quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Song Fic Vento No Litoral Jakexness3

Capítulo 2 – Sentimentos



Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo

E quando vejo o mar

Existe algo que diz

Que a vida continua

E se entregar é uma bobagem...


Jacob e eu nos sentamos de frente para a praia e ficamos admirando o mar ao longo do horizonte. E apesar da dor que sentíamos, começou a me transmitir uma paz tão grande, que pouco a pouco foi acalmando o meu coração.



Eu olhava para ele e via Seth, mas quando prestava atenção nos seus gestos, no falar e no agir, era uma pessoa completamente diferente. Fazendo o meu coração começar a bater de forma estranha. E me sentir culpada por está atraída pelo meu cunhado. Afinal havia perdido o namorado há dois meses e era no mínimo estranho sentir algo pelo seu irmão.



- Posso te perguntar uma coisa¿ - Perguntei para ele, virando o meu rosto para fitá-lo. Vi que virou o seu e encarou o meu olhar de forma estranha. Um frio repentino se formou em meu estômago e meu coração acelerou quando nossos olhos se encontraram.



- O que você quiser. – Respondeu com a voz rouca e sexy, fazendo pequenos tremores afligirem o meu corpo.



- Como sabia que eu estava aqui¿ - Perguntei, tentando decifrar as suas expressões, e vi um ligeiro sorriso se formar em seu rosto. Era algo inacreditável, suave, encantador e ao mesmo tempo havia dor denotando uma estranha frustração. Ele sofria mais do que eu, vivia um drama familiar muito complicado e veio a mim pedindo socorro. Sorriu forçado para mim e mesmo assim foi lindo ver os dentes branquinhos, as covinhas no queixo, o nariz ligeiramente arredondado, a boca carnuda e desenhada se abrindo ligeiramente. Fiquei completamente fascinada por aquele sorriso e ao mesmo tempo culpada por me sentir daquela forma.



- Sua tia... – Sussurrou enquanto franzi o cenho, sem entender o que dizia. Como ele conhecia a minha tia¿ Do que estava falando.¿ - Fui à sua casa e usa mãe caiu dura quando me viu. Foi a mesma reação que teve. Sua tia a acudiu e depois expliquei quem eu era e o que queria com você. Mas sua mãe não queria que te procurasse. Achou que você teria um colapso e se negou a me dizer como achá-la. Agradeci e sai, e foi naquele momento que sua tia, uma moça baixinha com cabelos pretos, curtinhos e picotados veio correndo para me alcançar e disse que você estaria na praia ou nos penhascos . Falou da sua pedra a beira do mar e que sempre vinha para remoer a morte dele. – Quando falou a forte “dele”, engoliu seco e seu tom ficou mais áspero. Senti um desconforto em seu falar e o sorriso se fechou no mesmo instante.



- Coitada da minha mãe... – Sussurrei imaginando o seu susto e como deveria ter ficado. – É verdade. Sempre venho até aqui para pensar no que farei e me lembrar do que vivemos. Seth e eu tínhamos muitos planos. Fizemos projetos para o nosso futuro e eu não pensei na minha vida sem ele. Agora tenho que me acostumar e aceitar o que aconteceu. Aceitar que a minha infantilidade o matou. – Meu coração apertou novamente e as lágrimas começaram a se formar novamente no canto dos meus olhos. Minha voz ficou embargada e não conseguia conter o choro eminente. Jacob me olhava com tanta pena. Era algo tão estranho de ser ver, um homem daqueles completamente compadecido da minha dor. – Se não fosse a minha criancices... – Segurou o meu rosto com as duas mãos e começou a negar as minhas palavras novamente.



- SHIII!!! Você não teve culpa, meu anjo. O que aconteceu foi uma fatalidade e todos nós estamos sujeitos a isso. Agora o que tem a fazer é pensar no seu futuro... Isso sim. Mas não que a sua vida acabou... Ela só está começando e você ainda terá muitos namorados. Viverá grandes amores até encontrar o homem da sua vida. Só está na flor da idade e na sua idade tudo parece grande demais. Mas pode acreditar, isso tudo vai passar e você só sentirá uma grande saudade. – Falava com tanta sabedoria. Havia tanta maturidade para um rapaz de apenas 19 anos. Fiquei espantada como conseguia falar daquela maneira e foi inevitável pensar em Seth, em como ele era brincalhão, fazia besteiras e não tinha a maturidade de um homem com as responsabilidades que precisava para ajudar a mãe. Às vezes Seth parecia um verdadeiro homem, mas na maioria tinha atitudes imaturas. Com Jacob era tão diferente... Ele era tão adulto.



