domingo, 15 de maio de 2011

Pena de anjo24


CAPÍTULO 24

... Bella tinha enfim voltado pra mim. Sua vida estava recomeçando... E a nossa começando. Aquela menina-mulher que respirava serenamente em meu peito acabara de me tornar o homem mais realizado do céu e da terra. Não existia a menor possibilidade de eu existir sem ela ao meu lado. Sua beleza já tinha virado a cabeça de um anjo, fazendo-o desistir de seus poderes celestiais por amor a ela e agora enlouquecia a de um homem, fazendo-o cogitar desistir até da própria vida em troca de sua felicidade.
Eu faria isso sem pensar. Bella valia qualquer sacrifício meu.
Fechei meus olhos e deixei que o cansaço me carregasse para seus sonhos. Eu sabia que não demoraria até que ela estivesse nos meus.
Não havia nada com força suficiente para nos separar... Só Deus poderia fazer isso, mas Ele já tinha deixado claro que esta não era sua intenção.
Nós tínhamos vencido todos os obstáculos e dificuldades que o destino colocou em nossa frente. Aquela noite perfeita tinha sido nosso grito de vitória, nossa recompensa merecida. Agora só a felicidade nos acompanharia.

Acordei com o barulho do meu celular tocando.
- Alô – atendi, ainda com a voz rouca de sono.
- Edward, desculpe se te acordei, mas não consigo falar no celular da Bella. Poderia chamá-la para mim.  Não agüento mais ficar sem falar com minha filha. Como ela está?– Demorei alguns segundos para processar suas palavras, até que olhei para o lado e vi o corpo nu de Bella estendido em minha cama. O lençol cobria apenas da cintura para baixo, ainda assim deixando parte das coxas e pernas de fora. Ela dormia como um anjo. Era a visão mais encantadora, sublime e sexy que eu já tivera. As lembranças da noite anterior voltaram a minha cabeça. Eu havia feito amor com ela até de madrugada e tinha sido a experiência mais espetacular da minha vida.
- Ela está ótima, Renée. Vou acordá-la, espere só um segundo.
- Bella – chamei-a carinhosamente – sua mãe quer falar com você.
Ela demorou um pouquinho para acordar.
- Hã? – Perguntou, me fitando com seus olhos verdes penetrantes, ainda sonolenta.
- Bom dia, amor! – Falei, dando um rápido selinho em seus lábios. – É sua mãe, ela quer falar com você – repeti.
- Ah! – Bella me olhou meio encabulada. Provavelmente suas lembranças também estavam voltando. Cobriu-se com o lençol e atendeu ao telefone.
- Oi, mãe!
Enquanto mãe e filha conversavam, levantei-me para ir ao banheiro. Assim como Bella, eu ainda estava nu e com toda a “animação” matutina que me era peculiar. E que animação, diga-se de passagem!!!
Só vi quando Bella começou a gaguejar no telefone, perdendo a concentração no seu assunto com Renée.
Quase engasguei com a pasta de dente de tanto rir. Mesmo com a porta do banheiro fechada, dava pra sentir, pela voz, o quanto ela estava envergonhada.
Quando voltei pra cama, ainda sem roupa, Bella já tinha desligado o telefone.
- Minha mãe nos convidou para almoçarmos com eles. Ela quer que eu conte tudo o que aconteceu. Eu acabei aceitando, algum problema? – Bella perguntou, vermelha como um pimentão.
- Claro que não, amor – falei, enquanto levantava o lençol e entrava embaixo, deitando-me novamente ao seu lado.
- Minha mãe desconfiou que dormimos juntos. – Bella fez uma expressão de quem estava envergonhada.
- Bella, nós somos casados. Isso é mais do que óbvio que aconteça.
- Eu sei, Edward, é que ela achava que eu ainda não suportava ser tocada, mas hoje ela faltou perguntar se a gente tinha transado. Eu quase morri de vergonha.
- Então conte pra ela que fizemos amor, Bella. Ela vai gostar de saber que você superou seus traumas. Só não entre muito em detalhes – falei rindo.
- Se bem que eu acho que não vai precisar – continuei – pois vai estar explícito na nossa cara de felicidade.
Bella riu.
- Vai mesmo!!
Aproximei-me de Bella e envolvi-a pela cintura, puxando-a para junto do meu corpo.
- Ainda não te dei um beijo de bom dia. – Brinquei, afundando meu rosto eu seu pescoço, fazendo-a arrepiar-se com a minha barba que começava a nascer.
Bella tampou a boca com as mãos.
- Edward, não posso te beijar.  Espera eu ir escovar meus dentes? – Pediu.
- Pode ir, sua boba – disse rindo. - Depois que voltar não vou te deixar sair tão cedo desta cama – falei, lançando-lhe um sorriso malicioso e cheio de indecentes intenções.
Bella suspirou profundamente.
