sábado, 19 de fevereiro de 2011

A Herdeira 33 Armadilha – PVO Jacob

33 Armadilha – PVO Jacob




- A sua esposa teve uma pequena dilatação e está com a pressão alta. Já demos uma medicação, mas é preciso não se estressar. – Disse a médica de plantão a Jacob. – Todo esse aborrecimento pode fazer com que sua filha nasça antes do tempo e sua esposa corra risco no parto. Ela precisa ficar internada e em observação.



- Eu vou cuidar bem delas, Dra. Obrigada pela ajuda. – A médica saiu e eu tentei digerir rapidamente o que acabara de acontecer. Edward havia levado um tiro de uma filha que nem conhecia, porque Carlisle escondeu de todos que tão precocemente ele engravidou uma garota. Ela tentou contato com o avô depois de descobrir a verdade e ele a renegará. Talvez tenha sido por isso que em toda a vida ele se dedicou tanto a neta. Era por remorso, mas eu também não poderia julgar. Fez o melhor que pode, mas infelizmente as coisas saíram do controle. Essa mulher, irmã ilegítima, estava em busca de vingança e tentou matar Ness. Por sorte Edward conseguiu ficar entre ela e a bala. Só de pensar naqueles terríveis acontecimentos, meu corpo inteiro se arrepiava.



- Jacob... – Ela chamou com a voz fraca e caminhei até a cama. Ainda estava me sentindo mal ao pensar que a bala pudesse ter atingido a barriga ou algum órgão vital da minha esposa.



- Você precisa ficar quietinha. A médica foi clara quanto a isso, amor. Tudo ficará bem... Eu prometo. – Não tinha certeza que tudo ficaria exatamente bem, mas precisava passar tranqüilidade para ela. Da última vez que Emmett havia me ligado para falar de Edward, ele estava na cirurgia removendo a bala. A família ainda não tinha notícias e esperava o pronunciamento dos médicos. Contudo, se quisesse que ela ficasse bem, precisava mentir.



- Meu pai, Jacob... meu pai... preciso. – Ela disse gaguejando, coloquei o dedo sobre os seus lábios e senti meu coração apertado quando as lágrimas começaram a descer pelo seu rosto. Aquele oceano estava tão triste ao mesmo tempo demonstrava pavor. Nem conseguia imaginar o que lhe aconteceria se Edward não resistisse.



- Seu pai está bem ! – Afirmei seguro. – A bala já foi removida e ele está em observação. Agora precisa se acalmar. Ou quer que nossa princesa nasça antes da hora? Por favor, amor, você precisa ficar bem calma e pensar nela. Faltam poucos meses para ela nascer e você precisa ser forte. – Segurei a sua mão e beijei docemente, enquanto encarava a aflição em seus olhos.



- Ele vai ficar bem? Diz que ele vai ficar bem, Jacob? E o meu avô? O que vai acontecer a minha irmã? OH Céus! – Continuava a chorar como criança e eu não conseguia ser convincente para acalmá-la.



- Tudo dará certo, neném. Agora tenta dormir. – Beijei a sua testa e ela fechou os olhos. Sua respiração ficou mais lenta e aos poucos foi pegando no sono. Continuei de pé diante dela e depois comecei a andar de um lado do outro dentro do quarto. A porta se abriu e Alice entrou com Rosalie e Emmett.



- O que aconteceu? – Perguntei aflito.



- Vamos lá para fora! – Ela pediu e fez sinal com a cabeça para sairmos.



- Como está Ness? – Rosalie perguntou com uma expressão nervosa.



- Ela está com um pouco de dilatação e pressão alta. A médica disse que não pode se aborrecer. Então sugiro que não contem o que realmente está acontecendo para ela. Tenho medo que minha filha nasça antes do tempo e com esse problema da pressão alterada ela não resista.



- Jacob, as coisas estão estranhas. – Disse Emmett me encarando.



- Como está Edward? Retiraram a bala? – Tinha esperanças que me dissessem que tudo estava bem. Não podia nem pensar na hipótese de ter que dar uma má noticia para Ness. Certamente ela não resistiria aquilo.



- Acabaram a cirurgia e ele está bem. A bala foi no ombro e ele vai se recuperar. Perdeu muito sangue, mas já conseguimos doadores. – Alice disse com expressão triste nos olhos. Era difícil ver aquela baixinha tão triste a calada. Normalmente ela era agitada como uma perereca, mas estava arrasada com os últimos acontecimentos.



- E o seu pai? E a tal mulher que se diz filha do Edward? – Perguntei e vi que estavam constrangidos com a situação. – Qual é, gente? Sou da família... Mesmo que não gostem de mim. – Retruquei.



- Michelle foi presa e os advogados estão tentando transferi-la para um hospital psiquiátrico. Meu avô quer alegar que ela não estava bem das faculdades mentais quando disparou contra Ness. – Alice contou.



- Isso não é bem uma mentira. – Emmett disse com tom zombeteiro. – Uma mulher que atira na irmã grávida não bate bem da bola, vamos concordar.



- Os advogados estão cuidando de tudo e meu pai pediu um exame de DNA. Ainda acha estranha a história das gêmeas. Ela será bem assistida pelos melhores advogados. – Rosalie disse.



- E como seu pai está? Como reagiu a isso tudo? Porque está na cara que ela estava querendo matar a Ness. E pode muito bem ser a cúmplice da Casy. E por falar na Casy, ela estava lá. Fui atrás dela, mas não consegui apanhá-la. A Vadia conseguiu fugir novamente. – Falei.



