quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Song Fic Vento no Litoral 13

Família




Segui o seu carro pela estrada de La Push em direção a parte mais alta da reserva. Não entendia o motivo de ele me levar ao alto da colina, mas continuei a conduzir o carro com velocidade razoável, tentando acompanhar o seu ritmo, enquanto observava a maravilhosa paisagem daquele lugar.



Alguns minutos se passaram, até que ele estacionou o carro diante de uma linda casa. Então, estacionei lentamente, parei para olhar aquele lugar por um momento, tentando forçar a minha memória para me lembrar daquele lugar. Em minha mente, só me lembrava de um monte de rochedos à beira do penhasco e da linda paisagem pitoresca. Vi que Jacob estava parado diante da porta de seu carro de braços cruzados, ele caminhou em minha direção, com aquele caminhar forte e másculo.



Continuei sentada no carro olhando-o vir em minha direção. Senti o meu estômago revirar novamente e também uma sensação esquisita em meu coração. Parecia uma adolescente de dezessete anos novamente, insegura com as minhas próprias reações e com medo dos sentimentos que me dominavam naquele momento.



Jacob parou diante do carro, respirei fundo, tentei encontrar coragem para sair e encarar o que estava por vir, deslizei as mãos na maçaneta, sentindo o frio do aço em minhas mãos suadas e abri a porta lentamente. Ele me deu a mão suavemente e ficou me olhando com aquela mesma cara de cachorro sem dono, parecia procurar as palavras corretas para falar. Decidi dar o primeiro passo e quebrar aquele clima tenso entre nós e o indaguei.



- Eu não me lembro dessa casa. Faz tanto tempo que estive nesse lugar, mas não me lembro de um casarão como este aqui. - Ele continuava me analisando sem dizer nada e de repente, sua mão livre foi até os meus cabelos, começou a fazer carícias nos meus cachos, foi deslizando até o meu rosto e suavemente começou a brincar com o dedo pela extensão do meu rosto.



- Essa casa é uma construção nova. - Segurou o meu queixo com uma das mãos e lentamente foi erguendo a minha cabeça para encarar o seu olhar. - Eu demorei anos construindo e decorando esse lugar para que ficasse perfeito, para a mulher mais perfeita e amada desse mundo. - Sua voz rouca tinha um tom sério e formal. E apesar de tentar parecer calmo, as feições do seu rosto, que ora franzia o cenho, torcia o nariz ou mordia os lábios, denunciavam claramente que a aparente calma era somente para manter um diálogo adulto. No fundo, ele estava nervoso e a todo tempo procurava as palavras certas e media as minhas reações. Era estranho o clima tenso, mas depois de dez anos nenhum de nós dois sabia ao certo o que esperar.



- Você construiu essa casa? - Perguntei mordendo os lábios e ele assentiu com a cabeça. Virou o rosto e começou a olhar o mar, que fluía ao longe, com as ondas turbulentas se arremessando com violência em direção aos rochedos, formando uma camada espessa de espumas como se fossem feitas de sabão.



- Vamos entrar? - Disse em tom cerimonioso, pegou a minha mão e me conduziu pelo caminho cheio de grama, que parecia feita de forma artificial, todo o caminho estava ladeado por pequenas pedras de praia pintadas de branco até a escada que ficava na entrada na casa. Parei um momento, levantei a cabeça, fiquei observando a enorme casa de três andares branca, com os detalhes de portas e janelas azuis. Lembrei-me imediatamente da linda casa do filme Diário de uma Paixão e sorri imaginando que Jacob havia feito exatamente como o protagonista, Noan, ao reformar a linda casa, esperando que sua amada Allie voltasse para ele.



- O que foi? Algum problema com a fachada da casa? Não gostou? - Ele me perguntou e percebi que ainda estava tensa com aquela situação. Neguei com a cabeça e continuei andando em direção à porta principal da casa.



Seguimos juntos até a porta, após subir três degraus da escada branca, Jacob tirou o chaveiro do bolso. Levou uma chave até a porta e a abriu lentamente. Pegou a minha mão, levou até a sua boca e deu um suave beijo, enquanto olhava de soslaio para mim. - Está preparada? - Perguntou antes de rodar a maçaneta da porta e abri-la.



Assenti com a cabeça e ele fez sinal para que eu entrasse. Caminhei lentamente pelo piso de madeira que brilhava como espelho, segui por um pequeno corredor e cheguei a uma enorme sala.



O local era claro, com paredes brancas, móveis em tom pastéis, contrastando com os objetos de decoração com cores fortes e coloridas. Era uma sala sofisticada, com uma decoração moderna e ao mesmo tempo bem simples e muito aconchegante. Parecia essas casas planejadas que os decoradores apresentam em revistas de decoração. E se não fosse pela distância e falta de conhecimento de sua existência, poderia jurar que havia um toque de elegância de Alice Cullen, minha tia maluquinha.



Uma coisa me chamou a atenção naquela sala e não era pela decoração delicada, feita com esmero e muito zelo. Sim, algo era familiar e que fez meu coração bater mais forte do que uma britadeira. O primeiro estava pendurado na parede, ocupava grande parte da parede central da sala, pela dimensão um pouco exagerada. Estava emoldurado com uma moldura dourada e muito bonita, cheia de detalhes delicados ao longo do seu cumprimento. O rosto da moça parecia triste, melancólico e dava a impressão que iria chorar. Os cabelos cor de mel, com alguns fios com tonalidade dourada, estavam cacheados. Ela olhava fixamente para um ponto e era difícil decifrar o motivo da expressão. Mas eu sabia, melhor do que qualquer pessoa, o motivo de tanta melancolia. A bela moça acabara de ficar viúva e descobria que tinha um cunhado, que era a face perfeita do namorado morto... Sim! Jacob havia feito um quadro retratando o momento depois do nosso primeiro encontro. E eu não acreditava como ele fora capaz de pintar cada detalhe, desde as expressões, detalhes da roupa e das sombras em meu rosto. O quadro era mais fidedigno do que uma fotografia e emocionava pela riqueza de detalhes captando a dor uma pessoa com uma sensibilidade enorme.



Meus olhos estavam cheios de lágrimas e sem perceber estava chorando ao me lembrar do nosso primeiro encontro.



Ele me virou para si, começou a beijar as minhas lágrimas, sem dizer palavra alguma, o momento já dizia por si e demonstrava como nós dois estávamos emocionados com aquele momento. Pegou a minha mão e continuou a me conduzir pela casa, mostrando-me a sala de jantar, o escritório, a sala de projeção para assistir filmes, cozinha, corredores, lavanderia, banheiros, entre outros. Cada canto da casa foi decorado com um bom gosto surpreendente e cada detalhe era delicado e projetado de forma a dar uma estética agradável aos ambientes. Ele com toda certeza havia dedicado muito tempo procurando objetos de decoração que caíssem perfeitamente naquele ambiente. E tudo isso de forma a deixar os ambientes claros, bem iluminados e principalmente prazerosos para se estar neles. Apesar de encantada com a decoração perfeita, não era aquilo que me chamava a atenção e que me fazia chorar como bezerro desmamado. Eram os quadros que enfeitavam cada ambiente, demonstrando que aquele homem amou tanto, que foi capaz de reproduzir obras com expressões faciais variadas, que iam do riso contido, da gargalhada gostosa a melancolia contida, até o choro de uma mulher desesperada que havia acabado de fazer a maior burrada.



Não entendia como, mas ele foi capaz de reproduzir perfeitamente, como um pintor profissional, todos os momentos que estivemos juntos, de uma forma única e irresistível de se olhar. E não usava apenas uma técnica, dava para notar claramente a diferença de estilo em cada pintura apresentada na casa. Dava a impressão que havia estudado arte e que usava as suas lembranças para treinar as técnicas que aprendia. O fato foi que aquilo me emocionou de uma tal maneira, que para me acalmar ele teve que me abraçar forte, fazer carinhos nas costas e deixar que o susto inicial por aquela constatação passasse e eu pudesse continuar a minha excursão pela casa.



- Eu... Eu... - Tentava falar, sem encontrar palavras para exprimir tudo o que sentia naquele momento.



- Eu pensei em cada detalhe dessa casa, Ness. Fiz tudo com muito amor e esperança. Sabia que um dia você voltaria e queria que esse momento fosse perfeito; sempre tive esperança e quando percebi que você não voltaria, decidi partir dessa cidade. Decidi que mulher alguma desfrutaria dessa casa. Ela ficaria fechada para sempre. Mas Deus cruzou os nossos caminhos quando estava indo embora da cidade. Isso significa que estamos destinados a ficar juntos. Eu te amei a cada dia nesses dez anos e nunca pensei que esse amor fosse morrer. Ele nunca diminuiu, amor. Isso tudo eu fiz para você. - Sussurrou em meu ouvido, depois começou a beijar o meu lóbulo. - Agora vamos para o andar de cima. – Afastou-se de mim, pegou a minha mão e me conduziu ate as escadas. Começamos a subir os degraus e mais uma vez pude ver vários quadros, de tamanho de porta retrato pequeno, na parede ao longo do caminho. Chegamos ao final da escada, ele acendeu a luz no interruptor, seguimos pelo corredor.



- Quero te mostrar o meu canto da casa. Nele, eu passei muito tempo pintando. - Seguimos ate o final de um longo corredor, ele subiu as escadas segurando a minha mão e me conduzindo para o interior do ambiente.



O local era o mais simples da casa. Era pintado de um tom de azul claro, da cor do céu, tinha uma cama de solteiro, uma televisão e uma cômoda. Também havia um cavalete e um quadro em branco perto da janela. No canto da parede algumas telas não concluídas, com o rosto da mesma garota, mas dessa vez ela só chorava.



A janela estava fechada e Jacob abriu.



- Esse era o meu canto. Aqui fiz todas as pinturas que estão pela casa. Vi a paisagem mudar nas estações, curti a melancolia dessa paisagem pitoresca muitas tardes, as estrelas enfeitando o céu, a lua cheia clareando todo o céu e a lua minguante deixando uma sensação de solidão. Chorei muitas tardes ao me lembrar do dia em que me trouxe a esse penhasco para ver o por do sol. Orei muitas noites, pedindo a Deus que trouxesse a minha felicidade de volta. Como quis mudar o passado, para ter a chance de jogar tudo para o ar e ficar ao seu lado. Teria sido melhor pegar um tempo de prisão, do que passar tantos anos sem o seu amor. - Jacob estava chorando, fazendo com que meu coração doesse diante daquela confissão tão dolorosa. Sabia que para ele tudo fora diferente, e talvez mais difícil, porque ele não tinha ninguém para o consolar. Eu pelo menos tive o meu filho, e todas as vezes que olhava para ele, sentia Jacob perto de mim. Era um pedaço do nosso amor que havia ficado comigo. Mas e ele? Ele não teve ninguém para o consolar. Ficou todos aqueles anos sofrendo por amor, enquanto preparava aquela casa, como se fosse um santuário intocável para mim. Aquele foi o gesto de amor mais lindo do mundo e uma prova que aquele homem me amou mais do que deveria, sofrendo anos por aquele amor.



Imaginar Jacob sofrendo daquele jeito me causava arrepios e só me fazia chorar ainda mais. Era uma dor tão grande,que feria a alma sem a menor clemência.



Ele também chorava muito quando me abraçou forte, colocando a minha cabeça em seu ombro, acariciando os meus cabelos com uma mão, enquanto a outra afagava as minhas costas de forma suave.



- Eu amo você... Amo... Amo... Deus, como eu amo... - Ele sussurrava com a voz chorosa. Nós dois nos sentíamos quebrados após dez anos, mas inacreditavelmente o nosso amor continuava o mesmo. O sentimento estava ali, começando a extravasar pouco a pouco. Ele fazia com que a entrega fosse pura, perfeita e muito mais intensa do que a primeira vez que nos encontramos. Éramos como duas metades de uma laranja, unida, formando uma única laranja perfeita.



- Te amo... Amo... Amo...



Ficamos abraçados chorando por um bom tempo, depois ele se afastou de mim, segurou o meu rosto com as duas mãos, ficou olhando em meus olhos, com aqueles olhos negros vermelhos, lagrimosos e a face de dor ainda aparente em sua face.



Pegou a minha mão, levou a boca, começou a distribuir beijos gentis sobre as suas costas, foi deslizando os lábios molhados e quentes pela minha pele. Eles subiam lentamente pela extensão dos meus braços, causando tremores pelo meu corpo, enquanto de olhos fechados eu imaginava aquele toque por todo o meu corpo, que já queimava de tanto desejo que sentia por ele.



Os lábios chegaram até o meu ombro e continuaram subindo lentamente até chegar ao meu pescoço. - Como senti saudade do seu gosto e do seu cheiro. - Sussurrou baixinho e abri os olhos. Vi os olhos negros penetrarem a minha alma no momento em que nossos olhares se cruzaram. Ele sabia que eu o desejava, assim como era mais do que evidente e ele também ansiava pelo meu corpo. - Quero te mostrar o canto mais importante da casa. - Afastou-se alguns centímetros, causando uma sensação de solidão pela sua ausência, pegou a minha mão e me conduziu até a porta. Começou a descer as escadas lentamente, levando-me com ele até o corredor. Caminhamos até a uma porta de madeira pintada de brando. Ele abriu a porta e fez sinal com a mão para que eu entrasse.



- Esse quarto nunca foi usado. Só a faxineira entrou aqui para limpar, fora isso, nunca foi visitado por ninguém. Essa cama nunca serviu de leito nem para mim. Ela está intacta desde que eu comprei. Eu estava esperando ansioso pelo dia de estrear o quarto. - Disse com olhar vitorioso.



- É tão lindo! - Disse maravilhada olhando ao ambiente. O quarto parecia uma suíte presidencial de um hotel de luxo. Era enorme, tinha o espaço que parecia uma sala, com sofás, um home theater e aparelho de som. O lustre era a coisa mais esplêndida e trabalhada. Os objetos de decoração eram singelos e pareciam comprados em galerias de artes elegantes e bem freqüentadas. Havia uma mini sala de jantar no outro lado do quarto, com uma mesa branca redonda, lustre estilizado com objetos reciclados. O tapete de feltro branco parecia feito de pele de urso. A cama era enorme e ainda havia um espelho no teto. O quarto era lindo, elegante, aconchegante, bem decorado e dava ao habitante uma sensação de leveza.



