terça-feira, 7 de setembro de 2010

Galope para Felicidade 4






Capítulo 2 - PREPARATIVOS


Justificar
Os dias seguiram rápido e saí da minha velha rotina de jovem travessa. Porque naquele momento, tinha que me dedicar ao meu enxoval, resolver com a minha mãe coisas para o preparativo da minha união com Lord Jacob Black, tais como convite, vestido e preparativos para a festa e cerimônia.

Lord Billy, sabendo a situação financeira pela qual passava a minha família, resolveu abrir mão do dote e arcar com todas as despesas para grande celebração.

- Eu não posso aceitar, Lord Billy. – Meu pai olhava com austeridade e consternação. Afinal era um conde, vendo aquilo tudo como uma grande humilhação. Ao mesmo tempo, sabia que não era provedor de moedas que pagassem o dote de uma condessa e também não tinha condições de oferecer uma festa abundante digna da nobreza londrina. Assim, sentia-se mal e totalmente desorientado diante de tal oferenda.


- Sabemos que o Conde não tem condições para ostentar uma festa digna da realeza. Muito menos pagar um dote que honre o nome dos famosos condes de Cullen. Por isso, ofereço a minha ajuda, já que em breve estaremos ligados por parentesco. – Minha mãe se abana com seu leque, da mesma forma nervosa e apreensiva ao observar Lord e suas sábias especulações.


- Mesmo assim. – Meu pai engoliu seco, olhou para nós e demonstrou toda sua indignação, diante de tal oferta. Sabia que não tinha alternativas e recusar a oferta não seria inteligente da sua parte.

- Estamos em um impasse e temos que resolver isso. Se acha melhor a recusa da minha generosa oferta, espero que encontre outra forma de oferecer uma grandiosa festa na celebração do matrimônio dos nossos filhos. – Regozijou-se com um sorriso malicioso ao encarar o olhar desgostoso do meu pai.

- Pois bem... – Meu pai balançou a cabeça e encarou com firmeza. – Não tenho outra alternativa e sinto que estou em suas mãos. Aceito que seja o provedor dessa celebração. Contudo, clamo que mantenha isso entre família. Sentiria-me tremendamente mal se isso viesse a se espalhar na corte. – Disse para Lord Black, que assentiu com a cabeça.

- Fique com essas moedas de ouro e faça bom gasto delas. – Olhou para mim com aquele sorriso que havia um misto de encantamento e sarcasmo. – Quero que a minha nora seja a mais linda das noivas. Então providencie o melhor vestido que o dinheiro possa comprar. E se esse ouro não lhe for suficiente. Rogo-te que me peça mais... O que não fazemos pelos filhos.

Senti desconforme com as palavras de Lord Black, mas ao mesmo tempo percebi naqueles dias que seguiram que ele não era de todo o selvagem que o chamava.

Vi que os seus modos à mesa, assim como os de seus filhos, Lord Jacob e Lady Rachael, não eram nada selvagens. Eles sabiam como usar perfeitamente os talheres à mesa. Que tinham bons modos e educação refinada e apesar da aparente timidez que demonstravam, nos poucos momentos que falavam, não pareciam em um todo pessoas ignorantes.

Lady Rachael tinha uma beleza singular, nos traços definidos de seu rosto, na pele com tom mais escuro, nos cabelos longos e negros, os traços do rosto marcantes e definidos. Parecia talhada a mão por um artista de tão bela e o jeito meigo como sorria, ou quando falava, era encantador e me fazia prestar a atenção e cada movimento de sua face.

Lord Jacob sempre muito sério e calado, trocando raramente palavras com os outros. E sempre dando a impressão de ter o olhar perdido em outro lugar. Um olhar triste e cheio de melancolia que me feria o coração. Sempre muito gentil nos gestos e cumprimentos formais, mas nas conversas se mantinha alheio e quando se permitia dizer algo, só assentiu ou dava um ligeiro sorriso.

Seu rosto encantador cada vez mais me atraía e nas duas vezes em que estiveram em minha casa, fiquei completamente hipnotizada pelos seus traços marcantes. Já vendo muitas vantagens no casamento com um rapaz tão lindo e exótico, gentil no seu trato e na forma de lidar com as pessoas.

