sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A encarnação do Pecado Por Edward Cullen5

Capítulo 4 – Culpa

Corri para os meus aposentos, cai de joelhos em frente a cama e comecei a rezar, pedindo perdão ao meu Senhor pelo meu desvio de conduta. Sentia-me muito culpado, apesar do sentimento em meu coração dizer que eu ainda a queria.


Pai, perdoe por que pequei!
Por ter deixado me levar pelos desejos da minha carne.
Não fui digno de Ti e me arrependo disso.
Sinto o peso da culpa em meu coração por ter desonrado a Ti e a doce donzela.
Agora, no meio dessa confusão que está minha mente, ó PAI, não sei o que fazer.
Ajude a andar no caminho da luz e me dê forças para lutar contra as trevas que querem me sugar.
Mostre o caminho que Tu queres que eu ande, oh Senhor!
Sinto-me debilitado e preciso da Sua orientação.
Por favor, não abandones esse filho pecador.

- Mestre Edward! – Ouço ao ficar de pé.

- Sim! Pode entrar. – Respondi sentindo a tensão me conduzir. Virei-me e vi o cardeal Swan me fitando. Tive medo que soubesse o que havia feito. Mas tentei controlar o meu nervosismo naquele momento.

- Preciso viajar por uma semana ou mais. Tenho que ir até o Porto buscar umas peças vindas da Terra Santa. E temo que minha sobrinha fique desprotegida nessa casa, apenas com os poucos serviçais que nos servem. Sei que o Mestre tem muitas obrigações na catedral, mas se concordar com o meu pedido, irei pessoalmente falar com o abade e pedir que o libere das aulas esses dias. – Disse me fitando.

-Eu nem sei o que dizer, cardeal. Tens tanta confiança em mim, a ponto de me deixar aqui sozinho com sua sobrinha. Não se importa com que podem falar¿ - Perguntei arqueando a sobrancelha para ele.

- O Mestre é quase um padre e todos sabemos de sua castidade. Ninguém ousará levantar falso contra ti e minha sobrinha. Só peço que não a deixe só nessa casa. Não confio em mais ninguém para essa tarefa. – Diz com toda segurança me encarando e fico ainda mais culpado, sabendo o meu crime, mas assenti com a cabeça e ele sorriu.

- Bem, se concordas comigo, falarei com Bella e depois irei pessoalmente ao seu superior. Devo ficar uma semana no máximo fora e não há pessoa melhor para cuidar do que é meu. – Ele me dá as costas, sai do quarto e imediatamente caio de joelhos, com medo do que poderia acontecer em sua ausência. Sabia que seria demais para eu suportar tamanha tentação. E mesmo com a grande fé, tinha medo de sucumbir aos desejos de minha carne.

Ouço duas batidas na porta e a vejo se abrir.

- Edward! – Ela me chama com expressão de dor em sua face. Vejo o sofrimento que lhe causei e a culpa volta a me corroer como espada cortando a carne.

- Lady Isabella, o que desejas¿ - Pergunto franzindo o cenho e vejo a dor em sua face, com a frieza de minhas palavras.

- Por que me tratas assim¿ Por que me renega depois do que aconteceu entre nós¿ Eu o amo e sei que me amas também. Não rejeites o nosso amor, Edward. Por favor! Não seja cruel conosco! – Caminhou em minha direção, pegou a minha mão e a beijou com doçura. Olhei no fundo de seus olhos de esmeraldas e vi solidão e carência, misturada com a dor da rejeição. Senti pena dela e de mim mesmo, mas sabia que precisava ser duro para o nosso próprio bem.

- Isabella, não faça assim conosco. Já não basta o que nos aconteceu ontem¿ Por favor! – Pedi com o coração doendo por renegar o amor que tanto queria.

- Não, Edward! Você me ama tanto quanto eu te amo. E não deixarei que renegue o nosso amor. Sei que tens a sua fé, mas Deus fez os homens para se amarem e para procriação. Amar não é pecado aos olhos do nosso criador e não posso aceitar essa atitude. – Ela me abraçou e apertou seu corpo fortemente contra o meu. Senti o calor de seu corpo e logo a lúxuria estava tentando me dominar. A minha sexualidade latejando por ela. O meu coração batia muito rápido, quando de repente ouvimos um barulho próximo a porta e ela se afastou bruscamente de mim antes que se abrisse.