- Já sei como me vingar de você, Edward, vou contar “tudinho” o que fizemos para minha mãe – falou irritada. – Vou te fazer ficar com vergonha igual você faz comigo.
- Duvido que tenha coragem – falei rindo, mordiscando sua orelha.
Bella gemeu baixinho, excitada com minhas carícias.
- Tenho sim, você vai ver! Vou contar até o tamanho do seu “coisinha” – falou, parecendo uma criança birrenta.
Não me contive e caí na gargalhada.
- Tô nem aí! É bom mesmo que minha sogra saiba o quanto eu faço a filha dela feliz... Em todos os sentidos...  Além de tudo ainda vai deixar seu pai humilhado – Gargalhei, irritando ela.
Bella fechou os olhos e soltou o ar dos pulmões, mostrando-se indignada com meu comentário.
- Edward Cullen você é um... um... um grande convencido!
Fiquei rindo de sua expressão irritada de derrotada.
 Sem mais argumentos, puxou o lençol para se enrolar nele, antes de se levantar, mas segurei-o.
Balancei a cabeça negativamente, curtindo com sua cara de desespero.
- Solta, Edward!
- Hum, hum!! Faça como eu! Também tenho o direito de te ver andando nua pelo quarto. Pensa que não reparei o quanto gostou do meu desfile? – falei rindo. Eu já estava deixando Bella verdadeiramente irritada.
- Aquilo foi exibicionismo, Edward!  – Falou, censurando-me, tentando esconder o sorriso que teimava em aparecer em seus lábios.
- Vai se acostumando, “esposa”, eu acordo assim todo dia.
Bella simplesmente arqueou a sobrancelha e sorriu, enfim.
- Meu Deus!!... Mas vai ser um prazer acordar com você, “marido”.
Antes que eu conseguisse pegar ela de jeito, saiu correndo da cama e entrou com tanta pressa no banheiro que quase não deu para admirá-la.
Tudo bem, ela teria de voltar...
 Não demorou muito e ela apareceu. Trazia um sorriso maroto nos lábios. Praticamente correu até a cama.
Ainda assim pude vislumbrar seu corpo por inteiro. Ela era perfeita... Delicada. Parecia uma ninfa.
 Abracei-a novamente, puxando-a para junto de mim, de modo que ficássemos de conchinha.
- Lembra quando ficamos assim lá no hotel? – Perguntei.
- Ham, ham!
- Naquele dia eu não pude te mostrar tudo que dá pra fazer nessa posição, mas agora eu posso...
Bella gemeu só de imaginar sobre o que eu estava falando...
Só saímos do quarto às dez da manhã.
Vanda e Mary, nossas empregadas, tinham colocado a mesa do café e o apartamento já estava completamente em ordem.
- Bom dia! – cumprimentei-as. – Esta é Bella, minha esposa e patroa de vocês.
- Bom dia, Srª Cullen, é um prazer conhecê-la! – As duas falaram ao mesmo tempo.
- Bom dia, meninas, o prazer é meu! A mesa do café está linda, obrigada. – Bella elogiou.
Elas agradeceram e saíram da cozinha, deixando-nos a sós.
- Edward, eu nem me lembrei que tinha gente em casa! Será que fizemos muito barulho? Meu Deus, eu tenho de parar de ser tão escandalosa de agora para frente! – Bella cochichou, vermelha de vergonha.
Ri da sua preocupação.
- Deixa de bobagem, amor. Elas são treinadas para serem discretas. Mesmo se ouvirem alguma coisa, jamais farão algum comentário a respeito – falei, despreocupando-a. – E nada de ficar se contendo. Eu adoro vê-la gritando meu nome quando goza. Eu fico louco só de lembrar – sussurrei, sorrindo torto pra ela e esticando-me sobre a mesa para alcançar seus lábios e beijá-la.
- Eu também acho bonitinho ver você... hã... você sabe, né? – Suas bochechas vermelhas a deixavam fofa. – Eu o sinto tão meu nessa hora!
- Eu sou seu sempre, Bella. Sempre fui e sempre serei... Não duvide nunca disso.
- Edward, me promete que jamais irá me deixar?
- Prometo, Bella.
Em outra situação eu não faria uma promessa desta, sabendo que talvez não pudesse cumpri-la, mas a nossa história era diferente. Eu e Bella éramos almas predestinadas. Eu sabia que Deus não faria conosco a maldade de nos separar pela a morte, não depois de tudo o que enfrentamos . Só deixaríamos essa vida juntos. Desde que eu voltei a crer, eu orava todos os dias por ser merecedor desta graça.
O almoço na casa de meus sogros foi bem agradável. Bella contou tudo o que havia feito. As lágrimas que caíam dos olhos de Charlie e Renée mostravam a agoniam que sentiam ao saber que a filha tinha passado por tudo aquilo novamente. Mas também ficaram felizes por ela ter superado os traumas.
A parte mais emocionante foi quando Bella me chamou para ver seu álbum de bebê em seu quarto. Foi a primeira vez que entrei lá.
