domingo, 15 de maio de 2011

Pena de anjo23


CAPÍTULO 23
by ValentinaLB

... - O nosso amor é eterno, Bella. Sempre que precisarmos, o destino dará um jeito de nos lembrar disso.
- Só está faltando uma coisa para sermos definitivamente um do outro... Eu quero ser sua agora! – Bella falou com sua voz doce e tímida. – Me transforme em sua esposa de verdade, Edward.
Meu coração pulou no peito ao ouvir aquilo.
- Tem certeza, amor?
- Ham, ham – falou, balançando a cabeça afirmativamente.
Desta vez eu sabia que conseguiríamos. Bella tinha deixado tudo para trás e estávamos sozinhos naquele quarto, sem nenhum fantasma do passado para nos atormentar.
Acariciei seu rosto, contornando cada perfeito detalhe com as pontas dos meus dedos.
- Bella, não tem idéia da intensidade do meu desejo por você e o quanto venho me segurando desde que nos conhecemos, – falei carinhosamente - mas mesmo assim, ainda que correndo o risco convencê-la a desistir, me sinto na obrigação de te lembrar que teve um dia pesado, cheio de emoções extremas e que pode não estar tão preparada quanto pensa, meu amor.  
Cerrei os dentes me odiando interiormente. Não era bem mais simples agarrar Bella ali na cama e transar com ela até que não tivesse mais forças? Por que tinha eu de ser tão... “bonzinho”?
- Edward, eu venho te deixando na mão há um bom tempo. É justo que me faça implorar agora. Eu mereço passar por este constrangimento – Bella falou sorrindo, ironizando minhas colocações.
- Está bem, Srª Cullen, não está mais aqui quem falou. Terei o maior prazer do mundo em fazer amor com você – falei sorrindo maliciosamente. – Mas continuo achando que pode está sendo precipitada.
Bella ficou me observando por um tempo até que se ajoelhou na cama, cruzou os braços em “X”sobre a barriga e, segurando a barra de sua camisola, retirou-a num movimento sensual e preciso, deixando-me vislumbrar seu corpo coberto apenas por uma minúscula calcinha branca.
- Serei toda sua hoje, Edward, se me quiser – falou, com a voz rouca de desejo.
Respirei profundamente, ainda hipnotizado pela beleza de minha esposa, e murmurei um lamento derrotado.
- Isso é golpe baixo, Isabella...
Daí em diante meus hormônios assumiram o comando do meu corpo. Tudo o que me importava naquele momento era fazer Bella ter a melhor noite de amor de sua vida.
Puxei-a de volta para os meus braços e a beijei avidamente, sentindo a textura sedosa de sua pele sob minhas mãos. Quando o ar nos faltou, passei meus beijos para seu pescoço, provocando-lhe arrepios.
- Não sabe o quanto esperei por isso, Bella – murmurei, apesar de ainda duvidar um pouco que fôssemos mesmo conseguir consumar nosso casamento naquela noite.
- Eu também, Edward. Sonhei em ter seus lábios em meu corpo desde a primeira vez que o vi – Bella disse de olhos fechados, mostrando uma mistura de pureza e lascívia que enlouqueceria qualquer homem sobre esta terra... Ou até os acima dela.
Quando minha boca alcançou seus seios eu tive certeza de que suas palavras eram verdadeiras. Bella gemeu de prazer, sem nenhuma censura, colocando para fora toda a emoção e satisfação que estava sentindo.
- Você é linda, Bella! Seu gosto é tão doce! – falei, enquanto minha língua percorria delicadamente a pele fina e rósea de seu mamilo arrepiado.
