quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Galope para Felicidade 5




Eu queria fazer uma montagem com altar bem bonitinha para vcs, mas realmente não tive tempo e fiz a montagem da foto correndo. Então espero que me perdoem por isso.

Esse foi o vestido que pensei para a NEss. A imagem não está com boa resolução e nao teve como melhorá-la no editor de imagem. Mesmo assim espero que goste.




CAPÍTULO TRÊS – CASAMENTO

Mal o dia amanheceu, estava eu acordada, cansada e preocupada com o que viria. apesar dos meus receios, algo em mim aguçava a minha curiosidade e fazia crescer uma ansiedade enorme por aquele momento.
A todo instante, o rosto de Jacob vinha a minha mente, fazendo-me sentir uma estranha sensação, meu coração palpitava mais forte e a sua presença tornando-se tão necessária quanto o meu próprio ar.
Era extremamente estranho, pois havíamos nos visto poucas vezes. Nunca tivemos uma oportunidade de conversar a sós. Mesmo assim, sentia-me fortemente atraída por aqueles olhos que pareciam estar em uma profunda solidão.
Estava eu pensando com os meus botões, quando meu quarto foi invadido por minha mãe, tias e avó.
- Vamos acordar, bela adormecida. – Era a voz aveludada de minha tia, que soava como uma doce melodia num timbre delicioso de se ouvir.
- Não tia, Alice. – Resmunguei descontente, ainda sentindo muito sono por causa da noite mal dormida. Virei-me para o lado, colocando o travesseiro em minha cabeça.
- Nada disso! Não é porque se casará com um selvagem aborígene que se parecerá com uma no seu casamento. – Disse minha avó com o tom arrogante de sempre. – Vamos tratar de levantar dessa cama e se arrumar com calma. O dia está ensolarado, o jardim já está quase pronto e logo os primeiros convidados começarão a chegar. – Completou altivamente e a vi linda, em um vestido roxo longo, com chapéu com penas, combinando com a cor do seu vestuário.
- Não gosto que fale assim de meu noivo. – A repreendi. – Lord Jacob tem se mostrado um gentleman. – Vi cara de nojo da Rosalie, torcendo o nariz enquanto falava.
- Um gentleman fica por sua conta, querida. Porque mesmo bem vestido e tentando demonstrar bons modos, sempre será um aborígene vindo do novo mundo... Estamos perdidos com esse na família. – Disse ela fazendo um muxoxo para demonstrar o seu desgosto com a situação.
- Olha, eu tô cansada de ficar repreendendo vocês. – Sentei na cama e cruzei os braços. – Ele será meu marido e não admito que falem dessa maneira. Se estão tão incomodadas, podem ir embora antes da cerimônia. Agora, se pretendem ficar, guardem a opinião de vocês... Já estou irritada com isso tudo. – Levantei da cama e me dirigi para a casa de banho.
- Ness, filha, hoje é o seu casamento e não deve se aborrecer. – Disse minha mãe tentando aparentar calma. Percebi que suas expressões não eram as melhores naquele momento.
- Estou cansada de ficarem falando do meu noivo... Meu futuro marido. Então se puderem fingir ao menos que estão felizes, agradeceria muito a gentileza. – Entrei na casa de banho, tirei a camisola e entrei na tina com água. Depois de alguns minutos, todas entraram.
- Olhem para ela! Mal tem seios e já vai se casar. – Alice disse me observando.
- Será que posso tomar banho sozinha? Não sou nenhuma inválida. – Resmunguei desgostosa e ouvi todas saindo.
Estava me sentindo muito incomodada com a forma desrespeitosa a que se referiam a Lord Jacob, meu futuro marido e pai dos filhos que teria. Eu pretendia me impor para evitar a todo o custo que ele fosse descriminado pela minha família arrogante.
Depois que saí da tinha, peguei a toalha e comecei a secar o meu corpo, fiz a minha higiene bucal e voltei para o quarto, onde encontrei todas super ansiosas para me arrumar.
Fiz um breve desjejum, depois sentei-me em frente ao meu espelho e fiquei vendo minha tia pentear os meus cabelos.
Minha mãe trouxe o meu vestido, as calças bufantes, minha petticoats, as armações, o espartilho. Comecei a me arrumar calmamente, enquanto elas estavam prestes a ter um ataque de tão nervosas que estavam.
