sábado, 11 de setembro de 2010

Galope para Felicidade 8









PVO Especial Jacob – Pequena travessa


Sentado aqui na beira desta cama, paro para analisar tudo o que me aconteceu e me sinto estranho, sem entender direito o que se passa comigo.

A minha vida até um mês era vazia, sem sentido e vivia corroído por uma dor tão grande que às vezes imaginava qual o sentido de eu viver. Cheguei muitas vezes a pensar em tirar a minha vida.

Eu era feliz. De fato muito feliz, mas de uma hora para outra minha vida desmoronou e fiquei totalmente perdido e sem chão. Sem um rumo a seguir nesses caminhos tortuosos do coração.

Há poucos mais de sete meses, após a nossa chegada a Reading, eu conheci a criatura que foi o meu refúgio, que acalmou meu coração, que me deu prazer físico e amor... Muito amor.

Caroline era o tipo de mulher meiga e delicada, mas por trás do sorriso angelical, possuía um fogo e uma volúpia que conheci nas primeiras semanas de encontros.

Tínhamos encontros furtivos na floresta, às vezes na aldeia e muitos na cocheira do meu castelo, onde foi por sinal, que tivemos a nossa primeira vez, no meio da palhoça que colocávamos em uma das baias.

Eu era louco por ela e daria minha vida, o amor, coração, toda a minha fortuna e até mesmo a minha alma se fosse preciso para vê-la feliz. Ela ao meu lado, com toda certeza, desfrutou de momentos intensos de prazer, desfrutou dos meus beijos e do meu corpo o quando quis.

Um belo dia, um dos piores da minha vida, porque tive tantos dias ruins que é até difícil classificar o pior. O fato real foi que, naquele dia fatídico, ela destruiu o meu coração sem piedade e roubou a minha alma.

Marcamos um encontro na floresta, próximo ao rio como de costume, ela estava lá cheia de pompa, com olhar frio, um jeito estranho que me deixou tenso de imediato. Quando tentei tocá-la, ela se afastou de mim.

Quis saber o que tinha, ela disse o real motivo daquele encontro, destruindo-me de forma cruel, nunca esperei que pudesse ver e ouvir dela tudo aquilo.

FLASH BACK ON

- Jacob, eu pretendo ir direto ao ponto. Não quero que me interprete mal. Mas o que temos acaba hoje e agora. Não nos veremos mais e peço que não envie mensageiros com recados.

- Por que Caroline¿ O que aconteceu¿ O que mudou entre nós para me tratar de forma tão fria¿

- Jacob, irei me casar com um duque. Já marcamos compromisso e ele está me cortejando. E se desconfiar que tenho algum tipo de relação com uma “espécie” como você, ele me rejeitrá e estarei arruinada. Pode entender isso¿ O que vivemos foi bom enquanto durou. Foi proveitoso para nós dois. Mas sabemos que não há futuro... Você sempre soube disso.

- Calma aí! O que está falando¿ Eu sempre soube do quê¿ Você se entregou para mim! Droga, Caroline!

- Jacob, você é um mestiço “selvagem” como dizem e não posso me relacionar com um tipo como você. Vamos convir que isso é no mínimo estranho. Meus pais morreriam e a sociedade me rechaçaria se soubesse da nossa ligação. Divertimos-nos e aproveitamos tudo o que podíamos, mas agora, meu querido, acabou. Não quero que entenda nada e nem procure fazer conjecturas sobre as minhas ações. Só aceite o fato e saia da minha vida. E se algum dia passar pela minha cabeça de me deitar com você novamente, pode ter certeza que e o procurarei. Por hora, o nosso caso está encerrado.

- O QUÊ¿ VOCÊ ME DIZ ESSAS COISAS E ME DÁ AS COSTAS¿ OLHA PARA MIM!

- SOLTE-ME, SEU SELVAGEM! VOCÊ NÃO É DIGNO DE SEQUER OLHAR PARA MIM! SOLTE-ME OU MANDO TE INFORCAR POR TER ME SEDUZIDO!

FLASH BACK OFF


Aquelas palavras foram duras e me atingiram no peito como adaga, ferindo a minha carne de forma mais implacável e cruel possível.

