou sobre ele... Foi muito engraçado.



Passado o susto, Ness contou quem eu era e finalmente entramos no carro para partimos. E ali eu tive a minha primeira decepção da noite, quando tentei pegar a sua mão.



Já estava tão ansioso pelos seus toques, que instintivamente peguei a mão para fazer caricias. Mas ela puxou a mão e afastou o seu corpo de mim. Confesso que fiquei arrasado com o seu gesto e quis falar sobre o assunto. Mas com os amigos no carro, não teríamos muita privacidade, então preferi esperar até que estivéssemos a sós.



Quando chegamos ao ginásio do colégio, que por sinal estava muito lindo e bem decorado, começou uma enorme confusão e vi pessoas correndo, caindo, derrubando mesas e cadeiras, algumas se machucaram outras desmaiaram e uma pessoa foi arremessada sobre a jarra do ponche. E até o amigo de Ness, Embry, ir até o palco e dizer que não era um fantasma, zumbi e que era o irmão gêmeo do Seth, tudo se transformou em uma cena de filme de terror. E me senti muito mal com aquilo.



Passado o susto, as pessoas começaram a arrumar o salão e se recompor pouco a pouco. E aproveitei o momento para pegar a mão de Ness novamente. Queria sentir o seu toque e aproveitar o máximo da noite com ela, até finalmente fazer o pedido que mudaria completamente as nossas vidas. Mas ao contrário do que esperava, novamente puxou a não e com a voz estranha, parecendo uma desconhecida, chamou me para conversar em um canto reservado.



Pediu para eu não a tocá-la, pois não queria que os amigos nos vissem juntos. Em seu tom estava claro que tinha vergonha de mim, deixando me furioso com a sua colocação. Perdi a cabeça e disse coisas que não queria, e principalmente não deveria. Mas estava magoado demais com ela e via todos os planos que havia traçado para nós dois indo pelo ralo. Quase fui embora, mas não daria o gostinho a ela e resolvi ir circular no baile. Pensei que se talvez ficasse com alguma garota, ela se desse conta do que estava perdendo... Burrice minha! Perdi completamente a sanidade e agi como uma criança birrenta... Aquele não era eu... Apenas um homem magoado.



Comecei a dançar com a garota chamada Melissa, após uma discussão entre ela e Ness, que deixava claro que eram velhas rivais. E percebi que a garota poderia me ajudar deixá-la com muita raiva e se render a mim. Mais uma vez calculei errado e as coisas acabaram saindo do controle.



- Você é muito lindo, Jacob. – A loira gostosona com cara de Kenga dizia agarrada ao meu pescoço, enquanto dançávamos agarradinhos na pista. Já estava de saco cheiro de ouvir: “Como você é lindo, como é gostoso, como é forte, como é másculo... como..” Aff Aquilo já estava me cansando. Revirei os olhos e procurei por Ness no salão, mas ela havia sumido. Comecei a ficar preocupado e quando já estava prestas a largar aquela garota chata, vi meu anjo cambaleando em nossa direção.



Meu corpo gelou ao perceber que estava bêbada... Estava muito bêbada.



- Lagameuomekenga! – Gritou com a voz embargada e pegou a loira pelos cabelos. Tudo aconteceu muito rápido e quando vi, ela já estava sobre a loira no chão, dando muitos tapas e socos em sua cara, puxando os cabeços e arrancando, enquanto a outra tentava reagir.



- ME LARGA! SOLTA SUA DOIDA!! SOLTA!



-Vadiafafadaladadehome! – Continuava batendo com raiva, enquanto a outra tentava se defender.



- PO! PO! PO!



- BATE! BATE!



- ARRANCA OS CABELOS DELA!



Eu estava atônito diante daquela situação e as pessoas ao invés de separarem, simplesmente formaram um circulo ao redor das duas e instigavam a briga.



Ness batia, socava, arranhava, rasgava as roupas de forma tão violenta que nem parecia a menina pequena e frágil que conhecia. Ao sair do meu transe, peguei-a por trás, prendi os braços passando os pela cintura, exatamente como se faz com doidos ao colocar a camisa de forças, mas ela continuava a se debater e falar tudo embolado.



- Kebovcvadianojetafafada! Eleemeunamoladosomeusafada!



- Calma, Renesmee! Calma! – Sussurrava em seu ouvido, tentando acalmá-la. Olhei para a garota no chão e o estrago que a pequena havia feito era grande. A garota estava com os dois olhos roxos, o nariz sangrando, toda descabelada, o pescoço e o colo arranhado, o vestido rasgado e mal conseguia se levantar.