Minha mãe nada se agradava com a presença dos Black, sempre se mostrando mal humorada e agitada nas poucas ocasiões que estivemos juntos. E nos preparativos do casamento, mesmo fazendo tudo com zelo, reclamava o tempo inteiro do tamanho despautério que estava prestes a cometer me sujeitando ao casamento com um “selvagem”, assim dizia nas suas lamúrias.

Os dias foram corridos com os preparativos do meu casamento. E o mais difícil não foi escolher um recatado e belo vestido, visto que Lord Black mandou vir a modelista mais famosa de Londres. O problema foi enviar os convites e colocar o clã dos Condes de Cullen à parte dos acontecimentos.

Minha mãe estava em um estado de nervos que ninguém aguentava. Tinha medo da desaprovação, que certamente viria, de minha queria condessa Esme Cullen. Aquilo estava lhe roubando o sono e a sobriedade para conduzir as coisas. Mesmo assim, tudo estava saindo conforme solicitado pelo Lord Black e todas as famílias de posses ou títulos foram convidadas para a grande celebração, onde sua família entraria para aquela sociedade cruel e hipócrita.

Há dois dias do casamento, os condes de Cullens chegaram em suas carruagens em nosso Castelo em Crawley, deixando claro de imediato a desaprovação e a consternação pelo meu casamento com um “selvagem”, deixando-me extremamente irritada com a forma como falavam de meu noivo.

- Eu não creio que tenha descido tão baixo¿ - Disse a Condessa Esme, minha querida avó, ao descer da carruagem amparada pelo cocheiro.

- Mamãe, não comece com isso agora. Não é hora para brigas. – Meu pai tentou argumentar.

- Edward, como pode entregar sua filha a um Selvagem¿ - Ela estava quase gritando com olhos flamejantes de pura raiva. Meu avô, Conde de Cullen, homem ponderado e sempre demonstrando sangue frio e calma para raciocinar as coisas, parecia dessa vez decepcionado e balançava a cabeça enquanto ela acusava meu pai e olhava com superioridade para minha mãe.

- Você não podia ter consentido isso. Sabe que está condenando a sua filha a ser rejeitada e humilhada pela sociedade. Sabe que seus netos nunca herdarão o título de nobreza, que nunca serão aceitos por uma família de posses e títulos¿ Como cometeu tal imprudência concedendo a sua única filha a uma família de má reputação¿ Sinceramente não sei o que deu em sua cabeça para tamanho desatino.

- Ela é só uma criança e terá que se deitar com um mestiço fedido, bruto e sem menor compostura. – Era Rosalie, a mais pretensiosa, arrogante e preconceituosa dos Cullens. – Sabe o que é para uma jovem se deitar com um homem. E como permite que esse aborígene despose sua filha¿ Isso é absurdo, insensato e estúpido! – Atacou meu pai caminhando na direção do conflito dele com meus avós. Teve o prazer de sair correndo de sua carruagem, seguida por seu marido, para advertir o meu pai de forma arrogante.

- Eu posso falar¿ - Perguntei em meio à calorosa discussão. Vi quando minha outra tia e seu marido caminhavam em nossa direção. Minha mãe se abanando com o leque de forma nervosa, quase tendo um ataque de nervos, minha avó e minha tia fuzilando o meu pai, meu avô olhando de forma questionadora, sem entender o porque do despautério.

- Eu aceitei casar... – Engoli seco e comecei. – Eu! E ninguém tem nada haver com isso. Vocês estão aqui como convidados. Não como inquisidores do clérigo. Então não quero que briguem com meus pais por uma escolha que foi minha. – Disse segura de minhas palavras e os encarei severamente.

- Você é uma criança. – Meu avô disse com tom apaziguador. – O que aconteceu¿ Ele desonrou a sua filha¿ Se for o caso, mandaremos esse infeliz aborígene para a forca. – Disse arqueando uma das sobrancelhas enquanto encarava meu pai.

