segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A HERDEIRA - JAKEXNESS 15 Realização

Capítulo 15 –Realização – PVO Ness




Eu estava vivendo o sonho mais perfeito do mundo. Tinha a plena realização ao lado do homem que amava e naquele momento, ali totalmente entregue, seria dele por completo e nada poderia estragar aquele instante.



Meus pais haviam saído e estávamos sozinhos na piscina. Jacob me olhava com fogo nos olhos e tudo nele dizia que me queria. Senti medo, é claro! Mas quem não sentiria¿ Estava ali totalmente frágil e envergonhada diante do homem que amava. Sentia cada célula do meu corpo gritando em desespero, ao mesmo tempo em que um desejo me enlouquecia só de olhar aquele corpo perfeito, seus braços musculosos, o abdomem que parecia um tanquinho, as pernas musculosas. Isso sem falar no rosto mais perfeito do mundo. Dos lábios carnudos, a covinha marcante no queixo, as rígidas maçãs do rosto, um lindo nariz, olhos negros penetrantes e as sobrancelhas arqueadas demonstrando sua intenção.



Eu mordia os lábios e olhava cada detalhe, com aquele homem monumental diante de mim, puxando me pela cintura e me olhando como se desejasse me devorar. Confesso! Sim confesso o meu crime! Quis ser completamente devorada por ele. Quis que mordesse cada pedaço do meu corpo e me levasse a loucura, já sentindo um calor subindo pelas pernas e me deixando completamente mole.



Suas mãos apertaram a minha cintura e me puxaram para ele, colando nossos corpos. Senti uma corrente elétrica quando seu peitoral tocou o meu. Fechei os olhos e senti seus lábios domando os meus com voracidade.



Ele movia os lábios tão rápido, que deixou me sem fôlego e mal podia acompanhar os movimentos sinuosos de sua boca carnuda. Pediu passagem para a sua língua e senti novamente meu corpo estremecer com aquela sensação de eletricidade. Um frio se formou em minha barriga e de repente senti uma estranha sensação de revolução remoendo tudo por dentro. Meu corpo estava mole, totalmente entregue aos seus toques. Minha boca tentava acompanhar aquele beijo... Aquilo não era um beijo! Definitivamente não! Aquele homem tinha que ser preso e condenado a prisão perpétua por ser tão gostoso e me torturar daquela forma.



Sua língua se movia circularmente em minha boca, explorando cada canto. Sentia suas mãos tocarem as minhas nádegas, pressionando a minha intimidade no volume de sua calça... Ai! Que volume era aquele¿ OMG! Fiquei nervosa com aquilo tudo roçando em mim e perdi completamente a noção da realidade.



Ele me encurralou contra parede, soltou a alça da parte de cima do meu biquíni e me deixou de seios amostra. Tudo aconteceu tão rápido, que não sabia se interrompia o beijo, colocava as mãos sobre os seios para cobri-los ou se deixava ele simplesmente os tocar.



Ele abandonou meus lábios e comecei a respirar ofegante, com o corpo completamente preso na borda da piscina e se não estivesse me pressionando, com certeza teria afundado e morrido afogada. Mas o que senti, foi os seus lábios sugando os meus seios delicadamente, enquanto sua mão apertava o outro. Depois começou a brincar com o pequeno bico, causando sensações ainda mais estranhas pelo meu corpo... Ai! Ai!Ai! Estou perdida! Agora a virgindade vai embora! Pensei, completamente entorpecida com as sucções em meus seios, as mãos acariciando o meu corpo. Quando de repente... OH God! O que era aquilo¿ OHH! GOHHS!!! Minha nossa senhora! O que ele está fazendo com os dedos¿ Isso é muito... muito... muito gostoso! OHHH Gosshhh!



Senti seus dedos chegarem em minha sexualidade, movendo de formas circulares e muito rápidas. Uma umidade se formou, sentia um prazer tão grande, estava completamente mole com os movimentos dos seus dedinhos mágicos, seus lábios sugando os meus seios e...





