terça-feira, 22 de março de 2011

Destinos 5

Capitulo 5
 
Chegou o dia do casamento, estava nublado mais não chovia apesar do frio.




As horas de Renesmee foram preenchidas com as damas de honra, sessões com o cabeleireiro, sessões com a modista, decoração,comida.



— Jacob é mesmo o melhor marido para você. Seu pai está certo. Eu realmente espero que seja feliz; com ele, querida. – indagou Esmee com nó na garganta



Feliz... Renesmee não estava nem mesmo pensando em termos de felicidade, apesar de manter isso para si mesma, sorrindo com serenidade para a madrasta, demonstrando uma segurança que não sentia mais profundamente. Tinha con¬trolado sua perturbação com uma carapaça de tranqüilidade irreal enquanto seguia com a preparação do casamento. O compromisso estava selado. E chegara o dia em que ele seria confirmado. Depois pensaria no resto... Depois.



— Você é uma linda noiva — a madrasta declarou quando ela estava pronta para a cerimônia.



Seu reflexo no espelho lhe dizia que nunca estivera mais bonita. Os cabelos presos formavam tênues ondulações tran¬çadas por sobre a cabeça, exceto por alguns fios soltos, que lhe emolduravam o rosto. Um véu em camadas sobrepostas partia de uma delicada tiara de diamantes, que pertencera à vó e agora, pela terceira vez, era usada em um casamento na família.



A maquiagem dava à sua pele um tom ainda mais fresco do que o habitual. Seus lábios exibiam um rosa suave e as sombras dos olhos habilmente os iluminavam. Ela de fato estava linda, ou tão linda quanto era capaz de parecer.



O vestido era fantástico. Um decote em V adornado com pequenos cristais reluzia em seu busto esculpido pelo corpete, de onde surgiam os ombros suavemente cobertos por mangas esvoaçantes. Uma saia de cetim modelava-lhe a cintura, descendo até os joelhos, e, então, dando lugar a volumosas peças maravilhosamente drapejadas. O estilo era, ao mesmo tempo, romântico e sexy. Renesmee esperava que Jacob Black fosse nocauteado com sua aparição. As flores do buquê foram colhidas por ela mesmo no jardim da mansão era rosa branca e rosa.



Era hora de descer.



Seu pai a estava esperando para acompanhá-la.



Todos os convidados reunidos na grande tenda do jardim estavam aguardando para testemunhar aquele acontecimento excepcional.



Renesmee não conseguia controlar o tremor em suas pernas era cau¬sado pelo nervosismo ou pela excitação.



Jacob, Paul e outros dois padrinhos alinharam-se à di¬reita da árvore coberta de rosas diante da qual estava o oficial que iria conduzir a cerimônia. À frente deles estavam cerca de 200 convidados, inquietos em seus assentos, ansiosos por não perder nada.



— Então vamos lá — disse Paul, bem-humorado, olhan¬do para Jacob. — Tudo certo com você?



Ele estava tenso. O dia tinha sido bastante longo, até aque¬le momento, o momento crucial! Havia feito tudo que estava ao seu alcance para impedir o casamento.



Lançou um sorriso enviesado para Paul.



— Deseje-me sorte, meu primo.



— Nervoso?



— Um pouco. Mas só até Renesmee caminhar por este cor¬redor.



— Não se preocupe. Ela virá.



— É isso que tenho medo.



O medo só crescia no peito de Jacob.



O medo de Renesmee aparecer.



E o medo de ser rejeitado.



Estava numa guerra interna entre o assumir ou não assumir seu desejo pela presença da noiva.



Aparentemente, por sentir que não atenuara a tensão de Jacob, Paul arriscou um toque de humor mais irônico:



— Na verdade, sinto certa pena dela! Ela não sabe onde está se metendo.