- Como¿ Como... – Tentei falar, mas minha mãe me conteve, segurando-me pelo braço e me olhou de forma severa. Percebi que ela não queria que eu entrasse na discussão e contasse o real motivo para o casamento.

- Ele não a desonrou. – Meu pai disse consternado e de cabeça baixa.- Perdi o castelo para o rei por não ter pago os impostos. Ele foi a leilão e o distinto Lord que o arrematou, propôs casamento a nossa filha para o seu filho. – Confidenciou aniquilado pela vergonhosa fraqueza em conceder a sua filha como barganha pelo castelo.

- Você é um fracassado, Edward! Como pôde¿ É sua filha! – Rosalie cuspia as palavras com raiva. – Agora teremos o nome dos Cullens, misturados com o nome de um mestiço selvagem que veio do fim do mundo para tentar entrar na sociedade. Acha isso justo¿ Acha justa a vergonha que nossa família passará¿

- Rosalie, por favor! Não se trata de você e sim da sua sobrinha. Não seja egoísta e pondere as suas palavras. – Seu marido Emmett, um homem alto, loiro, olhos azuis e muito forte a advertiu diante da sua indignação que nada tinha haver com a minha vida, sim com a sua reputação na sociedade.

- Edward, o que nossos amigos pensarão¿ Condes, Duques... a rainha Vitória¿ Meu Deus! Estamos na lama... tantos anos tentando manter uma reputação. – Minha avó lamentava e quase chorava de raiva e vergonha. – Mas também não é de se admirar. Não é a primeira vez que arruína tudo. – Disse com olhar de superioridade para a minha mãe, que ficou dura como estátua com aquilo.

- Acho que estão fazendo uma tempestade. Sei que Edward errou ao entregar a filha para um forasteiro, sem reputação e que as pessoas consideram selvagens. Mas aqui o que está em jogo não é a reputação do nosso nome e sim a felicidade da Renesmee. Porque não tentam deixar toda essa arrogância e esse egoísmo de lado, tentando pensar na situação dela. – Minha tia Alice pela primeira vez se manifestou.


- Obrigada, tia!- Disse agradecida. – O meu noivo não é um selvagem de maus modos como dizem. É um rapaz discreto, educado e que sabe se portar muito bem. Apesar das pessoas considerarem a sua família selvagem, posso dizer que são mais educados que algumas pessoas que chegam ao castelos dos outros gritando e fazendo escândalos desnecessários. Se querem participar do meu casamento fico grata, mas se desejam estragar tudo no último momento ou infernizar a minha vida colocando veneno antes mesmo de eu casar, podem entrar em suas carruagens e dar meia volta. – Fitei todos com olhar severo, vi minha mãe me olhando com olhos arregalados e meu pai mais respirava de nervoso. – Não quero ser indelicada com vocês que são meus parentes. Mas daqui a dois dias eu me caso e não quero interferências externas. Podem entrar e ocupar os seus aposentos, alegrando-se comigo pela minha felicidade ou simplesmente ignorar o fato de eu ser parente de vocês e irem embora.

- Desculpa, minha neta! Não sabia que se sentia assim. – Meu avô me abraçou forte e depois beijou a minha testa.

- Só queremos que seja feliz, querida. – Minha avó deixou toda aquela prepotência de lado e me beijou ternamente.

- Eu gosto do noivo que meu pai me arrumou e estou feliz por me casar com ele. Acho que não haveria noivo melhor em toda Inglaterra. E tenho certeza que serei feliz em seu castelo em Reading. – Disse sorrindo.

- Que você seja muito feliz, minha preciosa. – Alice veio até mim e me abraçou forte. – Minha pequena boneca de porcelana está crescendo. – Estava quase chorando.

- Tia, eu já fiz dezesseis. – Disse e todos riram.

- Já está mais do que na hora de se casar. Apesar do noivo não ser apropriado... – Minha avó comentou.

- Apropriado não seria a palavra correta. Mas deixa para lá. – Rosalie resmungou e depois veio me abraçar.

- Pedirei aos serviçais que as ajudem com as malas. Eles levarão tudo até os seus aposentos e espero que esteja ao agrado. – Minha mãe disse tentando ser gentil. Mas percebi que ainda estava muito nervosa com tudo aquilo.