- Seu tio a chama, Lady Isabella. – Disse a serviçal nos olhando de forma estranha. Tive medo que soubesse o nosso segredo e fiquei tenso com aquela situação.

- Já descerei! – Disse e continuou me encarando. – Falarei com o meu tio sobre a sua viagem e volto para a nossa aula, Mestre Edward. – Completou e saiu seguindo a empregada.

Fiquei em meu aposento pensando no que fazer e em como conduzir aquela situação, que se complicaria ainda mais com aquela viagem do Cardeal Swan.

Depois de algum tempo sozinho, Isabella voltou e contou sobre a conversa com o seu tio. Ajoelhando-se diante de mim, pegou a minha mão e beijou docemente enquanto contava os detalhes da viagem. E pelo que havia entendido, ele partiria logo depois do ano novo e assim ficaríamos muitos dias sozinhos na casa e a minha situação, que já era delicada, ficaria ainda mais insustentável.

Fomos para sala e fingimos repassar alguns assuntos do velho testamento, enquanto o seu tio, tentando em frente a lareira, olhava as suas “relíquias” sagradas.
Isabella me olhava com desejo e muitas vezes tocava a minha mão se insinuando para mim. Sentia-me tenso e temeroso pela sua ousadia de me tocar com seu tio no mesmo ambiente. Mas ela parecia segura de si e me mostrava com seus olhares e toque que continuava me querendo ainda mais.

No final daquele dia, já cansado de admirar as suas relíquias, o cardeal Swan se recolheu e ficamos sozinhos na sala. Então sentamos diante da lareira e ela me abraçou, sussurrando que me amava e me queria.

- Eu te amo, Edward! Não existe pecado em nosso amor... Não existe!

- Bella, isso é muito perigoso para nós. Podemos ser enforcados por fornicação. Podem nos condenar por estarmos dominados pelo demônio. Será que não entende isso¿ Não entende que eu preciso te proteger¿ - Sussurrei em seu ouvido.

- A única coisa que quero entender, é que te amo e preciso se você ao meu lado, Edward. Não posso concordar com você, quando diz que o nosso amor é pecado. Não aceito isso! Nunca aceitarei! – Passou a mão em meu peito e olhou no fundo dos meus olhos. – Quero te amar novamente... preciso te amar. – Disse e nós nos levantamos, caminhamos até o meu quarto, entramos e tranquei a porta. Tirei a minha túnica, depois comecei a tirar o seu vestido lentamente, deixando-a nua diante de mim. Beijei o seu pescoço, descendo os lábios até o seu colo. Passei a mão sobre o seu pequeno seio e acariciei gentilmente. Desci meus lábios e suguei os seus mamilos com vontade. Senti a minha sexualidade latejando e implorando por sentir o seu corpo. Peguei-a no colo, levei para cama e comecei a beijar a sua barriga.

Seu corpo lindo, delicado, branquinho como a neve, com os pequenos mamilos rosados me chamavam. Subi meus lábios e comecei a distribuir os beijos sobre o contorno dos seios. Chupei novamente o mamilo, senti as suas mãos cravando as unhas em minhas costas, acariciei os seus cabelos, subi meus lábios distribuindo beijos e tomei seus lábios, movendo-os gentilmente sobre a fina pétala de flor, que se movia docemente dando passagem a minha língua.

Meu corpo estremeceu aos sentir os movimentos suaves de nossas línguas. Acariciei a sua cintura e desci a mão ate a sua sexualidade. Senti sua nata molhada, mostrando que estava preparada para mim. Interrompi os beijos e olhei em seus olhos de esmeraldas. Ela sorriu para mim e sussurrou que me amava.

- Eu te amo,Edward! Te amo!

- Eu também te amo, Bella... te amo do fundo da minha alma.

Desci meus lábios e comecei a distribuir beijos pelo seu torso, chegando até a sua virilha. Depois o levei até a sua sexualidade e senti o agridoce de sua nata. Passei a língua em seu sexo, fazendo leves movimentos enquanto ela gemia baixinho o meu nome. Comecei a beijar em sua perna e fui descendo até chegar ao seu lindo tornozelo. Olhei em seus olhos e vi a excitação em chamando. Abri a suas pernas e me encaixei entre elas, sentindo o latejar de minha sexualidade. Encaixei me em sua entrada e comecei a penetrar o seu corpo, sentindo os deliciosos movimentos de nossos corpos ardentes, que se moviam como se estivessem em uma linda dança.