— Quanto a isso, não se preocupe. Eu deixei bem claro para ela como eu sou



— Bem Aí vem madrasta e as damas de honra – disse Paul



Ambos se viraram para ver uma harpista que do outro lado da árvore havia começado a tocar com virtuosismo. Assim que Esmee se sentou, a primeira dama de honra deu o primeiro passo.



Peito de Jacob era uma jaula trancada com o coração como uma fera querendo escapar. Seu olhar fixava-se na fina e transparente cortina branca no final da tenda. Concentrava todas as forças na vontade de que Renesmee viesse a ele, de que não desistisse no último minuto.



As damas de honra alinharam-se no lado esquerdo da árvore.



Jacob apertou os pulsos. Seu corpo foi tomado pela an¬siedade. Se Renesmee não aparecesse logo...



A harpista parou de tocar. O silêncio súbito era intimidante. E, então, iniciou a Marcha Nupcial, de Mendelssohn.



Jacob respirou aliviado quando dois criados abriram as cortinas... e lá estava ela! Um orgulho triunfante substituiu todos os seus temores. Sua noiva... Linda, radiante, absoluta¬mente principesca em sua postura ao caminhar pela passa¬gem, o braço levemente pousado sobre o do pai, sem buscar nele qualquer apoio, sensualmente elegante em um vestido que lhe moldava as curvas, com um apelo sexual tão grande que o corpo de Jacob teve que conter uma inesperada onda de desejo.



Direcionou o olhar para o rosto dela, determinado a interromper o fluxo de sangue em seus músculos. O que Renesmee estaria sentindo o que ela estaria pensando? Um sorriso tênue aflorava aos lábios da noiva. Haveria percebido o impacto que tivera sobre ele? Seria aquele um sorriso de satisfação, de doce prazer, ou um disfarce para um nervosismo que se recusava a aceitar?



Renesmee podia suportar qualquer situação com total con¬trole sobre si mesma.



Sua mulher.



Um prazer intenso irrompeu no sorriso do próprio Jacob, enquanto ela se aproximava lentamente, cada passo trazendo-a mais para dentro de sua vida. Nenhum dos dois prestava qualquer atenção aos convidados. Ele sentia que ela os igno¬rava, mantendo a mente no que fazia naquele momento. As pestanas dela abaixaram-se, ocultando sua expressão quando se aproximou dele.



Ele levantou a mão. Ela soltou o braço do contato com o do pai, transferiu o buquê para a mão esquerda e pousou os dedos trêmulos na palma estendida de Jacob. Ele fechou os próprios dedos ao redor dos dela, apertando com firmeza...



— Eu lhe ofereço a mão de minha filha — Carlisle disse, e deu um passo atrás, postando-se ao lado da esposa.



Os cílios de Renesmee se ergueram, olhando-o diretamente — com olhos frágeis que ansiavam por proteção, despertando uma estranha mistura de sentimentos nele... Um acesso de ternura, um forte instinto de posse e um impulso selvagem de tomá-la para si.



Ele era seu homem.



E provaria isso a ela.



Mas, antes de tudo, precisavam se casar.



Jacob fez um gesto sutil para que o oficiante começasse a cerimônia, segurando firme a mão de Renesmee. Silenciosamente, prometeu a si mesmo enfrentar aquele desafio. E sabia que estava apenas no começo.



A recepção se realizou em um clima razoavelmente agra¬dável para ela. Era óbvio que todos os convidados pensavam que ela havia feito uma jogada admirável ao tor¬nar Jacob Black seu marido, pois ela era filha bastarda. Ela estava feliz com isso.



A tranqüilidade que manteve por toda a tarde começou a se desintegrar quando lembrou que o casamento tinha que ser consumado e ela tinha que dividir a cama com um homem... Pela primeira vez. Talvez insistir em que ele esperasse não seria uma decisão inteligente



Renesmee notara que Jacob estava bebendo mais que o normal isso mostrará que ele também estava nervoso. Ela não podia negar que quando ficou em prontidão esperando que ele acordasse, ela se apegou a ele, ele dormia como um anjo e quando acordou parecia que se anjo virou o diabo.