- Ness! Ness, meu neném! O que fiz com você¿ - Escutei o sussurro de sua voz em meu ouvido. Tudo estava escuro, estava com o corpo entorpecido, sentia uma sensação de formigamento, ouvia os sussurros e forçava meus olhos a se abrirem. Pisquei uma vez, duas vezes, três vezes e o vi agachado sobre o meu corpo, que se encontrava deitado em algo gelado.



- Jake... Jake... O quê... O quê¿ - Consegui falar e o vi franzindo o cenho com expressão preocupada.



- OH neném, acho que ficou emocionada demais e desmaiou na melhor parte. – Deu uma gargalhada. – Será que eu sou tão irresistível assim¿ Fiquei até com medo de te tocar! - Estava se divertindo com a situação. Senti minhas bochechas queimarem de vergonha, coloquei as mãos sobre o rosto e quis afundar a minha cabeça dentro de um buraco.



Idiota! Idiota! Idiota! Vê se isso é hora para desmaiar! Como você faz isso, Ness¿ AHHHHH!!



- Desculpa! – Disse envergonhada, enquanto via o sorriso lindo estampado em seus lábios. – Eu fiquei sem fôlego depois do beijo e senti coisas estranhas. – Disse virando o rosto para a piscina e me lembrei que estava sem a parte de cima do biquíni, coloquei rapidamente as mãos sobre meus seios e ele gargalhou novamente, fazendo uma expressão de sem vergonha.



- Eu já vi, já toquei e já beijei. Ainda acha necessário escondê-los de mim¿ Eles são meus de qualquer jeito. – Continuou rindo, puxou o meu corpo enquanto cobri os seios com os braços. Fiquei morrendo de vergonha e abaixei a cabeça.



- Jake... eu... não... eu... nunca... eu... – Gaguejei, enquanto ele se divertia. Colocou me sentada em seu colo, pegou a peça do biquíni e me ajudou a colocar, olhando no fundo dos meus olhos. Sinceramente não sei explicar o que vi. Ele parecia com medo, confuso, parecia sentir dor e se torturar. E dois segundo depois, voltou a colocar o sorriso nos lábios, mudando completamente as expressões de seu rosto.



- Eu sei, neném! – Virou me de costas e amarrou o biquíni. Depois me virou para si, passou a mão em minha barriga e foi subindo pela lateral do meu corpo, até chegar em meu pescoço. Segurou o meu rosto com as duas mãos e ficou me olhando com aquela mesma expressão estranha. – Tenho que te respeitar. – Balançou a cabeça em sinal de negativo. – Sei que é virgem e tenho que te respeitar. Mas é difícil para mim... Não sabe o quanto. – Disse depois de hesitar. Seus olhos brilhavam tanto e havia tanta coisa naquele olhar, que era difícil de entender. Ele parecia sofrer, mas me olhava com um encantamento tão grande que dava medo. – Não estou acostumado a namorar meninas moças como você. – Beijou o meu ombro gentilmente e começou a descer as mãos pelas minhas costas. – Tenho que aprender a me controlar.



- Você me deseja¿ - Perguntei de súbito e ele assentiu com a cabeça. – Muito¿ - Assentiu novamente. – Então sou sua... completamente sua. – Falei com a voz segura, apesar do medo que sentia por causa daquela situação totalmente nova. O desejo dos seus beijos e toques dos seus dedinhos mágicos já me acendiam novamente. Era algo totalmente novo e nem se comparava com a coceirinha que sentia quando via uma cena de sexo em filmes.



- Não, neném! Tenho que respeitar você. – Levantou o meu rosto, segurando o meu queixo. – Eu te quero... o meu amigo aqui... – Apontou para o volume no calção de banho. – Está pulsando por você... não sabe o quanto. Mas você é menina moça e não posso te desrespeitar. – Abaixou a cabeça e fez uma cara de cachorro sem dono. – Se soubesse há quanto tempo eu não... – Não completou a frase.



- Você não tem uma namorada... É isso¿ Não tinha alguém para... – Hesitei envergonhada em falar naquilo e ele rir de mim.



- Sou um homem carente, neném... praticamente um menor abandonado. – Fez um biquinho e eu passei as mãos em seus cabelos, e o coloquei deitado em meu colo. Senti tanta necessidade de o proteger e cuidar, tanto amor e instinto de proteção. Mas como não era boba nem nada, agradecia por ele não ter ninguém... por sua carência.