Entramos no castelo e meus pais receberam nossos parentes no grande salão. E eu corri para a cocheira para aproveitar os últimos momentos com o meu velho cavalo.

Passei o dia inteiro adorando a natureza, banhei-me no rio, andei descalça pela grama, subi em uma macieira para provar da fruta no pé... enfim, tive o meu último dia de liberdade, já que o dia seguinte teria a prova do vestido e começaria a arrumar as minhas coisas para enviar ao castelo do meu futuro marido em Reading.

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Lizzi me banhava na tina, esfregando as minhas costas e começou uma indelicada conversa sobre casamento e coisa de casais.

- Minha menina, sentirei tanta saudade de você. – Disse enquanto passava a esponja em minhas costas.

- Eu também! Mas Lord Billy disse que eu poderia vir visitar sempre que quisesse. – Disse tristonha para ela, sentindo que não seria a mesma coisa quando eu partisse e não pudesse contar com seus carinhos, o seu calor, os conselhos e broncas. Ela era a minha segunda mãe e sempre me ajudava quando me metia em encrencas. Sabia que sentia falta dos meus pais, mas o mimos e cuidados de Lizzy me deixaram completamente desamparada quando estivesse longe.

- Você está com medo¿ - Perguntou com a voz baixa, quase que um sussurro.

- Medo de que, oras¿ - Não entendi a sua inquietação.

- Você estará casada em poucas horas e terá suas obrigações com seu esposo. – Disse-me deixando ainda mais curiosa.

- Que tipo de obrigações, Lizzy¿ Como é que as coisas acontecem entre um homem e uma mulher¿ Como nascem os bebês¿ - Nunca havia parado para pensa sobre aquilo. Mas sabia que era algo bom e mágico, que os casais se amavam e haviam toques e gemidos. Já havia escutados gemidos e sussurros de meus pais, sabendo que era algo bom para agirem daquela forma apaixonada. Eu imaginava se seria assim comigo. Se o meu marido me amaria e faria comigo as coisas delicadas e carinhosas que meu pai fazia com minha mãe.

- Os homens têm desejos e instintos animalescos, filha. O que precisa saber é que as coisas nem sempre são boas para as mulheres. E poucas têm a sorte que a sua mãe teve. O ato da cópula costuma doer, ser cruel e difícil na maioria das vezes. – Sua voz expressava amargura e medo ao mesmo tempo. Sabia que estava preocupada comigo e aquilo me deu um nó na garganta.

Será que sofrerei¿ Será ruim para mim¿

- Será doloroso, mas você não pode gritar ou chorar. Tente ficar calma e deixe que ele faça tudo. Feche os olhos, abras as pernas, segure a dor e o desespero do seu copo. E quando menos perceber, terá terminado e você poderia se recompor. – Ela dizia tudo de forma dura e fiquei assustada com tudo aquilo.

- Como assim Lizzy¿ Não entendo. – Disse nervosa.

- Ele vai possuir o seu corpo, você vai senti-lo de forma dura e cruel dentro de você. Vai querer gritar e fugir daquilo. Mas precisa se acalmar e tentar não lutar, porque isso acaba sendo pior. Eles ficam mais irritados e a dor é ainda pior com a violência e a raiva que nos tomam. – Respirou fundo e continuou a me banhar, lavando os meus cabelos caramelos.

- Vai me machucar¿ - Arregalei os olhos e um frio subiu em minha espinha, fazendo-me estremecer com o medo que senti.

- O meu noivo não me parece bruto. Acha que pode me machucar¿ - Perguntei nervosa e ouvi a porta se abrir.

- Não encha a cabeça dela de coisas, Lizzy. – Era a voz aveludada da minha mãe, num timbre tão baixo que era difícil de se ouvir.

- Só estou contando as coisas da vida para ela, Milady! Ela precisa estar preparada para a noite de núpcias... Aquele homem selvagem pode machucá-la muito. – Retorquiu com a voz calma, mas ainda áspera.