Bella arqueou o corpo, não contendo a excitação que já a dominava.
- Edward, eu quero te dar prazer também – disse baixinho, olhando-me nos olhos e sorrindo.
- Você já me deixa a beira da loucura, meu amor – falei, encarando-a também.
Bella não se convenceu com minha resposta. Sentou-se e, mantendo-se ao meu lado, empurrou-me levemente para que deitasse de costas. Percebi suas mãos tentando tirar minha camiseta e a ajudei. Seu corpo então se pendeu sobre meu peito e ela começou a beijá-lo e acariciá-lo com as mãos.
Parecia que eu estava no céu novamente. Fechei os olhos e deixei minha gatinha “nem tão assustada assim” brincar de me seduzir. E ela fazia isso muito bem!!!
Mesmo inexperiente, seus lábios eram como brasas em minha pele. Por onde passava deixava um caminho de fogo.
- Você é lindo, Edward! Eu te amo e sou muito feliz por tê-lo como marido – Bella sussurrou perto de meu ouvido, mordendo levemente o lóbulo de minha orelha.
Eu já não poderia esperar mais nem um segundo que fosse. Precisava possuí-la naquele instante.
Retirei o resto de roupas que cobria meu corpo, ficando completamente nu. Minha ereção se tornou mais evidente ainda.
Por mais decidida e solta que Bella estivesse, seu rosto enrubesceu quando seus olhos miraram meu membro excitado.
Sorri e, segurando sua cintura, movimentei-a de modo que se deitasse novamente. Em segundos eu estava sobre seu corpo. Afastei-me para trás até que meu rosto ficasse na altura de seu quadril. Bella ainda estava de calcinha e já tinha passado da hora de tirá-la.
Comecei a espalhar beijos em sua barriga. Quanto mais perto de seu sexo eu chagava, mais bela arfava e gemia. Sem parar os beijos, arranquei sua última peça de roupa praticamente num único movimento. O cheiro de sua excitação invadiu meu nariz, me fazendo perder o pouco da sanidade que eu ainda tinha. Sem pensar muito, pousei meus lábios em seu sexo, afastando suas pernas para que minha boca pudesse proporcionar a nós dois um momento de imenso prazer. Bella demorou alguns segundos para relaxar, mas aos poucos foi se rendendo, sem forças para me impedir, ou sem vontade... Não sei... Usei toda minha experiência para dar a ela a melhor e mais luxuriante sensação possível. Sem se controlar, Bella gozou intensamente.
Foi magnífico sentir Bella se contrair em minha boca, se entregando sem receios ou medos aos prazeres da carne.
- Deus do céu, Edward, o que foi isso?!? – Ela mal conseguia falar.
- Isso é só o começo da nossa noite, Bella – murmurei.
Não estava certo se teria controle suficiente para segurar um orgasmo por muito tempo. Estava chegando ao meu limite. Não dava mais para esperar.
Eu já tinha tentado fazer amor com Bella ficando por cima e não dera certo. “É melhor fazermos em outra posição”, pensei. Foi então que me veio uma idéia.
- Bella, vem comigo!! – Chamei-a, levantando-me para pegá-la no colo.
Ela me olhou assustada.
- Você não quer mais? – Perguntou triste e decepcionada.
- Tudo o que eu mais quero agora é estar dentro de você, Bella, mas tem de ser de uma forma que lhe dê o máximo de prazer.
Peguei-a em meus braços e saí do quarto, rumo à sala.
- Aonde vamos? – Bella não estava entendendo nada.
- Vamos fazer amor no nosso jardim – respondi.

