domingo, 14 de novembro de 2010

A encarnação do Pecado Por Edward Cullen6

Capitulo 5 – A escolha








Estava atordoado e não conseguia colocar os pensamentos em ordem. Vivia um terrível conflito interno, deixando-me em dúvida entre o santo e o profano. Sofria pela saudade de Isabella, mas sabia que nossa proximidade poderia prejudicar ainda mais a situação. Mas naquele momento, em que recebi a sua mensagem, as coisas estavam cada vez mais confusas e eu me ressentia pelo mal que lhe causara.







Queria voltar atrás, mas não tinha como remediar o mal feito. E minha certeza me dizia que precisava fazer algo a respeito. Mas que independente de minha decisão, saiba que nossas vidas estariam completamente e irremediavelmente fora do rumo.







Andei pelo quarto soturno, vendo as estranhas formas geradas pelas labaredas do fogo das velas. Vi monstros se formando ao meu redor. Estava sufocado e fazia conjecturas sobre quais ações deveria tomar.







Depois de algum tempo resolvi escrever uma mensagem para Isabella e marcar um encontro para falarem sobre o assunto. Sentei-me na cadeira, peguei uma pena e comecei a escrever no papiro.







Lady Swan







Preciso lhe falar o mais rápido possível.



Encontre-me no córrego fora da cidade amanhã bem cedo.







Mestre Cullen







Sai de meu aposento e caminhei até a saída da hospedaria. Corri o mais rápido possível até a antiga estalagem e fui até o quarto em que os meus discípulos ficavam. Chamei Jacob para conversarmos e saímos caminhando juntos pelo vilarejo na calada da noite.







- O que aconteceu, Mestre Cullen¿ Por que tenho a impressão que estás tão consternado¿ - Jacob me perguntou, fitando os meus olhos enquanto balançava a cabeça, mexia as minhas mãos de forma nervosa, não sabia como introduzir a conversar. Contudo, apesar do medo que sentia, sabia que ele era o único capaz de me ajudar naquele momento. E que não havia ninguém mais confiável do que Jacob para aquela tarefa. Encarei-lhe atentamente, ainda tomando coragem para lhe pedir o favor, e introduzi a conversa.







- Jacob, meu amigo, pode lhe parecer estranho, mas és o único que pode me ajudar nesse momento. – Disse para ele, vendo a confusão em sua face. Ele assentiu com a cabeça e ficou calado. – Preciso que leve uma mensagem para Lady Swan.







- O que se passa entre Isabella e você, mestre¿ - Perguntou depois de instantes me encarando.







- Só posso dizer que estamos com um problema e precisamos falar. – Respondi, ainda tentando disfarçar a minha angústia, tentando não olhar em seus olhos para não me denunciar naquele momento.







- Mestre, eu vi a forma como se olharam no natal. Vi o jeito que ficou nervoso ao seu lado. – Disse aparentando constrangimento diante das suas palavras.







- Jacob, há coisas que não posso falar. Mas pelo bem de Isabella, preciso que me ajude a marcar um encontro. Preciso falar com ela e só você pode me ajudar. – Disse para ele e fiquei esperando a sua resposta. Ficou pensativo por uns instantes e depois assentiu com a cabeça, sem dizer palavra alguma, estendeu a mão e lhe dei o papiro com o recado.







- Espero que saiba o que está fazendo. – Respondeu e saiu caminhando na calada da noite. Fiquei parado uns instantes e depois voltei para a hospedaria, caminhando lentamente pelas ruas do vilarejo.







Fui aos meus aposentos, caminhei até a cama e deitei. Fiquei olhando para o teto, enquanto pensava em tudo o que havia acontecido, no filho que estava a caminho e como faria para evitar o escândalo que estragaria a reputação e a vida de Bella.







O tempo passou, o dia começou a raiar e via pelas frestas da janela os primeiros indícios dos raios de sol, anunciando que um novo dia começava e eu teria que decidir o que faria da minha vida.







Sentei na cama, coloquei os cotovelos sobre as pernas, abaixei a cabeça e comecei a lembrar de todos os nossos momentos, dando-me conta do quando a amava. E apesar da minha consciência pesada, dos votos com Senhor rompidos, sabia que a amava e que não poderia abandoná-la naquele momento.







Caminhei até a casa de banho, peguei o gomil e comecei a lavar o rosto com a água fria. Arrumei os cabelos e depois sai apressadamente, sem mesmo esperar que arrumassem a mesa para o desjejum.