— Você esta uma noiva fabulosa. - Indagou uma voz rouca chegando perto dela, ao constatar o dono da voz ela se certificou que era seu marido. As palavras compreensivas dele acariciaram seu coração frio, derretendo um pouco do gelo ao seu redor. Mas sua mente rejeitava qualquer sugestão de romance naquele casamento e providenciou uma resposta irônica:



— Eu tinha que corresponder ao meu príncipe saído de um conto de fadas.



Jacob adotou um tom mais cuidadoso diante daquele ataque.



— O casamento foi como você queria? Não.



A dor da verdade machucava.



O casamento tinha sido planejado como uma magnífica celebração. Sem alegrias transbordantes. Sem nenhuma confiança na felicidade. Apenas seguindo adiante, com determinação, mas sem amor.



Uma representação vazia.



Mas, enfim, o casamento acontecera, e agora seu marido certamente não apreciaria que ela ficasse se lamentando pelo que não tinha sido.



— Tudo correu perfeitamente — ela disse concisa. O que era verdade, em um nível superficial.



— Também achei isso.



Era melhor do que fingirem que tinha sido algo mais. Pelo menos nesse sentido ela sabia com quem estava lidando. Jacob Black não tinha o hábito de fazer exageros desneces-sários.



— Se importa de me conceder uma dança Senhora BlacK? – pediu Jacob com uma reverencia.



—Pois não Senhor Black .



Depois de muito dançarem, Jacob concluiu que já estava cansada. Sussurrou no ouvido de Renesmee que estava cansado e que gostaria de se retirar. Sua voz estremeceu um pouco ao informá-la. Ele sabia o motivo do nervosismo.



— Então já vamos embora? – Indagou Renesmee com um aperto no peito.



— Sim! Agora sua casa não é mais aqui e eu quero dormir na minha casa! – Afirmou Jacob



— Vou subir e trocar de roupa — disse Renesmee



Quando Renesmee saiu Jacob foi surpreendido por risos e comentários. Parecia que metade dos presentes havia visto Renesmee se retirar.



Jacob esperava que sua esposa não estivesse ouvindo aquilo.



Logo Renesmee desceu com os olhos cheios de lágrimas, pois havia se despedido de sua família. Jacob se sentiu o pior dos homens ao ver o sofrimento da sua mulher, mais isso seria inevitável.



Eles foram de carruagens até a mansão Black, o período era de duas horas para chegar, e ambos ficaram calados, Renesmee podia ouvir a respiração de Jacob e ela não conteve em perguntar como ele se passara desde ocorrido.



— Jacob como está sua saúde? Ainda sente mal estar? – Indagou quebrando o gelo.



— Como pode ver estou bem melhor, não precisa se preocupar, como já disse estou acostumado com meu mal estar-respondeu secamente.



— Mais você sabe o porquê que se sente mal? – insistiu Renesmee em saber mais detalhes.



— Por favor, não quero ser indelicado mais já lhe disse que estou bem!



Renesmee se calou diante da má resposta de Jacob, como ele era temperamental uma hora estava de bom humor e em questões de segundos se modificava.



Ao chegar à mansão Renesmee sentiu um gelo no estomago, estava muito perto de estar sozinho com ele.



Jacob a conduziu até o quarto que seria dela e a deixou sozinha alegando que logo voltaria, pelo jeito só havia empregados na mansão.



Logo bateu na porta uma senhora que iria ajudá-la retirar as roupas. Renesmee colocou uma camisola branca longa, bordada e enfeitadas com laços de cetim, e se deitou, depois de 2 horas Jacob entra no quarto .O silêncio dentro do quarto era absoluto e o único ruído foi produzido pela noiva nervosa ao constatar a sua presença.



À luz da vela, ele a viu enrolada nas cobertas.



— Renesmee, você está acordada? Não houve resposta.



Mas ela estava acordada, embora imóvel.