Jacob caminhou até a janela, abriu as persianas brancas, depois abriu a porta que dava para a varanda e ergueu a mão me chamando.



Ainda chorando como uma criança, caminhei até ele, estendi a minha mão e me deixei levar.



Fomos para a varanda, ele me abraçou por trás, passando o braço pela minha cintura e começou a beijar o meu pescoço. Levei as mãos até os seus braços em minha cintura e comecei a fazer carinho nos pelos negros em seus braços morenos e fortes.



Olhando para o horizonte, o céu parecia um fino tecido de seda azul, as nuvens pareciam algodão doce e formavam figuras abstratas sobre ele. O sol estava alaranjado, na parte superior e a parte inferior com um tom mais escuro, beirando ao marrom claro, coberto por poucas nuvens. Deixando a paisagem como uma pintura de um perfeito cartão postal.



As gaivotas alçavam voo sobre o céu, enquanto os passaram faziam suas acrobacias em bando, como se fossem uma quadrilha, simetricamente organizada em uma coreografia perfeita. As ondas quebravam com violência nas pedras, deixando uma camada espessa de espumas, dando ao mar uma cor exuberantemente agradável.



A vista daquela varanda era perfeita, romântica e agradável, deixando o nosso encontro ainda mais romântico e perfeito.



Jacob me virou lentamente para ele, subiu as mãos pela lateral da minha cintura até chegar ao meu ombro. Seus dedos deslizaram pelo meu ombro em direção ao meu pescoço. Chegou até o meu rosto, segurou o com as duas mãos, encarou o meu olhar com desejo avassalador de uma tigresa no cio. Mordeu os lábios, levou a mão até a parte inferior dos meus, percorrendo toda a extensão com a ponta do dedo.



- Te amo! - Disse, praticamente em um sussurro, enquanto encarava o meu olhar.



- Te amo muito mais. - Respondi instintivamente.



- Ness, casa comigo? Aceita ser minha esposa e minha eterna companheira? Quero ficar com você para sempre, amor. - Seus olhos estavam cheios de água e existia tanto amor naquele olhar que chegava a doer.



- É claro que aceito, Jacob... Como eu sonhei com isso. - Sussurrei para ele, sentindo a emoção transbordando em meu coração. Era tanta felicidade que pensei que explodiria.



- Eu quero você, Ness. Esperei por você dez anos e preciso te sentir. Preciso ter certeza que isso não é um sonho de terror. Que você está aqui e que é minha novamente. - Podia ver as veias pulsando em seu pescoço, sua respiração ofegante exalando tesão reprimido. Suas mãos quentes deslizavam em minha pele com cautela, ainda hesitante, mas era claro que estava completamente louco para tocar o meu corpo de forma voraz.



- Eu também quero você, Jacob. Me faz sua novamente. - Sussurrei hesitante, ainda com vergonha de declarar o meu desejo, quando a minha vontade era de me jogar em seus braços, arrancar a sua rouca e devorar cada parte daquele pedaço de mal caminho.



Jacob me pegou no colo, caminhou comigo lentamente para o interior do quarto, colocou me de pé diante da cama, começou a abrir os botões da minha camisa, deslizando os dedos sobre a minha pele de forma suave, enquanto seus olhos exalavam paixão. Pouco a pouco foi abrindo os botões, deixando me apenas de sutiã... OH! Graças a Deus esse sutiã é novo e é bonito. Seria uma vergonha usar algo feio nesse momento.





- Linda... Perfeita. - Disse tocando o meu colo com a ponta dos dedos. Ele deslizava-os pela minha pele de forma calma, sentindo a maciez da minha pele. Mordia os lábios e sorria da forma mais linda do mundo.



- Eu... Eu... - Estava morrendo de vergonha e medo do que viria depois. Já fazia tanto tempo que não ficava com um homem e não sabia direito como me comportar. Não sabia se fingia ser uma mulher ousada e experiente, ou se agia de forma natural, deixando-o perceber o meu nervosismo e a minha pouca experiência no assunto. Era tão estranho me ver naquela situação. Ao mesmo tempo meu corpo gritava de desejo para senti-lo pulsando dentro de mim, o meu pudor me impedia de atacar e deixar os meus desejos conduzir os meus gestos. Ele percebeu o meu nervosismo e me indagou.



- O que foi? Você não quer? - havia certa decepção em seu tom de voz. Neguei com a cabeça e tomei coragem para dizer a verdade.



- É que... Sabe.... É... Tem tanto tempo que... É difícil... - Abaixei a cabeça e mordi os lábios. Estava quase chorando com vergonha daquilo. Era tão estranho me sentir daquela forma e por mais que quisesse me soltar, algo me retraia.



- Você está com medo de quê? - Perguntou fazendo um carinho em meu rosto, com as costas das mãos.



- Tem muito tempo que eu não fico nua na frente de um homem. Que não... - Não precisei terminar a frase e ele percebeu o que estava tentando falar;



- Não precisa sentir medo, amor. - Ele me puxou pela cintura, abraçou o meu corpo, apoiou a minha cabeça em seu ombro e depois começou a sussurrar em meu ouvido. - Também tem muito tempo que não fico com uma mulher. Mas conosco as coisas são naturais. Eu quero te amar como se fosse a nossa primeira vez. Quero te dar todo o prazer do mundo e sentir tudo o que esse amor pode me dar. Não precisa temer nada, amor. - Começou a beijar o meu lóbulo, causando arrepios em meu corpo. Sua mão subiu pela lateral de minha cintura, causando leves arrepios pela minha pele. Chegou até a altura dos meus seios e foi para as minhas costas. Senti seus dedos soltando o meu sutiã, depois o tecido deslizar pela minha pele e cair sobre o chão. Afastou-se de mim e olhou os meus seios. Seus olhos brilhavam muito com a paixão queimando de forma mais intensa. - Como eles são lindos!



- Me faz sua... - Fechei os olhos e sussurrei. Os toques dos seus dedos sobre os meus seios me fizeram estremecer. Um fogo avassalador foi subindo pelas minhas pernas até o meu ventre. Um frio estranho tocou conta do meu estômago e depois um alvoroço se formou, como se milhares de abelhas fizesse uma festa. Os lábios úmidos abocanharam o bico do meu seios e começaram a fazer leves sucções. E com a outra mão, começou a brincar com o outro bico, aumentando ainda mais o meu desejo,



- Oh Ness... - Gemeu de prazer beijando o meu seio.



- Preciso te sentir, Jacob. - Sussurrei.



Tirou o meu sapato e a minha calça, deixando-me apenas de calcinha. Comecei a abrir os botões da sua camisa lentamente, passando a ponta dos dedos em seus peitoral definido. Sentei sobre a cama e comecei a abrir o botão da sua calça jeans. Abri o seu cinto e depois fui baixando a calça até chegar ao tornozelo. Ele levantou uma perna, tirou o tênis, depois tirou a calça e fez a mesma coisa com a outra perna. Após ficar de sunga, ele me deitou sobre a cama e depois deitou ao meu lado.



- Ness, eu não tenho camisinha aqui. Se você não quiser continuar... - Disse hesitante ao olhar para mim.



- Eu quero sentir você.



- Tem certeza? - Eu me lembrei de quando fizemos amor nas outras vezes e como em um descuido, quando voltávamos da festa, acabei engravidando. Foi muito complicado aquela gravidez. Mas também foi a coisa mais bonita e importante da minha vida. Sem o meu filho não teria suportado a perda e não seria a mesma Ness. Sabia que correria o risco de engravidar novamente e ficaria muito feliz se aquilo acontecesse. Além disso, confiava nele e sabia que ele não teria relações comigo se houvesse alguma possibilidade de me infectar com alguma doença... Sim! Eu tinha certeza e me entregaria para ele ali. Precisava dele e nada me impediria de viver aquele momento.



- É tudo o que tenho agora. Eu preciso ser sua mais uma vez... Muitas vezes, amor. - Fechei os olhos e senti seus lábios em meu pescoço, distribuindo beijos e leves chupões enquanto descia para o meu colo. Novamente começou a beijar e chupar os meus seios, mas dessa vez com mais intensidade. Parecia uma criança faminta, sugando todo o leite com o desespero da fome.Senti os dedos tocarem o elástico da minha calcinha, enquanto penetrava o fino tecido, em direção a minha sexualidade. Já me sentia úmida antes mesmo do seu toque. O desejo era tanto, que já gozava de prazer, sentindo meu corpo inteiro explodindo. O toque nos grandes lábios da minha sexualidade me fizeram gemer alto. Já era dominada por pequenos espasmos em meu corpo, que se debatia sobre a cama. Os dedos começaram a estimular o meu sexo, começando com lentos movimentos, que foram aumentando gradativamente. Gemi novamente, parecendo uma gata no cio. Ouvi a risada gostosa de Jacob, que já estava distribuindo beijos pela minha barriga. Cravei os dedos em seus cabelos e comecei a acariciar enquanto gozava de prazer pelos estímulos em meu sexo e beijo em minha barriga. A língua fazia pequenos desenhos sobre a minha pele, deixando um rastro quente pelo percurso.





Os lábios foram descendo lentamente até chegar ao elástico da calcinha. Abri os olhos e o vi mordendo a beira do elástico. Ele começou a remover a minha calcinha com os dentes, parecendo se divertir com aquele trabalho. Foi puxando, puxando e puxando até chegar a altura do joelho. Depois pegou com a mão e foi deslizando pela minha pele.



Segurou o meu pé, ficou olhando por um momento, com um sorriso enorme no rosto. - Lindo! - Disse com a voz ainda mais sexy. - Beijou o meu pé e foi deslizando os lábios lentamente até chegar ao meu tornozelo. Continuou a distribuir beijos delicados pela minha perna até chegar a minha coxa. Abriu as minhas pernas, segurou as minhas coxas com as duas mãos, começou a acaricia-la, levou os lábios até elas e começou a distribuir beijos sobre a minha pele que mais parecia um ovo na frigideira. Quando mais beijava, mais prazer eu sentia com os toque úmidos e quentes de seus lábios, intercalados com a língua faceira fazendo movimentos sinuosos sobre a pele.



Levou os lábios até o meu sexo, passou a língua por toda a extensão e começou abrenhar com ela, subindo e descendo,subindo e descendo rápido, subindo e descendo mais rápido, subindo e descendo cada vez mais rápido de forma a aumentar ainda mais o meu prazer, fazendo-me gritar de excitação sobre a cama. Na verdade, eu parecia uma cobra serpenteando sobre a cama de foram frenética. Havia tanto tempo que não sentia aquele prazer. O último homem com quem havia transado, há muito tempo, era péssimo de cama e não havia me feito gozar nada. Aquilo me fez lembrar como meu Jacob era bom de cama. Sinceramente ele era um artista do sexo e sabia fazer as peripécias do amor como ninguém mais.



Ele introduziu um dedo dentro do meu canal e gemi de prazer e ansiedade. Já não me aguentava mais e precisava senti-lo dentro de mim.



Tirou a sunga e deixou aquela “protuberância” a mostra... Já havia me esquecido como era grande... OMG!!! Já sentia nervoso vendo aquela coisa tamanho GGGGGG.



Abriu as minhas pernas ainda mais, segurou os meus joelhos e os empurrou sutilmente um pouco para trás, encaixou-se entre elas e começou a deitar o corpo sobre o meu. Colocou o seu sexo na entrada do meu canal e fez uma leve pressão. Mordi os lábios sentindo uma leve dor queimando a entrada. Ele calmamente acariciou o meu rosto.



- Serei bem calmo e paciente. Sei que tem muito tempo e não quero te machucar. - Disse aproximando o seu rosto e deu um selinho em meus lábios. Assenti com a cabeça, cravei as minhas unhas em suas costas e comecei a percorrê-la em sua pele.Ele apoiou uma das mãos sobre a cama, apoiando o peso do corpo. E com a outra começou a estimular o meu sexo. Mordi os lábios e gemi com uma pontada de dor quando penetrou o meu canal a primeira vez. Continuou a me estimular, enquanto analisava as expressões do meu rosto. Parecia preocupado demais e estava bem tenso. Afundou novamente e gemi.



Continuou a me penetrar até chegar ao fim. Ficou parado e começou a beijar o meu rosto, enquanto sussurrava baixinho.



- Ficarei assim, até se acostumar com o tamanho.



Ficou beijando o meu pescoço, deslizando os lábios molhados sobre a minha pele e de repente voltou a falar.



- Pronta?



- Sim!



Começou a entrar e sair do meu corpo, aumentando cada vez mais o ritmo dos movimentos. Sentia seu membro pulsando quente dentro do meu corpo, enquanto estocava cada vez mais forte, fundo e voraz. Os nossos corpos suavam com o cheiro da nossa paixão. Só não quebramos a cama porque era resistente demais, suas mãos continuavam a estimular o meu sexo. Sinceramente não sei como ele conseguiu segurar o peso do corpo apenas apoiando com um braços.



Os gritos e os gemidos aumentaram. Nós nos cansamos daquela posição e ele me colocou por cima. Comecei a dançar sobre o seu membro, enquanto ele apertava os meus seios. Depois de algum tempo, ele se sentou, me abraçou forte e começou a me ajudar nos movimentos de entra e sai por cima do membro. Enquanto apertava as minhas costas fortemente.



Fazer amor sentada sobre o seu colo foi sensacional, mas nada comparado com a posição de sessenta e nove que fizemos, aproveitando o néctar da paixão que os sexos um do outro exalavam. Eu chupava o seu sexo de forma voraz, quase engolindo aquela protuberância, que sinceramente não sei como coube em minha boca. Enquanto ele brincava com a sua língua sobre o meu sexo, fazendo-me gozar diversas vezes em sua boca. Já não miava como gata no cio, relinchando como uma égua no momento da trepada. Não sabia se gritava ou se chupava. Foi algo surreal e cheguei ao paraíso pelo menos umas duzentas vezes.



Quando finalmente Jacob gozou, já estava mais do que ardida de tanto fazer amor. Não tinha forças nem para sentar.



Deitei na cama, coloquei a cabeça sobre o seu ombro, fechei os olhos e acabei dormindo.



- Amor... - Sussurrou em meu ouvido.



- Oi, amor! Que horas são? - Perguntei bocejando.