Sai apressadamente e fui ao local marcado com Bella, pensando no que me falaria e em seu desespero. Corri o mais rápido que pude pelas ruas do vilarejo, sentindo o vento frio ferir o meu rosto e quando cheguei ao córrego, estava amarrando as rédeas do cavalo em uma árvore. Usava um lindo vestido verde, os cabelos soltos alvoroçados pelo vento, sua silueta franzina e delicada se movia com graciosidade.







Escutou o barulho de minha chegada e se virou sorrindo para mim.







- Edward! – Correu em minha direção e me abraçou forte, aconchegando o delicado corpo em meu peito. Senti meu corpo estremecer ao seu contato e o desejo tomar conta de mim novamente. Quis chorar de emoção ao vê-la tão graciosa em meus braços, tão dependente de mim e da minha decisão. Era tão difícil escolher o certo, porque mesmo vivendo um drama de consciência, sabia que amava e a queria perto de mim. A idéia de ter um filho era algo tão fora do normal, mas ao mesmo tempo me emocionava.







- Bella, o que faremos¿ – Sussurrei em seu ouvido e ela estremeceu em meu peito. – Eu não queria estragar a sua vida. Não podia fazer isso com você e arruinar tudo.







- Edward, preciso de você. Não pode nos abandonar... não pode. – Disse chorando e senti um aperto profundo em meu coração.







- Bella, quando descobrirem que está grávida, será apontada em praça pública, nosso filho seria enviado para um convento e você provavelmente terminaria os dias como serviçal na casa de algum Lord rico. OH Deus! O que eu fiz com a sua vida, Bella¿ O que eu fiz¿ - Sentia uma culpa tão grande, o meu tormento só aumentava e a dúvida ainda me corroia. E sabia que a única alternativa para nós, seria fugir para longe e tentar começar uma nova vida. Mas era um Mestre conhecido e certamente não passaria despercebido. Seria um escândalo e não poderia mais dar aulas. Teria muita sorte se conseguisse um emprego para sustentar a minha família. Todos aqueles pensamentos me torturavam e me deixavam com ainda mais culpa.







- Edward, meu tio é capaz de me matar quando descobrir. E a serviçal está me chantageando. Não sei mais o que fazer. Preciso fugir... fugir... pelo meu filho. Não pode me abandonar. – Ela ergueu os olhos e me olhou chorando muito. Seus olhos verdes, que outrora me traziam uma sensação de volúpia, deixaram-me completamente entorpecido naquele momento. Tentava sentir arrependimento, mas não conseguia... não conseguia... eu a amava e precisava cuidar dela e do nosso filho.







- Bella, vá para casa e pegue as suas coisas. Fugiremos amanhã ao amanhecer. Juntarei todo o dinheiro que arrecadei e iremos para a casa de minha irmã. Lá conseguiremos ficar incógnitos e ter o nosso filho em paz... Eu não a abandonarei... não mesmo. – O nosso abraço foi tão apertado e podia sentir a sua respiração apertada me corroendo. Sabia que sentia medo de eu voltar atrás. Eu mesmo, devo confessar, sentia medo de não seguir a diante com o plano.







Ela ergueu a cabeça, seus lábios procuraram os meus e o tocaram de forma gentil. Começamos um beijo doce e sem urgência. Senti toda a sua fragilidade e o remorso por fazê-la passar por aquilo me corroeu.







- Bella, eu amo você. – Sussurrei entre muitos beijos.







- Também amo você, Edward. – Respondeu, sorriu e ficou me encarando com olhar melancólico.







- Agora vá! Disse que a serviçal está te chantageando e não pode deixá-la perceber o nosso plano. Acorde bem cedo, pegue só o necessário e me encontre nesse mesmo lugar ao raiar do dia. – Beijei a sua testa e ela sorriu docemente, com os finos lábios rosados emoldurados como se fossem uma pintura em uma moldura. Passei os dedos gentilmente sobre eles e a levei de volta ao cavalo, ajudando a montar. – Eu te amo, Bella.







- Eu também te amo, Edward. – Ela colocou o capuz sobre a cabeça e partiu. Fiquei a beira do córrego por um tempo e depois voltei a hospedaria. Comecei a arrumar as minhas coisas para partida. Contei as moedas de ouro que estavam guardadas no saco e deixei tudo preparado.







Sai para a catedral para dar a minha última aula antes de partir. Já sentia saudade daquela vida e dos meus discípulos. Caminhava pensativo, quando fui abordado por Paul e Jared.







- Mestre Cullen! – Disseram em tom nervoso, enquanto me observavam com curiosidade.







- Aconteceu algo¿ Por que estão tão sobressaltados¿ - Perguntei estranhando a situação.







- Todos estão comentando que... – Jared hesitou e olhou para Paul. Senti um nervoso me consumir e medo do que viria em sua resposta. Mas algo me dizia que as coisas haviam saído do controle e haviam descoberto o nosso romance.