- Então deixa eu cuidar do meu menor abandonado¿ - Perguntei e ele assentiu com a cabeça.



- Você já foi tocada assim? Namorados... Entende? Sei lá... – Respirou fundo e levantou a cabeça para me olhar. – Acho que estou com ciúmes do seu passado.



- Jake, quando disse que era sozinha, que não tinha ninguém e que sempre esperei por você, não menti! Nunca fui tocada, pois não permitia que ninguém o fizesse. Mas você é diferente... – Fiquei envergonhada e senti o rubor me atingir novamente. – Você é o homem que quero para marido, amante e pai dos meus filhos... muito mais amante é claro... – Ri de nervoso por falar tamanha asneira. – Se você me quiser agora... – Senti o colocar o dedo em meus lábios.



- Não fala besteira, neném. – Aproximou o rosto, colou as nossas testas e ficou olhando no fundo dos meus olhos. – Só farei isso com você se casarmos. Ainda não tenho certeza do que quero da vida e não posso de forma alguma estragar a sua. Você é nova e muitos homens dariam tudo por você. – Desviou o olhar – O seu amigo, por exemplo. – Disse com a voz amargurada.



- Seth¿ Ele é só meu amigo... só isso!!! - Falei, incrédula pelo que acabara de ouvir



- Tem certeza¿ - Voltou a olhar em meus olhos, fitando me de forma tão profunda, que poderia jurar que estava tentando ver a minha alma. Meu corpo estremeceu e beijei seus lábios.



- Sim! _ Afirmei. Pelo menos, era o que eu esperava.



- Ele te olha de um jeito... – Balançou a cabeça e afastou-se de mim, sentou de pernas abertas, colocando os cotovelos nos joelhos. – Eu não gostei. – Balançou a cabeça e desci do local que estava, vendo que era a cadeira de praia na borda da piscina. Fiquei diante dele e ajoelhei, olhei em seus olhos e fique vendo a face do ciúme. Ele estava vermelho, tinha uma expressão facial horrível e suas mãos tremiam de raiva, ou talvez nervoso, não soube decifrar.



- Ele é meu amigo. – Disse de forma firme, encarando o seu olhar enigmático. – Meu melhor amigo e não deixarei a sua amizade por nada... nem por você. E quando me casar, vai trabalhar em minha casa junto com sua mãe. Disso eu não abro mão, seja quem for o marido. Então deixa esse ciúme bobo de lado e tenta ser amigo do Seth... Eu o amo como irmão. Será que pode entender isso¿ - Perguntei e ele assentiu com a cabeça, mas ainda aparentando o ar de desgosto.



- Mas ele não... Ele te ama! – Rebateu no mesmo momento.



- Isso é ridículo! – Segurei seu braço e ele desviou o olhar. Talvez por vergonha, raiva ou indignação.



- Eu sou homem e sei quando um homem deseja uma mulher. E ele te deseja! Ainda assim quer que vá trabalhar na “nossa casa”¿ - Disse seguro e com raiva. E eu comecei a rir daquilo.



- Nossa casa¿ Você não quer casar... Nem sabe o que sente por mim! Nossa casa¿ - Comecei a rir e ele me olhou de forma estranha.



- Estamos começando uma relação e não sabemos aonde ela vai nos levar. Mas se me casar com você, será a “nossa casa” sim. Eu não tenho direito de opinar¿ - Perguntou indignado.



- Nesse assunto não. – Respondi com a voz firme.



- Por que faz questão dele perto¿ - Ele me olhou e ficou me analisando. Sorri e comecei a contar tudo o que vivi com Seth. Mas ele não parecia nada convencido e ficou ainda mais cismado.



[...]



- Vocês têm uma história. E eu tenho o quê¿ - Perguntou desgostoso.



- Tem a mim! – Pulei em seus braços e ele me apertou forte contra o seu corpo, cheirou meus cabelos e começou a beijar o meu pescoço.