Caroline se foi e caí de joelhos à margem do rio, completamente arrasado, sem sentido, sem vida, sem alma... Sem esperanças.

Por meses eu sofri e vivi o meu inferno particular. Nada fazia sentido, o meu sol havia se escondido atrás das nuvens e as minhas noites eram sombrias sem uma lua para me iluminar.

Tinha e hoje posso dizer que ainda tenho pesadelos terríveis, mas com menos frequência. As suas últimas palavras ecoam a todo instante em meus ouvidos, deixando-me completamente humilhado e despedaçado.

“Jacob, você é um mestiço “selvagem” como dizem e não posso me relacionar com um tipo como você. Vamos convir que isso é no mínimo estranho. Meus pais morreriam e a sociedade me rechaçaria se soubesse da nossa ligação. Divertimos-nos e aproveitamos tudo o que podíamos, mas agora meu querido acabou. Não quero que entenda nada e nem procure fazer conjecturas sobre as minhas ações. Só aceite o fato e saia da minha vida. E se algum dia passar pela minha cabeça de me deitar com você novamente, pode ter certeza que e o procurarei. Por hora o nosso caso está encerrado.”

Posso ver os seus lábios trêmulos, os seus olhos com ira, suas mãos nervosas enquanto gesticulava cada palavra e acordo gritando durante a noite... Muitas e muitas noites de tormenta que tive.

Meu pai vendo todo aquele desespero, vendo o filho varão se acabando de amor e rejeição por uma riquinha mimada e sem coração, resolveu me casar e começou a procurar nas redondezas moças de beleza e nome para que pudesse dar o troco a Caroline e ao mesmo tempo tentar me ver feliz novamente.

Eu tinha esperanças de que eu voltasse a viver novamente e minha vida virou um verdadeiro inferno.

Tivemos muitas brigas, cheguei a pegar o meu cavalo e sumir por alguns dias. Mas depois resolvi voltar, vendo como estava sendo injusto com meu pai, eu sabendo que ele precisava de mim ao seu lado.

Depois de cinco meses, meu pai achou a noiva que considerava ideal e a ganhou em uma barganha que eu desaprovei desde o início.

O pior de tudo foi conhecer a pretendente e constatar que se tratava de uma criança que provavelmente estava na menarca e não sabia nada sobre a vida. Fiquei desesperado ao pensar em desposar uma menina tão pequena e frágil. Percebi que ela tinha a língua afiada, que não tinha medo de falar o que pensava e que era corajosa o suficiente para se negar a mim quando casada. Então, mesmo contrariado, aceitei o casamento para evitar ainda mais brigas com meu pai. Afinal, já estava cansado de tantas discussões que não me levavam a lugar algum. Eu sabia que ele só queria o meu bem no final das contas.

Depois de oficializado o compromisso, em um período próximo a um mês, nós casamos de forma rápida. Meu pai tinha tanta pressa, que resolveu abrir mão do dote e arcar com todas as despesas necessárias, já que o pai da noiva tinha nome e não dinheiro para ostentar tanto orgulho.

Oh, família antipática e cheia de preconceitos! Tive que me fazer de forte e educado para não ser deselegante e não desonrar a minha família. Mas no fundo, bem lá no fundo, a vontade que tinha era falar umas boas verdades para aquele povo com o nariz em pé.

A noiva, uma menina linda que mais parecia uma boneca, nas poucas vezes em que a vi, duas para ser mais exato, parecia travessa e com a língua afiada, deixando sua mãe quase à beira de um ataque e o pai morto de vergonha com as coisas que falava.

Seus olhos verdes me hipnotizavam e, às vezes, tinha que não encará-la para não me perder naquele olhar, que me observava com certa curiosidade. Talvez pela minha cor ou quem sabe pelo meu jeito sério. O fato era que me olhava de forma intrigante e me deixava completamente constrangido diante daquela situação.