- JAcobemeusotomeufafadavadia.



- Calma, meu anjo! Estou aqui com você. Calma! Parece uma leoa brava. Calma!



- Jacob, a limusine está lá na frente. Porque não leva Ness para casa. – A sua amiga falou.



- Obrigado! Vou levá-la sim! Está muito doida e tenho medo que quebre mais alguém essa noite. – Peguei-a no colo como se fosse um bebê e caminhei com ela para fora do salão, com todas as pessoas olhando assustadas para nós... Nossa que noite infernal!



Chegamos a limusine e pedi que nos levasse de volta para a sua casa.



- Pode nos levar para a casa dela¿ - Pedi para o motorista.



- Ela tá mal. Não é¿ - Perguntou vendo o estado deprimente dela em meus braços.



- Nem me fale, amigo! Nem me fale. – Ele abriu a porta, coloquei ela tomando cuidado para não machucá-la e depois entrei e puxei a porta.



- Kerovceukerovc hahahahahahaa fazamocomigo hahshah – Ela começou a tirar a minha roupa e eu tentava impedi-la, na medida do possível, mas era uma luta terrível resistir aquele corpo se atirando sobre o meu. Colocou as pernas entre a minha cintura e começou a se mover em meu membro, deixando-me totalmente excitado.



- Não! Não! Para Ness! Para! Não quero você assim... Quero você inteira e sóbria... Para! – Ela mordia e chupava o meu pescoço, suas mãos foram em direção ao zíper da minha calça e eu tentava tirá-la de lá. – Não! Para! – Era uma luta perdida para mim. Estava morrendo de tesão e não consegui me conter quando beijou a minha boca. Prendi as mãos em seus cabelos e a deixei me conduzir. Ela tirou o meu membro para fora da calça e se encaixou nele. Senti a penetração em seu corpo e a minha sanidade, que já era pouca, foi embora definitivamente. Comecei a penetrar o seu corpo com vigor. Era a sensação mais maravilhosa do mundo me sentir vibrando dentro ela. Ficava mais completo, mais feliz e sentia como se nada mais existisse além de nós dois. Assim fizemos amor no carro e por sorte as limusines tinham aquelas pequenas escotilhas, que ficavam fechadas, e o motorista não tinha como ver nada que se passava, apesar dos nossos gemidos nos denunciarem.



Chegamos a casa dela, percebi o carro parar, tirei-a de dentro do meu corpo e arrumei o seu vestido. Ouvi duas batidas na porta e a abri.



- Chegamos! – O homem disse com um sorriso no canto dos lábios.



- Obrigado! – Sai do carro, peguei a no colo delicadamente.



- Quer carona para ir embora¿ Ou passará a noite com sua gatinha selvagem¿ - Disse com sorriso travesso.



- Minha moto está li. – Disse mal humorado, apontando para a moto e ele assentiu com a cabeça.



- Boa noite para vocês. – Disse rindo e se caminhou para o carro.



Observei a casa dos Cullens, percebendo a escuridão no local. Era estranho ver tudo escuro aquela hora. Não sabia se os pais estavam em casa ou se já haviam dormido. Caminhei com ela até a porta e vi o bilhete fixado nela.



“Filha, seu pai e eu passaremos a noite fora. Comporte-se!

Bjus Mamãe”



- Boa! O que faço agora¿ Amor, tem alguma chave escondida¿ Precisamos entrar. – Sussurrei em seu ouvido.



- Tapetetapetetapete



- Já entendi! Preciso que tente ficar de pé, para eu pegar a chave. Pode fazer isso¿



- Kerufazeamorkeruvckeruvc



- Tudo bem, querida! Deixa eu pegar a chave primeiro. – Coloquei-a de pé encostada na pilastra, abaixei, levantei o tapete e vi a chave. Peguei-a e levei até o tambor da porta. Abri a porta, peguei Ness novamente no colo, entrei, fechei a porta e caminhei em direção as escadas. Sabia onde era o seu quarto, porque já havia vindo com ela nos braços no dia em que desmaiou. Então, mesmo no escuro, segui com ela nos braços, caminhei pelo corredor e fui até o seu quarto, que ficava no final do corredor. Abri a porta, entrei com ela e comecei a procurar o interruptor. Acendi a luz e a levei até a cama. – Amor, vai ficar tudo bem. Cuidarei de você.



Comecei a tirar os seus sapatos, depois fui tirando o seu vestido, enquanto ela continuava a falar tudo embolado.



- Kerufazeamor keruxupabanana keruxupabanana!