- Você é desejosa demais para eu não me sentir assim... – Mordeu o meu lóbulo enquanto sussurrou em meu ouvido. – Demais! OH neném... estou completamente louco... não posso perder o controle com você... Oh neném... – Senti seus lábios percorrerem a maçã do meu rosto até chegar em meus lábios. Ele começou a me beijar de forma lenta, com movimentos graciosos, enquanto deslizou as mãos em minhas costas.



- Resnesmee! – Minha mãe chamou e interrompemos nosso beijo.



- Mãe¿ - Olhei para ela envergonhada e senti o rubor em minha face. Sabia que estava vermelha e fiquei ainda mais envergonhada. Abaixei a cabeça e fiquei ouvindo o que dizia.



- Não acha que já é tarde¿ Você precisa descansar e o seu namorado amanhã, tem reuniões de trabalho. Agora ele é um executivo importante e não pode ficar se agarrando até altas horas. – Olhei para ela e a vi fitando Jake com uma expressão horrível. – Não é, Jacob¿ - Perguntou de forma irônica e o vi assentir com a cabeça.



- Sua mãe está certa, neném! Vá para seu quarto e tente dormir. Eu vou nadar um pouco e depois subirei também. Não se preocupe que sua filha está em boas mãos, Bella. – Ele disse para ela e a vi balançar a cabeça em sinal de negativo.



- Eu espero realmente, Jacob... espero realmente estar equivocada. – Olhou para mim e me deu uma ordem clara. – Agora para cama, Ness! Para sua cama... – Disse arqueando a sobrancelha, enquanto o encarava.



- Amanhã nos vemos, amor. – Dei um selinho nos lábios dele, levantei me e caminhei em direção a porta, enquanto olhava para minha mãe encarando Jacob. Sabia que ela não havia gostado dele e que estava com o pé bem atrás com ele. Tive medo de estragar tudo e dei uma fuzilada em sua face antes de entrar, deixando claro que me perderia se colocasse o meu namoro a perder. Fui para o quarto batendo os pés de raiva.



--- xx –-



Na semana que seguiu, apesar de ainda ter ficado dois dias em Seattle, não tivemos muito tempo para ficamos juntos. Porque ele teve que ir à empresa e começar a conhecer o seu funcionamento.



Praticamente só nos falávamos pelo telefone e sentia uma grande saudade. Às vezes pedia para ir almoçar com ele, mas sempre dizia que tinha almoço com acionistas e diretores. Assim ficamos pouco tempo juntos.



Na quarta feira Jacob voltou para Londres e a despedida no aeroporto foi muito difícil, apesar de saber que na semana seguinte estaria de mudança com as irmãs.



Apesar da saudade que sentia, tinha outras preocupações e precisava me organizar para o acontecimento da semana: O Baile de formatura.



Ele seria a passagem para uma nova vida e todas as minhas amigas já tinham vestido e acompanhante. Mas eu¿ Fiquei completamente tensa em pensar que iria para o baile e não queria passar vergonha.



O vestido não seria problema, com tias completamente criativas e peruas quanto as minhas. Entretanto, o meu pesadelo maior era o acompanhante, que seria um grande problema. E como Jacob já havia dado provas do ciúme, se soubesse que fui com qualquer garoto da escola teria um ataque. E eu já até imaginava aquilo.



Naquela circunstância só me restava o meu melhor amigo, companheiro, confidente e irmão... Seth!



Peguei o telefone e liguei para ele, sabendo que negaria e ficaria morrendo de vergonha. Mas também que cederia ao meu pedido se o fizesse com carinho.



- Seth!



- Oi, docinho! – Disse com a voz triste.



- Que voz é essa¿ - Perguntei preocupada.



- Problemas na oficina. – Disse.



- Posso te pedir uma coisa¿ Com muito carinho¿ Promete que pensa¿ Você sabe que não pode me negar nada. Não sabe¿ - Ouvi um muxoxo e já imaginava a cara dele. Comecei a rir.



- Tá rindo de quê¿ - Perguntou com a voz desanimada.



- Da sua cara. – Continuei rindo.



- Você não está me vendo. – Resmungou.



- Mas imagino os olhos virando e o bico... você sempre faz bico...