Eu estava disposto a casar, mas de forma alguma me passava pela cabeça abusar de uma flor tão delicada, tão meiga que parecia tender a quebrar a qualquer toque. E se um dia, quem sabe, tivesse que desposá-la, seria em um futuro bem distante. Afinal, não era um pervertido para abusar e satisfazer as minhas necessidades com uma criança, que poderia ser minha irmã; por isso, consumar o casamento seria algo que esperaria muito tempo. Quem sabe anos, quando ela fosse uma mulher capaz de aguentar um homem como eu.

O casamento ocorreu e quando fomos embora, tive um instinto protetor que nunca me acometeu antes. Tomando aquela pequena criatura nos braços, enquanto dormia na viagem, assim pude observar melhor os traços finos e delicados de seu rosto de boneca.

Devo confessar que nunca vi criatura mais linda e nem Caroline, no auge do seu esplendor, se compararia aquele rosto perfeito e delicado. Pensei comigo como ela ficaria ainda mais bonita com o passar dos anos. E quem sabe eu conseguisse amá-la como merecia.

Em meus braços, senti o seu perfume, toquei os seus cabelos e os seus lábios delicados. Aconcheguei-a em meu colo e quando chegamos, quis levá-la pessoalmente para o quarto. Mas como disse que podia ir andando e eu ainda estava no meu estado de hipnose, achei mais apropriado não ir vê-la. Não queria cometer um desatino e abusar da pequena criança.

Dei-me conta naquele momento que o meu casamento era um erro. Mas não tinha como voltar atrás sem desonrá-la diante da sociedade. Sabia que seria humilhada se fosse devolvida pelo marido logo após o casamento. Estava perdido e tinha que encontrar uma forma de fazer as coisas suavesmente e não magoá-la.

Fui para o meu antigo quarto, troquei de roupa e me deitei, pensando em como Caroline reagiria quando soubesse que eu havia casado com uma condessa ainda mais linda do que ela. Imaginando a face raivosa e as coisas que quebraria quando recebesse a notícia em sua casa em Londres. Porque estava com os pais na maior cidade preparando o seu enxoval de casamento.

Tive um impulso de ir ver se ela dormia bem. Depois muitas horas, saí do meu quarto na escuridão da noite, apenas com uma vela e fui até o seu quarto. Entrei sorrateiramente, tentando fazer o mínimo de barulho possível, e a vi deitada sobre a cama, com uma linda camisola branca, os cabelos soltos, o rosto com expressão calma, o corpo frágil e cansado.

Como poderia eu, um bruto, “um selvagem”, como disse Caroline, tocar em uma criatura não frágil e angelical? Como? Será até um crime usar de seu corpo de forma leviana, sabendo que não a amava e não poderia dar o que precisava.... Não poderia... Não o faria de forma alguma.

Magoar os seus sentimentos era tudo o que eu não queria naquele momento. Não tocá-la era um mal necessário, para poupá-la de dor maior, de se sentir usada e suja como Caroline se sentiu. De ser infeliz por ter um bruto sujo tocando o seu corpo, causando-lhe asco ou pavor, quem poderia dizer.... Eu não faria isso. Não a submeteria a esse tipo de coisa e quando quisesse me aliviar, procuraria uma cortesã nas aldeias vizinhas, como fiz muitas vezes. Mas com ela seria diferente.

Na manhã seguinte, ela apareceu triste no desjejum e só falou para deixar claro ao meu pai o seu ponto de vista e a forma como viveria.

Confesso que gostei da altivez e das atitudes firmes que teve. Sabendo que um dia se tornaria uma mulher forte e muito guerreira com o seu modo de ser e pensar distinto das outras mulheres.

Eu estava chateado e muito inquieto com tudo o que havia acontecido. Por isso, resolvi pegar o meu cavaco e partir para fora dos muros do castelo para pensar um pouco, tentando não pensar nesse casamento absurdo que vivia.

Depois de um tempo andando pela margem do rio, ainda lembrando do dia fatídico em que perdi o meu amor e a minha alma, ouvi um cavalo se aproximar e me virei para ver quem era. Cheguei até a pensar que fosse Caroline, mas ao invés disso, deparei-me com a menina linda e meiga.