Renesmee ficou ainda mais tensa. Será que iria exigir seus direitos de marido?



— Sim estou acordada! –disse finalmente



— Que bom! Bem queria te informar que hoje ainda vou dormir no meu quarto antigo, pois não quero te forçar a nada Renesmee, sei como você esta apreensiva.



— Você esta falando sério? – Indagou Renesmee encarando-o



— Sim! Não sou tão ruim como você pensa! Mais eu sou homem então vou ter que dormir em outro quarto, pois temo não cumprir minha promessa. – confessou



— Muito obrigada Jacob – ela por fim disse aliviada.



Sem dizer nada Jacob saiu do quarto.



Deixando Renesmee com um ruim sentimento de rejeição.







No dia seguinte Renesmee acordou assustada e ao ouvir uma leve batida na porta, sentou-se na cama.



— Entre.



Era Sue, a mesma criada que a atendera na noite anterior.



— Bom dia. Eu lhe trouxe café e algumas torradas para começar a manhã— disse a mulher. — O desjejum completo é servido na sala de refeições para a família.



— Obrigada Sue.



Enquanto Renesmee bebia o café, Sue rapidamente abriu as cortinas, verificou o fogo na lareira e arrumou as flores no vaso da mesa de canto.



— Já decidiu que roupa irá usar esta manhã? — A voz da criada veio do quarto de vestir.



— Confio na sua escolha.



Aparentemente, foi à decisão mais correta, pois Sue concordou com um sorriso simpático.



Finalmente, Renesmee saiu do quarto em direção à sala de refeições, sentindo as pernas trêmulas, Parou por um momento antes de abrir a porta da sala. Apertou as bochechas, tentando dar-lhes um pouco de cor.



Billy recebeu-a com um sorriso radiante.



— Bom dia, Renesmee. Que bom que veio juntar-se a nós. Nem todos se levantam tão cedo.



Renesmee retribuiu o sorriso e o cumprimento.



— Café? — O copeiro perguntou. — Ou talvez chocolate quente?



— Chocolate, por favor.



Renesmee bebeu um gole de chocolate.



— Dormiu bem Renesmee? – perguntou Rachel a irmã de Jacob que morava na mansão também.



— Perfeitamente – Menti



— Mais porque meu irmão não dormiu no quarto com você?



Felizmente, a chegada de Jacob interrompeu a conversa. Ele também vestia traje de montaria. Estava impecável.



Uma coisa era certa: ele era um homem bonito e atraente.



Um arrepio percorreu a espinha de Renesmee. Irritou-se com tal reação, totalmente inconcebível.



— Bom dia. Não permitam que a minha presença interrompa a conversa, senhoras — ele disse, sentando-se ao lado da irmã.



— O assunto era você mesmo! – confessou Rachel



Jacob esperou o criado servi-lo antes de ironizar:



— Me seguro que seja algo bom.



Não havia necessidade de resposta. Pela expressão de surpresa e o rubor que cobriu o rosto de Renesmee, ficou evidente que assunto era.

Renesmee se levantou num salto, empurrando ruidosamente a cadeira.



— Acho que já terminei.



— Já mesmo? Ou está se retirando por causa da minha chegada? — Indagou Jacob bebendo um gole de café.

Renesmee contraiu o maxilar.



— De maneira alguma Jacob, é que ainda não conheci a mansão inteira e queria dar uma volta logo de manhã.



— Então, eu vou com você — Rachel sugeriu.



— Perfeito! — Renesmee concordou com entusiasmo. Jacob aproveitou o momento e levantou-se.



— Tenho muitos compromissos nesta manhã e não quero me atrasar. Desejo-lhes uma manhã muito agradável.



Ele tocou a testa com a mão e fez uma mesura antes de sair da sala de refeições.



Embora tentando não olhar, Renesmee acompanhou-o com os olhos até não vê-lo mais,seu coração está apertado e queria saber o por que





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