A decoração era tipicamente adolescente.
Então era aqui que minha princesa dormia quando era solteira?
- Era. Gostou?
- Ham, ham... Principalmente da cama – falei, levantando as sobrancelhas maliciosamente.
- Edward, isso é loucura, meus pais estão na sala! – Bella falou indignada.
- Sabia que o perigo faz o sexo ficar melhor ainda!
Sentei-me na cama e puxei-a para o meu colo, sentando-a de costas para mim. Virei seu rosto de lado e beijei sua boca avidamente, acendendo uma verdadeira fogueira dentro de nós.
Minhas mãos começaram a fazer-lhe carícias, uma tocando seus seios e a outra suas coxas, sob o vestido curto que usava.
- Edward, pelo amor de Deus, minha mãe pode entrar aqui a qualquer momento. – Ela mal conseguia falar, já quase sem fôlego.
- Você fechou a porta, eu vi – murmurei, beijando sua orelha e fazendo-a gemer baixinho.
- Deve ter sido força do hábito, mas mesmo assim eles podem ouvir alguma coisa.
Mesmo achando uma loucura, Bella se movia sedutoramente sobre o volume que se pronunciava entre minhas pernas, me deixando completamente louco.
Enfiei meus dedos por dentro de sua calcinha, acabando definitivamente com seus argumentos responsáveis.
Com a outra mão desabotoei minha calça, baixando-a, juntamente com minha boxer, o suficiente para liberar meu membro excitado.
Bella suspendeu seu vestido e, afastando sua calcinha, penetrei-a lentamente, fazendo-a levar as mãos à boca para conter os gemidos.
Sabíamos o risco que corríamos, mas naquele momento não conseguíamos pensar em mais nada que não fosse o prazer imenso que estávamos sentindo.
Bella começou a se mover sobre meu colo, fazendo um vai-e-vem enlouquecedor.
Enquanto isso eu estimulava seu sexo com meus dedos, aumentando ainda mais seu prazer.
Dava para ouvir os barulhos que vinham dos outros cômodos da casa e isso só aumentava nossa excitação.
Era a primeira vez que transávamos naquela posição e pelo visto não seria a última.
Quando viu que chegaria ao orgasmo, Bella pegou uma das almofadas que estava sobre a cama e abafou seus gritos e gemidos, apertando-a no rosto. Segundos depois, colei minha boca em seu pescoço e abafei os meus.
- Nós somos loucos... – Bella sussurrou, ofegante ainda.
- Deus do céu, Bella, isso foi indescritível – murmurei em seu pescoço.
- Quando visitarmos sua casa quero que me mostre seu quarto, Edward...
- Farei isso, Bella, com toda certeza...
Depois de nos recompormos, fomos finalmente ver as fotografias. Como já era de se esperar, Bella tinha sido um bebê lindo. Fiquei me imaginando sendo pai de uma menininha com aquele rostinho. Seria maravilhoso!
Tínhamos decidido que deixaríamos os planos de gravidez para o terceiro ano de casamento. Queríamos aproveitar bastante nossos dois primeiros anos de casados.
Quando saímos do quarto, a cara vermelha de Bella nos entregou impiedosamente.
O olhar desconfiado de Charlie e Renée me fez sentir tímido pela primeira vez na vida. Fomos embora o mais rápido possível.
A cada dia que passava estávamos mais felizes. Nos amávamos cada vez mais... e melhor. Bella já não era mais minha gatinha assustada. Minha esposa era agora uma amante exemplar, capaz de me deixar à beira da loucura.
Voltei ao trabalho, quando as férias terminaram e Bella se matriculou na faculdade de psicologia. Já não precisava dos remédios e nunca mais pensou em se matar.
Nossa vida era perfeita e nosso amor só aumentava.
Naquela noite, um ano depois de Bella ter saído definitivamente de dentro daquele galpão, fomos a um restaurante comemorar.
O jantar foi super romântico, com direito a vinho e luz de velas. Não víamos a hora de chegar em casa para terminarmos nossa comemoração na cama.
Enquanto esperávamos a luz verde do semáforo acender para prosseguirmos, Bella segurou minha mão, apertando-a .
- Eu te amo, Edward.
- Também te amos, Bella.
O sinal abriu e acelerei o carro...

POV PETER
- Tem mesmo sobrevivente? – Perguntei aflito, assim que cheguei ao local do acidente. A condição que os carros estavam fazia parecer impossível que alguém estivesse vivo.
- Dois homens estão mortos, mas a mulher está viva, porém seu estado é crítico – respondeu o policial.
- Já sabem quem são as vítimas? – Antes mesmo de ouvir a resposta, reconheci o rosto do meu grande amigo e companheiro de equipe.
- OH NÃO, MEU DEUS!!!

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