Fui até ela, ajudei-a a descer do cavalo e por pouco não me perdi naqueles olhos verdes que me fascinavam. Seu perfume suave, os gestos delicados, a forma como mexia a boca, o jeito encantando como me olhava. Tudo nela me deixava intrigado e com medo ao mesmo tempo.

Tinha medo de me apaixonar e não conseguir conter os sentimentos. Porque mesmo sendo tão jovem, tinha um rosto encantador e a sua forma de olhar fascinava qualquer um que se prendesse na profundeza de seus olhos.

Sentamos à beira o rio e conversamos um pouco. Tive que dizer como me sentia e como aquele casamento era errado. Vi uma dor tão profunda em seus olhos, que chegou a me apertar o coração quando eles se encheram de lágrimas e percebi o esforço que fazia para não chorar diante de mim.

Se pudesse voltar atrás naquelas palavras duras, eu o faria com certeza. Porque a última coisa que eu pretendia, era magoar aquela criatura frágil e delicada que estava diante mim. Pelo contrário, queria cuidar dela e proteger dos perigos dessa vida.

Ela era a minha responsabilidade como minha esposa e cabia a mim zelar por ela. A primeira coisa que pensei e me afligiu, foi a possibilidade de um malfeitor a pegar a força enquanto cavalgava sozinha fora dos muros do castelo. E mesmo lá, sob minha vigilância, sabia que ainda seria perigoso. Porque qualquer um, mesmo Seth, meu melhor amigo, podia se fascinar com o seu olhar e cometer um desatino.

Soube naquele momento, que teria que cuidar da sua integridade física e não permitira que nenhum mal ocorresse. E a partir daquele dia, começamos a ficar amigos... Muito amigos.

Não sei como aconteceu e nem em que momento se deu, mas Ness passou a ser uma espécie de Sol para mim. E pela primeira vez, em muitos meses, voltei a sorrir feliz, rindo das coisas engraçadas que dizia e fazia.

Ela me encantava, as suas travessuras de moleca eram extremamente fascinantes para mim. Eu nunca em minha vida, pensei em uma condessa subindo em árvores para pegar o seu próprio fruto e comer. O fato foi que acabei me divertindo tanto com cada coisa, que sorria sem ao menos perceber e a felicidade voltou ao meu coração.

Nós nadávamos no rio diariamente...nunca vi uma pessoinha para gostar tanto de banho. Eu tinha que me segurar para não espiar quando tirava o vestido para ficar apenas de roupas íntimas. Confesso que tive pensamentos impróprios pensando em como seria aquele corpo miúdo. Mas depois me lembrava que ela era como uma irmã mais nova para mim e o meu dever era protegê-la até que estivesse pronta.

Não podia permitir que Seth ou outro a acompanhasse em seus passeios. Pois certamente perderiam a cabeça com a menina se banhando no rio. E se era para ela se tornar uma mulher, seria comigo e da forma correta. Não permitiria de forma alguma que algum bruto a machucasse. Então fazia o enorme esforço de me banhar com ela todos os dias e me divertia com as suas brincadeiras.

Andar a cavalo era o seu passatempo preferido. Ainda mais quando eu a deixava ganhar de mim nas corridas. Mesmo sabendo que Pérola Negra era mais rápido e ágil que Princesa, ela ficava feliz por ganhar e sempre me dava aquele sorriso enorme em agradecimento.

O meu cachorro... Digo o “nosso cachorro”, porque depois que ela chegou ao castelo, Duque simplesmente me abandonou e caiu de amores pela nova dona, assim como os cavalos, os animais e os serviçais que trabalhavam para nós.

Quando ele a via, lançava-se sobre ela, sempre a lambia com vontade, fazia festa, pulava e corria como um louco para pegá-la, derrubando tudo pelo caminho por onde os dois passavam.

Já era normal para as pessoas a verem correndo do cachorro ou com o cachorro pelos pátios do castelo, o que deixava o meu pai possesso com ela. Pois esperava uma dama refinada, que cuidasse da casa e pudesse ensinar bons modos para Rachael. Mas ela só queria saber de correr de um lado para o outro aprontando das suas e eu adorava tudo. Era feliz com o seu jeito de ser e a forma como me fazia feliz... Era o meu Sol...