- São quase nove horas. - Respondeu brincando com os dedos nas minhas costas de forma delicada, fazendo o meu corpo inteiro se estremecer com os dedos de ouro.



- Tenho que ir embora! - Levantei da cama correndo e ele me olhou assustado.



- O que foi?



- Preciso ir. Tenho coisas a resolver e não posso dormir aqui,. – Disse-me levantando da cama.



- Tem alguém te esperando? - Perguntou franzindo o cenho. Seu rosto era de decepção. Acho que se sentiu traído e usado. Quis falar sobre Júnior para ele, mas não sabia como introduzir o assunto. Era muito complicado contar de supetão que ele tinha um filho de nove anos.



-É complicado. - Respondi olhando para o seu rosto desgostoso - Mas preciso que vá comigo. Não posso resolver isso sozinha. Quer ir comigo?- perguntei e o seu sorriso iluminou.



- Por você eu enfrento qualquer coisa, mulher. Não te esperei por dez anos para desistir na primeira dificuldade. - Puxou-me pela cintura para o seu corpo e caímos juntos na cama novamente.



- Não posso chegar muito tarde. Vamos tomar um banho rápido? - Perguntei e ele assentiu.



Jacob me pegou no colo, nos conduziu até o banheiro. Me deixou dentro do box, voltou para o quarto e depois de alguns segundos voltou com toalhas. Entrou no box e ficamos tomando um delicioso banho quente juntos.



- Deixa eu lavar bem essa menina. - Disse rindo, enquanto passava sabão na minha intimidade.



- Bobo! Eu sei lavá-la sozinha. - Ri para ele.



Ficamos brincando embaixo do chuveiro por um tempo e depois eu me enxuguei, voltei para o quarto, peguei as roupas e me vesti.



Depois que nos vestimos, Jacob fechou a janela do sótão, e a porta do quarto, saímos do quarto, fomos para a saída, pegamos os carros e seguimos para Forks.



Eu não sabia como contar para Jacob e Júnior que eram pai e filho, mas sabia que precisava faze-lo. Estava torcendo para que Júnior ainda não estivesse dormindo e que ainda naquela noite fosse possível esclarecer as coisas. Tentava pensar em tudo e formular um discurso para os dois, mas a verdade é que estava morrendo de medo.



Chegamos ao condomínio, Jacob estacionou o carro no acostamento da rua, entrou no meu carro e entramos juntos no prédio. O breve caminho até a garagem, ficamos em silêncio e um clima de tensão se instaurou no ar.



Estacionei o carro, tirei a chave, abri a porta, saí e o vi fazer o mesmo. Passei a chave no carro e segui com Jacob de mãos dadas para o elevador.



Sua mão suava frio e percebi que ele estava muito nervoso, por não saber o que esperar. Mas até aquele momento, ainda não havia decidido como contar.



Pegamos o elevador, subimos até o meu andar, saímos juntos, caminhamos para a porta, passei a chave na fechadura, abri a porta e entramos.



Meu coração batia a mil e pensei que fosse desmaiar de tanto nervosismo. Ele me olhava espantado e esperava que dissesse algo, mas eu simplesmente não conseguia.



Nice ouviu o meu barulho e foi até a sala. E quando viu Jacob, arregalou os olhos e ficou branca como papel.



- Boa noite, Nice! Esse é Jacob. - disse para ela, que estendeu a mão para ele. Ele a apertou e a cumprimentou.



- Boa noite! - Ele disse e ela respondeu ainda pálida.



- Boa noite para vocês.



- Onde ele está? - Perguntei me referindo a Júnior.



- No quarto. - Ela respondeu.



- Obrigada!- Peguei a mão de Jacob e caminhamos juntos até a porta do quarto. Abri lentamente, soltei a mão dele e entrei. Caminhei até o local onde pintava e o abracei de costa. Depois fiquei em sua frente e comecei o diálogo.



- Filho, tem uma pessoa que preciso te apresentar.- Disse em tom cerimonioso.



- A senhora finalmente desencalhou? Arrumou um namorado? - Perguntou arqueando uma das sobrancelhas.



- É! Preciso te apresentar alguém importante para a mamãe. - Beijei a sua testa. - E explicar algumas coisas.



Naquele momento, ele se virou e vi Jacob com os olhos cheios de lágrimas. Ele viu o filho e teve a certeza de que era dele. Estava visivelmente consternado com a situação. Caminhou até a cama de Júnior, depois sentou e ergueu a mão para ele.



- Oi! - Jacob disse para ele.



- Você é... - Júnior ficou olhando para Jacob, olhou para mim e fez um sinal de negativo com a cabeça.



- Por que mentiu para mim? Por que disse que meu pai estava morto? - Perguntou com tom acusador, os olhos cheios de lágrimas e a face de decepção comigo.



- Ela não sabia... - Jacob o cortou. - Ela não sabia que eu estava vivo e eu não sabia que tinha um filho. - Eu já estava chorando com aquilo tudo. Era muito chocante e eu não sabia o que fazer e o que falar. E ele, vendo o tamanho do meu desespero, tomou as rédeas da situação e continuou. - Foi tudo um mal entendido, filho. Posso te chamar assim?- Perguntou e Júnior deu de ombros, como quem diz: “tanto faz”. - Eu fui para Gaza e fui preso por ajudar uma senhora palestina. Acabei brigando com um militar israelense e por isso fiquei preso um mês em uma prisão militar. Foi nesse período que o navio foi bombardeado. Tentei avisar a sua mãe e os meus pais. Eu achei que ela houvesse recebido o recado, mas quando voltei, ela havia sumido. Procurei muito a sua mãe, mas não a encontrei. Por dez anos eu procurei por ela e já estava desistindo quando a encontrei por coincidência. Se eu soubesse que tinha um filho, teria feito de tudo para ficar com vocês. - Jacob estava chorando, enquanto puxava o filho para si e o abraçava forte. E Júnior havia começado a chorar também. Aquilo feriu ainda mais o meu coração. O meu filho raramente chorava e parecia sofrer com aquela conversa. Naquele momento, quis tê-lo preparado, mas foi tudo muito rápido e não soube como agir. - Me perdoa, filho. - Jacob pediu emocionado demais chorando muito com Júnior em seus braços.



- Tudo bem, Jacob. - Júnior respondeu parecendo envergonhado.



- Pode me chamar de pai? Eu quis tanto um filho e tenho um que é a minha cópia - Disse rindo para ele.



- Só se prometer que nunca mais nos abandonará. - Retrucou.



- Eu não tenho essa intenção. Só quero ficar com você e com a sua mãe, ser feliz, formar uma família e ter mais filhos. Prometo que nunca mais saio de perto de vocês. - Enxugou as lágrimas de Júnior, estendeu a mão para mim, que fui até eles e nós três nos abraçamos.



Era tão reconfortante ter os dois homens da minha vida em meus braços. E pela primeira vez, era realmente feliz. Uma felicidade transbordava de todos os poros do meu corpo e queria gritar para o mundo o que estava sentindo.



- Agora vocês podem me dar um irmãozinho. - Disse para nós dois e rimos juntos com o pedido dele.



- Já começamos a trabalhar nisso. - Jacob respondeu para ele.



- Jacob! - Dei um tapa em seu braço.



- Relaxa, mãe! Eu já sei como se faz sexo. - Arregalei os olhos assustada e olhei para Jacob. - Se vocês dois estavam juntos até agora, provavelmente não estavam trocando figurinhas, não é?



- Depois conversaremos sobre isso, garoto. - Jacob deu um tapinha em seu ombro. Ele se afastou e voltou para o seu cavalete, pegou o pincel e começou a pintar na tela.



- Quer ajuda? - Jacob perguntou para ele, caminhando em sua direção. Ajoelhou-se ao seu lado, pegou outro pincel e começou a pintar com ele. - Cavalo marinho? - Questionou,



- É! Minha mãe adora a música dos cavalos marinhos. Esse quadro é para ela. - Respondeu e os dois começaram a pintar juntos.



Jacob e Júnior ficaram pintando juntos, depois ele se levantou e veio até mim, abraçou-me por trás e ficamos admirando o nosso filho. Ele parecia muito realizado com aquilo tudo, grato pela surpresa e encantado por ver que o seu rosto era idêntico ao seu.



- Como pudemos fazer uma criatura tão perfeita? - Sussurrou em meu ouvido.



- Efeito da bebida, lembra? - Perguntei e ele riu alto. Júnior nos olhou, deu um breve sorriso e voltou a pintar.



- Podemos tentar novamente. Quero pelo menos mais dois bebezinhos. Estou louco para ver a sua barriga crescer, te mimar muito, sair durante a noite para procurar coisas estranhas para você comer. Quero te ajudar a decorar o quarto e comprar as coisas para nosso filho ou filha. - Dizia baixinho em meu ouvido.



- Já podemos começar a treinar. - Respondi rindo. - Vamos para a varanda um pouco? - Perguntei.



- Acho que podemos fazer coisa melhor? Que tal você aproveitar a primeira e última noite no seu quarto comigo? Amanhã quero que se mudem para a nossa casa. Então vamos aproveitar o quarto essa noite.



- Vamos sim! - Peguei a sua mão e o conduzi até o nosso quarto.



Aquele era o início de uma nova vida repleta de felicidade, cheia de novidades, pequenas descobertas e principalmente muito amor. Viveríamos intensamente aquele sentimento e aproveitaríamos juntos o nosso tempo perdido. Jacob se realizaria em seu filho e junto comigo aprenderia ser pai de uma criança que sempre tinha uma resposta inteligente para dar e era capaz de deixar qualquer pessoa desconcertada.

NOTA


Amore, só postaria novamente no ano que vem, pois além de atolada de serviço, ainda sinto dor e me mudei no dia 23 de dezembro.


A minha casa está uma bagunça, o meu notebook, que ja estava com problemas no windows, sumiu no meio da mudança e estou usando o do meu marido, pois o meu pc ainda não está montado.


Apesar do cap anterior ter recebido a metade dos comentários do outro cap, fiquei muito feliz com ele e sei como estão ansiosas para saber o que vai acontecer. Por isso resolvi antecipar o cap. Mas desde já adianto que só escreverei agora na proxima semana.


Fiz muito esforço, fui dormir quase uma hora da manha, perdi a hora do serviço hoje e para completar estou com dor no braço direito.


Então não tenho como escreve nada antes do domingo. OK?






Gostaria de deseja desde já um FELIZ ANO NOVO PARA TODAS! que o ano de 2011 seja maravilhoso, repleto de realizações, felicidade, paz, amor, beijos na boca e muito dinheiro para todas. kkkkk


Agradeço a vocês que me aturaram ao longo desses 363 dias, que me deram carinho, enviaram mensagens, comentaram e recomendaram as fics do fundo do meu coração. Saiba que são muito importante na minha vida e hoje não vivo mais longe disso tudo. Os dias que passei sem entrar na internet foram terríveis e me mostraram como isso tudo faz falta.

Amores, esse seria o último cap, mas terminar o cap assim não tem graça, não é? Eu gosto de finais dramáticos ou espetaculares. A autora é metida a autora de novela e final e novela tem morte, castigo, festa de casamento, nascimento e felicidade para todo mundo. E comigo as coisas não são diferentes, então peço perdão por ainda ter mais um cap. Ok?



Agora digam o que acharam! Gostaram do cap?


 
AMO VOCÊS DO FUNDO DO CORAÇÃO E DESEJO QUE O ANO QUE VEZ POSSA FAZER MUITAS FICS LINDAS PARA VCS.



FELIZ 2011!!!



MILHARES DE BJUS NO CORAÇÃO!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Song Fic Vento no litoral 12

Tristeza e solidão.




O que você faz quando a razão da sua vida não existe mais? Quando todos os seus planos correm rio a baixo, indo em direção a uma grande cachoeira? Não há nada o que fazer e nenhum motivo para continuar a existir. Não existe nenhuma palavra que posso consolar o seu coração. Você apenas tem vontade de morrer e jogar essa dor toda fora. De mandar embora tudo aquilo que está te maltratando, machucando... Ferindo a alma.



A Saudade aperta de forma tão grande em seu peito, como se alguém estivesse massacrando o coração com as próprias mãos. Ai você pensa: Como vou seguir em frente? Qual a razão de continuar a existir? Ele não existe mais... Ele se foi... Tudo o que quis para minha vida não existe. Nunca mais vou amar novamente. Nunca mais amarei alguém como amei Jacob. Nunca mais vou sentir por outro o que senti por ele. Nunca mais vou sorrir como sorri para ele. Até as lágrimas que derramei, nunca mais saíram da mesma forma da minha face.



Tudo se foi! Tudo! A vida é efêmera. Como dizia o poeta, temos que aproveitar o nosso dia, porque não sabemos como ele vai se acabar.



Só que parei diante do espelho e olhei a minha face. A face de uma mulher derrotada e destruída, e vi que não estou só, que não podia pensar somente em mim. E mesmo que ele houvesse partido para sempre, que nunca mais veria seu sorriso, que nunca mais sentiria o seu cheiro, o calor da sua pele e o gosto dos seus beijos, eu precisava continuar... Existia uma única razão para eu continuar, para ser forte, para secar as lágrimas e seguir em frente... A razão estava crescendo dentro de mim.

Coloquei a mão sobre a minha barriga, acariciei o meu ventre e comecei a pensar no que estava crescendo.



Não era só uma criança, sim o fruto do meu amor por ele e do dele por mim. Como poderia desistir da minha vida naquele momento? Como poderia pensar em parar? Em simplesmente não viver? Ele se foi, mas deixou algo tão importante crescendo dentro de mim. Algo que supera qualquer limitação. Supera qualquer tristeza... Era o único motivo para eu continuar: MEU FILHO



Por mais dilacerada que estivesse e maior que fosse a minha dor, eu tinha uma razão para continuar. Uma boa razão. Então decidi parar de chorar e secar as minhas lágrimas.



Daquele momento em diante, dedicaria e viveria pelo meu filho. O fruto do amor, do único amor que tive, e certamente do único que teria. Porque nenhum homem se compararia a Jacob e nenhum homem seria capaz de apagar todo amor que senti por ele, a forma como me entreguei e a forma como ele me teve. Nada apagaria aquilo e eu precisava seguir a diante.



Precisava ser forte e agir como uma mulher e não mais como uma adolescente de 17 anos, que acabara de ficar viúva pela segunda vez. Seguir em frente! Aquele era o meu plano.