Depois que coloquei toda aquela roupa, minha mãe apertou bastante o espartilho antes de fechar o vestido e quase sufoquei de tão apertado que ficou, mas ela sempre dizia que uma dama precisava mostrar uma cintura muito fina.
- Ai, mãe! Está apertado! – Reclamei.
- Uma dama precisa de uma cintura fina e elegante. Não quer que o seu noivo a ache bonita? Então aguente firme... Não sei por que reclama tanto. Já era tempo para ter se acostumado com os espartilhos. – Respondeu e continuou arrumando antes de fechar os botões do meu vestido.
- Está ficando divina.... Esplêndida! – Disse minha avó com os olhos verdes brilhando ao me olhar.
- Essa moda de vestidos brancos para casamentos veio em boa hora. O que seria de nós se não fosse nossa estimada rainha Vitória? – Disse Rosalie com a mesma altivez de sempre.
- Esse vestido está lindo, elegante e caiu muito bem em você, minha filha. – Minha mãe disse orgulhosa.
- Agora, deixa eu arrumar os cachos dos cabelos dela, colocar as joias e enfeitar um pouco esse rosto. – Alice bateu palminhas e ficou em minha frente, com uma pequena bolsa com seus objetos pessoais.
- O que tem aí, tia¿ - Perguntei curiosa.
- A última moda de Paris... – Suspirou fundo. – A condessa de Lancaster, minha querida amiga, veio de Paris há alguns dias e trouxe novidades para nós. – Riu entusiasmada. – Sabe, os franceses inventaram um pó para passar no rosto para deixá-lo um pouco mais branco. Além disso, criaram essa pequena massa, que chamam de batom, para deixar os lábios vermelhos. Mas eles são usados apenas por cortesãs. Algumas mulheres da corte já ousam usá-lo também. É claro que de forma bem suave para não chamar a atenção. Ele deixa os lábios com uma cor bonita e deixa os homens com vontade de beijar. – Ela revirou os olhos e riu.
- Mas se são usados por cortesãs, por que vai passar em mim¿ - Perguntei sem entender.
- Mulheres casadas também podem usar. Mas não podem exagerar para não parecerem vulgar. Eu passarei levemente em seus lábios para dar um leve tom avermelhado. – Alice começou a passar o pó em meu rosto, depois passou o dedo na pasta vermelha, tocou levemente os meus lábios. – Agora junte os lábios para espalhar a pasta assim. – Flexionou os lábios, movendo-os lentamente e depois abriu a boca. Vi que o seu contorno ficou levemente avermelhado e com um pouco de brilho.
- Assim¿ - Repeti o seu movimento e flexionei os meus lábios.
- Ficou linda! – Exclamou minha tia Rosalie.
- Tem certeza de que não estou vulgar como uma cortesã¿ - Perguntei preocupada.
- Absoluta! – Minha avó disse rindo. – Está simplesmente divina! – Seus olhos brilhavam a me olhar.
- Agora as joias. – Lembrou Rosalie.
- Ah, Sim! – Abriu a sua bolsa novamente e tirou um colar de brilhantes lindo, colocou-o em meu pescoço, depois pegou um par de brincos e colocou em cada orelha. Virou-me para o espelho e pude ver a minha figura pela primeira vez totalmente arrumada.
O vestido era longo, com uma enorme armação que o deixava completamente aberto, era de seda e tinha rendas ao seu redor. A parte de cima era de renda, cobrindo os ombros e todo o contorno de meus braços. Ele era justo até a altura do meu cotovelo, depois a renda ficava mais folgada na altura dos meus punhos.
Olhei o meu rosto e quase não me reconheci com a boca levemente avermelhada. A pele mais clara, os meus olhos verdes estavam num tom mais intenso, os cachos dos meus cabelos simetricamente arrumados. Em meu pescoço, um lindo colar de brilhantes combinando perfeitamente com os brincos.
- Nossa! – Disse de boca aberta, ao me ver tão linda em frente do espelho.
- Falta colocar os sapatos. – Disse minha mãe, agachando-se para calçar-me.
- Eu não pensei que ficaria tão bonita de noiva. – Disse quase chorando enquanto me observava em frente ao espelho.
- Você é linda, filha. Só é uma pena o noivo não estar a sua altura. – Disse minha tia Alice.