- Não... – Sussurrei desviando meus olhos dos deles. Não agüentava encarar aquele lindo olhar. Ver suas expressões e senti-lo tão de perto. – Podemos caminhar um pouco¿ - Perguntei sentindo o desconforto da situação.



- É claro, meu anjo. – Em um estalar de dedos Jacob se levantou, segurou gentilmente minha mão e me puxou. Começamos a caminhar lado a lado pela praia, enquanto falávamos sobre as coisas que precisava saber. Era tão doloroso para mim, mas sabia o quanto aquilo era importante para ele.



- O que ele fazia¿ Como vivia¿ Quais eram os seus projetos¿ Que tipo de música gostava¿ Os livros que já leu¿ - Começou uma série de perguntas sobre o irmão, deixando me completamente zonza. E cada vez que abria a boca, falando algo, sentia correntes elétricas percorrerem meu corpo, aumentando ainda mais o meu remorso.



- Você está rápido demais. – Disse para ele. – Ficará quanto tempo em La Push¿ Podemos conversar com calma sobre tudo isso. Não precisa ser de uma vez. Também tenho muitas fotos para te mostrar e sei que você conseguirá conhecer melhor o seu irmão. – Respondi.



- Eu tirei duas semanas de licença e pretendo ficar até o último dia. – Suspirou fundo e percebi o desconforto. – Sinceramente não quero voltar e encontrar o meu pai... Não quero! Ele se quer sentiu a morte do filho... Não quero olhar para ele e pensar nele machucando a minha mãe. Se o fizer, farei uma grande besteira. – Respondeu.



- Você disse que seu pai é militar... – Ele me cortou quando comecei a falar.



- Ele é um capitão linha dura do exército. Tivemos muitos problemas há dois anos, quando decidi não ir para o exercito. Primeiro tentei a força aérea. – Calou-se por breves segundos. – Passei em todos os testes, mas tenho problema de vista e um piloto não pode pilotar um caça aéreo com o problema que tenho... Não tenho uma boa visão há longa distância. Nessa época, meu pai infernizou a minha vida. Mas eu não aceitaria de forma alguma ficar sobe o seu comando e ser visto como filho do Capitão Black. Assim resolvi ir para marinha, mas devo confessar que às vezes é muito chato. Só gosto mesmo quando fico meses em alto mar, longe de tudo o que me faz mal.



- Nossa! Eu nem imaginava isso tudo. Mas como você já está há dois anos na marinha¿ Apesar de que Seth repetiu um ano no colegial. – Disse curiosa.



- Eu comecei a estudar bem cedo, Ness. Os professores me adiantaram dois anos e terminei o colegial quando ia completar dezessete. Ainda fiquei quase um ano fazendo cursos fora da base. E o que gostaria mesmo era ter feito engenharia. Cheguei até a me inscrever para algumas universidade e fui aceito. Mas... Você já deve imaginar.



- Seu pai não aceitou¿ Não acredito nisso!



- Não aceitou! Eu tinha uma única alternativa... Seguir carreira militar.



- Isso é horrível! – Disse para ele.



- Mas eu até gosto da marinha e tem uns cursos legais lá. Só que as turmas estão lotadas e estou esperando vaga para entrar no curso de engenharia. Se eu conseguir, além de marinheiro também serei engenheiro. Isso é um sonho e sei que sou capaz. – Ele ficou de frente para mim, cruzou os braços na altura dos peitos de forma sexy, encarou o meu olhar e sorriu. – Agora me conta sobre “ele”.



- Ele era incrível e como todo o rapaz da sua idade, jogava no time de foot baal do colégio. Era um dos populares e as garotas morriam por ele. Pode imaginar como eu me sentia insegura, não é¿ Era como um peixe fora d’água e ele me fazia sentir como uma pessoa especial. Quando me mudei para Forks, era muito tímida e me achava feia, desengonçada, sem graça e além disso CDF. Então as pessoas passaram a implicar comigo. Ai Seth apareceu com aquele jeito “cheguei” e foi logo mostrando a que veio. De início fiquei receosa e tive muito medo de me envolver. Afinal nunca havia namorado e ele era muito descolado. Um mês depois começamos a namorar e as garotas da escola morreram com isso. – Comecei a rir lembrando.



- Você é linda, Ness... Não sei o motivo dessa baixa estima. Mas posso dizer que sei bem o que meu irmão viu em você... É simplesmente linda e encantadora. – Disse me encarando e senti minhas bochechas queimarem de vergonha. E sabia que estava vermelha como um camarão.