- Deixe-me com minha filha, Elizabeth. – Minha mãe respirou fundo. – Preciso de uma conversa de mãe e filha com ela.

- Certo, Milady! – Afagou os meus cabelos e depois saiu.

- Mãe, o que a Lizzy disse é verdade¿ O meu noivo me machucará¿ - Senti um nó na garganta ao pergunta.

- Filha, as primeiras vezes de uma moça são dolorosas. E precisa ser forte nesse momento. Mas sei que seu noivo vai ser gentil com você e tudo sairá bem. Então não precisa se preocupar com isso agora, meu bem. – Levantei da tina e ela me enrolou na toalha. – É complicado explicar, mas o que posso dizer é que você se acostuma com o tempo. E a coisa vai se tornar prazerosa para os dois. Não precisa ficar com medo e tente relaxar quando a coisa acontecer. – Ela sorriu. – Quando você tiver o seu bebê nos braços, verá que valeu a pena.

- Já estou com medo, mãe. – Eu a abracei forte e ela ficou afagando as minhas costas. – Será que ele vai me tratar bem¿ É tão triste e calado. – Disse para ela. – Meu coração começou a bater muito rápido, não sabia se de medo, ansiedade ou vontade de conhecer essa coisa que minha mãe e Lizzy falavam com tanta reserva.

Depois do banho deitei em minha cama, na última noite em meu quarto, tentei dormir por horas sem conseguir. Quando o dia estava quase nascendo, finalmente peguei no sono e sonhei com o meu noivo pela primeira vez.

Corri desesperada pelos corredores do enorme castelo, não havia muita luz, figuras soturnas de cabeças de animais penduradas nas paredes. Tentava encontrar uma porta aberta para entrar e me esconder sem conseguir.Não sabia do que estava fugindo, mas algo terrível naquele lugar me colocava medo.

Cheguei até uma enorme porta negra e a abri, entrando correndo, resfolegando enquanto tentava controlar o corpo trêmulo, naquele camisolão que deixava as minhas penas amostras, meus seios, e meu corpo estava quase despido na vestimenta tão pequena e quase transparente.

Vi a porta se abrir e ele entrou, com roupas brancas, a pele escura, cabelos negros, olhos negros marcantes na face linda exótica e desconhecida.

Peguei um pequeno candelabro sobre uma mesinha e posicionei em minha frente para vê o homem melhor... meu corpo gelou: Lord Jacob...

- Lord Jacob... – Sussurrei temerosa, encolhi-me sobre a enorme cama como um gato assustado.

- Não tenha medo, criança. – Sua voz rouca e sexy parecia uma canção ao falar para mim, hipnotizando-me de forma tentadora e muito sensual. Seu peitoral à mostra naquela camisa com os botões aberto. Foi se aproximando lentamente, enquanto me olhava de forma abrasadora, despind- me com seus olhos.
- O que você quer¿ O que pretende comigo¿ - Disse nervosa, ainda enfeitiçada com o seus olhar e corpo magnífico.

- Quero consumar o nosso casamento, criança. – Engoli seco e me encolhi ainda mais quando sentou-se na cama, tocou meu rosto de forma suave, depois segurou meu rosto com as duas mãos, olhou no fundo dos meus olhos e aproximou os lábios dos meus. Quis gritar, correr, lutar e escapar de toda aquela tentação que me deixava zonza. Mas fiquei perdida quando senti seus lábios pousarem os meus. Fechei os olhos e me permitir sentir o toque da sua pele.

De repente estava deitada, como Lizzy disse, fiquei calada e fechei os olhos. Senti uma dor terrível e comecei a gritar que parasse.

- Pare! Por favor, pare!

Acordei ofegante, suando muito, não conseguia conter a minha respiração e quando tentava fechar os olhos para dormir, só via a imagem perfeita de Lord Jacob, meu esposo, vindo com roupas brancas, o peitoral definido à mostra, em seus olhos desejo e quando se aproximava de mim, causava-me calafrios por todo o corpo.

Não consegui dormir e fiquei me revirando na cama, lembrando daqueles olhos negros cheios de desejo fitando os meus até a hora que minha mãe e Lizzy entraram para me arrumar.

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