Uma bela manhã, acho que um mês depois do nosso casamento, Ness não desceu para o desjejum e se trancou no quarto. Aquilo me deixou realmente preocupado e nervoso, pois nunca havia recusado os pães e bolos de Mary... a pobrezinha acordava sempre com uma fome e não tinha a menor vergonha de repetir várias vezes o desjejum. Por isso, fiquei muito preocupado e fui até a porta do seu quarto. Bati várias vezes chamando o seu nome. Mas ela não me atendeu, então resolvi ir cuidar da vida e saí.

Depois de verificar a colheita com os serviçais, limpar os estábulos, supervisionar a limpeza do galinheiro e do chiqueiro, resolvi que aproveitaria a sua ausência para domar o demônio do Nefasto. Então fui até a sua baia na cocheira, coloquei a sela enquanto relinchava, puxei as rédeas e o conduzi para fora.

Todos ficaram surpresos e logo a notícia se espalhou, várias serviçais foram para cerca me ver tentando domar o animal arredio.

De início ele pulava, tentava se soltar e me derrubou muitas vezes. E conseguir montá-lo foi uma grande batalha.

Enquanto me concentrava no cavalo, ouvia os gritos das pessoas caçoando e rindo da situação. Até que finalmente o montei e o bicho começou a pular, dando-me solavancos enormes, mas eu segurei firme as rédeas e tentei acalmá-lo sem sucesso, até que em uma golpe muito rápido, eu me desequilibrei e o meu corpo foi arremessado para longe. Naquele momento, ouvi um grito familiar, porém com o tom era desesperado. Senti meu corpo bater no chão com força, arranhando minha pele e causando dor aos meus ossos. De repente, ela ajoelhou-se ao meu lado, pôs minha cabeça eu seu colo e me olhou desesperada.

Tentei acalmá-la e depois de um tempo consegui. Seu olhar tinha medo, mas ao mesmo tempo havia algo novo e estranho. Seu corpo estava arrepiado, sua boca trêmula e sua mão hesitava em tocar o meu corpo quase nu. Breves segundos se passaram, percebi que aquele olhar inquieto era de desejo. Talvez por ver-me sem camisa, mas também por estar apaixonada por mim. Era um misto de desejo, culpa e aflição que mexeu comigo por algumas horas.

Depois daquele acontecimento, fui com os meus amigos e ajudantes para me ajudar com o moinho que estávamos construindo. E fiquei entretido por um bom tempo. Até que uma criança veio correndo avisar que ela estava perto de Nefasto.

- Lord Jacob, sua esposa está com o demônio... Ela vai montá-lo. – Meu corpo estremeceu com aquelas palavras, larguei tudo o que estava fazendo e corri para o cercado tentando impedir que o pior acontecesse. E todos que estavam ali, vieram atrás de mim.

Ela estava segurando as rédeas e estranhamente o animal não reclamava, não relinchava, não pulava... Apenas olhava em seus olhos... A diaba enfeitiçou o cavalo com aqueles olhos hipnóticos e o montou sem a menor dificuldade.

Aquela foi a visão mais linda e mais perfeita. E apesar do medo que sentia, não conseguia não me encantar com ela subindo de forma magistral e conduzindo Nefasto pelo campo.

- NESSS!! OH MEU DEUS! NESS! - Gritei

Meu coração disparou quando ele começou a correr muito rápido e pulou o cercado alto sem a menor dificuldade.

Naquele momento, parei de respirar, meu corpo endureceu enquanto tudo passava lentamente e via o cavalo aterrissar do outro lado da cerca com ela intacta sobre ele.

- HEEEEE

- USAUUU

- HAHHH

- ELA É DANADA!!

- MINHA NOSSA!

Todos gritavam em êxtase com a cena que acabavam de presenciar... Minha pequena travessa havia não só domado o demônio em forma de cavalo, mas também pulado a cerca com ele sem cair, como uma beleza incrível em seus movimentos.

- SETHHH! O MEU CAVALO!! TODOS OS HOMENS PEGUEM OS CAVALOS E VAMOS ATRÁS DELES! – Gritei nervoso e Pérola Negra já estava ao meu lado.