- Esta bem, docinho! Vai ao ponto! To trabalhando. – Disse nervoso.



- Desculpa! – Respondi desanimada.



- Fala, Ness!



- Não! Você foi grosso! – Fiz birra.



- Vai fazer birrinha¿ Bater o pé¿ Fazer bico e cruzar os braços¿ Fala sério, docinho.



- É o baile. – Introduzi a conversa.



- E o que tem o baile¿ - Ouvi outro muxoxo e conclui que ele já havia deduzido o motivo da minha ligação.



- Você sabe... – Sussurrei.



- Eu não sou adivinho, mas posso deduzir que não convidou nenhum garoto da escola. E o Mister Universo já voltou para Londres. Se não fosse assim, certamente não me ligaria agora e estaria pendurada no pescoço dele. Então concluo que precisa de um step. – Falou de forma grotesca.



- Seth, não precisa falar assim. As coisas não são como fala e poderia ser mais gentil. Cadê o meu melhor amigo¿



- Seu melhor amigo trabalha, estuda, cuida da mãe e ainda atura a melhor amiga mala.



- AIIIII!



- Não faz doce!



- Você está antipático demais!



- E você está melosa demais.



- Tudo bem! Pensei que podia contar com você... – Falei triste e fiquei quieta, sentindo me magoada com as suas palavras.



- Tá fazendo bico, os olhos cheios de lágrimas, apertado as mãos e batendo o pé no chão¿



- Você me conhece bem. O que acha¿



- Que horas e aonde é o baile¿ - Disse rendido



- No sábado a noite e será no Hotel Plaza. Você precisará de roupas e como não comprei a minha ainda, que tal irmos ao shopping amanhã comprar¿ Tia Alice e Rosalie ficarão em êxtase por nos arrumar.- Comecei a rir imaginando as duas maluquetas alvoroçadas com as compras.



- HUM!



- HUM¿ O que¿



- Estou sem grana¿



- Seth eu pago. Afinal eu to te pedindo um favor. Então não vai encrencar com isso. Vai¿



- Sabe que não gosto de depender de você para nada, docinho. – Imaginei sua expressão constrangida, mas sabia que o que ganhava já era pouco para manter a casa e estudar. Não gastaria o seu salário com uma roupa só para me acompanhar.



- Então vem para a minha casa cedo e iremos as compras. OK¿ Meu amigucho ficará um príncipe. – Disse saltitando pela casa.



- Isso é muito gay. – Gargalhou.



- Você gosta de estragar o meu prazer.



- Não! Só constatando a sua total falta de noção.



- Vai rindo! Kkkkk



- O príncipe encantado já sabe que vai comigo¿ - Perguntou e ficou sério.



- Não... mas saberá.



- Ele não vai gostar.



- Não mesmo... tem ciúmes de você.



- AH! O gostosão tem ciúmes de mim¿ RARARARA



- Para de rir! – Ordenei.



- Bom saber!



- Bom por quê¿



- Por nada! Agora preciso trabalhar, docinho. Amanhã chegarei em sua casa por volta das seis. OK¿



- Ficarei te esperando.



- Beijo!



- Eu te amo, Seth!



- Eu também te amo, docinho!



- Não mais do que eu.



- Você não imagina o quanto. Agora preciso mesmo trabalhar. Fica bem!





Na quinta feira, conforme combinado, Seth foi até a minha casa, Alice já estava lá com Rosalie.



Fomos para uma boutique super chique no centro da cidade, onde ela e a outra doida nos arrumaram para o baile, deixando-nos impecáveis e candidatos perfeitos a rei e rainha.



Depois das compras, as duas foram bater pernas no shopping, diga-se “gastar o dinheiro da família”, e fui com Seth para o cinema ver uma comédia romântica.



Fizemos lanche, vimos o filme, caminhamos no shopping e brincamos no Play Center. E quando partimos para minha casa, já passavam das onze horas e minha mãe ficou uma fera comigo.



Jacob já havia ligado algumas vezes e fiquei temerosa que sentisse ciúmes do meu tour com Seth. Então resolvi não retornar e fui ver os meus emails e caixa de mensagens do celular.



