sábado, 31 de julho de 2010

OPPOSING SOULS - JAKEXNESS - 44

GRAVIDEZ



- Você está grávida¿ É isso¿ - Jacob começou a chorar muito enquanto acariciava a minha barriga e eu só consegui assentir com a cabeça. Ele encostou o rosto no meu ventre e beijou sobre a roupa, depois me abraçou forte.



- Eu ainda não fiz o exame... – Sussurrei baixinho sentindo sua cabeça em minha barriga. – Não tive coragem para isso. Você pensou que eu houvesse desgostado de você¿ Pensou que eu deixei de te amar? – Coloquei os dedos em seus cabelos e fiquei acariciando delicadamente.



- Você estava tão distante e todas as vezes eu tentava me aproximar, você se afastava. Sua expressão era a como se estivesse com nojo de mim. Hoje mesmo fez isso pela manhã e eu tive medo de ter desistido de nós. – Jacob beijava a acariciava a minha barriga gentilmente.



- Nunca desistiria de nós... Eu amo você, seu bobo. Só estou me sentindo enjoada e seu cheiro piora as coisas. Mas sei que essa sensação vai passar logo. Tenha paciência comigo, amor. – Jacob levantou do meu colo e me olhou com tanto amor, com tanta paixão que quase tirou o meu fôlego. Ele tinha o dom de me fazer sentir tão amada e isso me dava segurança, conforto e principalmente a certeza que ficaríamos juntos para sempre.



- Ness, você não tem noção com estou feliz agora... – Tocou meu rosto e o segurou com muito cuidado. – Você me deu o maior o presente desse mundo. Não tenho palavras para te agradecer, para fazer você entender como estou me sentindo nesse momento. Tudo o que sempre quis foi ter você pra mim e construir uma família. Lembra aquele dia que quase foi violentada¿ - Jacob revirou os olhos e sorriu. – Ali eu decidi que faria de você minha esposa, que a faria minha eterna companheira e a mãe dos meus filhos. E mesmo você sendo doidinha, às vezes, tenho certeza de que será uma mãe maravilhosa.



- Jacob... – Sussurrei e comecei a chorar. Sentia-me ainda mais emotiva, as minhas emoções aflorando por todos os poros da minha pele. E uma sensação de completude que era capaz de tirar toda a dor, todas as dúvidas que sentia naquele momento.



- Ness... Eu vou ser pai... EU VOU SER PAI... AI MEU DEUS, EU VOU SER PAI. – Jacob me abraçou novamente e não parava de chorar.



- Eu não fiz nenhum exame, mas eu tenho quase certeza... – Tive medo que os exames dessem negativo, mas sabia que tantos sintomas só poderiam ser sinais de gravidez.



- Vamos para o médico agora mesmo. Acho que uma ultrassom vai tirar qualquer dúvida que tenhamos. – Virou-se para o volante e deu partida.



- Como contaremos para nossos pais¿ Eu não sei como fazer isso... – Tinha medo da reação dos meus pais e vergonha do que Billy pudesse pensar de mim. Mas naquele momento o meu filho seria mais importante do que qualquer vergonha ou medo que pudesse me afligir. E se Jacob estivesse ao meu lado, enfrentaria o mundo para conseguir viver bem com ele e nosso filho.



- Seus pais vão ficar chocados. Mas o meu vai soltar fogos quando souber que será avô. – Jacob passou a mão em minha barriga e ficou acariciando delicadamente.



- Primeiro, vamos fazer o exame e ter certeza disso. Depois, você pode contar ao seu pai sobre a gravidez. – Coloquei a cabeça em seu ombro e fiquei fazendo carinho em sua perna enquanto dirigia.



A viagem para Forks foi rápida e em vinte minutos estávamos no hospital geral.



- Bom dia! Gostaria de um exame com uma ginecologista. – Jacob disse para a recepcionista.



- É claro! Os documentos, por favor. – A filha da “PU” safada arreganhou os dentes para ele e fiz cara feia. Mas a ordinária não se tocou e continuou olhando para ele toda oferecida. Tirei os documentos da bolsa e joguei sobre o balcão.



Depois de alguns minutos preenchendo o formulário, Jacob tirou uma folha de cheque da carteira e assinou.