Os primeiros meses foram difíceis e complicados. Comecei a passar muito mal e os sintomas da gravidez no inicio eram terríveis. E estudando no primeiro período na faculdade, tive que me manter distante das pessoas. Afinal não queria que soubessem o meu drama e que estava grávida. Procurava não me envolver muito com as pessoas e me manter longe dos rapazes. O meu único foco era os meus estudos. Ia para a faculdade pela manhã, enfiava a cara nos estudos e nos laboratórios. Mas era complicado, porque passava mal o tempo todo e tinha que sair no meio das aulas e dá explicações para os professores.



Procurava agir da forma mais natural, mas os meses foram passando e a minha barriga ia crescendo, já não dando para esconder que estava grávida.

As pessoas me olhavam de lado e algumas me questionavam sobre o pai da criança. E era doloroso e difícil dizer que o pai do meu filho havia morrido em um bombardeio em um navio, na faixa de Gaza, servindo o seu país, e que eu teria que criar o meu filho sozinha.



Tudo era muito triste, mas tinha o apoio da minha família. E por mais decepcionados que meus pais estivessem, tentaram demonstrar solidariedade e apoio. Para minha mãe foi mais complicado e no início pegava muito no meu pé. Depois ela começou a ver o tamanho do meu e drama, começando assim a me apoiar mais.

Eu era a única estudante naquele país, que ainda morava com os pais fazendo faculdade. E não contava aquilo para ninguém. Tinha que esconder as coisas das pessoas que estudavam comigo, que estavam mais próximas nas aulas, que tinha mais contato e cruzava pelos corredores.



Elas tentavam se aproximar e perguntavam sobre a minha vida, mas eu sempre me esquivava de perguntas sobre minha família, o pai do bebê e principalmente sobre onde eu morava, e de porque não morar uma fraternidade. Tinha sempre que omitir as coisas e me desviando de relações interpessoais.



Era complicado! Muito complicado, mas apesar disso consegui passar o primeiro período na universidade bem, consegui superar a dor que estava sentindo. Ela estava lá, comigo, todo dia me massacrando e me lembrando do que havia perdido. Todos os dias eu colocava as mãos sobre a minha barriga e pensava no pai do meu filho, mas ao mesmo tempo era uma emoção tão grande sentir aquele bebezinho crescendo e mexendo dentro de mim. Era uma emoção maravilhosa ver nas ultrassonografias ele já formado, crescendo e saudável. Eu já imaginava o rosto lindo, idêntico ao pai, com olhos e bocas, nariz, cabelos escuros de Jacob. E já fazia planos para ele.



Quando descobri que era um menino, decidi chamá-lo de Jacob Junior. Sabia que meu filho sempre estaria comigo e através dele Jacob estaria ao meu lado. Não importava mais nada. A dor tinha que ficar para trás e eu tinha que abafar o sentimento que me magoava. Tinha que tentar ser feliz e fazer o meu filho feliz.



Não pude cursar o segundo semestre e tive que trancar a matricula. Estava com a barriga muito grande e o bebê estava prestes a nascer, e certamente seria mais complicado freqüentar as aulas. Conversei com os meus pais e chegamos a um consenso que o melhor seria parar de estudar naquele momento.



Passei três meses seguintes cuidando de mim e do meu bebê, arrumando o quartinho do meu filho. Alice quem mais se divertia. Comprar para ela sempre foi uma grande diversão e decoração então, nem se fala. Ela pulava como perereca saltitante batendo palminhas todas as vezes que íamos para lojas comprar papeis de parede, berço e objetos de decoração para o quarto do meu filhote. E cada objeto que comprava, era com tanto amor, com tanto carinho. Eu me entreguei de uma forma tão intensa naqueles meses, que aos poucos a dor foi diminuindo. Aos poucos fui voltando a ser feliz.



Quando o Júnior nasceu, o que mais queria era ter o Jacob ao meu lado. Mas fiquei muito feliz ao olhar para o rostinho dele, e ter a visão perfeita do homem que amei. Ele era a cópia perfeita do pai, como eu já havia o imaginado e sonhado muitas vezes, e certamente nunca me esqueceria daquele homem, porque todas as vezes que olhasse para o meu filho, veria a sua face em minha frente.



Júnior era uma criança grande e nasceu com quase quatro quilos. Era calma, esperto, não era manhoso, chorão e não deu muito trabalho. E para mim foi um enorme prazer cuidar do meu filho e sentir os primeiros contatos e emoções. Aprendi com ele dia a dia a ser mãe, mas as coisas nem sempre foram fáceis para mim, porque pouco tempo depois que ele nasceu, tive que voltar a faculdade, abrir mão de momentos felizes com meu filho. Mas sabia que precisava estudar para dá um futuro para ele. Precisava correr atrás do nosso pão de cada dia. Não seria justo viver as custa dos meus pais a vida inteira e colocar sobre os seus ombros a responsabilidade dos meus atos.



Contudo eu precisava amadurecer e com isso aprendi muito cedo que ser mãe era doar e abrir mão. Era ser capaz de atos generosos e o maior deles, foi abrir mão dos primeiros anos do meu filho, dos primeiros passos, dos primeiros dentes e das primeiras palavras... Tive que abrir mão de tudo isso para conseguir me tornar uma médica e só curti esses momentos através de vídeos e fotografias que minha mãe, avó e tias registravam para mim.



Elas tiravam muitas fotos e todas as gracinhas de Junior eram gravadas para que eu pudesse ver com calma. Era emocionante e ao mesmo tempo triste saber que estava perdendo os melhores anos da vida do meu filho, mas eu fazia isso para o seu próprio bem.



Júnior era um menino esperto, começou a falar e andar muito cedo. Não sei a quem puxou, porque o pai era tão travado e tão difícil de se conversar, talvez pela criação e pelos dramas familiares que havia vivido. O fato é que meu filho era um verdadeiro tagarela, e a convivência com meus tios Emmett e Jasper faziam dele uma criança muito extrovertida, falante e comunicativo até demais para o meu gosto.



Na escola, fez muitos amiguinhos e era uma criança amada por todos os que conheciam e fazia amizade em todos os lugares que passava. Ele era o tipo de pessoa cativante, que conseguia encantar as professoras, as mães dos amiguinhos ou qualquer um que se aproximasse. Encantava naturalmente com sua espontaneidade.



Eu tinha pouco tempo para aproveitar meu filho. E geralmente quando chegava do hospital, onde fazia residência, já estava dormindo. Nos finais de semana eu tinha que me desdobrar entre estudos e cuidar dele, conversar e levar para passear. E apesar de muito pequeno, ele já me cobrava isso e dizia: “Mamãe eu sinto a sua falta.” “Mamãe eu quero ficar com você.” “Mamãe eu quero passear com você.”



Era muito doloroso para uma criança de 3 a 4 anos dizer isso para sua mãe e era mais doloroso ainda uma mãe ouvir isso do seu filho. Ouvir que não lhe dava atenção. Mas ele já dizia isso bem pequeno e exigia a minha atenção. E quando estava em casa, fazia de tudo para que eu o notasse. Ele quebrava as coisas, aprontava, batia, gritava e fazia tudo que pudesse para chamar a minha atenção.. E eu sabia que era a culpada, mas tinha que continuar. Faltava muito pouco para eu terminar a minha residência e a faculdade para me tornar uma médica de verdade.



Assim os nossos anos foram passando e de início eu não me envolvi emocionalmente com ninguém, mas quando estava no primeiro ano da minha residência, comecei a namorar com um dos médicos que trabalhava no hospital. Contudo foi um relacionamento bem complicado e conturbado. Primeiro, ele era casado e só foi descobrir isso com três meses, depois disso ele ficou aborrecido por eu ter escondido sobre o meu filho. As coisas se complicaram e acabamos nos separando ao perceber que não era exatamente o que queríamos. Eu não queria que ele se separasse da sua esposa, não queria ser uma destruidora de lar. Era complicado saber que o homem com quem saia era casado. Depois dele, Jimi, comecei a namorar após um ano e meio depois o Michael.



Michael era extremamente divertido e brincalhão, não levava a vida muito a sério e queria farra, sair para boates e queria que eu fosse com ele. E de inicio era até divertido, mas vamos convir que para uma quase médica e com um filho, largar as suas responsabilidades para virar a noite na farra não funcionava bem e não era fácil. Então esse relacionamento não durou mais de dois meses e foi muito tenso.



Naquele momento, cheguei a conclusão que eu não havia nascido para conviver com homens, que não havia nascido para casar e a única saída para ter uma família seria morar só com meu filho. Pensei que um dia talvez encontrasse alguém para assumir meu filho como pai, mas naquele momento só me dedicaria a Junior.





Terminei a faculdade e a residência quando Junior já estava com 7 anos. Naquele momento decidi que daria uma virada em minha vida. Não poderia ser mais uma mulher vivendo sob a asa dos pais, agüentando sermões da mãe. Sabia que ele sentiria muito com a separação dos avós e dos tios, mas precisava dar aquele passo, precisava de um canto para nós dois e ser mãe de verdade para o meu filho pela primeira vez. Pois até aquele momento, não havia sido mãe realmente, não tomava as decisões sobre a vida dele, não participava e compartilhava dos seus momentos, não o ouvia, não tinha tempo para passear ou tempo para brincar. Normalmente quando chegava em casa, já estava dormindo e final de semana, eu tinha que estudar e me desdobrar para dar um pouco de atenção para uma criança que não parava quieta. Contudo sabia que ao terminar a faculdade as coisas começariam a mudar e realmente começaram a mudar.



Quando contei para os meus pais que precisava mudar com Junior para uma casa nova, minha mãe quase surtou. Ela brigou, chorou, implorou e fez tudo o que poderia fazer, mas no fim não teve jeito, pois a decisão já estava tomada e eu já havia escolhido um apartamento legal, já havia contratado uma babá para ficar com meu filho, já estava começando a preparar a decoração do apartamento, usando revistas de decoração. Alice foi quem não gostou nada desse fato e reclamou muito, mas era a minha vida e o meu destino e eu precisava tomar as rédeas pela primeira vez. E isso incluía eu preparar o meu apartamento sozinha, com meus próprios esforços e com o dinheiro do suor do meu trabalho.



Eu já tinha 24 anos, uma médica formada, já tinha uma especialização, já tinha como me prover com o meu próprio dinheiro, sem a ajuda dos meus pais, e não podia ficar morando de baixo do mesmo teto, como a garotinha da mamãe, não podia ser mais uma ouvinte na vida do meu próprio filho e aceitar que todas as decisões fossem tomadas por ela, Sei que foi difícil para a minha mãe ouvir aquelas coisas, mas precisava fazer e dizer tudo aquilo. Precisava que ela entendesse que Junior era meu filho e que eu quem deveria decidir os rumos de sua vida, decidir sobre qual escola, quais cursos faria, sobre a sua alimentação, quem deveria comprar as suas roupas e os seus remédios, que estava na hora de finalmente ser mãe para ele e não simplesmente uma pessoa que estava de vez em quando em sua vida dizendo olá. Precisava ser uma mulher e mãe de verdade para meu filho. Assim nós nos mudamos quando eu estava com quase 25 anos, para um bom apartamento amplo e arejado, tinha um bom play graund para Junior brincar, a babá que contratei, Nice, era ótima, ele era muito bonzinho com ela e os dois se davam super bem.



Consegui emprego em uma clínica particular em Nova York e trabalhava 8 horas em quatro dias na semana, com consultas marcadas, sem me preocupar com Junior, pois sabia que a Nice estava cuidando muito bem dele, e tinha o final de semana livre para ficar com meu filho. Deste momento em diante, comecei a aprender a realmente ser mãe para o meu filho, sem intromissões dos meus pais, descobri a alegria que era cuidar de uma criança esperta, cheia de vontade, muito independente, que conseguia captar as coisas no ar.



Não conseguia compreender como uma criança de sete anos poderia ser tão perspicaz e inteligente, e às vezes achava que meu filho era super dotado e me surpreendia com as novas descobertas que fazia sobre ele.



Ele sabia tudo sobre computador, o que me dava uma dor de cabeça enorme e me fazia ficar de orelhas em pé para vigiar o que estava fazendo na internet. Tinha um talento enorme para desenhar e para pintar, e até aquele momento, nem sabia que meu filho desenhava e pintava daquela forma. Descobri que ele fazia lindos desenhos e que minha mãe havia contratado um professor particular para ensiná-lo. Olhava para meu filho pintando e me lembrava de como Jacob desenhava, ficando muitas vezes emocionada ao me lembrar do meu passado. Ele com toda certeza havia herdado muito do pai. A personalidade nem tanto, porque de personalidade ele era mais parecido com Seth. Mas em muitas coisas, como na forma como mexia a boca, como olhava, como passava as mãos nos cabelos e em muitos dos seus gestos me lembrava Jacob.



Foi muito complicado essa transição e aprender a ser mãe do meu filho, que sabia exatamente quando as coisas não estavam bem e perguntavam, deixando-me muitas das vezes sem uma resposta para dar. Uma criança que tinha a cara de pau de chegar para mim e me perguntar o motivo de eu não ter um namorado e continuar encalhada. Tinha uma espontaneidade incrível e com a forma mais natural me perguntava: Mamãe quando eu vou ganhar um irmão?



Ás vezes eu tinha até vontade de chorar quando me perguntava aquilo. Como eu diria para ele que nunca teria um irmão, porque eu não queria arrumar mais nenhum homem? Como faria uma criança de sete anos entender os meus motivos? Era muito complicado e desde cedo ele começou com as suas cobranças. E todas às vezes que me via cumprimentar um amigo, ele me perguntava: Esse é o seu namorado? Era muito complicado explicar as minhas razões para meu filho e fazê-lo entender que ele nunca teria uma família completa, porque eu nunca seria capaz de me relacionar com alguém como com seu pai. Que meu coração ainda doía e se recusava a esquecer, para deixar a ferida se fechar. Por mais inteligente que ele fosse, eu sempre precisei de muito tato para lhe dizer às coisas e tudo para mim era extremamente difícil e doloroso.