- Ah¿ Ela está muito doida. – Enquanto tentava despi-la, continuava a me agarrar e falar coisas sem sentido.



-Jacobficaficafaamocumigo



- Tudo bem meu anjo. – Tirei o seu vestido, a meia calça e a calcinha, deixando a completamente nua. Era a visão do paraíso, mas eu não queria abusar dela bêbada. Peguei a no colo e a levei para o banheiro. Acendi a luz, abri a porta do Box e a coloquei de baixa da água.



-Jacobficaficafaamocumigo



- Eu fico, meu anjo! Eu fico!



Depois de um bom tempo, tirei a da água, peguei a toalha e comecei a enxugá-la. Enrolei-a na toalha e a levei para a cama, deitando-a lentamente.



- Vou procurar algo para vesti-la. Já volto. Tá¿ - Beijei a sua testa e fui para o closet. Comecei a abrir as gavetas e achei calcinhas e camisola. Voltei para cama e comecei a vesti-la.



- Pronto! Está linda! Agora tenta dormi.



-Jacobficaficafaamocumigo



- Eu ficarei com você para sempre... Eu amo você. – Tirei os sapatos e deitei ao seu lado na cama. Puxei o seu corpo para mim e fiquei fazendo cafuné até que finalmente pegasse no sono. Depois me levantei e fui para a sala esperar os seus pais. Acabei dormindo no sofá e acordei com os gritos de sua mãe.



- AHHHHH!



- Calma! Calma! Sou eu, Jacob! – Tentei falar assim que ela acendeu as luzes.



- O que faz aqui, Jacob¿ - Ela me perguntou e o seu marido entrou correndo na sala, já com um bastão de baiseball para me bater.



- A Ness bebeu muito na festa. Acabou brincando com uma garota e ficou muito alterada. Trouxe ela para casa, dei banho e a coloquei para dormir. Mas não podia deixá-la sozinha e também não queria abusar. Entende¿ Resolvi dormir no sofá. Podem me desculpar¿



- Aimeudeus! Que vergonha! – Sua mãe disse consternada.



- Bem, eu já estou indo. Mas tarde ligo para saber como ela está. Desculpe o abuso, mas não dava para dormir em pé.



- Nós agradecemos a sua honestidade e a forma como tratou a nossa filha. Se fosse outro teria se aproveitado da situação. – O pai disse me fitando.



- Eu amo a sua filha. Não tenho a intenção de abusar dela levianamente. Agora preciso ir embora. Estou morto de cansaço.



O dia já havia amanhecido, o sol já despontava no horizonte, os pássaros cantavam a sua deliciosa melodia matinal quando sai da casa dos Cullens. Peguei a moto e parti para a casa da minha mãe.



Chegando lá, tirei as roupas, tomei um banho quente e fui dormi um pouco sobre a cama. Já estava cansado demais e precisava relaxar.



Quando acordei, já passavam das duas horas, levantei e fui até a cozinha pegar algo para comer. A casa estava vazia e sentia uma estranha angustia me apertando o coração.



Depois que peguei algumas frutas, leite e pão voltei para o quarto comecei a comer. Depois coloquei a bandeja sobre a cama e peguei o meu iphone sobre a cabeceira da mesa. Havia uma mensagem não lida e resolvi abrir.



“Sua presença é solicitada na base da Carolina do Sul. Verificar coordenadas enviadas para o seu email.”



Meu coração gelou. Custei a assimilar aquela mensagem e tive medo de abrir o meu email.



“Estamos enviando uma equipe para uma missão no Oriente na próxima terça feria.


Sua presença é requisitada no navio Leão do Ocidente na segunda feira a tarde.


Esteja devidamente uniformizado e procure o Almirante Crowel no porto da Carolina do Sul.






Att


Almirante Brostein”



- Oh! Não! Droga! Droga! – Ir em missão para Oriente significava que ficaria no mínimo uns dois meses no mar. Algumas missões de seis meses à um ano e precisaria me afastar de Ness por um longo período. Os meus planos de casamento estavam completamente fora de questão naquele momento. Se bem que havia desistido do pedido após a nossa briga na festa. Mas não queria me afastar dela por um longo tempo.



Comecei a andar de um lado para o outro, pensando no que fazer e como dizer a ela que iria embora. Quem nem mesmo sabia exatamente o meu destino e nem quanto tempo ficaria fora. Senti uma dor tão grande naquele momento, que tive vontade de ignorar a mensagem e não ir. Mas sabia que se fizesse aquilo, seria preso por deserção e as coisas só se complicariam para nós.