- Ué, ainda tem cheque¿ - Perguntei por saber que o pai havia cortado a mesada dele.



- Meu pai não me deixaria totalmente duro. Mas só posso usar o cheque em caso de urgência e acho que ele não deixaria o neto dele sem atendimento. – Disse olhando para mim, enquanto acariciava a minha barriga. – Eu vou te mimar muito, sabia¿ - Estava ainda mais carinhoso e cuidadoso. Seus olhos negros mais brilhantes e suas expressões faciais diferente.



- Tenho certeza que sim. – Eu o abracei e coloquei a cabeça recostada em seu ombro, enquanto olhava de cara feira para a kenga da recepcionista.



“PU”! Safada! Vadia!



- É só aguardarem que a médica já chamará vocês. – Novamente a safada abriu um sorriso e mordeu os lábios olhando para ele, que fingiu não perceber a forma como ela o encarava.



- Algum problema¿ - Perguntei com raiva.



- Como¿ - Se fez de desentendida.



- Seu marido sabe que fica arreganhando os dentes para o noivo de outras¿ Aposto que está ralando para colocar comida em casa, enquanto você dá em cima de outro descaradamente. Não tem vergonha na “PU” da cara¿ - A moça ficou mais vermelha do que pimentão e tentou dar fim a conversa.



- Acho que você está equivocada. – Respondeu.



- Espero que sim! Odiaria ter que enfiar a mão na sua cara no seu trabalho. – Cuspi as palavras com raiva e Jacob me puxou pela mão, tirando-me da área de confronto.



- Você te que parar de se invocar todas as vezes que alguma mulher olha para mim. – Disse enquanto andávamos abraçados para os bancos da recepção.



- Impossível! Sempre tem uma vadia para te dar mole. – Disse com raiva.



- E o que quer que eu faça¿ Você sabe que só tenho olhos para você e devia relevar essas coisas. Mas aposto que por dentro está xingando a mulher de todos os nomes.



- Ela é oferecida... vaca! – Nos sentamos abraçadinhos e ele ficou acariciando a minha barriga de forma carinhosa.



- Vamos mudar de assunto¿ Qual o nome daremos ao nosso filho ou filha¿ Eu tô doido para saber o sexo e poder escolher o nome, comprar as roupinhas, decorar o quarto... Vai ser tão emocionante. E você com um barrigão, ficará tão linda. – Os olhos dele brilhavam enquanto dizia cada palavra com amor e ansiedade. – Se eu pudesse, faria sua barriga crescer logo só para eu ficar brincando com o barrigão. Será que vai ficar barriguda¿ Você é tão magrinha que temo que não coloque muita barriga... Eu quero que ela fique enorme e bem redondinha. Vou tirar muitas fotos, fazer vídeos e mandar fazer vestidos lindos para você... Ai meu Deus, eu não vou aguentar esperar nove meses. Por que tem que demorar tanto¿ Estou nervoso só de pensar que terei que esperar nove meses¿ Será que vai ter desejos¿ Eu não terei o menor problema em sair de madrugada para arrumar coisas para você comer. Quero minha mulher bem alimentada e meu filho satisfeito. Será que ele vai parecer comigo ou com você¿ Eu quero que ela seja branquinha e tenha os seus olhos, seus cabelos e seu sorriso... – Jacob começou a tagarelar e não me deixava nem abrir a boca. Mais parecia que ele estava grávido e não eu.



- Srta. Swan¿ - A enfermeira chamou e caminhamos e sua direção de mãos dadas.



- Pode entrar na próxima sala. – A moça ruiva disse nos observando. Podia imaginar que era mais uma vagabunda querendo se oferecer para ele. Apertei forte a sua mão e o puxei antes que a safada arreganhasse os dentes também.



Afff! Como é chato ter homem bonito!



- Bom dia! – Dissemos juntos ao entrar e nos deparamos com a médica bem jovem.



- Bom dia! Eu sou a Dra. Virnna e você deve ser Resnemee. – Disse com a voz meiga.



- Sim! Nós estamos aqui porque acho que estou grávida. – Disse para ela.



- Fez algum exame¿ - Ela escrevia algo na ficha médica e depois começou a digitar no computador.