Nós corremos o mais rápido que podíamos para alcançá-los, mas o bichano era muito veloz e estávamos muito longe. Até que vi de relance, o corpo dela voando longe contra o chão e quase tive um ataque de tanto nervosismo.

- IAAAA! IAAAA! VAMOS PÉROLA NEGRA! VAMOS!! IAAAA- Eu corri o mais rápido que pude e quando cheguei a ela, seu corpo frágil se contorcia de dor no chão. Pulei de Pérola Negra e corri ao seu encontro sem pensar em mais nada que não fosse ela.

- AAAIIIII!! - Ela gritava de dor se contorcendo no chão– AHH!! Aiiii – Corri até ela e me ajoelhei ao seu lado.

- PAUL, VÁ BUSCAR A CARRUAGEM! PRECISO DA CARRUAGEM PARA LEVÁ-LA DE VOLTA AO CASTELO. Gritei para ele. – OS OUTROS VÃO ATRÁS DAQUELE DEMÔNIO E O LEVEM DE VOLTA AO CASTELO!

- Minha pequena... O que você fez¿ Como você conseguiu montar esse demônio¿ - Passei a mão pelos seus cabelos, tirando-os de seu rosto, peguei-a no colo com delicadeza e vi que sua mão sangrava muito. Comecei a ficar agoniado com tudo aquilo.

- Desculpa.... Eu não resisti... Eu... – Gaguejou nervosa, com as lágrimas rolando pelo rosto vermelho e uma expressão de dor insuportável que me incomodava profundamente

- Você é uma menina travessa, eu não sei como ele a deixou montar. Muito menos correr naquela velocidade. – Ri, arquei a sobrancelha e olhei para o lado. – A carruagem já está chegando e eu a levarei para casa. Vou cuidar de você, meu anjo. – Beijei a sua testa com carinho e a aconcheguei em meu peito enquanto gemia de dor.

- Obrigada. – Ela me abraçou forte e tremia em meu peito desnudo. Sentia que estava constrangida, mas que ao mesmo tempo o contato com a minha pele a confortava.

Senti um instinto protetor tomar conta de mim e seria capaz de tudo para vê-la bem novamente. Mas também seria duro e nunca mais permitiria que chegasse perto daquele demônio novamente. Nunca mais deixaria que ele fizesse mal a minha pequena travessa.





N: Glau Meninas o capitulo de amanhã está cheio de emoções. Teremos a Ness colocando a Caroline em seu lugar, o Jacob cuidando dela, ele a vendo nua e o primeiro beijo do casal.Espero muitos comentários maravilhosos de vcs para postar o próximo cap.O Cap de sábado é outro PVO do Jacob com a visão de tudo sobre o cap de amanhã.Bjus no coreN/Valeria: Agora eu to começando a ver que a paixão também está brotando no coração do Jacob. Meninas, se acalmem, porque vai rolar muita emoção ainda. Beijo a todasn/h: Ó gente eu fiz isso. É verdade exigi esse POV do Lord Jacob....a linda da Glaucia fez!!!brigado amiga ,vc é mil...Essa Caroline é podre, usou o garoto e jogou fora? Quem quer?Coisa mais linda ele pensando na delicadeza dela... fosse uma mulher capaz de agüentar um homem como eu.hum ele ta se sentindo tentado, ele ta AMANDOoooooOOOO.TA SIM.TA!kokopkok... A diaba enfeitiçou o cavalo com aqueles olhos hipnóticos?E ele tbm....amei e vcs gostaram? ....recomendem e comentem......vem momentos hot por ai...eu acho!.....beijosss


1 comentários:

Thayná Stephany disse...

Olha vc deveria postar suas fic's no Nyah, com certeza muitas pessoas iriam ler! Você escre muito bem! Muito bem mesmo. Mas teria mais reconhecimento se posta-se no Nyah ou no AnimeSpirit ou algo parecido.

Não sabia que havia acontecido isso com o Jake, que a mulher pela qual ele era apaixonado o humilhou daquela forma, coitado!
Tanbém vi que ele se encantou pela nessie, eu ja imaginava mas ve-lo "pensar" isso foi melhor!

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