Por mais difícil que fosse para mim, precisava dizer adeus e não conseguiria dizer tudo pessoalmente. Era fraco demais para dizer que desisti de casar com ela naquele momento, que desistir de lutar pelo seu amor e passar por cima do meu orgulho. Que ela não estava preparada para a nossa relação e que deixaria por conta do tempo o seu amadurecimento... Como dizer essas coisas para mulher que ama¿ Não teria coragem. Resolvi então escrever uma carta e entregá-la na nossa despedida no aeroporto. Quem sabe assim conseguisse entender os meus motivos. Senti medo da decisão que tomaria, mas naquele momento era a única que me caberia... Tinha que dizer Adeus.



“Ness,






Desde a primeira vez que a vi sentada naquela pedra eu a amei. Amei mais do que pensei que fosse possível, mais do que deveria e poderia. E foi em nome desse amor que abri o meu coração e me entreguei de corpo e alma.






Apesar das circunstâncias tristes que nos uniram, ao seu lado passei os melhores momentos da minha vida, e pela primeira vez me mostrei para alguém, tirando a máscara que escondia a minha dor, e fiz amor de forma intensa.






Sempre levarei comigo a tarde linda que passamos juntos. Seus olhos sempre estarão reluzindo em minha mente... Os nossos momentos foram os mais intensos e felizes da minha vida. Pode ter a certeza.






Sinto meu coração doer só de pensar em ficar longe de você. Mas infelizmente isso é necessário... Inevitável.






Amo você, menina... Amo muito e dizer adeus é mais difícil do que pensei que seria.


Não tive coragem, não fui homem o bastante, para dizer isso tudo olhando em seus olhos. Certamente desistiria de partir e seria preso como desertor.






Estou partindo para um país distante, que nem mesmo sei onde fica, não sei quanto tempo permanecerei por lá e nem se voltarei vivo. Por isso não acho justo pedir que me espere.


Por mais que me custe dizer isso, sei que é necessário e não posso ser egoísta para pedir que me espere. E o que posso dizer nesse momento de despedida, é para você seguir a sua vida e tentar se feliz sem mim.






Queria muito te trazer comigo, queria te pedir em casamento e te levar para Pearl Harbor comigo. E teria feito isso ontem à noite, se as coisas não houvessem saído do controle.


Percebi naquele momento, que você não está preparada para o tipo de relação que quero te dá. Que ainda precisa de um tempo, para viver sua vida e amadurecer, só assim as coisas entre nós daria certo.






Você ainda viverá grandes paixões, terá muitas baladas, amigos, novidades na sua vida e experiências boas que te acompanharão pelo resto de sua vida. Não quero roubar esses momentos de você, levando a para viver comigo, fazendo a esperar muitas noites enquanto estou no mar,fazendo a chorar com o meu mal humor, machucando a com palavras duras, sendo insensível com o meu ciúme do fantasma do meu irmão... Não posso! Simplesmente não posso.






Não quero te magoar com as minhas palavras. Na verdade nunca quis e acabei fazendo isso mais de uma vez, após perder a cabeça com você. E sei que sou o único culpado disso. Nem posso te chamar de imatura, porque eu sabia exatamente o momento em que estava vivendo, como tudo estava te afetando e como se apegou a mim para acalmar o seu coração.






Isso tudo me faz ver que fui mais imaturo do que você, que deixei as minhas frustrações e traumas interferirem na nossa relação e acabei sendo grosso demais. Por isso eu te peço perdão... Mil vezes perdão.






Sempre guardarei os nossos momentos em meu coração. Pensarei em você todos os dias e pedirei a Deus para que cuide bem do seu coração. Também pedirei que um dia traga você para mim. Mas não sei se essa é a sua vontade.






De uma coisa tenho certeza, você não cruzou o meu caminho por nada e se estiver escrito no nosso destino, um dia voltaremos a nos encontrar e seremos felizes juntos... É nisso que me apego para seguir em frente e tentar viver sem você... Está doendo muito. Pode ter a certeza disso.






Repetirei mais uma vez para que não te reste mais dúvidas sobre o meu sentimento.


E U T E A M O!!! A M O M U I T O!!!






Agora é hora de dizer “Adeus” e pedir que perdoe a minha covardia.






Se puder, seja feliz por nós dois.






Com amor,


Jacob Black”





2 comentários:

Anônimo disse...

muito lindo
parabens
espero k sua saúde tenha melhorado
bjs e até mais
JANNY

Deia disse...

Isso não se faz essa é a segunda vez que choro com essa historia.
Linda
Linda
Linda

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