- Ainda não. – Respondi.



- Quanto tempo a sua menstruação não desce¿



- Desde setembro. – Respondi constrangida.



- Tiveram relações nesse período¿ - Continuava a digitar.



- Sim!- Jacob apertou a minha mão forte.



- Tem sentido enjôo, tonteiras ou algum outro sintoma que leve você crer que está grávida¿ - Questionou.



- Enjôo e tonturas. Também sinto que o meu corpo está mudando. – Respondi.



- Então, venha comigo para eu examiná-la e depois pedirei uma ultrassom, ,pelo tempo já deve dar pra ver algo. – Ela me conduziu até a maca, fechou a cortina e pediu que eu colocasse o camisolão. Depois voltou para sua mesa e continuou a conversar com Jacob.



- O que você prefere¿ - Perguntou para ele.



- O que vier para mim será bem-vindo. Só desejo que meu filho ou minha filha tenha saúde e seja uma criança feliz. Vai ser amado de qualquer forma. – Respondeu para ela e fiquei imaginando a cara que ele estava fazendo. Continuei a tirar a roupa e coloquei a camisola, depois a chamei.



- Estou pronta. – Disse para ela.



- Deite-se para eu te examinar, querida. – Pediu e eu me deitei na cama. Então senti a Dra examinando meu corpo, meu ventre e depois fazendo o toque em minha vagina. Depois de alguns minutos de exame. Ela voltou até a sua mesa e ligou para a recepção, pediu que preparasse a sala para fazer o exame e que uma enfermeira me acompanhasse.



- Bem, para te dar a certeza, precisamos do ultra-som. – Disse para nós. – A enfermeira encaminhará vocês para fazer o exame e depois conversaremos.



Uma enfermeira entrou na sala e nos conduziu até a sala para fazer o exame.



Bebi vários copos de água e depois deitei na cama, a outra médica passou um gel em minha barriga e depois começou a passar o aparelho em minha barriga.



Jacob segurava a minha mão, olhando para o pequeno monitor, enquanto a médica explicava tudo o que via para nós.



- Esse é no nosso filho¿ Mas não dá para entender nada. – Ele estava chorando muito ao olhar para e tela e eu senti uma emoção totalmente diferente. Um amor enorme nasceu dentro de mim e me fazia desejar aquela criança mais do que tudo na vida. Sabia que mesmo que algo me separasse dele sempre teríamos um pedaço do nosso amor em nosso filho. Aquele momento, senti-me totalmente completa e realizada, amei o meu filho de forma tão intensa, fiquei imaginando o seu rosto, o seu cheiro e como seria a nossa vida com ele.



- Ainda é muito pequeno. Pelo que estou vendo ele tem seis semanas. Olha aqui. – Ela moveu o cursor na tela, mas eu não entendi muita coisa da imagem borrada. Apesar de não distinguir nada, Jacob só fazia chorar e chorar como criança, com os olhos vidrados na tela.



- Mal posso esperar para ver o meu bebezinho formado. – Ele apertava forte a minha mão, ria, chorava, ria e não conseguia tirar os olhos da tela.



- Eu também não, amor. – Disse para ele e beijei a sua mão.



Depois do exame, voltamos para o consultório da Dra. Virnna, que analisou o resultado do exame e confirmou a gravidez. Como se precisasse dizer mais coisa sobre aquilo.



Ela passou algumas vitaminas e remédios para eu tomar, uma dieta bem equilibrada e pediu que não deixasse de fazer o meu pré-natal regularmente.



Saímos do consultório e Jacob pegou o celular para falar com o seu pai.



- Vai contar a novidade para ele¿ Não prefere esperar¿ - Perguntei observando o seu rosto com expressões de felicidade.



- Você acha que aguentarei esperar para contar¿ O velho ficará rindo a toa... – Jacob começou a rir. – Você sabe que agora será mimada pelos dois¿ Meu pai não vai te dar paz enquanto essa criança não nascer... Fico só imaginando a cara dele quando contar. – Ele discou e depois de alguns segundos começou a falar.