- Não fala dele, tia. – Reclamei com ela.
- Tudo bem, querida! Hoje é o seu dia e não falaremos mais nisso.
Todas saíram e fiquei nervosa andando de um lado para o outro no quarto até que Lizzy entrou.
- Querida, tem alguma coisa que queria mandar para o castelo dos Black¿ O cocheiro deles já levou os seus baús e está à nossa disposição. – Perguntou para mim.
- Não! Já coloquei todas as minhas coisas nos baús e as únicas coisas que ficaram, foram para passar este dia. – Disse para ela, que pegou a minha mão e fez um leve carinho.
- Você está nervosa¿ Está com medo¿ Ainda tem tempo para desistir desse casamento. – Disse franzindo o cenho enquanto me encarava.
- Não... Eu estou ciente do noivo que escolhi e estou feliz com meu casamento... – Hesitei com medo de contar sobre o sonho. – Só estou com medo... Você sabe... Não é¿ - Falei nervosa.
- Tudo acontecerá muito rápido e logo se acostumará. E quando estiver com seu bebê no colo, saberá que valeu a pena o que passou. – Tentou me acalmar.
- É... Pode ser...
- Quer comer algo¿ Tem bolo e doces na cozinha. – Disse caminhando para a porta.
- Trás qualquer coisa para comer. Afinal, não terei tempo para me alimentar durante a minha festa. – Respondi.
Fiquei no quarto por algum tempo, comi bolo e doces que Lizzy trouxe, enquanto pensava na nova vida que teria.
Depois de algum tempo, meu pai veio até meu quarto me buscar para a cerimônia de casamento e tivemos uma breve conversa.
- Filha, você está linda! Tem certeza de que quer se casar? Ainda pode desistir. – Disse afagando o meu rosto, enquanto os seus olhos azuis, ainda mais brilhantes, me observavam com extrema admiração e ansiedade. Percebi que estava preocupado com a responsabilidade que havia colocado sobre os meus ombros. E que se sentia receoso pelo futuro que teria.
- Pai, estou certa do que farei. Não precisa se preocupar comigo. Tudo bem? Agora, vamos para o altar que o meu noivo certamente está ansioso à minha espera. Não quero fazer Lord Jacob esperar muito. – Disse sorrindo para ele, tentando acalmá-lo naquele momento em que parecia tão preocupado.
- Filha, sei que você acha que está fazendo a coisa certa para salvar a nossa família. Mas não quero que estrague a sua vida por nossa causa. Então, te pergunto novamente. Tem certeza que quer se casar? Que esse noivo te agrada? Sabe que sofrerá preconceitos ao lado dele? - Arqueou a sobrancelha e mordeu o lábio inferior.
- Tenho, pai! Eu quero me casar hoje e não desistirei agora. Então vamos parar com drama e seguir até o altar para encontrar o meu noivo¿ - Peguei a sua mão e o puxei para a porta.
Caminhamos juntos pelo longo corredor, descemos a longa escada, até a parte inferior do castelo. Caminhamos até a porta e seguimos até a carruagem. Meu pai me ajudou a entrar e depois subiu. Fomos conduzidos até o jardim que ficava no lado norte do castelo.
O cocheiro parou, meu pai desceu e depois abriu a porta para me ajudar a descer.
Desci da carruagem e meu pai me ajudou a arrumar o vestido. Olhei para frente e vi o longo caminho enfeitado com flores brancas e vermelhas, fazendo uma passagem pelo longo tapete vermelho que se estendia até o altar. Havia várias mesas brancas revestidas com toalhas de seda e com arranjos de flores. Nelas, muitas damas e cavalheiros bem vestidos da mais pura elegância me aguardando.
Olhei para frente e vi bem longe um grande altar feito de carvalho, revestido de flores de todos os tipos. Ao lado, uma pequena orquestra tocando a marcha nupcial. No altar, estavam o padre da igreja anglicana com uma túnica roxa, minha mãe com um longo vestido azul, Billy com um traje preto e uma flor branca na lapela, Rachael com um lindo vestido verde e Jacob... Lord Jacob... Meu... Meu Jacob lindo, com um traje negro e flor branca na lapela.
