quinta-feira, 23 de junho de 2011

Querido Jake8


Capítulo 8
 By MicaBlack

outra pessoa começou a ganhar aos poucos o espaço no meu coração fragilizado a angustia da distancia pelo conforto da presença”, é a parte que mais me marcou na carta como ela pode me trair? Ela jurou que entenderia e que esperasse, os piores sentimentos estava preenchendo meu peito, meu primeiro instante foi dar um soco na parede mais que eu faça para sentir dor não se compara com a dor da traição. Eu sentia raiva dela e raiva da pessoa que tirou ela de mim, vontade de matá-lo de esmagá-lo. Será que a vingança resolve? Será que conseguiremos infligir a mesma dor? A mesma humilhação? , eu desejava falar com ela, queria tomar um avião e ir para Forks em imediato, ou pelo menos ligar para ela, era difícil de acreditar que todas as juras de amor fora em vão.


Mais não fiz nada disso, resolvi picar a carta em pedacinhos e as outras jogar no latão de lixo e queimá-las, era nítido que eu estava descontrolado, arrasado, mais eu tinha que fazer isso.

-Ei Cara o que você está fazendo?, Pergunta Emmett sem entender porque estaria queimando todas as cartas.

-Ela terminou comigo Emmett, está tudo acabado!,Respondi.

-Ei Jake, mais deve ser o momento dela, liga para ela ai vocês se entendam, aconselhou

-Ela esta com outro!, Ela não me ama mais Emmett e eu sei quem é, é o Seth ele sempre quis tira-la de mim, desabafei e sai sem esperar respostas ou argumentações de Emmett.

Ao longo das semanas seguintes, fui um perfeito soldado, decidi viver no único mundo que ainda parecia real para mim, em todas as missões perigosas eu estava eu mal falava com meus colegas, eu tinha que fazer esforço para não ser muito mais rápido na arma durante as patrulhas; eu não confiava em ninguém, eu fui responsável por algumas incidentes infelizes como matar alguns civis, eu não tinha piedade de nenhum Iraniano eu queria guerrear, eu queria arriscar e era nisso que eu encontrava alívio para não pensar em Nessie.

Tentei várias vezes ligar para Embry, eu precisava desabafar como ele, ele é como um irmão para mim, sempre me ajudou no que fora preciso, mais nunca conseguia sempre dava caixa postal.

As coisas começaram ficaram piores e mais complicadas com o passar do meses, eu passei a ser líder deles, havia dias que meus homens eram obrigados a assumir papeis que não eram treinados para isso e isso me deixava louco, meus homens eram treinados para atacar e não para resgatar civis machucados.

A questão é não sei como descrever o estresse, o tédio daqueles nove meses, Bagdá virou um deserto, quando eu cuspia sempre sentia areia na minha boca, isso era pior que o inferno, eu via soldados atirarem em crianças por estresse e outros abusavam de mulheres iraquianas.

À noite estávamos todos descansando em nosso acampamento quando ouço um tremendo estrondo e gritos, levantamos imediatamente pegamos nossas armas e o inesperado aconteceu, eram mísseis para todos os lados, os iraquianos em minoria ainda queria atacar nossas patrulhas que era bem maior, pois alem da minha havia de outros países também.

Dei ordens para meus homens para ir ao ataque.

_Sr Black, antes de irmos para o ataque temos que orar para Deus nos guiar, comentou Jared.

- Não temos tempo para isso, Deus se esqueceu de nós por isso que estamos nesse inferno, disse em sinal de repulsa e segui para guerra, Emmett ficou, pois ainda estava com o braço machucado.

Eu atirava para todos os lados, estilhaços da bala entravam em minha pele, atrás de sacos, vi que um iraquiano PDP estava preparando para atirar em Jared.

- Jared, recua, recua!, Gritei desesperadamente mais ele não escutava então decidir correr até ele até que senti uma brasa de fogo entrar em meu peito, ela queimava me fazendo tremer de frio e calor ao mesmo tempo, comecei a ficar adormecido pela dor e de longe escutava meus homens falando que eu estava morrendo, eles tentavam estancar meu ferimento, batiam em minha face para me manter acordado, a chuva que começou misturava com meu sangue, eu via ao meu redor corpos mutilados na água da chuva.

 Comecei a fechar os olhos e então minha vida começou a passar em um relance, meu pai, a morte da minha mãe, minhas irmãs e Nessie.
Fiquei 2 meses afastado, mais na base do exercito local, eu não
queria voltar para casa ferido, meu pai não merecia ver isso.

-Ei Black, bem se não quiser continuar a servir compreendemos, pois você foi ferido e necessita de cuidados e tem que se curar, comenta o meu superior.
- Eu não quero parar, eu estou perfeitamente bem, eu não sou nenhum mariquinha que um simples tiro já o derruba, não é por isso que deixarei de servir ao meu país, protestei.

- Black, pense bem, não foi um simples corte, argumentou.

-Major, Sr sabe que sou seu melhor homem, não pode abrir mão de mim nessa altura do campeonato, murmurei.

- Eu sei muito bem o que você representa nessa patrulha, mais estou falando agora como amigo, vá embora, case, constitui a sua família. Opinou
- Família? Não, não, Deus já me mostrou que tenho que ficar sozinho.