O tempo foi passando e ele parecia conformado em saber que seu pai havia morrido, mas com quase nove anos ele começou a me perguntar sobre o seu pai. Queria saber como ele era, o que fazia, como havíamos nos conhecido, como ele tinha morrido e o motivo de todos terem evitado falar sobre ele. Aquele foi um dos momentos mais dolorosos para mim e tive que relembrar tudo o que vivi com Jacob. Tive que reviver aquela dor que estava abafada em meu coração e que relembrar coisas que procurava não pensar para não sofrer tanto. Precisei contar sobre o seu tio Seth, como conheci Jacob, como nos apaixonamos no momento de dor e como ele foi feito por nós dois. Foi um momento muito delicado.



Desde então, ele começou a me cobrar para conhecer os seus avós e eu sempre enrolava, dizendo que um dia o levaria de volta para La Push, para conhecer Sarah e disse que não conhecia ao seu avô Billy, mas que um dia daria um jeito dele o conhecer. Às vezes pensava que ele já havia se esquecido daquela promessa, mas ele sempre se lembrava e vinha me cobrar: Mamãe quando eu vou conhecer os Meus avós? Quando iremos para La Push?



Ele se sentava na varando do seu quarto, pegava o seu material de pintura e ficava pintando o pai com as fotos, de Seth, e me dizia: Mamãe, como eu me pareço com meu pai. Como eu queria conhecer o meu pai...Eu ia dormir chorando ao me lembrar de tudo o que vivi e com o coração partido pelas palavras do meu filho. Pensava em como seria a nossa vida se Jacob não houvesse morrido e sofria muito com aquilo.



Reviver o passado era muito difícil para mim, mas não podia negar o meu filho a história que deu origem a sua vida.Eu me lembrava de cada momento que passamos juntos, de todos os beijos, todos os gestos, a forma carinhosa como me olhava e tocava. Também me lembrei das nossas brigas... Naquela época eu era tão infantil... Eu me arrependi tanto de algumas coisas que eu fiz. Poderíamos ter vivido e aproveitado mais intensamente os nossos momentos juntos. Era muito doloroso pensar em como poderia ser e como seria a nossa família. Como quis que Jacob estivesse comigo quando a minha barriga começou a crescer. Como ele seria um ótimo pai e um maravilhoso marido. Foi ta doloroso... Tão doloroso reviver todos os momentos...



Não sabia o motivo, mas dentro de mim sentia como se ele ainda estivesse vivo. Sentia como se estivesse em um pesadelo, fosse acordar e encontrar Jacob lindo e maravilhoso como sempre, o homem mais charmoso que havia conhecido. Contudo o tempo passava e nada me acontecia. Eu não conseguia me relacionar com os homens, e só tive relacionamentos frustrados. Foram encontros, jantares e saídas ao cinema que não passavam de meros encontros. Remexer na ferida só me deixava mais vulnerável e fazia me afastar ainda mais dos homens. Fazia com que eu sentisse medo de amar e perder novamente. Afinal fiquei “viúva” duas vezes e não agüentaria uma terceira. Fiquei muito tempo sem fazer sexo com um homem, porque em cada um eu procurava Jacob e suas qualidades, e por isso as coisas não funcionavam bem.



Eu era uma mulher com quase 27 anos, frustrada, sem conseguir me relacionar, com uma criança muito esperta que tinha o dom de me cobrar as coisas. O que eu podia fazer? Eu não tinha do direito de fazer o meu filho sofrer. Eu precisava lhe dar uma família de verdade e por mais difícil que fosse para mim, não podia negar a família que ele me pedia. Ele queria um irmão e precisava da figura paterna. Se sentia mal nas ocasiões que a escola chamava os pais e ele era o único que não tinha. E isso sempre fazia com que me cobrasse. Queria conhecer os seus avós e para isso teria que remexer ainda mais na ferida. Eu precisava abandonar as minhas lembranças. Precisava lutar contra os meus fantasmas e encontrar uma forma de me relacionar para dar um pai e um irmão para o meu filho. Como fazer isso quando está com o coração doente? Quando as lembranças são tão fortes? Quando os sonhos são tão reais que você acorda sentindo o toque da pele e o gosto dos beijos? Era tudo muito complicado e eu pensava: Será que um dia conseguirei superar isso tudo? Será que conseguirei esquecer e seguir em frente? Eu simplesmente não conseguia me esquecer, mas precisava fazer aquilo pelo meu filho.



Eu já não agüentava mais as cobranças do meu filho, ouvir que era encalhada e cobrar para conhecer os avós. A minha vida em Nova York não tinha muito sentido. Eu trabalhava quatro dias na semana na clínica, fazia cursos a noite, não tinha muitos amigos além dos que fiz no hospital, dos meus pais e dos meus tios. Então eu tomei uma decisão que mudaria radicalmente as nossas vidas. Faria dez anos da morte de Jacob e eu precisava superar, recomeçar a vida e para isso era necessário encarar os meus fantasmas. Decidi que voltaria para o local onde cresci, onde conheci o homem da minha vida, o mais lindo e maravilhoso do mundo.



Peguei o classificado do jornal, e por coincidência ou não, estava lá um anúncio pendido médicos em uma pequena cidade no Estado de Washington, um dos lugares mais chuvosos do pais, cidade provinciana, com poucos habitantes e tranqüila para se viver.



Quando vi o anuncio para trabalhar naquela clínica em Forks, não tive dúvida que o destino estava me empurrando para lá. Já estava mesmo com a idéia de ir e precisava dar ao meu filho a oportunidade de conhecer a história dos pais. Precisava permitir que dona Sarah conhecesse o seu neto. Ela já havia perdido os dois filhos e sofrido muito na vida. Nada mais justo que ela pudesse curtir um pouco o neto e tentar amenizar a sua dor através dele. Liguei para o diretor do hospital, marquei uma entrevista e decidi mudar de vez a minha vida. No dia seguinte viajei para Forks.



Em Forks eu encontrei algumas pessoas que fizeram parte do meu passado e que me fizeram relembrar muito do que vivi naquele lugar. Foi estranho e desconfortante, mas eu precisava voltar ao começo para seguir em frente.



A entrevista foi com o senhor Foster, que era pai de uma antiga conhecida chamada Nathaly. Ele me conhecia e me viu crescer, conhecia os pais mais e foi de certa forma amigo do meu pai. Quando me viu, analisou o meu currículo e fez a entrevista não teve dúvidas que deveria me contratar. Pedi para ele duas semanas para encontrar um local para ficar e organizar a minha mudança. Ele concordou e me recomendou um apartamento em um condomínio novo no centro da cidade.



Sai do hospital e foi direto para a imobiliária para alugar o apartamento. Cheguei lá e me apresentei ao corretor, que para variar também já me conhecia. Depois de conversamos sobre mim e o que havia feito nos últimos dez anos, fomos para o apartamento para eu conhecer o imóvel.





O condomínio ficava no centro da cidade, no local onde era o antigo cinema, tinha uma boa vista para a praça da cidade e dava para ver tudo, delegacia, escolas e comércio da cidade, era mobiliado, amplo e arejado. Era o local perfeito para eu viver com o meu filho. Só faltava preparar as nossas coisas para nos mudar. Seria perfeito para recomeçar a minha vida e curar definitivamente o meu coração.





Voltei para Nova York e dei a noticia para a minha família. Eles não aceitaram muito no início, mas aceitaram o fato de que eu precisava recomeçar onde tudo começou, onde aprendi a amar e parti com o coração partido.



Uma semana depois, Nice, Junior e eu partimos de Nova York e desembarcamos no aeroporto internacional de Washigton. Aluguei um carro e seguimos viagem para Forks, onde começaria uma nova vida e me tornaria uma nova mulher, para tentar dar ao meu filho tudo o que ele não teve nos seus nove anos. Seria uma boa mãe, tentaria encontrar um bom homem que assumisse o papel de pai e quem sabe, lhe daria o irmão que tanto me cobrava.





Chegamos ao nosso novo apartamento, colocamos as caixas espalhadas pela sala, deixando tudo uma grande bagunça e demoraríamos alguns dias até colocar tudo em ordem. Tive vontade de sair correndo ao ver a desordem que se formou na sala do apartamento. Só abrimos as malas com as roupas e objetos pessoais para passar algumas horas. Depois fui para a varando com meu filho e ficamos olhando a cidade.



Junior parecia maravilhado com aquele lugar e ansioso para conhecer a sua avó. Estava louco para conhecer as praias na reserva de La Push, as quais havia lhe contado. Mas antes de pegar o meu filhos e sair para passear na cidade, eu precisava fazer uma coisa... Precisava ir até a minha pedra na praia de La Push. A mesma onde eu estava sentada dez anos antes olhando o por do sol quando conheci Jacob. Precisava olhar para aquele lugar mais uma vez, para pelo menos encarar as coisas de um modo diferente. Aquele seria o marco inicial para recomeçar a minha vida do zero. Eu espantaria os meus fantasmas e depois nada mais seria como antes. Eu me tornaria uma nova mulher. Estaria mais forte, mais decidida e madura.



Eu não era mais uma adolescente de 17 anos. Era uma mulher com quase 28 e precisava ser forte para seguir em frente e permitir a felicidade ao meu filho. Mas para isso precisava encarar os meus fantasmas primeiro. Sabia que ali as lembranças fariam a dor ficar mais latente, mas era necessário aquele momento. Se eu pretendia viver naquele lugar, teria que vencer a minha dor e os meus medos para conseguir. Eu renasceria das minhas cinzas, após queimar as minhas lembranças e tudo o que vivi seriam apenas lembranças tristes.... Aquele era o plano.



- Filho, mamãe precisa sair. Preciso ir até um lugar, ficar sozinha e pensar em algumas coisas. Tá? Eu vou pedir para a Nice procurar o seu material de pintura e o seu cavalete. Ai você pode ir para o seu quarto novo e começar a brincar com eles. Ela também fará um lache para você comer. Tudo bem? - Disse acariciando a sua cabeça.



- Tá mãe! Eu vou pegar só o que precisar para ficar essa noite. Vou ficar bem. Tá? Amanhã eu quero conhecer a minha avó. Pode ser? - Perguntou abrindo um enorme sorriso para mim.



- Tudo bem. Vou passar na casa da sua avó para conversar com ela. Tentar primeiro preparar o coração dela para isso. Amanhã eu o levo para conhecê-La. Você vai ficar bem? - Comecei a bagunçar os cabelos dele e vi o sorriso lindo que tanto amava, enquanto assentia com a cabeça.



- Relaxa, mãe! Você está muito preocupada. Vou pedir para a Nice me ajudar com as coisas e vou pintar no meu quarto. Vou fazer alguns cavalos marinhos para você. Quando voltar estarão prontos. - Ele me abraçou de forma terna e aconchegou a cabeça em meu peito. Meu menino lindo e carinhoso como o pai era.



- Você gosta mesmo de cavalos marinhos? Não é? - Levantei a sua cabeça e encarei os seus lindos olhos negros. Como eles eram parecidos com os olhos do meu Jacob.



- A senhora canta tanto aquela música... Cavalos marinhos! - Ele cantarolou de forma linda para mim. Meu coração se encheu de alegria com meu filho cantarolando para mim. - Eu aprendi a gostar deles. Sabia?



- É... Era a minha música e do seu pai. - Respondi com o coração apertado.



- Eu sei... Eu sei que sente. Vai lá! Eu ficarei bem. - Beijou a minha mão de forma carinhosa. Eu olhava para o meu filho tão maduro e tão esperto. E tentava entender como uma criança de nove anos conseguia sentir quando eu não estava bem, e demonstrava uma sensibilidade tão grande naqueles momentos. Ele olhava para mim e sabia que eu não estava bem. Se fosse em outro momento, faria uma brincadeira ou contaria uma piada. Mas percebeu que estava mal e preferiu não brincar. Ele entendia que precisava ficar sozinha e confrontar os meus fantasmas. Meu filho ás vezes era bem mais maduro do que eu.



Sai do apartamento, peguei o carro que havia alugado, não liguei o som do carro porque não estava muito boa para ouvir músicas. Só precisava de silêncio. Um silêncio reconfortante que me permitisse ouvir o meu coração, me lembrar tudo o que se passou e confrontar os meus fantasmas.



Acelerei o carro e segui pelas estradas de Forske em direção a La Push. O lugar estava exatamente o mesmo, o mesmo verde e aquela vegetação maravilhosa, o céu acinzentado, apesar de estarmos no verão e de nessa estação o clima não ficar tão ruim, mas dava impressão que iria chover.



Continuei a seguir viagem, aos poucos o céu foi mudando e as nuvens foram sumindo. Pareciam levadas pelo vento, que deixava o céu com aparência de um tecido de seda azul. Eu já conseguia ver o sol se pondo do horizonte, quando acelerei mais um poucos com uma estranha ansiedade.



Acelerei mais um pouco até chegar a praia... A praia onde tudo começou.



Reparei que havia um carro estacionado, uma BMW. Fiquei um pouco aborrecida, afinal eu precisava de silêncio e solidão para viver aquele momento. Mas o que eu podia fazer? Estacionei no acostamento, sai do carro lentamente, bati a porta, caminhei até a areia fofa, olhei para aquela linda paisagem que continuava a mesma.



Cruzei os braços na altura do peito, sentindo um frio e um arrepio pelo corpo. Comecei a caminhar de cabeça baixa em direção a minha pedra. Quanto mais eu andava, mais aquela estranha sensação me dominava. Era como se fosse um dejavu. Tinha vontade de fugir daquele lugar e de não encarar os meus fantasmas. Mas eu precisava... Precisava daquele momento. Só depois de passar por aquilo eu conseguiria me sentir forte novamente.



Caminhei mais um pouco, levantei a cabeça e havia um homem... AH! Um homem!!! Não! Não pode ser! Ele estava de costas, mas a sensação que tive foi de... AIMEUDEUS!! Meu coração batia muito rápido. Minha respiração estava irregular e meu corpo estava trêmulo. Eu poderia reconhecer cada detalhe daquele corpo e aqueles cabelos negros, mesmo de costas, após dez anos. Só posso estar ficando maluca. - Pensei em um momento de reflexão e recusa. - Estou tendo uma alucinação. Essa é a única explicação. - Caminhei alguns passos, chegando mais perto, mais perto e mais perto... Eu já havia até me esquecido de respirar. Arregalei os olhos e de repente... Ele se virou.



Ah!! Não!! Não! È um fantasma! - Senti meu corpo desfalecer e tudo ficar escuro.