Meu coração disparou quando o vi. Senti minha ansiedade aumentando a cada passo que dava em sua direção. Meus olhos se encheram de lágrimas. Sem perceber, estava sorrindo, senti algo estranho revirando o meu estômago, fazendo crescer ainda mais o meu nervosismo.
Ali, eu soube que o amava. E pela primeira vez me dava conta daquela verdade, pois a todo o momento em que o observava, imaginava ele me tomando em meus braços e me beijando, assim como meu pai sempre fazia com minha mãe.
Os minutos pareciam eternos. Eu pensei que nunca fosse chegar até ele, estava completamente hipnotizada com sua beleza exótica, ele chamava tanto a atenção, que chegava a doer em meu coração, fazendo-me ficar cega e só enxergá-lo, enquanto ouvia a melodia ecoando docemente eu meu coração.
Naquele momento, só havíamos nós dois ali, e só me dei conta da presença dos outros, quando meu pai me virou para si, beijou a minha testa e depois entregou a minha mão para ele. Despertei-me do transe e senti seus lábios macios beijando carinhosamente a minha mão. Senti o meu corpo inteiro se arrepiar e uma enorme vontade de me entregar aos seus braços.
Já não havia medo ou receio. E sim uma ansiar em ser tomada por ele, virando finalmente a sua mulher e sentindo o doce gosto dos seus lábios sobre os meus.
Mal conseguia respirar, foi preciso ele mexer meu braço para me despertar. Naquele momento, meus olhos estavam completamente perdidos naqueles olhos negros e enigmáticos que demonstravam um medo ou talvez algo que o fazia sofrer.
O Clérigo começou a falar coisas que para mim não faziam o menor sentido. Enquanto eu ficava imaginando a minha vida ao lado dele, as conversas que teríamos e a forma como passearíamos e os filhos que nasceriam de nós dois.
Até aquele momento, só havia trocado algumas palavras e não conhecia bem o som da sua voz. Mas naquele momento, conseguia ouvir as nossas conversas e a sua voz rouca ecoava em minha mente. Era só isso que consegui ouvir e novamente fui despertada quando o clérigo perguntou se eu aceitava e eu assenti.
- Sim! Eu aceito.
- Sim! - Ouvi a sua voz que mais se comparava a um sussurro afirmando o nosso compromisso.
Recebemos os cumprimentos de nossos familiares e pessoas que nunca havia visto em toda a vida. A todo o momento, percebia a forma como o olhavam, deixando-me ofendida e muito magoada. Me mantive firme e usei a altivez preponderante dos Cullen para aguentar toda aquela prepotência.
Depois dos cumprimentos, dançamos uma valsa ao som da orquestra.
Foi um dos momentos mais lindos, quando senti sua mão segurando de forma firme a minha cintura, seus olhos cravados nos meus, seus lábios mexiam lentamente algumas vezes, seu rosto divino parecia perdido em algum lugar distante e quando voltava à realidade, olhava-me de forma estranha, como se um grande sofrimento assolasse o seu coração. Aquilo me sentir vontade de acariciar os seus cabelos e tomar a sua dor para mim.
Não trocamos muitas palavras, apesar de eu o olhar hipnotizada o tempo inteiro, completamente ansiosa para partir dali e ter a oportunidade de ficar a sós com “meu marido” pela primeira vez.
Nunca desejei tanto uma coisa quanto ficar sozinha com ele. Quando finalmente pediu para nos retirarmos, senti-me grata pela sua atitude.
- Renesmee, podemos ir embora¿ Acho que já ficamos muito tempo e estou cansado. – Sua voz rouca, atraente e melódica era como música para meus ouvidos, depois de tanto tempo em silêncio.
- Claro que sim, meu Senhor! – Respondi sorrindo.
- Então, vamos nos despedir de sua família para partirmos. – Disse e caminhou, segurando a minha mão até a mesa onde se encontravam nossos pais.
- Estamos partindo. – Anunciou para todos.
- Mas já¿ Fiquem mais um pouco. – Minha mãe disse com a voz triste. Levantou-se e caminhou até nós.
- Estou cansada, mãe. Preciso me deitar e descansar um pouco. – Menti para ela, porque a coisa que menos queria era descanso. Queria me entregar em seus braços, sentir seus beijos, o seu cheiro e o calor do seu corpo emanando sobre o meu. Mesmo com o receio pelo sonho e as coisas que a Lizzy havia contado, não via a hora de estar com meu marido em nosso leito.