- Alô, pai. – Alguns segundos de silêncio. – Eu vou atrasar um pouco. Não! Estou saindo do hospital com a Ness. – Ele se calou novamente. – Nada de grave, pai. Nós só viemos para o primeiro exame do seu neto. Kkkkk – Jacob começou a gargalhar. – Isso mesmo! Gravidíssima! Seis semanas... Não tô me aguentando de tanta felicidade... Quer falar com ela¿ Calma aí! – Jacob me passou o telefone.



- Ness, minha filha, você não sabe o quanto estou feliz. Muito obrigada por esse presente. – Billy disse rindo.



- Eu estou muito feliz, apesar de assustada e o seu filho só faz rir e chorar o tempo inteiro. Está tão falante que chego a estranhar tanta tagarelice. Até parece que é ele quem está grávido.



- Meu filho é como eu estamos transbordando de tanta felicidade com essa novidade. Quando disse a vocês que queria netos, não pensei que fossem providenciar tão rápido. Essa criança ficará estragada de tão mimada que será. Mal posso esperar para ela nascer... Só de pensar que ainda terá oito meses fico tenso... – Billy dizia animado.



- Tal pai, tal filho. Kkkk Jacob estava me dizendo a mesma coisa há poucos minutos.



- Temos que tirar muitas fotos da barriga e fazer um lindo álbum. Vou contratar uma decoradora para fazer o quarto do meu neto e sua tia ficará encarregada de todo o enxoval. Quero que meu neto tenha do bom e do melhor. E você trata de se comportar e cuidar, fazer tudo o que a médica recomendou e não fazer nada que coloque em risco a gravidez. Pelo que sei você é um pouco desastrada e não tem muita sorte. Então, é melhor não dar força para o azar. Trata de se cuidar e cuidar bem do meu bebê. Não fique comendo besteiras como fast food, biscoitos e doces. Tem que comer coisas saudáveis, fazer exercícios e tentar descansar bastante. – Billy começou a me dar um monte de recomendações e fiquei uns vinte minutos ouvindo o que precisava fazer, como me comportar, o que eles fariam para o bebê e os planos para o futuro. Ela já estava até falando sobre a escola onde estudaria, os cursos que faria e planejando tudo como se a criança já houvesse nascido. Passei o telefone para Jacob, que parou para conversar com ele, estacionando o carro no acostamento.



- Tudo bem, pai! Obrigada pelo dia de folga. Já sei... Vou cuidar bem dela e do seu neto... Ok, pai! Mais alguma recomendação¿ Usei o cheque... Vai me devolver o meu cartão¿ Obrigada pai... Tá! Tchau. – Depois que desligou o telefone, voltou a dirigir.



- Meu pai está tão feliz, que resolveu me tirar do castigo e devolver o cartão de crédito. – Disse rindo.



- Pelo que percebi, não vão nem me deixar espirrar enquanto esse bebê não nascer. – Disse para ele, que acariciava a minha barriga.



- Pode ter certeza disso. Kkkkk O velho está tão animado com essa gravidez, que até parece que o filho é dele. Pelo que conheço, vai espalhara novidade para todos os amigos. Kkkk Nunca vi meu pai tão feliz desse jeito.



- OMG! Jacob!



- O que foi, amor¿ O que está sentindo¿ - Freou o carro nervoso.



- Meus pais! Se Billy contar para Carlisle ou qualquer um dos Cullen, eles saberão antes e chegarmos em casa... Esqueceu que eles são amigos e sócios¿ E que agora meu pai tem um celular¿ Corre para minha casa, Jacob. Temos que chegar antes que alguém ligue parabenizando pelo bebê. – Estava morrendo de medo da reação dos meus pais e não queria que soubesse por terceiros. Tinha que encontrar uma forma delicada de dizer que estava grávida do meu noivo. E apesar da relação aberta que tínhamos, estava com muito receio de fazê-lo.



- Tudo bem! - Jacob pisou no acelerador e correu o máximo que podia até a minha casa.



Ele estacionou o carro, saiu, abriu a porta para eu descer, tirou o meu cinto de segurança e caminhamos de mãos dadas até a minha casa.



Quando entramos, meus pais estavam sentados no sofá com cara de poucos amigos e nos olharam de forma estranha. Mas não falaram nada e esperaram o nosso pronunciamento.