--xx--



- Acorda! Ness, acorda! - Tentei abrir os olhos, as pálpebras estavam pesadas e minha cabeça estava rodando. Senti meu corpo sendo envolvido por braços fortes e firmes, tive medo que fosse mais um daqueles pesadelos horríveis. Medo de abrir os olhos e me deparar com um fantasma. Realmente vivia um dejavu. Queria encarar aquele momento, mas não conseguia. Forçava-me a não abrir os olhos, enquanto a voz continuava a me chamar. - Ness! - Era a mesma voz rouca, sexy e penetrante que fazia o meu corpo sentir arrepios. Senti um frio estranho em meu estômago. Parecia que algo estava se mexendo dentro dele. Tomei coragem e lentamente comecei a abrir os olhos. Eu me deparei com aquele rosto. O rosto perfeito e lindo...



Ah!! Não!! - Levei um grande choque e tudo sumiu novamente.



Acho que desmaiei novamente, não sei quanto tempo se passou, mas quando abri os olhos novamente, ainda tomada pelo mesmo pavor que assolava o meu corpo, eu me deparei com o rosto daquele homem. Quis gritar e correr, mas não tinha forças. Naquele momento não tinha sanidade para fazer nada. Estava assustada demais com aquele acontecimento. Tive medo de a loucura ter me dominado de vez ou de está possuída por alguma coisa ruim. Algo tinha que explicar eu está nos braços de um homem que havia morrido há dez anos.



Arregalei os olhos novamente, as lágrimas começaram escorrer dos meus olhos, sem mesmo em dar conta, e quando percebi estava chorando muito. Senti uma dor tão grande e não entendia como aquilo era possível. Ele estava morto e eu sabia disso, pois sofri com a sua morte cada dia que vivi naqueles dez anos. Então como era possível está me segurando em seus braços? Qual explicação para aquilo? Até cheguei em pensar em trigêmeos... Não! Não há trigêmeos. Eram só dois. Então como poderia aparecer um terceiro em minha vida? A única explicação plausível, era que estava tendo um colapso nervoso, fruto da minha imaginação e desejo que aquilo estivesse acontecendo. Não pode ser real essa situação tão estapafúrdia. Não mesmo! Mas como sair do colapso? Como me recuperar e voltar ao normal? Eu quis tanto que ele estivesse vivo, que de repente me deparo em seus braços.



Mas os seus olhos eram nítidos, ele me olhavam com admiração e muito amor, estavam lagrimosos e parecia que iria chorar, e os seus braços fortes me envolviam de forma carinhosa. O toque suave de seus dedos acariciaram a minha face. Eles percorriam as minhas pálpebras, os meus lábios, meu nariz e fazia traço por todo o contorno de meu rosto. Enquanto me tocava, a emoção transbordava ainda mais em sua face. Era a mesma face encantada que conhecia, parecia que via uma aparição e me tocava com cautela. Nossos olhares se cruzaram e naquele instante o tempo parou. Eu mal respirava, ele parecia está na mesma forma, não conseguia falar nada. Continuava a tocar os traços do meu rosto, enquanto me olhava com tanto amor que chegava a doer.



- Não! Isso não está me acontecendo. Não! Não! Você está tendo um colapso nervoso. É só a emoção por estar nesse lugar. - Afirmava em voz alta, tentando me acalmar e esperando que tudo sumisse e a minha alucinação terminasse a qualquer momento. Fechei os olhos para tentar me acalmar. - Você não está vendo! Ele está morto! Ele morreu! Morreu! Calma! Calma! Isso tudo vai passar.



- Eu não estou morto, Ness. - A voz rouca se pronunciou, causando arrepios por todo o meu corpo, que se estremeceu em seus braços. Ele me apertou fortemente contra o seu peito e tentou argumentar. Coloquei a cabeça em seu peitoral definido e comecei a chorar muito. O desespero que sentia era tão grande, que achei que fosse morrer. Ele me apertou muito forte, em um abraço de urso, e ficamos chorando um no braço do outro.



- Você... Você... Você morreu - Choraminguei em seus braços - Q que está acontecendo? Estou ficando louca! Não!Não!Não! - Chorava ainda mais.



- Calma! Deixa eu te explicar o que aconteceu. Calma, Ness! - Ele começou a se levantar, com o meu corpo em seus braços, deixando-me ainda mais nervosa. Como um fantasma poderia me carregar no colo e caminhar comigo em seus braços até a nossa pedra? Como?



Ele se sentou, colocou-me sentada, depois começou a beijar as minhas lágrimas em meu rosto de forma tão gentil. Fiquei tão assustada diante daquele acontecimento, meu corpo tremia tanto, sentia um pânico tão grande que pensei que morreria. Eu não entendia o que se passava e só chorava, chorava e chorava. Em minha mente veio a imagem do noticiário, informando sobre o bombardeio e como em senti naquele momento. Lembrei de como sofri, de como doeu e de como quis morrer. Naquele momento mesmo, queria morrer com aquela dor forte em assolando. Era algo tão surreal, que parecia uma loucura da minha cabeça.



Eu chorava enquanto me lembrava de tudo e o sentia secando as minhas lágrimas. Ele me tratava com tanto cuidado, parecia que tinha medo de eu não agüentar e me quebrar. Estava tão apavorado quanto eu e tentava me acalmar, enquanto me tocava de forma tão gentil e delicada.



Ele me puxou para os seus braços novamente, depois me aconchegou em seu peito enquanto afagava os meus cabeços, começou a falar de forma lenta e pausada, para que eu pudesse assimilar os acontecimentos.



- Eu não morri, Ness. Foi um mal entendido e eu não estava naquele navio quando ele explodiu. Tentei te encontrar... Como eu te procurei... Você não tem idéia. Como eu fiquei desesperado por não te achar.



- Mas... Mas... - Não conseguia falar nada, tremia dos pés a cabeça, gaguejava tentando interrompe-lo, mas ele continuou.



- Vou te explicar tudo, mas preciso que fique calma. Preciso que você me ouça para tentar entender. Pode tentar se acalmar? Estou aqui na sua frente, de carne e osso. Não sou fantasma, Ness. - Dizia de forma suave, olhando no fundo dos meus olhos, enquanto os seus dedos seguravam suavemente o meu queixo, erguendo-o para que encarasse o meu olhar.



- Eu não consigo acreditar. Me belisca para me mostrar que não estou... AIII! Assim machuca. - Reclamei ao sentir um beliscão no braço, ri e vi o seu sorriso se abrindo discretamente na face de deus grego.



- É só para você entender que isso não é um pesadelo, um colapso e nem um surto psicótico. Você precisa entender que está aqui diante de mim. - Ergueu o braço e beijou o local do beliscão. Depois seu olhar encarou o meu novamente e ficou em silêncio esperando a minha reação. Senti tanta coisa estranha, um turbilhão de emoções me dominando de forma avassaladora. Me sentia como uma adolescente de 17 anos, revivendo as emoções do primeiro amor. Olhava para aquele homem lindo e sentia meu corpo inteiro reagindo. Todo aquele amor que estava adormecido, começou a despertar, causando as sensações estranhas e me deixando nervosa. Tudo aconteceu de forma tão estranha e intensa, que me perdi completamente dentro daqueles olhos negros penetrantes, que me fitavam como se eu fosse um ser encantado, uma santa ou uma aparição. Era uma coisa estranha, hoje não consigo descrever de forma fidedigna o que vi naqueles olhos. O que vi naquele rosto completamente consternado, diante de mim. E eu estava ainda mais perdida do que ele. Só precisava de uma explicação racional para aquilo que estava acontecendo, e que me fizesse compreender que não estava louca. Que ele não era uma aparição, um fantasma ou fruto da minha imaginação, que tentava encontrar uma forma para escapar daquela dor.



No dia em que o navio foi bombardeado, eu não estava lá. – Começou a descrever o ocorrido, olhando no fundo dos meus olhos. – Eu estava preso em uma base militar americana, por indisciplina militar. Fui ajudar uma senhora sem saber que era uma palestina. Por isso eu me envolvi em uma briga com militares israelenses. Fui julgado e condenado, pegando um mês de cadeia. – Seus olhos estavam cheios de lágrimas e percebi que fazia muita força para não chorar. Havia uma expressão de dor tão grande em sua face. Quis colocá-lo em meu colo, acariciar os seus cabelos e arrancar toda a sua dor, mas não conseguia nem me mover naquele momento.– Quando o navio foi bombardeado eu não estava lá. Acho que Deus deve gostar muito de mim, porque Ele me deu um livramento naquele dia. Perdi amigos naquele bombardeio e sofri muito com o ocorrido. Depois que aquilo aconteceu, pedi para um amigo, o carcereiro, que avisasse meus pais e a você que estava preso. – Acariciou o meu rosto gentilmente, tocou os meus lábios com a ponta dos dedos e ficou brincando com uma mecha dos meus cabelos.



- - Eu pensei que você havia recebido a mensagem e só descobri que você havia sumido quando voltei. Eu te procurei, fiquei desesperado, fui em todas as irmandardes e universidades no Estado de Washington, mas não te encontrei. Depois eu te procurei na rede , mas não te encontrei. Não havia como te encontrar. Por dez anos esperei por você. Isso é tudo muito difícil, mas preciso que acredite em mim. - Beijou a minha testa de forma doce, depois se afastou lentamente e encarou os meus olhos. Meu corpo inteiro tremia de nervoso e tentava me forçar acreditar que aquilo era verdade. Pela primeira vez na vida eu não parecia estar em um filme de terror.



- - AH Tá! Você explicando as coisas ficam mais claras. - As lágrimas começaram a descer sobre o meu rosto sem eu perceber. Estava tão confusa e aquele encontro foi tão doloroso. Muito mais doloroso do que o primeiro. Ele pegou a minha mão e começou a acariciar. Os seus toques eram tão intensos e suaves. Deslizava os dedos sobre a minha pele, sem dizer nada, apenas olhando para mim e em alguns momentos para o horizonte. Ficamos em silêncio, para que eu pudesse me acalmar e digerir tudo aquilo que acabara de ouvir. Precisava encontrar uma forma de acreditar que aquilo era verdade, que não era um delírio fruto da minha imaginação. Mas os seus toques eram tão reais, estava tremendo de nervoso. As mãos começaram a suar muito e quando ele me olhava, percebia que também havia medo em seus olhos.



Depois de um tempo em silêncio, resolvi quebrar o clima.

- Tudo bem. Você não morreu. Você ficou preso e por isso não morreu... - Eu gaguejava e a minha voz estava trêmula, falhando em alguns momentos. - Eu... Eu... - Não conseguia completar a frase. Era tão estranho imaginar que passei dez anos sofrendo por um homem que estava vivo. Que o tempo todo esteve ali. Mais ainda por pensar em tudo o que meu filho perdeu. Era tão doloroso e chocante, que mal conseguia falar. Era difícil raciocinar logicamente sofre tudo o que estava acontecendo e tudo o que ele contou. Quis me atirar em seus braços, abraçá-lo e beijá-lo, mas eu sentia muito medo, ainda mais quando percebi uma aliança em seu dedo. Senti uma dor tão forte no coração ao ver aquela aliança. Ele estava casado. Tinha que estar, afinal havia passado dez anos. Fiquei tão desapontada e nervosa. Tive vontade de sair correndo e sumir naquele momento. Afinal não poderia me envolver com um homem casado... AI Deus como eu sofri! Como eu quis gritar e reclamar por ele não ter me esperado.





- Então eu acho que é isso. - Disse dando de ombros. - Você está vivo e eu estou aqui de volta... Acho que tenho que ir embora. - Falei sem graça, enquanto ele continuava a me olhar daquela mesma forma que me desconsertava.





- Não, Ness! Não vá! - Praticamente implorou, fazendo aqueles olhinhos do gatinho do desenho Sherek.



- Eu acho que a sua esposa e os seus filhos devem estar sentindo a sua falta. Você não acha? - Perguntei e senti um embrulho estranho no estômago. - Você não deveria estar aqui conversando com outra mulher. Não pega muito bem para um homem casado. - Tentei parecer o mais normal possível, quando a minha vontade era de gritar, enquanto proferia aquelas palavras e ele riu. Foi engraçado ver aquele sorriso novamente e eu não entendia o motivo do riso, mas de alguma forma ver o seu sorriso confortou o meu coração.



- Casado? Eu? Não! Não sou casado. - Olhou a aliança, levantando a mão e ficou observando por alguns segundos. Colocou a mão sobre a minha e continuou. - Eu uso essa aliança desde que cheguei a Israel. Comprei essa aliança em um dos portos onde paramos. Eu comprei um par de alianças e o outro ficou guardado. -Meu corpo estremeceu quando tocou a minha bochecha de forma carinhosa e suave, falando com aquela voz rouca e sexy. - Eu queria te mostrar um lugar. Por favor, você poderia vir comigo? É importante!





- Vai demorar? - Perguntei mordendo os lábios de forma nervosa, enquanto desviava os olhos do seu olhar. Não queria me perder naqueles olhos negros. Já estava completamente hipnotizada por ele e precisava pensar racionalmente, sem deixar que os seus olhos me influenciassem.





- Eu preciso que você veja algo. Pode ser? A não ser que você tenha alguém te esperando. - O seu tom de voz ficou triste. Foi estranho ver aquela reação mesmo após dez anos. Parecia sofrer e havia uma aflição tão grande em sua face. Comecei a pensar se ele ainda sentia algo por mim, se o amor ainda estava em seu coração e se seria possível algo para nos dois. Queria perguntar mais e tentar entender o que se passava em seu coração, mas tinha medo das respostas que ouviria.



Assim preferi me calar, não queria falar sobre o nosso filho. Precisava encontrar uma forma de explicar sobre ele e aquele momento não me sentia confortável para fazê-lo. Assenti com a cabeça, ele se levantou da pedra, pegou a minha mão e entrelaçou os nossos dedos, apertando a fortemente e caminhou comigo pela areia fofa da praia, até chegarmos ao acostamento, onde estavam estacionados os nossos carros.





- Você tem condições de dirigir? Ou quer ir em meu carro e depois volto para trazê-la? - Perguntou analisando as minhas expressões. Acho que ficou com medo de eu não agüentar aquilo tudo e passar mal. Parecia extremamente preocupado ao em encarar, franzindo o cenho e mordendo a parte inferior dos lábios.