- Cuida bem da minha menina. – Ela estendeu a mão para ele, que a beijou como um perfeito cavalheiro.
- Filha, nós a visitaremos em alguns dias. Qualquer coisa que precisar é só enviar um mensageiro. – Disse meu pai me abraçando.
- Ficarei bem, meu pai. Não precisa se preocupar. – Coloquei a cabeça em seu ombro e fiquei me lembrando de tudo o que vivi até aquele momento. – Eu amo você. – Uma lágrima solitária correu pelo meu rosto naquele momento.
Depois da despedida da família e dos convidados, entrei na carruagem ajudada por meu marido e seguimos viagem para o seu castelo.
A viagem foi muito mais longa do que eu imaginava e eu me sentia cansada, sonolenta e um pouco dolorida com os solavancos da carruagem que corria pela floresta.
O silêncio era insuportável e tinha vontade de conversar, mas não sabia exatamente sobre o que falar. Jacob por sua vez parecia perdido em seus pensamentos, com a mesma expressão de dor, sequer notando que eu estava ao seu lado.
Sentia meu coração apertado e uma angústia se formava enquanto estávamos naquela longa viagem. Adormeci, sendo acordada pelo toque delicado de sua mão em meu rosto.
- Renesmee, querida, acorde. – Era a voz encantadoramente rouca e atraente do meu marido sussurando.
-Ah! – Abri os meus olhos e vi aqueles lindos olhos negros, observando o meu rosto. Então senti meu corpo frágil sendo carregado no colo e finalmente acordei.
- Pode me colocar no chão. – Sussurrei quando chegamos a uma enorme sala em tom de amarelo, vi castiçais, querubins, quadros e uma enorme escadaria.
- Pode andar¿ - Perguntou tirando os meus cabelos do rosto.
- Posso. – Respondi.
Meu marido me colocou no chão e eu comecei a me recompor.
- Mary, essa é minha esposa Renesmee. Leve-a até os seus aposentos e a ajude com tudo o que for necessário para se acomodar. – Disse para a senhora morena, com a pele escura, cabelos lisos e feições marcantes como as de meu sogro e meu marido.
- Venha comigo, Milady. – Disse para mim e eu a acompanhei subindo a escadaria.
- Mary¿ Esse é o seu nome¿ Você é parente do meu marido¿ - Perguntei curiosa.
- Não! Mas eu vim com ele do novo mundo. Você deve estar estranhando o meu tom de pele, não é¿ - Perguntou e eu assenti.
- Sim. – Respondi. – Desculpa a impertinência.
- Que é isso, Milady¿ Estou aqui para servi-la. – Disse para mim enquanto caminhávamos por um imenso corredor pouco iluminado.
- O meu marido não fala muito. Você o conhece bem? Conhece? Ele é sempre tão calado? - Precisava saber o motivo daquele jeito estranho de Lord Jacob, meu marido.
- Ele está passando por uma fase difícil. Mas sei que ao seu lado ele se recuperará. – Respondeu abrindo uma grande porta de madeira e entrando por ela. – Chegamos! – Disse apontando-me os meus aposentos, um quarto enorme, iluminado com muitos castiçais, uma enorme cama de madeira com cueiro branco, cortinas em tom de amarelo, duas grandes poltronas diante de uma mesa, um aparador de roupas e um espelho enorme que dava para ver todo o corpo.
- Grande! – Disse para ela.
- Naquela porta está o seu closet. Eu arrumei todos os seus vestidos e objetos pessoais lá. Se tiver alguma dificuldade é só me chamar. Na outra porta à direita, a casa de banho. Eu deixei uma tina com água pronta para a Milady se banhar. Também tem um gomil* com água para limpar o rosto e fazer a higiene bucal. Qualquer coisa que precisar pode me pedir. – Disse, sorrindo para mim.
[*gomil - jarra utilizada para guardar água, geralmente posta sobre uma bacia do mesmo material, onde fazia-se a higiene]
- Eu vou me banhar. Será que a senhora pode me ajudar a tirar o vestido, o espartilho e toda essa roupa¿ - Pedi docemente observando a sua presteza e a forma carinhosa com que me tratava. Percebi que seria para mim como Lizzy era em meu castelo, ficando mais aconchegada e tranquila por essa fase de mudanças que passava.