- Pai, mãe... – Ficaram nos olhando por um tempo e Jacob quebrou o silêncio.



- Temos uma coisa para contar. – Disse com a voz cheia de cerimônia.



- Podem começar. – Meu pai retrucou.



Agora “F”! Como eles vão receber essa notícia¿ Ai que vergonha!...



- Ness e eu... é... as coisas mudaram... – Jacob gaguejava nervoso. – Sabe como é...



- Vocês dois vão contar logo¿ Ou acham que somos idiotas e não percebemos os sintomas¿ - Meu pai perguntou com a voz áspera e expressão séria em seu rosto.



- Mãe... – Eu mal conseguia encará-los, então abaixei a cabeça e instintivamente coloquei as mãos em meu ventre.



- God!! Como vocês puderam ser tão irresponsáveis¿ Por que não se preveniram¿ Sabe o que dá mais raiva¿ - Minha mãe dizia decepcionada. – Saber disso pela boca dos outros! Filha, você teve todas as oportunidades para contar a verdade. Eu já havia desconfiado, mas deixei você à vontade para conversar sobre o assunto. Agora me vem a sua avó nos felicitar pelo bebê... Como pôde¿



- Mãe, eu não tinha certeza... – Tentei me defender.



- Como não tinha¿ Você já estava passando mal há um tempo. – Meu pai rebateu.



- Ela só fez o exame hoje. Nem sabia como me contar sobre sua desconfiança. Ela não teve culpa... Fui eu quem ligou para meu pai ao sair do hospital. – Jacob tentou me defender, mas não adiantou.



- Não tente justificá-la, Jacob! Mesmo porque você não tem moral para isso. Vocês podiam ter evitado tudo isso. E agora¿ Minha filha é uma adolescente e ainda nem terminou o segundo ano. Agora o que farão¿ E os planos da faculdade¿ - Meu pai dizia com raiva para ele.



- Nós casaremos e podemos continuar a estudar, Edward. Sei que não é o ideal, mas aconteceu. O que podemos fazer agora¿ Não vamos tirar o nosso filho! Essa criança será uma bênção para nós e cuidaremos dela muito bem. Pode ter certeza que não haverá criatura tão amada quanto essa. – Jacob colocou a mão em minha barriga e olhou em meu rosto.



- Vão repetir o mesmo erro que cometemos... – Meu pai abaixou a cabeça e minha mãe passou a mão pelos seus cabelos.



- Desculpa. – Sussurrei de cabeça baixa.



- Agora não adianta se desculpar. Tinha que ter se prevenido antes, Ness. – Minha mãe disse.



- Eu sei! Mas a camisinha furou...



- Vocês precisam conversar para decidirem o que fazer... – Meu pai se levantou e saiu da sala. Minha mãe balançou a cabeça e depois o seguiu.



Jacob e eu ficamos na sala em silêncio e depois fomos para o meu quarto. Então, peguei um short de algodão, uma camiseta, calcinha, sutiã, toalhas e fui para o banheiro, deixando Jacob deitado em minha cama.



- Espera só eu tomar um banho, amor! – Disse e saí do quarto.



Depois de tomar meu banho, voltei para o quarto e me deitei ao seu lado.



- Diz que tudo ficará bem, amor. – Pedi baixinho, enquanto ele acariciava a minha barriga.



- Vai dar certo, amor! Tem que dar certo. – Jacob levantou a minha camiseta e começou a beijar a minha barriga de forma doce e muito gostosa, distribuindo milhares de beijo enquanto dizia para o filho que o amava.



- Papai ama muito você... Você será lindo ou linda, como os seus pais... – Mais beijos. – Será a criança mais amada desse mundo. – Mais beijos. – Mal posso esperar para nascer... Como seu pai, aguentarei esses meses¿ Vou morrer de tanta ansiedade, amor do pai.



- Você será um pai incrível, sabia¿ - Perguntei acariciando os seus cabelos enquanto beijava a minha barriga.



- Eu tenho medo de não saber cuidar e educar o nosso filho... É tão difícil criar um filho nesse mundo. Eu tenho tanto medo... – Jacob me abraçou forte e ficou um tempo calado e bem pensativo.