-Não eu posso... Eu posso... Dirigir. - Afirmei, ainda com a voz trêmula, e ele assentiu com a cabeça.



- Tem certeza? Você me parece perturbada.





- Perturbada? Como você acha que deveria ficar? - Disse dando uma leve risada. - Após encontrá-lo depois de dez anos, achando que você havia morrido.



- Tá! Ok, desculpa. Não queria que nosso encontro fosse assim. Não queria te assustar e nem te aborrecer. - Disse com ar arrependido.





- Eu também não. Quis tanto te encontrar e agora não sei o que fazer. - Confessei abaixando a cabeça. - Abre o seu coração, Ness. Diga o que ele sente. - Pediu segurando o meu queixo com as duas mãos, erguendo-o lentamente para que pudesse encarar o meu olhar.



- Eu estou tentando, mas é difícil. Estou apavorada. - Meus olhos ficaram cheios de lágrimas naquele momento e segurei para não chorar novamente.



- Eu sei disso, meu anjo. - Diminuiu o espaço entre nós, segurou a minha cintura com as duas mãos e puxou o meu corpo para si. Depois foi aproximando o rosto lentamente. Vi os seus movimentos em câmera lenta, seus lábios estavam próximos dos meus, já sentia sua respiração, então mordi os lábios de nervoso e ansiedade. Um turbilhão de emoções me dominou naquele momento, fiquei aflita e não sabia o que fazer. Nem sabia mais beijar na boca e tinha medo daquilo. E ele percebendo o meu desespero, me soltou e se afastou lentamente de mim e não me beijou



- Desculpa! Tá? Vamos de vagar com isso. Sei que é estranho para você como é para mim. - Beijou a minha testa, depois fez um leve afago em minha bochecha e se afastou. Caminhou até o seu carro, abriu a porta, olhou para mim por um momento, com olhar melancólico, depois entrou e deu partida. Entrei no meu carro, respirei fundo, tentei segurar o volante, sentindo meu corpo e minhas mãos trêmulas, dei partida e o segui pelas estradas de La Push.

NOTA
 
Amores, primeiramente gostaria de dizer que estou morrendo de saudade de vocês.



Vocês não têm idéia de como esses dias foram horríveis e solitários sem as minhas amiguxas. Mas espero voltar a rotina logo e concluir as minhas fics.


Como vocês passaram o natal? Comeram muita rabanadas? Kkkk Tomaram vinho e champanhe?


Espero que todas tenham passado um natal maravilhoso, repleto de amor, alegria, paz, prosperidade e muito aconchego da família.


Eu me mudei na quinta feira e estava tão cansada, que meia noite já estava dormindo. Já trabalhei tanto esses dias, que estou mortinha, e ainda tenho muito para fazer em casa.


A minha casa nova é linda, a minha cozinha é um luxo o meu banheiro enorme, sem falar no resto dos cômodos e do quintal.


Vou comprar uma piscina para tomar banho com as minhas cunhadas e os meus sobrinhos. Kkkk Coisa de pobre, NE? Mas fazer o que? Kkkk


Eu ainda não estou muito boa e o resultado dos meus exames deram inflamação dos meus dois ombros e na cervical. Estou com os músculos fracos e desidratados e a dor se irradiou ao longo dos braços, por isso terei que fazer mais dez seções de fisioterapia dos dois braços.


Sinceramente não sei quando isso vai terminar, mas não pretendo parar de escrever. Mesmo com dor, darei o meu jeitinho brasileiro para fazer os caps.






Gostaria de agradecer a todas pelas recomendações que recebi para a song fic e a herdeira. Já tenho 26 para a song e 28 para a herderia e vcs não tem noção de como isso me faz feliz.


Quero agradecer a galerinhaa do facebook que me atura a semana inteira e manda aqueles bichinhos, corações e flores fofoinhas.


Eu to amando esse negócio de facebook e deixo conectado o dia inteiro para ver as fofocas. Kkkk


Gostaria de agradecer a minha beta amada Heri e dizer que estou morrende de saudade. Quanto tempo não conversamos! Fica tão sem graça sem vc para fofocar. Não sabia que sentiria tanta falta do MSN, mas to sentindo muito.


Vê se aparece, Heri!!






BEM SE EU NÃO POSTAR NADA ESSA SEMANA, NÃO TEREI OPORTUNIDADE PARA DESEJAR O FELIZ ANO NOVO.


ENTAO JÁ DEIXO A MINHA MENSAGEM PARA VCS.


QUE O ANO DE 2011 SEJA REPLETO DE AMOR, FELICIDADE, PAZ, HARMONIA, REALIZAÇÕES, BEIJOS, ABRAÇOS, AMIGOS, FAMILIA E DINHEIRO (EU ADORO DINHEIRO... NÃO SOU HIPOCRITA. KKK)


VAMOS ENTRAR O ANO COM PÉ DIREITO E FAZER UMA CORRENTE POSITIVA PARA QUE ELE SEJA MELHOR.


ACREDITO QUE A VIRADA DO ANO É FUNDAMENTAL PARA O RUMO DOS DIAS QUE SEGUIRÃO. ENTAO SEMPRE ENTRO O ANO RINDO, COMENDO UVAS, BEBENDO CHAMPANHE E COM UMA NOTA BEM ALTA DE DINHEIRO NAS MÃOS, BEIJO E ABRAÇO MUITO A MINHA FAMILIA E DEPOIS CAIO NA FARRA. KKK


VAMOS FAZER UMA CORRENTE POSITIVA!!!


FELIZZZZZZZ ANOOOOOO NOVVVVOOOO!!






MUITOS BJUS NA BOCA E NO CORE!!






BOA LEITURA

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

FELIZ NATAL



Um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas. É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo que a cerca. É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações. É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui. Noite cristã, onde a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia. O Natal é um dia festivo e espero que o seu olhar possa estar voltado para uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de seu coração. Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade. Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz. Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida, que de fato queremos ser plenamente felizes. Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último. Que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante. Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo. Aproveite este ano que está chegando para realizar todos os seus sonhos! FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A Herdeira 22 Revolta

22 Revolta – PVO Ness



A maneira com que Jacob me tratou e a brutalidade com que tirou minha virgindade foi algo irracional e imperdoável. Por mais que ele houvesse sido carinhoso e atencioso na segunda vez, ele não conseguira apagar as marcas que deixou em meu corpo e muito menos as que ficaram em minha alma.

Apesar do acontecido na lua de mel, eu realmente pensei que depois daquela noite de amor que vivemos, voltaríamos à vida que tínhamos antes do casamento, voltaríamos a ser felizes e faríamos planos para o nosso futuro. Mas infelizmente minha fantasia se dissipou e a dor em meu coração aumentou no exato momento em que acordei naquela madrugada e constatei que ele não estava mais ao meu lado.

As lágrimas rolaram por meu rosto de maneira descontrolada e dolorosa, me fazendo acreditar que o homem por quem eu havia me apaixonado e sonhava em passar o resto da vida, nunca havia existido e no lugar dele existia um mostro... A mais terrível das criaturas.

Ele sabia exatamente o que queria e sabia exatamente como fazer para conseguir, mas o maior problema é que mesmo assim, eu o amava com todas as minhas forças e não fazia a mínima idéia de como fazer para não deixar que ele fizesse o que queria comigo.

Pensei praticamente a noite toda e enfim, tomei minha decisão! A hora em que a mocinha da história cansava de sofrer e resolvia tomar as rédeas da situação, havia chegado. Eu não poderia mais deixá-lo me tratar como bem entendesse. Eu era uma mulher que possuía sentimentos e emoções, e não um objeto que poderia ser posto em qualquer lugar, de qualquer jeito.

Quando o dia amanheceu eu ainda estava em claro, pensando e planejando em como e o que eu iria fazer para acabar com aquela palhaçada. Eu não queria mais servir de capacho, mas também não queria fazer o homem que eu amava sofrer, eu queria apenas... Dar-lhe uma lição! Mostrar que aquela Renesmee santinha e ingênua não existia mais. E que no lugar dela, havia nascido uma Renesmee forte e destemida.

Levantei da cama completamente torpe. Senti meu corpo dolorido pela forma como fiz amor com Jacob, os meus lábios ainda possuíam o seu gosto, vi que minha pela ainda estava levemente avermelhada pelos seus toques. Uma lágrima rolou pelo meu rosto ao constatar que mais uma vez ele havia me humilhado. Não conseguia acreditar que depois do que havia nos acontecido, mais uma vez me abandonou como uma qualquer na cama. Aquilo era humilhante de mais e fez uma raiva tão grande crescer dentro de mim, uma vontade de gritar e dizer chega para as suas atitudes estúpidas, a forma debochada como falava, o jeito agressivo e ameaçador como me intimidava.

Por mais que o amasse, sim eu o amava mais do que tudo, não poderia deixar aquilo passar em branco. Ele praticamente havia me violentado na nossa noite de núpcias e depois fez questão de me abandonar e me humilhar. Não tentou esconder a sua estupidez nem diante de Sue e aquilo me fazia pensar em quem era realmente Jacob.

Por toda a minha vida eu fantasiei um homem maravilhoso. Tive espectativas com a nossa vida e fiz planos para nós dois. Quando o conheci tive a certeza que era o meu príncipe encantado, mas agora via diante de mim um homem que não conhecia. Ele parecia mais um monstro, um completo desconhecido do que o homem que amava.

Levantei da cama em um impulso, caminhei para o banheiro, sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto, meu corpo nu tremia, minha cabeça girava e meu coração doía tanto que chegava a me sufocar.

Por que Jacob? Por que faz essas coisas comigo? Eu te amo tanto, mas você precisa aprender a ser gente. Por mais que seja difícil, por mais que eu sofra e chore, não abrirei mão de você, Jacob. Mas você vai aprender a ser gente e a me respeitar. Nunca mais me tomará a força. Nunca mais permitirei que me humilhe dessa forma. Será difícil, mas se você colocou uma máscara para me dá um golpe e casar comigo, vou tirar essa máscara e farei você se mostrar para mim. Vai aprender a ser gente ou esse casamento não dará certo.

Olhei a minha imagem derrotada diante do espelho, meus lábios estavam inchados, havia olheiras escuras em meu rosto e uma tristeza que desconhecia em meus olhos. Nunca me minha vida havia me sentido tão infeliz. Aquele momento foi tão difícil, mas ao mesmo tempo me confrontar diante de espelho me deu forças.

Caminhei para o boxe, tomei um banho quente e comecei a esfregar o meu corpo com tamanha violência, deixando a minha pele muito vermelha, tamanho era o nojo que sentia por tê-lo deixado me tocar novamente. Quanto mais esfregava, mais as lembranças das duas noites vinham a minha mente, fazendo com que me sentisse muito suja... Eu me sentia imunda.

Sai do boxe, peguei a toalha e me sequei lentamente. Depois fiz a minha higiene bucal e penteei os meus cabelos. Sai do banheiro e caminhei até o meu closet, coloquei calças jeans e uma blusa branca, depois um suéter branco, calcei sandálias brancas e sai do quarto.

Por instinto, parei diante da porta do seu quarto e a abri. Entrei lentamente e percebi que estava deitado dormindo. Estava nu e dormia como uma criança. Parecia o meu Jacob, o homem que amava, e não o monstro que se satisfazia com o meu sofrimento. Lembrei-me de suas palavras na noite em que... Comecei a chorar com raiva de mim e com ódio dele. Sentia um ódio tão grande subindo pela minha barriga e se alojando em minha garganta. Estava tão sufocada e precisava colocar tudo aquilo para fora. Então comecei a bater nele e gritar como uma louca desvairada.

- ACORDA, SEU SAFADO! ACORDA! ACORDA! – Ele abriu os olhos lentamente, piscou duas vezes as pálpebras e ficou me olhando sem entender absolutamente nada.

- Ness... – Sussurrou com aquela voz rouca e sexy. Senti meu corpo estremecer ao ouvi o som da sua voz, mas sabia que não podia voltar atrás. Me negava a parecer uma menina fraca e boba e deixá-lo fazer de mim o que lhe desse vontade.

- ESCUTA AQUI, JACOB! – Gritei e ele arregalou os olhos assustado.

- Ness eu preciso falar a verdade... preciso.

- CALA ESSA BOA IMUNDA! CALA! AGORA QUEM FALA SOU EU! ENTENDEU? – Ele me olhava sem entender o motivo de toda aquela histeria e parecia não acreditar que aquela era eu. Certamente nunca achou que eu tivesse coragem para enfrentá-lo. Estava realmente assustado demais e às vezes via uma face confusa, misturada com pânico.

- O que... – Tentou falar novamente mais eu o interrompi.

- Agora quem fala sou eu. Já disse, Jacob. – Comecei em tom autoritário. Sentia meu corpo inteiro tremer e esquentar ainda mais. – Você praticamente me violentou na nossa noite de núpcias. Eu estava cansada e bastante chateada. Só precisava dormir e descansar em seus braços. Precisava de um porto seguro, mas você simplesmente se mostrou um monstro da pior espécie. Depois você me humilhou e me deixou só, completamente arrasada e despedaçada. Não satisfeito, me humilhou diante dos empregados e me tratou como um lixo, um brinquedo que faz o que quer. Esse não foi o homem por quem me apaixonei. Alias acho que nem te conheço, Jacob. Esse casamento foi o pior erro que cometi na minha vida, mas não darei o braço a torcer para aqueles que achavam que não daria certo... – Comecei a rir histericamente.  – Não mesmo! Eu entrei na chuva e vou me molhar. Mas não admitirei mais abusos da sua parte. Aqui quem dita as regras sou eu! Está entendido? Se você fizer alguma gracinha ou tentar me pegar a força novamente... – Comecei a chorar de ódio enquanto falava, sentindo o sangue fervendo em minha cabeça. Doía muito cada palavra que dizia, mas ele aprenderia ser gente de uma forma ou de outra. – Eu vou até a delegacia mais próxima, a do meu avô, e te denuncio por violência sexual. Conto para o meu avô tudo o que fez e ele te tira a presidência. E sabe bem que meus tios e meu pai acabariam com você. Entende o que falo? Entende? Eu te amo! Te amo muito! Mas ou você aprende a ser gente ou vai para cadeia e perde tudo. Então não se esqueça de quem eu sou e do que posso te fazer. Vai aprender a me respeitar como sua esposa e vamos “tentar” superar essa noite fatídica. Mas não pense que terei pena de você se me fizer mal novamente. Só transarei com você quando sentir vontade e se souber que está me roubando, eu o coloco na cadeia. – Naquele momento ele me interrompeu. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e parecia completamente consternado com tudo o que havia ouvido.