(***)

Finalmente fui mandado para Alemanha, comprei minha Harley, tive que passar por psicologo, minha vida parecia sem sentido, eu malhava de manhã e tinha aulas de armas à tarde.

Emmett não conseguiu se recuperar totalmente do braço e foi dispensado, mais homens meus foram dispensados, quando seu período de alistamento acabou, e eu por outro lado havia me alistado de novo por mais um ano.

Sem meu pelotão me senti sozinho, agora meus grupos eram cheios de novatos, eu fazia todas as minhas atividades sozinhas, evitava conversar com eles.

Tornei-me um sargento rabugento, eu cobrava muito dos meus homens era sério, e queria muito esforço deles e eu sabia muito bem o que eles achavam de mim, mais isso realmente não me importa.

-Sargento Black, telefone, anunciou uns dos meus soldados, fechei o livro que estava lendo e fui à cabine.

-Alô?

-Jacob?,Pergunta a voz suave do outro lado da linha.

-Sim sou eu, pode falar, indaguei

-Sou eu Bella!,Estou ligando para avisar que seu pai sofreu um acidente de carro e esta no hospital,explicou

-O que Bella?, Meu pai está bem?, Perguntei ansioso

-Ele quer te ver Jake, comentou.

-Amanhã estarei ai, muito obrigado por me avisar.

Após desligar o telefone, fiquei arrependido de ficar dois anos sem ver meu pai, uma angustia tomou conta do meu pai me lembrei da minha infância e quanto meu pai fora especial para mim, decidi pegar licença até meu pai melhorar e sem rodeios peguei o avião e fui para La Push.

Bella foi me pegar no aeroporto, não precisei procurava assim que desembarquei ela já havia me visto.

-Ei Jake, você mudou, está mais sério, comentou Bella

-Estou mais velho Bella, mais você também está diferente.

- Você velho Jacob! Você tem apenas 23 anos.

-O Exercito amadurece, não é fácil ficar cinco anos em meio de bombas.

No caminho até o hospital de Forks onde meu pai estava internado eu e Bella não conversamos muito, eu não tinha vontade de falar sobre o Iraque e nem me incomodei de perguntar se ela havia casado, pois vi o anel em um dos dedos da mão esquerda.

No entanto eu estava preocupado com meu pai.

Chegamos ao local e fui direto ao quarto, fiquei chocado ao ver ele deitadinho, com aparência pálida, ver essa imagem começou a me dar um nó na garganta.

- Oi pai, disse

- Oi Jake, ele soltou um suspiro áspero.

- O Senhor está bem?

-Agora estou com você do meu lado são e salvo, ai Jacob você não imagina o tanto que orei por você meu filho, Deus te deu uma coisa maravilhosa.

- Me deu uma coisa maravilhosa? Como o que pai?

- Bem... A chance de voltar vivo argumentou mais meu pai parecia ter escolhido a palavra para proferi-la a mim.

- Só que é o Senhor saiba que é o melhor pai do mundo, desculpe por não ter estado presente tempo suficiente.

- shhh, eu sei filho, ele segurou a minha mão.

-OI você é o filho do Senhor Black?, Pergunta uma Senhorita toda de branco que entrará no quarto.

-Sim, respondi

-Eu sou Dra Rosalie, por favor, venha comigo até minha sala, preciso falar sobre seu pai.

Assenti com a cabeça e a segui.

- Sente-se, por favor.

- Então, devido à circunstância do acidente, seu pai não poderá mais andar, disse sem nenhuma trégua.,

- Como? Meu pai invalido.

- Sim, então ele tem que ter 100% uma pessoa ao seu lado, ele tem que ter cuidados dobrados, tem que fazer fisioterapia, tratamento com psicólogo e amanha estará liberado para ir embora para casa.

Entrei em choque, meu pai nunca vai poder andar, sabia que meu pai era um homem bom, apesar da vida difícil que levava, havia dado o melhor de si a mim e minhas irmãs para nos criarem, nunca levantou a mão com raiva e comecei a me atormentar pensando em todos esses anos havia desperdiçado não estando ao seu lado.

Pela primeira vez em minha vida chorei pelo meu pai.

Voltei para o quarto com olhos inchados.

- Vejo que já soube, murmurou meu pai.

- O pai, não vou voltar mais para o Exercito, vou renunciar, vou cuidar do Senhor.

- Não precisa fazer por dó Jake.

- E não estou, temos que comprar uma cadeira de rodas para o Senhor.

- Não precisa já ganhei uma.

No outro dia, levei meu pai embora para casa, estava um dia incrivelmente frio, o carreguei até a cama ajeitei os cobertores sobre ele e sem perceber me queixei do ombro ferido.

-O que foi, está com dor no braço? Eu não sou pesado tanto assim, argumentou.

-Só me desajeitei ao pegar o Senhor, e mudando de assunto pai quem é a pessoa que doou a cadeira de rodas para que eu possa agradecer pessoalmente?

Ele suspirou, pensou e finalmente revelou: “ Nessie “

Como um simples nome pode mudar todo clima do nosso corpo e fazer o coração acelerar só por ouvir a pronuncia dele.

Senti medo, senti saudade onde não há.
Por mais que eu tenha lutado para apagar o nome dela da minha vida, eu não consigo.
E ver que ela escapou para sempre de mim, choro em amargo silencio por um amor que teve fim e eu não tive forças para lutar.

Hoje eu descobri que ainda dói.

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