- Isso é bondade sua, mas deixa eu continuar. - Sorri e continuei a minha história. – Ele foi o meu primeiro tudo... Se é que me entende. E nós nos entendíamos muito bem, mas às vezes ele ficava calado demais e pensativo. Quando perguntava o que se passava, ele se trancava em uma concha e não se abria. Hoje sei que eram por causa dos problemas familiares. Tirando isso, ele era muito alegre, adorava fazer piadas, cativava as pessoas logo de cara... Tinha um jeito único. – Jacob me olhava encantado enquanto falava de seu irmão. E as estranhas sensações de correntes elétricas continuavam e me afligir quando me tocava ou me olhava de forma mais penetrante.



- Queria muito conhecê-lo. Acho que sou bem mais tímido que ele. – Respondeu.



- Ele era bem descolado, adorava dançar... – Comecei a rir. – Ele adorava hip hop e dançava como aqueles caras dos filmes. Era tão engraçado! – Gargalhei ao me lembrar e Jacob também riu. – Eu tentava acompanhar os passos, mas não conseguia. Uma vez ele me levou num club e os caras ficaram me olhando com um jeito estranho. Ai um deles falou: Seth essa branquela não leva jeito pra coisa, mano! – Eu ria tanto me lembrando da cena e Jacob, mesmo sem saber como realmente havia acontecido, ria comigo. – Eu me senti ridícula e humilhada. Eles se sentiam os maiorais e ainda me chamavam de branquela. Aquela noite foi uma das mais engraçadas e rimos muito depois.



- Eu não quero te cortar, mas já está anoitecendo e pelo que vi quando cheguei está a pé. Como você chegou aqui¿ - Perguntou arqueando uma das sobrancelhas.



- Eu fui de bicicleta até a casa do Embry e ele me trouxe de carro. Ficou de me buscar depois, quando eu ligasse.



- Eu estou de moto. Quer uma carona¿ Se não sentir medo, eu a levo para casa. – Encarou novamente o meu olhar, fazendo as minhas bochechar arderem mais uma vez e a estranha sensação de frio percorrer o meu estômago. As correntes elétricas faziam festa em meus braços e tive vontade de fugir. Ele era tão real, tão perto, tão lindo... tão... Eu não podia... Não devia pensar nele como...



- Não vou te incomodar¿ - Perguntei abaixando a cabeça, sem querer ver o que seus olhos me diziam.



- De forma alguma, meu anjo. – O timbre da sua voz era como música para mim e fazia meu coração acelerar. Era algo tão estranho que fazia meu corpo doer. Naquele momento soube que o queria, mas que não podia me atirar em seus braços. Ele estava pedindo socorro para mim, era o meu cunhado e não poderia simplesmente me oferecer para ele.



- Tudo bem! Deixa só eu ligar para o Embry e avisar. – Peguei o celular no bolso da calça e disquei.



-Oi, sou eu!



- Ness, quer que vá te buscar¿ - Perguntou.



- Eu arrumei uma carona, Embry. Não precisa vir.



- Tudo bem! Se precisar de algo... Mais tarde levo a sua bicicleta.



- Obrigada, amigo!



- Vê se fica bem! Disse e desligou.



- Pronto! – Disse para ele, que entrelaçou os dedos em minhas mãos, fazendo meu corpo gelar naquele momento. Não consegui me mover, ele parou e ficou me olhando por uns instantes.



- O que foi¿ - Perguntou angustiado. Senti as lágrimas queimarem em meus olhos. Abaixei a cabeça e tentei não olhar... Eu não podia... Não devia...



- Desculpa... é... que... – Ele me puxou pela cintura e colou os nossos corpos. Colocou a minha cabeça em seu ombro e me abraçou forte. Senti o choro incontrolável naquele momento, mas ao mesmo tempo um conforto tão bom. Os seus braços pareciam o melhor lugar do mundo. Fiquei tão segura neles, que não queria sair. Seu cheiro invadiu as minhas narinas, deixando-me completamente inebriada pelo seu perfume. Seu calor era tão grande, que alcançava o meu coração. Um sentimento tão estranho tomou conta de mim naquele momento, que não conseguia entender. Não era como me sentia com Seth... Era mais forte.



- Vai passar, meu anjo. Vai passar! – Beijou a minha cabeça e fez carinho em minhas costas. Depois segurou o meu queixo com uma das mãos e ergueu a minha cabeça, fazendo os nossos olhos se encontrarem. Seus olhos estavam lacrimosos e me olhavam com intensidade. Parecia atingir a minha alma quando em olhava. Beijou minha bochecha e depois começou a secar as minhas lágrimas com os dedos. Ao terminar, colocou a minha cabeça em seu peito novamente e voltou a afagar os meus cabelos de forma delicada com minha mão. Sua outra mão acariciou as minhas costas. Fechei os olhos e me perdi em seu abraço.