- O quê¿ - Perguntei arqueando a sobrancelha e eles continuavam a me encarar.







- O cardeal Swan foi até o abade e fez uma queixa... – Paul respondeu a pergunta, evitando me encarar e senti meu estômago se revirar.







- Que tipo de queixa¿ - Fingi não entender o que diziam, mas no fundo sabia que ele havia descoberto tudo e que Bella estava em perigo. Um medo começou a me consumir e a única vontade que tive, foi de correr ao seu encontro e tentar salvá-la.







- Disse que o Mestre engravidou a sua sobrinha. Está uma grande confusão na catedral e todos o esperam. – Jared disse em tom baixo e depois me olhou nos olhos. – Não é verdade¿ É¿ - Não tive nenhum tipo de reação por instantes. Depois comecei a correr, sentindo o desespero me consumir, fui até a catedral e lá estavam os meus acusadores.







Todos gritavam e me apontavam o dedo. Vi o cardeal Swan com os olhos acusadores, devorando-me com um ódio que nunca havia presenciado. Os discípulos gritavam palavras de apoio e os cardeais de ofensas.







Caminhei até o abade e pedi para lhe falar a sós.







- Podemos falar em particular¿ - Perguntei encarando os seus olhos inquisitivos, que pareciam conjecturar sobre toda aquela situação. Ele assentiu com a cabeça, levantou de sua cadeira e saímos juntos, ouvindo os gritos de protestos dos cardeais e padres presentes no recinto.







Antes de sair, vi que meus discípulos foram postos para fora aos gritos. Havia uma multidão gritando palavras de apoio e ofensa em frente a catedral. Andava com o Abade em silêncio, enquanto sons de todos os lugares me afligiam. Pensei em Bella e uma estranha sensação de frio percorreu a minha espinha. Sabendo que aquela gente seria até mesmo capaz de apedrejá-la.







- O que disseram é verdade¿ - O abade perguntou me encarando assim que adentramos a sua sala.







- E o que disseram¿ Do que sou acusado¿ Disseram que Lady Swan está grávida¿ - Perguntei e o vi juntar as duas mãos ao se sentar em sua cadeira. Ele ficou me encarando em silêncio por um tempo e depois respondeu.







- Então é verdade! – Afirmou desgostoso. – Pedi a Deus que tudo isso fosse mentira. Mas pela sua forma de falar e olhar, vejo que você não só cometeu o pecado da carne, quebrando os votos com Deus, mas também arruinou com a vida daquela moça. O que pretende fazer¿ - Começou a bater os dedos sobre a mesa, de forma inquieta, enquanto me encarava.







- Casar com ela. – Respondi seguro de minha decisão e ele gargalhou.







- Julgas que o cardeal Swan permitirá isso¿ Ela é propriedade dele e do jeito que está furioso, nunca permitirá que se case com ela. E o que vai fazer¿ - Continuou a bater os dedos sobre a mesa, balançava a cabeça e franzia o cenho.







- Fugir com ela... Se nós conseguirmos nos casar diante de Deus, ele não poderá fazer nada para nos afastar. Entende que é a única coisa que posso fazer agora¿ Não posso abandonar Bella e o nosso filho. – Respondi enquanto via a sua expressão desgostosa.







- Você adiou muito os seus votos. Sempre soube que tinha uma vocação nata para padre. Mas que era jovem demais para fazer os votos. Sabia que um dia aceitaria a sua vocação e cumpriria os desígnios de Deus. – Balançou a cabeça e continuou a falar de forma calma. –Contudo, a sua vocação não foi mais forte do que sua carne. E arruinou não só a sua vida, mas também a honra dessa moça. Espero que você consiga sair dessa situação. – Levantou-se e começou a caminhar para a porta. – De momento, só posso te dar duas alternativas e espero que pense bem antes de se decidir. Nem tudo está arruinado, você ainda pode fazer os votos, Lady Swan pode ir para o convento e seu filho será criado pelas freiras, dentro da palavra de Deus. A decisão é sua. – Abriu a porta e me apontou a saída. – Vá e pense na decisão que tomará. Espero que a tome com sabedoria. – Levantei da cadeira, assenti com a cabeça e caminhei até a porta.







- A decisão já está tomada! – Respondi e ele assentiu com a cabeça.







- Pois bem, agora estás por sua conta. Nada mais tenho haver com a sua vida. Espero que consiga convencer o cardeal a permitir o casamento. Agora vá! Preciso pensar!- Assenti e sai de sua sala, caminhando pelos corredores da catedral. Encontrei os cardeais e padres furiosos me apontando e gritando a ponto de me agredirem.