18:09

Aonde vc foi¿ Não consigo falar com vc



19:45

Assim que chegar me liga. OK¿



20:34

Estou preocupado. Por que não me retorna¿



22:45

Vou dormi! Amanhã tento falar com vc... quero saber onde estava. Bjus





Depois de ler as mensagens no celular, liguei o computador e abri a minha caixa de email.



Neném,



Estou super cansado com essa correria toda, mas apesar disso já adiantei muitas coisas.

Já me demiti do meu emprego e começamos a arrumar a nossa mudança.

Arrumei uma imobiliária para tratar da venda do apartamento e estou receoso de não conseguir.

Rebecca aceitou muito bem a coisa da mudança, mas Rachael ficou furiosa e de inicio se recusou a ir.

Ela começou o curso na faculdade e se apegou aos amigos. Por isso não queria se transferir.

Depois de uma boa conversa, conseguir mostrar que era melhor permanecemos os três juntos. Afinal era isso que os nossos pais queriam e não posso abandonar as minhas irmãs.



Sinto a sua falta! Já liguei várias vezes e sua mãe disse que saiu com Seth¿ Eu entendi certo¿ Ela disse que ele será o seu par no baile formatura.

Não quero parecer chato e ciumento. Mas tinha que escolher logo ele¿ Que saco! Sabe que me incomoda essa aproximação de vocês.

Tudo bem! Tudo bem! Vou parar de reclamar e tentar me aproximar dele. Não é isso que quer¿

Vê se não dança muito agarradinha com ele. OK¿ Estou com os nervos em frangalhos com isso... Droga! Já to tentando me acostumar com isso.



Amanhã eu te ligo para conversar. Estou morto de saudade da sua voz... também do resto, incluindo beijo, cheiro e toques... Ah! Da bochecha vermelha de vergonha. Kkkkk Você fica linda vermelhinha de vergonha... muito gata!



Agora preciso dormi, meu neném!



Eu te adoro muito.



Bjus do seu Jake.





- Existe homem mais perfeito¿ AHHH! – Cai na cama de braços abertos, suspirando apaixonada e a porta se abriu.



- Perfeito ou cínico¿ - Minha mãe perguntou arqueando a sobrancelha.



- Mãe, para de implicar com Jacob! Para! Que droga! – Disse com raiva.



- Algo nele não me cheira bem... meus instintos maternos me dizem que ele é perigoso.



- Perigoso¿ Você acha que só porque é mãe, mais velha e viveu mais, sabe de tudo¿ - Estava com raiva e acabei alterando a voz.



- Baixa a voz, garota! Sou sua mãe e não sua amiguinha de escola! Estou conversando numa boa com você. Digo e repito! Esse Jacob Black me cheira a pilantragem e você verá isso com o tempo. Vai me dar razão! Você e seu pai são inocentes demais... acho que seu avô está de miolo mole para colocar a empresa na mão de um estranho. Mas o tempo me dará razão. Agora vai dormir! – Saiu batendo a porta e me deixou completamente paralisada com o seu ataque.



- Ela está com problema! Só pode.... mas ele é tão maravilhoso. – Rolei na cama e abracei o travesseiro.



---xx ---



A sábado passou rapidamente e quando percebi, já estava em casa com as minhas tias malucas me emperiquitando para o baile de formatura, enquanto minha mãe, no outro quarto, arrumava Seth para me acompanhar.



Quando me olhei no espelho, estava com um lindo vestido lilás longo, luvas brancas, cabelos cacheados, feitos a muito custo e ajuda do baby lise, uma leve maquiagem, usava brincos e colar com pedras rosa clarinho e um salto agulha imenso, que me dava medo de cair estatelada no chão.



Fiquei encantada ao olhar a minha face no espelho e sorri com o resultado do lindo trabalho feito pelas minhas maluquetinhas.



Saímos do quarto e quando chegamos a sala, Seth usava o smooking preto que compramos. Estava lindo, maravilhoso, gatíssimo... perfeito... Ah se não fosse Jacob¿ Ness, sua doida! Ele é seu amigo! Só isso!