Eu entrava e saia do seu corpo, ouvindo os gemidos abafados do meu nome. Voltei a sugar os seus seios, enquanto sentia o meu corpo completo com os nossos movimentos. Era como se fossemos apenas uma só pessoa naquele momento.

Sentia-me no auge do meu prazer e no ápice do meu gozo. Entre beijos e gemidos abafados, chegamos juntos ao nosso clímax e meu corpo caiu sobre o seu deitando a cabeça em seu colo. Senti suas mãos acariciarem os meus cabelos suavemente.

- Ainda acreditas que nosso amor é pecado¿ Que o Nosso Senhor vai nos castigar por esse amor tão grande¿ - Sussurra em meu ouvido.

- Sei que estamos pecando, Bella. O que estamos fazendo chama-se formicação e podemos até ser enforcados por isso, Milady.- Disse acariciando o seu seio que mais parecia um pequeno botão de rosa.

- O que estamos fazendo é amor, Edward... somente amor. – Sussurrou.Deitei de costas para cama, puxei o seu corpo e a deixei dormindo em meus braços, enquanto pensava nas conseqüências de nossos atos. Sabia que ela poderia ser apedrejada ou mesmo ir para a forca. O meu castigo, era o que menos me incomodava naquele momento. Pois a minha prioridade era a sua segurança e tinha medo do que pudesse lhe acontecer

Os dias passaram rapidamente e logo chegaram às celebrações do ano novo. E eu sabia que em poucas horas o cardeal Swan estaria partindo, deixando-me sozinho com Bella. Fazendo o meu medo crescer ainda mais, por saber que ficaríamos sozinhos durante dias e que não resistiria aquela tentação me chamando.

Como era previsto, logo após a passagem do ano, o cardeal viajou e ficamos sozinhos na casa para o meu mais total desespero.

Os serviçais só nos incomodavam nos momentos das refeições e tínhamos a casa inteira a nosso dispor. Assim nos amamos muito e eu vivia com o peso do pecado em minha consciência, sem saber o que fazer para reverter aquela situação. Já não conseguia mais me confessar, por medo de revelar o meu grande pecado e por a perder a honra de Bella. Sentia mais medo por ela do que por mim e precisava encontrar uma forma de reverter aquela situação.

Depois de três semanas, o cardeal Swan voltou de viagem e me vi em uma encruzilhada, sem saber o que fazer a partir daquele momento. E decidi que partiria de sua casa, como única alternativa para fugir daquela situação que só piorava com o tempo, que me lembrava no gosto agridoce de sua sexualidade.

- Cardeal Swan, agradeço a sua hospitalidade, mas acho que já abusei demais. Ficarei em casa de amigos por um tempo e logo encontrei uma casa só minha. Espero que tenha sido útil na educação de sua sobrinha. – Disse para ele um dia após a sua volta.

- Mas não precisa partir, Mestre Cullen! Sabe que é bem vindo a minha casa. – Disse consternando com o meu anúncio. Vi Bella me olhando da porta, com os olhos cheios de lágrimas e senti uma dor imensa apertando o meu corpo. Quis tomá-la em meus braços, mas sabia que era para o seu próprio bem. Tinha que fugir dela e evitar uma situação ruim para nós dois. Por isso a partida se tornou necessária naquele momento.

- Eu sei, cardeal. Mas temo que as pessoas possam falar maledicências. Afinal o tens uma sobrinha linda e solteira sob sua responsabilidade. E precisa encontrar-lhe um marido. Não quero que minha presença nessa casa possa prejudicar a sua reputação.

– Disse olhando para ela que nos observava.

- Entendo! Mas afirmo que pode continuar nessa casa. Não vejo problema na sua presença. – Diz para mim. – Fique a vontade.

- Devo partir ainda amanhã. – Afirmei e caminhei para a porta, olhei nos olhos dela e depois fui para os meus aposentos. Depois e algum tempo, ela entrou no quarto e me abraçou por trás, implorando que não partisse.