Continuei a andar de cabeça erguida e ouvi o grito do cardeal Swan.







- SEU MALDITO! VOCÊ PAGARÁ PELO QUE FEZ A MINHA SOBRINHA.







Dei as costas e sai da catedral, com a multidão gritando feroz, meus discípulos dizendo palavras de apoio. Fiz sinal com a cabeça e Jacob, Paul e Jared me seguiram.







- E agora, mestre¿ - Jacob me perguntou preocupado enquanto andávamos apressadamente pelo vilarejo.







- Preciso da ajuda de vocês para tirar Bella da casa do cardeal Swan. Preciso fazer isso antes que ele a mande para longe ou a mate. – Disse para eles.







- Soube pela cozinheira que Lady Isabella está presa no quarto. Seu tio está furioso e ela não pode se quer transitar pela casa. Como conseguiremos tirá-la de lá¿ - Paul perguntou.







- Você não consegue convencer a serviçal a abrir a porta¿ Precisamos que Bella saia daquele quarto, para que possamos levá-la para longe o mais rápido possível. – Disse para ele.







- E para aonde vão¿ Não pode fugir com ela... é propriedade dele. – Jacob disse para mim. Paramos os três e começamos a arquitetar o que fazer.







- Se o Mestre conseguir tirá-la de lá, precisa fugir o mais rápido possível. Mas o cardeal é bem capaz de pedir a ajuda da guarda real e ir pelas estradas será perigoso. – Paul afirmou.







- Acho que vocês podem ir pelo rio. Eu consigo um barco para descer o Rio e quando estiverem longe, poderão seguir a pé. Mas precisam se casar o mais rápido possível. Assim o tio perde os direitos sobre ela. - Jared disse.







- Nenhum padre casará os dois quando souber o que fizeram. – Jacob afirmou







- Eu conheço um padre... Emmett. – Disse para eles franzindo o cenho. – Ele é meu primo e o vilarejo onde mora fica a três dias daqui. Acho que se partimos hoje a noite, chegaremos a ele antes que o boato se espalhe. E ele nos casará. – Respondi a ele.







- Paul, a velha cozinheira é muito pobre e o cardeal avarento demais. Acho que se lhe der umas moedas de ouro, ela solta Bella e a ajuda a sair da casa. – Disse para ele.







- Tratarei disse, Mestre. – Respondeu.







- Eu vou atrás do barco. – Jared completou.







- Eu prepararei os mantimentos para comermos na viagem. – Jacob disse e ou o olhei espantado. Não sabia que ele iria conosco.







- Nós¿ - Perguntei arqueando a sobrancelha e ele assentiu com a cabeça. – Não pode largar tudo aqui, Jacob. – Disse severamente para ele, sabendo que a sua lealdade o faria abandonar tudo para me seguir.







- Mestre Edward, não sabe lutar e certamente os soldados do rei irão atrás de vocês. Estarei junto para impedir que o matem. – Respondeu decidido e eu neguei com a cabeça.







- Não! Não! Você tem a sua vida e um futuro brilhante pela frente, Jacob. – Afirmei para ele.







- Não quero me tornar padre. Isso sempre foi o desejo da minha família, mas não o meu, mestre. E sabe muito bem que não possuo vocação para castidade. Irei com vocês e farei a proteção de Lady Isabella até que se casem. Depois vejo o rumo que darei a minha vida. – Retrucou de forma decidida.







- Nós também iremos, Mestre! Quando mais gente melhor e não permitiremos que acabem com vocês sem lutar. Iremos juntos e nem adianta negar, porque já está decidido. – Paul disse e Jared confirmou.







- É isso mesmo! Agora vamos fazer o combinado e mais tarde, se tudo der certo nos encontraremos no rio para partir. – Jacob disse e cada um seguiu para um lado. Eu comecei a caminhar pensando em que faria das nossas vidas a partir daquele momento.













Nota Glau

E ai¿ O que acharam¿ Srá que eles conseguem fugir juntos¿ O que será que vão fazer¿ shauhsuas Só lendo o próximo cap.

Bjus no core



n/b: Quantas emoções!!!! Este capítulo final promete...

Será q Edward vai conseguir salvar Isabella e se casarem??? Será q o cardeal Swan vai obter sua vingança??? E o q acontecerá se eles conseguirem viajar???...

São tantas as perguntas... Glau agora vc precisa postar logo antes q nós fiquemos sem unhas de tanta ansiedade. Meninas muitos reviews e recomendações para estimular a nossa querida autora, please.

Bjkasss, Eli

PS: Padre Emmett??? Kkkkk, não consigo imaginar o Emmett padre... não mesmo, kkkk

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