A noite começou a cair, uma brisa fria percorria os nossos corpos, as correntes elétricas brincavam com meu corpo, meu coração batia tão forte e descompassadamente, as lágrimas não cessavam e um medo novo, e inesperado começou a tomar conta de mim. Eu estava me apaixonando por ele, talvez nem fosse a palavra correta, e não podia... Não devia.



Era tão doloroso pensar que eu perderia pela segunda vez. Sabendo que em duas semanas ele iria embora e eu ficaria sem chão.



Envolvi os meus braços em sua cintura e o abracei tão forte, mas tão forte que parecia querer algemá-lo a mim. Não queria que partisse, mas era inevitável e já estava me doendo. Sentia saudade de alguém que não era meu, de algo que não vivi e que talvez nunca fosse acontecer.



- Jacob... – Sussurrei seu nome com dificuldade, elevei a minha cabeça e o encarei. Vi que ele também chorava e as suas lágrimas me doeram. Levei o meu rosto até o seu, fechei meus olhos e beijei seus lábios. Naquele momento duas coisas acontecerem. Primeiro uma revolução se formou em meu estômago, fiquei completamente zonza com o encontro dos nossos lábios. Depois ele intensificou o nosso beijo e me abraçou ainda mais forte.



Seus lábios começaram a se mover de forma lenta e gentil sobre os meus. Sua pele macia e quente me proporcionavam sensações inenarráveis quando se moviam, davam leves chupões na parte inferior dos meus lábios. Inclinou a cabeça e senti a sua língua pedir passagem. Abri a boca e deixei que invadisse e se encontrasse com a minha. Nós dois estremecemos e gememos juntos quando eles se tocaram. Ele me apertou ainda mais e intensificou as carícias em meus cabelos. Começou com movimentos lentos, explorando cada parte da minha boca. A língua molhada flutuando de forma deliciosa, o gosto de menta de sua boca, os movimentos graciosos que fazia enquanto a movia me tiravam a sanidade. Sua mão pousou em minha cintura e fez uma caricia sobre a minha pele. Estremeci novamente e senti suas mãos subindo pelas minhas costas, aumentando as estranhas sensações em meu corpo, fazendo meu coração bater cada vez mais forte.



Intensifiquei o movimento de nossas línguas, fazendo o gemer gostoso em minha boca. De repente, um volume se formou em sua calça... E que volume... O desejo começou a consumir o meu corpo e desejei senti-lo vibrando dentro de mim. Era algo mais forte do que eu. Uma necessidade tão grande, que não podia suportar. Eu o queria mais do que tudo e os seus beijos me proporcionavam algo que nunca tive, algo que nunca havia sentido até aquele momento. Perdê-lo me causaria ainda mais dor e sabia que não suportaria mais uma perda. Lágrimas desceram pelo meu rosto e chorei enquanto nos beijávamos.



- Desculpa! – Ele disse arfando ao interromper o nosso beijo. – Não queria fazer você chorar, meu anjo... Não queria! Você está sofrendo tanto e eu não tinha o direito de fazer isso. – Disse com expressão de agonia.



- Não, Jacob... – Coloquei o dedo em seus lábios. – Eu estou chorando de emoção...Nunca senti isso antes... eu... eu... – Não conseguia falar e ele abriu um discreto sorriso para mim.



- Eu também não... – Hesitou e segurou meu queixo, ainda me olhando de forma penetrante. – É como eu conhecesse esses lábios há muito tempo. Eu me sinto tão estranho e ao mesmo tempo feliz...Mas você ainda é a viúva do meu irmão. – Virou o rosto e pareceu arrependido. Então o puxei para mim, virei o seu rosto, segurei com as duas mãos e ficamos nos encarando. Calmamente, como se estivéssemos em câmera lenta, foi aproximando o seu rosto do meu. Ficamos a centímetros um do outro, encarando o olhar apaixonado, até que fechei os olhos e senti o toque dos lábios quentes, macios e úmidos pelas lágrimas nos meus. Começou com ligeiros selinhos, depois começou com movimentos intensos, até pedir passagem para sua língua e recomeçar a explorar a minha de forma singela.

2 comentários:

Anônimo disse...

parabens pelo capitulo
entro todos os dias quando chego da escola
espero k vc tenha melhorado
beijos
daiane

Deia disse...

Ola Glau.
Já li a fic uma vez e me apaixonei, essa historia é simplesmente perfeita.
Tava batendo uma saudade e ae vim aki.
Mesmo já tendo lido uma vez não podia deixa passar em branco.
Essa é a fic que vc escreveu que eu particularmente mais gosto.
Beijos

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