- Hey! Vai ficar aí me olhando com essa boca aberta¿ Nunca viu homem bonito¿ - Disse rindo tirando-me do transe.



- Seth, você está gato demais! Ai daquelas peruas se derem em cima de você! Eu arranco os olhos! – Disse dando um tapinha em seu ombro e todos riram.



- Você e Seth são perfeitos juntos. – Alice disse batendo palminhas enquanto nos olhava com olhos brilhantes.



- Se não fosse o Jacob gostosão... – Rosalie sussurrou.



- Dá para pararem! – Disse para as duas.



- Seth é o genro que pedi a Deus... pena que ele não me ouviu. – Resmungou minha mãe.



- Mãe!! – Disse entre dentes, fuzilando a com o olhar por aquela insinuação. Tive a nítida impressão que todas eram "Team Seth" e torciam para eu por um par de chifres em Jacob... Que horrível!





- Vamos, Seth! Elas estão cansando a minha beleza. – Disse segurando a sua mão.



- Espera! – Ele parou, pegou a minha mão e colocou o anel em forma de flor. – É uma tradição, docinho. – Seus olhos brilhavam tanto ao me olhar, que chegaram a me deixar sem graça. Olhei para minha mãe e vi um sorriso maroto em seu rosto... Minha mãe está jogando Seth para cima de mim, ou é impressão minha¿ Até onde vai com essa implicância contra Jake¿ Mas que Droga!



- Obrigada, meu irmão! – Disse e vi a cara das três murcharem desanimadas. – Vamos dançar muito essa noite, amigo! – Ele me deu um braço e saímos juntos, caminhando até a limusine do meu avô que nos esperava.



- Limosine¿ Alice é louca! – Disse gargalhando.



- Suas tias se empolgam. Não é¿ - Riu e entramos pela porta, que já estava aberta.



- Boa noite, senhorita Ness. Está linda! – Jimi disse sorrindo ao entrarmos.



- Hoje está de carrão! - Brinquei com ele.



- Coisas das suas tias. – Riu para mim e deu partida depois que Seth bateu a porta do carro.



Chegamos ao hotel e vários estudantes e seus acompanhantes faziam fila para entrar. Éramos fotografados e todos riam alegremente. Vi nos olhos de Seth que estava super excitado com aquela festa.



Entramos no salão e dançamos praticamente a noite toda. Porque decidi não desgrudar dele, para que Melissa Parker não se atrevesse a chegar perto. Fiquei morrendo de raiva dos olhares que a abusada dava para ele.



Quem essa vadia pensa que é¿ Ele é “meu” amigo” “Meu!”



Dançamos músicas lentas e outras mais agitadas. Assim, pude aproveitar o máximo dos braços carinhosos do meu amigo, que apesar de se divertir, as vezes demonstrava uma tristeza em seu olhar. E quando perguntava o que era, dizia apenas que estava com problemas no trabalho.



Aquela festa foi tudo de bom e até parecia ter um toque de Alice Cullen, com toda sofisticação e grandeza de detalhes.



Pude aproveitar o máximo de cada momento, ri com meus amigos, falamos do futuro, caímos na dança, bebi muitos ponches e no final... Quando anunciaram o rei e a rainha, já não me agüentava em pé de tão bêbada que estava.



Seth foi me carregando para o carro, passando a mão ao redor do meu ombro, enquanto eu resmungava algumas coisas. Depois disso, não me lembro de mais nada.







- Seth, meu... Hiiic... Amiguinhooo... Hiiic... Você me ama??? _ Perguntei soluçando, sentando no banco de trás da limusine e me pendurando em seu pescoço.



- Até demais docinho... Até demais... _ Respondeu ele com o olhar triste.



- Você... Hiiic... Está.. Hiic... Tristeee??? _ Falei fazendo beicinho.



- Não Ness! Eu estou bem! Você está me sufocando. _ Disse tirando os meus braços do seu pescoço.



- Você não gosta de miiiim... Haaaaaa... Hiiic... Haaaaa... Hiiic... _ Comecei a chorar, mas não um choro de verdade, era um choro de pura manha. Daqueles que as crianças faziam para serem pegas no colo ou para ganharem chocolates.