- Você será um ótimo pai, amor. – Beijei o seu rosto e ficamos nos encarando por um tempo.



- Espero que sim. – Sorriu e me puxou para si.



- Amor, eu quero dormir um pouco. Fica mais tempo comigo¿ Não vai trabalhar hoje não. – Pedi toda manhosa.



- Meu pai me deu folga hoje.kkkk Esse filho vai fazer o meu pai amolecer e aliviar a minha barra. Kkkkk Ele nem nasceu e já é uma bênção. Kkkkk O velho está tão bobo que vai esquecer o rombo na conta bancária. E é até capaz de dar um quarto novinho para nós destruirmos só para satisfazer os desejos da norinha. Kkkkk



- Malicioso! – Disse baixinho.



- Só unindo o útil ao agradável. Kkkk Tô brincando, amor! Nunca usaria o nosso filho para barganhar com o meu pai. Kkkkkk Apesar de saber que o velho tá todo bobo. – Beijou a minha testa e continuou a acariciar a minha barriga.





- Eu sei disso, amor! – Fechei os olhos e peguei no sono.



Quando acordei, Jacob estava sentado em uma cadeira em frente a minha cama, observando com a mesma expressão de bobo de algumas horas.



- Oi, amor!



- Dormiu bem, meu pedacinho de céu¿ - Veio até a cama e se sentou ao meu lado.



- Muito bem!Mas continuo com muito soninho. – disse toda dengosa.



- Deixarei você dormir mais... – Pegou a minha mão e beijou. – Meu pai me ligou e disse que marcou um almoço com a família amanhã. Ele convidou a sua família para comemorarmos o nosso bebê. –Disse sorrindo.



- Ai! Não queria mesmo esse almoço. – Resmunguei.



- Vamos fazer a vontade do velho só um pouquinho, amor! – Pediu de forma carinhosa, enquanto beijava o meu pescoço e acariciava as minhas costas.



- Amor, eu estou enjoada... seu cheiro... – Comecei a sentir enjoo com a proximidade de seu corpo e o cheiro forte que exalava de seus poros.



- Que esses enjoos acabem logo, amor. Não vou aguentar ficar sem você... Isso é algo que será bem difícil de conviver. – Eu me afastei dele e vi que ficou um pouco chateado.



- Eu li que esses enjoos passam depois do quarto mês. – Tentei parecer animada.



- Quatro meses sem a sua pererequinha¿ OMG! Como o meu Junior ficará sem ela¿ Já fico nervoso só de pensar. Será que não tem algo que acabe com o enjoo do meu cheiro¿ E se eu trocar de perfume¿ Isso será bem complicado.



- Amor, o tempo passa rápido. Vai ver! – Fiz uma força, prendi a respiração e o abracei.



- Espero que sim!



- Promete que não vai destratar o seu avô no almoço¿ - Pediu analisando as expressões do meu rosto.



- Não prometo nada... – Revirei os olhos. – Sabe que eu não suporto aquele homem. Então, não me peça para me comportar, OK? O máximo que posso fazer é ignorá-lo. Só isso!



- Tudo bem! Não posso contrariar uma grávida.



Ficamos até tarde no nosso quarto e peguei no sono novamente. Quando acordei, já era bem tarde e meus pais me esperavam para o tal almoço na casa do meu sogro.



Não me sentia nem um pouco à vontade em compartilhar a mesma mesa com Carlisle. Mas sabia que precisava conter os meus ânimos para não envergonhar o meu sogro e os meus pais. Então tomei coragem para me arrumar e enfrentar a fera naquele encontro, em que o trataria como um total desconhecido.



GLAUCIA: Só Jacob para ficar super feliz com um filho nesse momento. Imagina a pessoa tendo que trabalhar, estudar e ainda se preocupar com o que vai cursa na universidade. A Ness está bem receosa, mas saber que ele a apóia e está feliz é tudo para ela. E o Billy parece do tipo vovô babão com tendência a estragar os netos. Kkkkk Edward ficou “PU” da vida, mas vai ter que aceitar o fato. Agora vamos ver a reação dos Cullens a essa novidade. Acho que Carlisle vai encrencar quando souber que a Ness está grávida.

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