- Por favor, Edward! Não! Não me abandone! Não me deixe! Preciso tanto de você! – Diz chorando,desesperada, frágil como nunca havia visto antes. Eu a tomei em meus braços, abracei forte, beijei a sua cabeça de olhos fechados enquanto sentia seu doce cheiro.

- É para o seu bem, amor... é para o seu bem...

- Não... não... não... – Choramingava em meus braços.
Afastei a de mim e sai do aposento, deixando-a sozinha e fui para cocheira, peguei um cavalo e cavalguei até uma capela no vilarejo vizinho.

Fui até o confessionário e comecei a confessar.

- Padre, eu pequei. – Disse para ele.

- E qual o seu pecado, filho¿ - Pergunta com a voz baixa, quase que um sussurro.

- Fornicação, padre... eu cedi aos pecados da carne. – Disse consternado.

- Você se arrepende do pecado de coração¿ - Perguntou.

- Eu a amo, padre. – Respondo desviando da pergunta.

- Não foi isso que eu perguntei, filho. – Ele diz de forma austera. – Você se arrepende de fornicar¿ - Repete a pergunta.

- Não, padre... eu a amo! – Respondo sentindo o peso do pecado em minhas costas.

- Se não se arrepende, filho, não posso lhe absolver. Vai e penses no seu pecado, converse com o Senhor e depois de se arrepender poderá vir se confessar novamente. – Disse, eu me levantei e sai da capela consternado.

Voltei para a casa do cardeal Swan, comecei a arrumar os meus pertences e depois desci para jantar com Bella e o cardeal.

Jantamos em silêncio e via os olhos tristes de Bella, denotando todo o seu sofrimento. Quis arrancar-lhe a sua dor e me senti um monstro pelo que estava fazendo por ela. Mas sabia que só existiria uma chance para nós dois se nos mantivéssemos afastados. Do contrário, até poderíamos morrer pelos nossos atos.

Terminamos o jantar e segui para os meus aposentos. Tranquei a porta para evitar que entrasse. Ajoelhei diante da cama e orei ao Senhor que em mostrasse o caminho correto. Depois me deitei e tentei dormir, rolando por um bom tempo sobre a cama enquanto relembrava os nossos momentos íntimos de prazer.

Na manha seguinte, peguei os meus pertences, desci até a cozinha e fiz um rápido desjejum e depois fui até o cardeal Swan e me despedi dele antes que Bella acordasse. Sentia medo que ela me visse antes de ir embora e chorasse com a minha partida.

Fui para uma hospedaria em um vilarejo vizinho e me acomodei, sentindo a falta de Bella doendo em todo o meu corpo. Deitei na cama e fiquei relembrando os nossos momentos.

O tempo passou rapidamente e sai da hospedaria, afinal ainda tinha aulas na catedral e precisava que as coisas aparentassem os mais normais possíveis.

Fui para a catedral, ministrei as minhas aulas sem a menor empolgação e quando sai para voltar a hospedaria, Jacob veio até mim e me deu uma carta de Bella.

- Mestre Edward, Swan lhe enviou essa carta. – Entregou-me o papel dobrado e depois saiu me deixando sozinho.
Caminhei até a hospedaria, entrei no meu aposento, tranquei a porta e me sentei na cama.

Depois abri o papel e comecei a ler a mensagem de Bella.

Edward, meu amor
Sei que acreditas em sua fé e que o que está fazendo é para o meu bem.
Mas agora não se trata apenas de nós dois.
Acordei passando muito mal e a cozinheira da casa veio me ajudar.
Depois de uma longa conversa, ela me disse que carrego um filho em meu ventre.
Não sei o que fazer, amor.
Sei que essa situação é delicada, mas não posso ficar na casa do meu tio.
Sabes bem que ele me mataria se descobrisse o meu crime. E pior do que isso, mandaria o nosso filho para as freiras criarem.
Por favor, meu amor, não me desampares nesse momento.
Preciso de ti!!!
Com amor, Isabella.

Naquele momento, o mundo estava desmoronando sobre as nossas cabeças e não sabia o que fazer com aquela situação. E a única certeza que tinha, era que amava Bella e precisava encontrar uma forma de salvá-la e também ao nosso filho. Meus olhos encheram de lágrimas e meu coração começou bater muito rápido. Cai de joelhos no chão e comecei a orar ao meu Senhor que me mostrasse o caminho e não me abandonasse naquele momento.

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