- Para com isso docinho! _ Falou ele se virando, de forma que ficasse sentado de frente para mim. - Pára com esse drama... Você sabe que eu te amo e sempre vou te amar!!! _ Afirmou segurando meu rosto com as duas mãos e fitando profundamente meus olhos. - Você é muito chata quando está bêbada. Sabia?? Falou rindo e chegando cada vez mais perto do meu rosto. Consegui sentir sua respiração.



- Eu... Hiiic... Não sou... Hiiic... Chata!!!! _ Xinguei ainda soluçando.



- É sim!!! _ Continuou Seth.



- Não sou não!!! _ Retruquei fazendo beiço.



- É sim, é sim!!! _ Disse ele rindo para me provocar. E cada vez chegando mais e mais perto. Seu nariz já estava roçando no meu.



De repente tudo começou a girar e fiquei tonta... Pisquei várias vezes e tentei me concentrar no seu olhar, para ver se conseguia fazer com que a minha visão se estabilizasse. Mas acho que ele entendeu errado. Pois seu rosto começou a se inclinar lentamente e seus lábios foram se aproximando dos meus. Tudo aconteceu em câmera lenta e parecia que nem era comigo. Parecia que estava sentada em uma poltrona assistindo tudo em uma tela grande de cinema. Como eu estava completamente anestesiada pela bebida e totalmente hipnotizada por seus olhos que me fitavam, não me restou outra escolha a não ser... Deixar acontecer...



Enfim sua boca chegou na minha e o que era o ar de sua respiração, foi substituído pelo gosto dos seus lábios. Era tão diferente de Jacob, por mais que fosse bom e apaixonante, os beijos de Jacob tinham uma certa voracidade, desejo e luxúria. Mas Seth não... Ele era calmo, doce, macio... Meu coração começou a bater mais forte. Então ele me puxou para mais perto de si e pediu passagem para sua língua e eu, inconscientemente cedi.



Sua língua era ágil e explorou cada canto de minha boca, como se estivesse descobrindo um verdadeiro tesouro.



Sua mão subiu até meu rosto e ele começou a fazer carinho em minhas bochechas enquanto me beijava. Deu leves mordiscadas em meu lábio inferior e então olhou em meus olhos novamente.



- Desculpa, docinho... Foi mais forte que eu...







Acordei assustada, sentando na... Cama??? Como vim parar aqui??



De repente um enjôo horrível tomou conta do meu estomago, coloquei a mão esquerda sobre a barriga e fiz cara de dor. Corri para o banheiro e vomitei várias e várias vezes. Me lavei e escovei os dentes para tentar tirar aquele gosto de vômito da boca. Voltei para o quarto e sentei sobre a cama. Eu não conseguia me lembrar de absolutamente nada do que havia acontecido comigo na noite anterior. Então as lembranças do meu sonho vieram a minha mente.



Levei minha mão até a boca e a acariciei de leve. Será que foi apenas um sonho mesmo??? Parecia tão real...



Depois de ficar mais de meia hora pensando e repensando no que poderia ou não, ter sido um sonho, levantei-me da cama e fui ver se havia alguém em casa. Mas logo vi que estava completamente sozinha! Meus avós foram para Nova York fazer uns exames, minha mãe teria um chá de caridade e minhas tias certamente estariam com ela. Então passei a minha tarde de domingo navegando na internet.



Tentei falar com Jacob varias vezes, mas não consegui. Podia jurar que ele estava mordido pela festa e formatura... Não pela festa em si, mas pelo acompanhante. E por isso, não queria falar comigo. Veio me na cabeça que talvez ele pudesse ter motivos para ter ciúmes. Apesar de eu amá-lo incondicionalmente, ainda não tinha certeza do que havia acontecido na noite anterior. Afinal, eu poderia ter traído sua confiança. O que me deixou bastante preocupada.



Então para não ficar quebrando a cabeça com esses pensamentos, já que não conseguia me lembrar de nada e nem falar com Jacob, fui para cozinha, fiz brigadeiros, voltei para o meu quarto, liguei a TV e fiquei vendo filme até o final do dia.

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