- Ness eu preciso dizer...

- CALA A BOCA! EU NÃO QUERO OUVIR A SUA VOZ HOJE! SERÁ QUE NÃO ENTENDE ISSO! QUE ESTOU COM ÓDIO DE VOCÊ! – Sai do quarto chorando muito, bati a porta com raiva, corri para o meu quarto, entrei e tranquei a porta. Depois me joguei sobre a cama, abracei o meu travesseiro e chorei muito. Toda a dor que sentia, colocava para fora como uma criança. Chorei por um bom tempo, depois levantei, fui até o banheiro, lavei o rosto e fiz uma leve maquiagem para esconder as marcas em meu rosto. Sai do quarto e fui para a cozinha. Pensei que as coisas estavam ruins, mas o meu inferno estava só começando.

- Bom dia!  - Disse para Sue e Seth assim que entrei. Ele só assentiu com a cabeça e se levantou para sair.

- Seth, posso conversar com você? – Perguntei e vi o seu rosto triste, estava com olheiras e inchado. Parecia ter chorado muito e aquilo me cortava o coração.

- Não podemos mais ficar de conversinhas, Sra Black. Agora é uma mulher casada e não fica bem intimidades com empregados. Acho que já teve brigas demais com seu marido, levando se em consideração os gritos que ouvi há minutos. Não quero causar mais problemas para a senhora. Com licença. – Sai sem olhar para mim. Senti meu estômago embrulhar naquele momento. Era doloroso demais ver os estragos que havia feito em sua vida. Eu o amava demais para permitir que sofresse por mim. Mas não havia o que fazer naquele momento. Soquei a mesa com raiva e machuquei a mão. Sue me olhou franzindo o cenho, parecia preocupada, ficou me analisando antes de falar qualquer coisa.

- Seu marido melhorou? Ele estava muito mal ontem. Bebeu muito e pegou aquela chuva que caiu durante a madrugada. Estava com muita febre e não dizia coisa com coisa. – Disse me analisando.

- Não sei! Não perguntei como ele estava. – Respondi desviando o olhar do dela.

- As coisas estão complicadas para vocês. Queria poder te ajudar, mas não entendo o que está acontecendo. – Sentou-se no balcão e continuou me encarando.

- Jacob não é o homem que achei que fosse. Mas eu o amo muito e não quero desistir do meu casamento. Porem sei que será difícil a escolha que estou fazendo e que sofrerei muito com elas. Estou disposta a tentar por nós dois, mesmo sabendo que posso me machucar. De uma forma ou de outra ele vai aprender a ser gente, Sue.

- Ninguém muda se não quiser. Mas sei que o seu marido te ama, Ness.

- A forma dele demonstrar o seu amor é bem esquisita, Sue. – Falei envergonhada.

- Mas ele te ama. Disse isso ontem a noite, enquanto estava bêbado, filha. Só que existem coisas que não sabemos e que atormentam o seu marido. Não gosto muito do Jacob, mas sei que o ama e o conselho que dou é para ser paciente com ele. – Ela puxou-me para o seu colo, coloquei a minha cabeça e fiquei recebendo os seus afagos.  – Só não faça o meu filho sofrer. Ele te ama muito mais do que imagina. Quero pedir para demiti-lo, Ness.

- Como assim?  Eu não suportaria ficar longe de Seth. – Estava chorando como uma criança, com aquela dor me corroendo por dentro.

- Ele também não, mas está sofrendo muito por você, filha. Não é justo com ele ficar e ver você com seu marido. Por favor, faça isso por ele.

- Ele não irá! Seth é tão teimoso quanto eu.... Sou egoísta demais para abrir mão da presença dele. – Confessei envergonhada.

- Isso não acabará bem. O seu marido é ciumento demais e os dois vão acabar se matando. Temo pelo futuro de vocês três, Ness.

- Isso não acontecerá. – Respondi tentando me convencer daquilo.

- Vou levar o café da manhã para o seu marido. Ele precisa de um café muito forte para curar a sua ressaca e precisa comer algo.

- Pode levar! Não me importo... – Disse sentando no balcão e dando de ombros.

- Vocês dois são orgulhosos e teimosos demais. O que será desse casamento? – Resmungou e foi para a pia.

--xx—

Os dias passaram rapidamente, nós mal nos falávamos quando nos encontrávamos nas refeições. Às vezes percebia que me olhava com melancolia, mas tentava disfarçar a pena que sentia dele. Geralmente os nossos diálogos eram monossilabilicos (Sim, Não, Talvez), quando me trazia documentos para assinar.

Era desconfortante me sentar a mesa com alguém que parecia um completo estranho, mas precisava demonstrar frieza para ele, deixando o inseguro sobre os meus sentimentos.

Não dormimos juntos desde a noite em que me abandonou pela última vez. E por mais estranho que possa parecer, sentia falta dos seus beijos, dos toques e da forma de olhar. Mas não queria dá o braço a torcer e não o deixei perceber a saudade que sentia dos seus braços musculosos me envolvendo.

Ele trabalhava o dia inteiro e quando voltava, ficava trancado naquele escritório, fazendo sei lá o que, e só saia para o jantar.

A  minha relação com Seth não melhorou muito, mas saímos algumas vezes para fazer compras no shopping e eu tentava puxar assuntos sofre a faculdade.

Ele havia iniciado o primeiro período, estudava pela manhã e duas vezes na semana tinha aulas no período da tarde. Havia feito alguns “amigos” e aquilo me incomodava. Mas não era se entranhar que um cara tão boa pinta tenha chamado a atenção do público feminino, deixando me enciumada por saber que suas melhores amigas eram mulheres: Elisangela, Michelle, Paula, Larissa, Jeane e Letícia.

O ciúme que sentia era tão grande, que às vezes me pegava contando o tempo para ele voltar para casa. E quando tinha oportunidade, sondava para saber se estava ficando com alguém. Mas desde o meu casamento, as nossas conversas eram estranhas e ele se fechou para assuntos pessoais.

Perguntava Sue sobre a vida de Seth na faculdade, mas ela dizia não saber muita coisa. Ficava me olhando com um jeito desconfiado e às vezes me jogava indiretas de que era uma mulher casada e poderia ter problemas com o meu marido.

Três semanas após o meu casamento, recebemos a visita dos meus pais na manhã de sábado. Meu pai disse que minha mãe estava perturbando demais para me ver e tinha o pressentimento que as coisas não estavam bem. E que apesar de falar comigo todos os dias, tinha a certeza que estava mentindo para ela.

Jacob os recebeu com toda a cordialidade e pela primeira vez vi como ele era cínico ao colocar a máscara de bom moço.

Durante aquela tarde, ele me beijava, me tocava a todo o momento, sorria o tempo inteiro e se mostrava muito prestativo nas tarefas da cozinha, já que Sue e Seth estava de folga. Fiquei tão perplexa ao perceber como ele atuava e comecei a me lembrar dos nossos momentos, dando me conta de que tudo que vivemos juntos foi um verdadeiro teatro armado por ele para me dar o gole do baú. Apesar disso, resolvi entrar no jogo e me fingi de boa esposa, afinal não queria que meus pais soubessem da verdade. E minha mãe tinha um instinto muito forte, sendo imprescindível atuar o melhor possível para “tentar” enganá-la.

Enquanto almoçávamos, ele falava dos projetos da empresa, dos rendimentos e de como tudo estava indo bem. Mostrou-se preocupado com a saúde do meu avô, que estava em Nova York junto com minha avó e minhas tias, por conta do tratamento que estava fazendo.

Percebia que ele tentava ser muito agradável com a minha mãe, que como sempre fazia aquela cara de nojo para ele e ficava analisando cada movimento. No fundo ela sabia que ele não valia nada, mas ficava na dela para não causar atritos entre nós.

Quando meus pais foram embora, ele se ofereceu para me ajudar na cozinha, aproveitou que eu estava falando com ele para puxar assunto.

- Deixa que te ajudo com a louça. – Disse pegando os pratos da mesa e se dirigindo para a cozinha.

- Você não precisa mais fingir. Estamos sozinhos agora. – Disse com tom irônico para ele.

- Estou tentando ser sociável com você. Até quando ficaremos nessa casa nos ignorando? Será que podemos pelo menos tentar? – Perguntou me encarando, mas não respondi e continuei a me fazer de durona. Voltei para a sala de jantar, peguei o restante dos talheres e voltei para a cozinha.

Comecei a lavar a louça e ele ia as enxugando a medida que terminava. Sentia meu coração bater muito forte, uma ânsia de estar em seus braços, saudade de seus beijos, de suas mãos acariciando o meu corpo. Fechei os olhos e comecei a lembrar dos nossos momentos. Um tesão incontrolável começou a me dominar e a medida que me lembrava, o fogo só aumentava, consumindo cada célula de meu corpo.

Terminei de lavar a louça, vi que ele guardava a última peça, fiquei o encarando por alguns instantes, desejando o seu corpo, ansiando pelos seus toques mesmo sabendo que ele não valia nada e que só estava me usando. Sentia um misto de ódio, amor, paixão e tesão explodindo dentro de mim. Ao mesmo tempo que queria bater nele e fazê-lo sofrer pelo que fez comigo, também queria ser possuída por ele e sentir tudo o que podia me dar.

Você está louca, Renesmee! Louca! Ai que homem mais gostoso.

Mordi os lábios enquanto admirava o seu corpo, apoiei os braços sobre a pia e fiquei estática analisando cada pedaço daquele caminho de perdição; Sim! Ele era a minha perdição e por mais que tentasse resistir, estava subindo pelas paredes literalmente.

- O que foi? – Perguntou com aquela voz sexy, ardente e provocante, enquanto caminhava lentamente em minha direção.

- Eu quero você agora. – Respondi rendida, completamente insana diante da constatação que mesmo odiando, eu o amava e precisava senti-lo outra vez.

- Eu também quero você, neném... Não sabe o quanto. – Encurralou-me na pia, aproximou o rosto lentamente do meu, enquanto me fitava com aqueles olhos negros provocantes, respiração irregular, sorriso safado no rosto... Estava perdida.

Jacob segurou o meu rosto com as duas mãos e começou a me beijar de forma intensa. Nossas línguas se encontraram causando um turbilhão de emoções, ela serpenteava em minha boca, explorando cada canto de forma avassaladora. Eu já estava sem fôlego, enquanto ele continua me beijava com volúpia abrasadora. Era como se o mundo estivesse acabando naquele momento e precisasse me devorar. Nossos braços passeavam nos corpos um do outro.

 Ele me pegou no colo, colocou-me sobre o balcão no centro da cozinha, abriu as minhas pernas e subiu as suas mãos pela minha coxa, até chegar a minha intimidade. Seus dedos passaram pelo elástico da minha calcinha e chegaram ao meu sexo. Começou a massageá-lo de forma enlouquecedora, fazendo-me gemer em seus lábios. A outra mão foi até o decote do meu vestido e passou por dentro dele, chegando ao meu seio; Começou a brincar com o meu pico, massageava o meu sexo enquanto explorava todos os cantos da minha boca com sua língua deliciosa.

Foi um  misto de desespero, saudade, tesão e prazer incubado o que nos aconteceu. Acabei sem roupas no balcão da cozinha, sendo penetrada por estocavas fortes e vorazes, uma a uma causando um enorme prazer em meu corpo, enquanto seus lábios sugavam os meus seios, suas mãos massageavam a minha barriga, fazendo me gemer como uma gata no cio.

- OH Neném eu te amo tanto! – Ele gemia gostoso enquanto sugava os meus seios.  – Ès tão gostosa, Ness. Nunca me senti assim com mulher nenhuma... geme para mim.

- Jacob... Jacob...

- Isso! Geme!

- Você é um safado, Jacob... OHH!!! OHH!!! Ordinário, mentiroso... OHHH!!! Cretino!!!

- Pode me xingar mais, neném!!  Vai me xinga mais, Ness!!! Tu és gostosa demais, neném!

- Eu odeio te amar, Jacob. – Ele continuava penetrando muito forte e muito fundo, enquanto meu corpo explodia em vários orgasmos, como se fosse uma queima de fogos.

- Eu odeio o jeito que te faço sofrer, neném... Odeio! OHHHH Vamos juntos, Ness!!!

- Jacooooob! – Meu corpo explodiu, puxei os seus cabelos e arranhei as suas costas com violência, com raiva dele e de mim por ser tão fraca.

- Nesssss! – Ele explodiu em um gozo forte e seu corpo caiu mole sobre o meu. Continuou dentro de mim por algum tempo, depois tirou o seu membro, sujando me com o seu esperma quente que ainda caia sobre a minha pele. Continuei deitada sobre a  mesa, tentando entender tudo aquilo e sentindo raiva de mim por ter permitido que aquilo acontecesse.

- Ness, vamos conversar? Preciso te dizer algumas coisas. – Disse observando o meu corpo sobre o balcão.

- Não há nada o que conversar, Jacob. O que nos aconteceu foi só sexo. – Disse tentando colocar um sorriso irônico no rosto. Queria que ele sentisse a mesma dor que me causou. – Quando eu sentir vontade, podemos fazer sem compromisso ou emoção. Só isso! Não vamos discutir a relação só porque transamos. – Desci do balcão e comecei a pegar a minha roupa, enquanto ele me olhava atônito, parecendo não acreditar no que havia dito. Pensei que fosse explodir de raiva naquele momento.

- Como é? – Perguntou com raiva, socando o balcão.

- Isso mesmo! Eu te avisei que só transaria com você quando tivesse vontade. Foi isso que aconteceu. Pelo menos assim você paga a boa vida que tem. – Comecei a sair da cozinha, sentindo as lágrimas se formando em meus olhos. Queria gritar que tudo aquilo era mentira, mas o meu lado vingativo exigia que o fizesse sofrer como havia me feito.

- MULHER NENHUMA ME TRATA ASSIM! VOLTA AQUI, RENESMEE BLACK! – Ele gritava furioso na cozinha. Dei um tachuzinho sem olhar para trás e fui para o meu quarto com o coração despedaçado.