Os vidros estavam fechados, propiciando uma temperatura agradável ali, no meio das folhagens. A noite estrelada podia ser contemplada através da transparência do teto. Não havia lugar mais perfeito no mundo para amar Bella do que aquele.
Coloquei-a de pé e me sentei na cadeira de balanço, convidando-a a se sentar em meu colo.

Bella pareceu envergonhada com a situação, mas tomou a iniciativa de se sentar. Sem tirar os olhos dos meus, com a pele rosada pelo acanhamento,  elevou uma das pernas e a colocou no vão abaixo dos braços da cadeira, fazendo o mesmo com a outra. Então ela se sentou de frente pra mim, me fazendo soltar um gemido alto quando seu sexo quente e úmido encostou-se ao meu.
Puxei-a para mais perto e a beijei sem pudor. Meus dedos começaram a estimulá-la, deslizando na umidade que lubrificava sua delicada entrada.
- Eu te amo, Bella e vou te fazer minha mulher agora.
Levantei-a apenas o suficiente para me posicionar para a penetração e comecei a forçar meu membro lentamente para dentro dela.
- É só pedir que eu paro quando você quiser, meu amor – avisei.
Fui fazendo da forma mais cuidadosa possível. Não queria que fosse ruim nem dolorido para ela.
Bella passou as mãos em volta da minha nuca e colocou o rosto no vão do meu pescoço, suspirando e gemendo em minha pele.
- Pode incomodar um pouco no início, meu amor, mais depois fica gostoso – falei, sentindo-me cada vez mais dentro dela. Era a melhor sensação do mundo. Não era apenas sexo, ia muito além disso, transcendia o desejo carnal. Era amor puro...
- Não se preocupe, Edward, não está doendo... Está tão bom! Nunca me senti tão sua quanto agora. – A voz doce de Bella deixava suas palavras mais lindas ainda.
Bella segurou meu rosto entre suas mãos e invadiu minha boca com sua língua ávida, na mesma intensidade com que forçou seu corpo contra o meu, finalizando a penetração. Seu gemido alto ecoou por todo o jardim.
Sua atitude foi totalmente inesperada, mas extremamente prazerosa.
- Desse jeito não vou conseguir te esperar, amor – desabafei, beijando seus lábios novamente.
Comecei a movimentá-la lentamente, segurando-a nos quadris e levantando-a, deixando que deslizasse sobre meu sexo novamente. Os gemidos incessantes de Bella me faziam aumentar cada vez mais o ritmo.
Não demorou muito para que ela apoiasse os pés no chão e descobrisse que podia se mexer sem minha ajuda. Desprovida de qualquer timidez, segurou-se nos braços da cadeira e se moveu cada vez mais intensamente.  
Com Bella gritando de prazer próximo ao meu ouvido e eu sugando seu seio com minha boca, alcançamos o orgasmo juntos, alucinadamente.
Por alguns segundos pareceu que o universo inteiro parou em reverência à consumação do nosso amor.
- O... obrigada, Edward... – Bella agradeceu ofegante.  Sua voz era apenas um sussurro.
- Eu é que te agradeço, meu amor, por ter me proporcionado o momento mais completo da minha vida – desabafei, abraçando-a e apertando-a junto a mim.
- O que fizemos agora não me lembrou em nada as coisas ruins que me aconteceram, Edward. Foi lindo, mágico, único... Estávamos apenas nós dois aqui e em nenhum momento eu me esqueci de que era você quem estava fazendo amor comigo. Confesso que fiquei nervosa no início, mas não deixei que notasse.
- É tão bom ouvir isso, Bella. Em nem acredito que finalmente aconteceu... E você tem razão, eu não percebi nada. Por sinal te achei muito desinibida.
Bella riu sem graça.
Nossos corpos ainda estavam unidos para me provar que era verdade que tínhamos nos amado. A cada movimento que fazíamos, a excitação ia voltando e sem condições de mensurar o tempo que durou entre o fim e o recomeço, Bella já cavalgava sobre mim de novo, levando-nos novamente ao ápice do prazer.
Não sei dizer quantas vezes nos amamos naquela noite... Foram muitas.  
Exausta, Bella se aconchegou em meus braços e dormiu, enquanto eu cantava baixinho, embalando seu sono.

Bella tinha enfim voltado pra mim. Sua vida estava recomeçando... E a nossa começando. Aquela menina-mulher que respirava serenamente em meu peito acabara de me tornar o homem mais realizado do céu e da terra. Não existia a menor possibilidade de eu existir sem ela ao meu lado. Sua beleza já tinha virado a cabeça de um anjo, fazendo-o desistir de seus poderes celestiais por amor a ela e agora enlouquecia a de um homem, fazendo-o cogitar desistir até da própria vida em troca de sua felicidade.
Eu faria isso sem pensar. Bella valia qualquer sacrifício meu.
Fechei meus olhos e deixei que o cansaço me carregasse para seus sonhos. Eu sabia que não demoraria até que ela estivesse nos meus.
Não havia nada com força suficiente para nos separar... Só Deus poderia fazer isso, mas Ele já tinha deixado claro que esta não era sua intenção.
Nós tínhamos vencido todos os obstáculos e dificuldades que o destino colocou em nossa frente. Aquela noite perfeita tinha sido nosso grito de vitória, nossa recompensa merecida. Agora só a felicidade nos acompanharia.

GOLDEN SLUMBERS
(Beatles)

    Once there was a way, to get back homeward
     Once there was a way, to get back home.
    Sleep pretty darling, do not cry.
    And I will sing a lullaby.

   Golden Slumbers fill your eyes.
     Smiles await you when you rise.
     Sleep pretty darling, do not cry.
     And I will sing a lullaby.

    Once there was a way, to get back homeward.
  Once there was a way, to get back home.
 Sleep pretty darling, do not cry.
 And I will sing a lullaby.


SONHOS DOURADOS

Certa vez havia um caminho para voltar para casa
Certa vez havia um caminho para voltar para casa
Durma, bela adorável, não chore
E eu lhe cantarei uma canção de ninar

Sonhos dourados enchem seus olhos
Sorrisos lhe acordam quando você se levanta
Durma, bela adorável, não chore
E eu lhe cantarei uma canção de ninar

Certa vez havia um caminho para voltar para casa
Certa vez havia um caminho para voltar para casa
Durma, bela adorável, não chore
E eu lhe cantarei uma canção de ninar.

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