Mary começou a abrir o meu vestido e depois soltar as amarras do meu espartilho.
Aos poucos, foi me ajudando a me despir e depois levou o meu vestido para guardar, enquanto partia apenas com a camisola para a casa de banho.
Entrei na tina e comecei a me banhar quando ela entrou para me ajudar.
- Milady, deseja comer ou beber algo¿ - Perguntou colocando uma camisola no aparador de roupas.
- Eu quero um copo de leite quente e se houver pão ou bolo, gostaria de um pedaço. Quase não comi nada hoje e sinto fome. – respondi. – Posso pedir um favor¿ - Virei e vi que assentiu com a cabeça.
- Pode me achar só de Nessie? Estou mais acostumada assim... Milady fica muito formal. – Disse para ela.
- Tudo bem, Nessie. – Respondeu sorrindo. – Sua mãe deixou uma carta, pedindo para deixar esta camisola e perfume para a sua noite de núpcias. Está aqui na pia. – Disse e saiu.
- Obrigada, Mary.
Fiquei um pouco na casa de banho, refrescando o meu corpo e depois saí. Sequei o meu corpo e coloquei as peças de roupas que minha mãe separou para a minha noite de núpcias.
Passei o perfume, penteei os cabelos e fui para o quarto.
Vi que sobre a mesa havia alimentos e sentei na poltrona para me alimentar antes do meu marido entrar no quarto. Depois, fui até a casa de banho novamente e fiz a minha higiene bucal.
Voltei para o quarto, deitei na cama e fiquei à espera do meu marido.
O tempo começou a passar, olhava para a porta ansiosa para encontrá-lo e sentir os seus braços me envolvendo. Mas ele não entrava, nunca entrava e depois de muito esperar comecei a ficar sonolenta.
As lágrimas já ameaçavam se formar em meu rosto. Meu coração batia descompassado, minha cabeça fazia milhares de suposições sobre a sua demora. Ao mesmo tempo, que recordava quão lindo estava na nossa cerimônia.
Comecei a chorar sentindo-me estranhamente, desconfortável. Uma estranha sensação de vazio começou a se formar, enquanto observava a porta, que não se abria. A penumbra foi ficando ainda maior com as velas se apagando uma a uma. Finalmente, caí em um profundo sono.
N: Glau: Tadinha da Ness! Doida para dá e o Jacob não aparece....Isso não se faz!

Agora a bichinha ficará se sentindo a pior pessoa do mundo. Imagina ISS! Vc se casa com um deus gregos, seu corpo já começa a reagir só de olhar. Está morrendo de vontade de sentir seus toque e mais e o homem não aparece? OMG Eu estou com pena dela. Mas sinto que ainda cortará um dobrado até o Jacob resolver dá o ar da sua graça e comer a parte do bolo do casamento. Kkkkk Vamos esperar para ver como isso se desenrola.

OBRIGADA POR TODOS OS COMENTÁRIOS E CARINHO DE VCS!

BJUS NO CORE


NOTA DA VALÉRIA: Bom, gente. Esta é oficialmente, a primeira vez que eu beto uma fic. Estou muito feliz com os reviews. Quando abro a minha caixa de e-mail, tem tantos comentários dessa fic pra ler. Cada um mais fofo que o outro. Obrigada pelo carinho de vocês. É essa receptividade toda que faz com que, Gláucia, Heri e eu passemos o tempo todo articulando novas histórias pra vocês, podem acreditar. Quanto ao nosso capítulo, só vou dizer isso: tadinha da Ness, achando que iria ser comida pelo “lobo mau” na noite de núpcias! Kkkkkkk Vai rolar muita coisa antes de ela provar daquele corpinho lindo. Aguardem!!!]



n/heri: Meu Senhor!!! To começando achar que autora não gosta muito da Nessie...talvez é recalca porque ela nasceu pra ele!!! kopksoskokoskop....ok....vamos falar serio. SER REGEITADA NA 1ª NOITE, ABANDONADA E DESPREZADA...mas a culpa é dela..(G)kkkkk ...Tadinha, ele tão lindo e educado no casamento ,até dançou e na hora “H”....ela já ta enfrentado preconceito da família...e ele nem ai pra ela...meninas vcs estão gostando do ROMANCE?...ta lindo né não? Então RECOMENDEM.....bjs

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