- O nome da nossa família agora está na lama e meu pai morrendo de vergonha. – Rosalie fez uma careta estranha. – Ele não sabe exatamente o que dizer a imprensa. Acha que tem medo do que vão dizer.



- Não seja estúpida, Rosalie. – Alice a advertiu. – Você acha mesmo que papai está preocupado com os outros? Com o que vão dizer? Qualquer pessoa sã faria o que ele fez. Vamos parar de hipocrisia, ta? – A baixinha estava brava naquele momento. – O que menos importa é o que vão dizer. Ele está arrasado e preocupado com todos. Imagina a cabeça dele? Ness a ponto de perder o bebê, Edward podendo morrer, mamãe teve uma crise nervosa séria e foi internada. Isso sem falar na tal Michelle, que pode ser nossa sobrinha, ele não deixaria uma neta presa. Deve está com a cabeça se fundindo de preocupação agora.



- Ela tem razão, Rosi. – Emmett disse abraçando a sua esposa por trás. – Seu pai tem muita coisa para se preocupar nesse momento. O que menos importa agora é o que os outros vão pensar. E qualquer um no lugar dele teria agido da mesma maneira. Edward era uma criança e a menina na verdade era mais velha do que ele. Se o pai dela armou esse golpe da barriga, seu pai só estava se protegendo e não abandonaria a neta. Agora depois de tantos anos aparece do nada essa louca para se vingar e matar Ness porque foi rejeitada? Dane-se o que vão dizer da família.



- A única coisa que quero é que minha mulher e minha filha tenham tranqüilidade nesse momento. Estou cansado desse circo todo. – Eu disse para eles e senti o celular vibrar dentro do bolso da calça. Peguei o aparelho e atendi, sem identificar o número no visor.



- Alô! – Disse ao atender.



- Eu já estou cheia disso tudo, Jacob. Nós precisamos ter uma conversa definitiva. – Era a voz da vadia. Meu corpo inteiro se esquentou e o ódio foi me consumindo naquele momento. Queria arrebentar com a cara da vadia pelas coisas que havia feito.



- O que você quer, sua “PU” arrombada? Não se cansa de infernizar a minha vida? Estou cheio disso tudo, Vadia. – Disse com a voz áspera. – Como conseguiu o meu número de telefone? Será que você não pode sumir de vez. Volta para Londres e vai viver a sua vida longe de mim. Eu não quero você e isso é definitivo. Prefiro cortar meu pau a “FU” com você novamente. – Estava me segurando para não gritar tamanha era a raiva que sentia.



- Teremos uma conversa definitiva e prometo que nunca mais você me verá ou ouvirá a minha voz. Quero me encontrar com você amanhã de manhã. Não vou dizer aonde agora, mas ligo cedo para falarmos... – Ela deu uma gargalhada do outro lado da linha e depois fez silêncio. – O que você acha de arrumar um milhão para mim? Vá considerando me pagar bem para eu sumir da sua vida.



- Eu não tenho um milhão, sua louca? O dinheiro é da minha mulher. E mesmo que tivesse, eu não te daria um centavo, vagabunda do “KA”. – Emmett, Alice e Rosalie me olhavam espantados naquele momento.



- Quinhentos mil? – Fez um novo silêncio. O meu sangue estava quente e eu estava a ponto de quebrar o aparelho. – Cem mil? – Ela gargalhou de forma debochada. – Não seja pão duro, amorzinho. – Continuava rindo.



- Vou ver o que posso fazer por você. Para te ver longe da minha família eu te daria até a minha vida se fosse preciso. Mas terá que sumir para sempre, ou... – Respirei fundo e me contive.



- Vai me matar? RaRaRa...- Continuava se divertindo as minhas custas.



- Vou esperar você me ligar. – Disse e desliguei o telefone, depois soquei a parede com raiva. Os outros continuavam a me olhar de forma estranha.



- Você precisa de dinheiro? – Emmett perguntou, mas eu não vi a sua expressão. Estava de costas para eles tentando me acalmar naquele momento.



- Vou dar o meu jeito. – Disse me virando para eles.



- Meu pai está administrando as contas da Ness. Você não conseguirá sacar um só centavo, Jacob. Deixa de ser orgulhoso. – Alice segurou o meu rosto com as duas mãos e encarou os meus olhos. Aqueles olhos azuis eram tão intensos e familiares. Ela certamente herdou do pai aquela característica marcante e me lembrou Ness com a forma de me olhar.





- Tudo bem! – Disse dando se ombros e continuei a encarar os seus olhos. – Não tenho outra alternativa. Tenho? – Ela sacudiu a cabeça em sinal de negativo.



- Acha que a doida varrida vai sumir apenas com dinheiro? – Emmett perguntou e desvencilhei-me de Alice naquele momento.



- Acho que não, mas a esperança é a última que morre. – Respondi.



- Nós já vamos. – Disse Rosalie. – Cuide bem da minha sobrinha.



- Eu cuidarei. – Respondi.



Emmett apertou a minha mão, depois Alice e Rosalie me deram um breve abraço e saíram.



Passei a noite no quarto com Ness, mas não consegui dormir direito. Só pensava naquela confusão toda e no medo que tinha de algo não dar certo. Pela manhã Bella foi visitar a filha e estava com a aparência horrível. Tinha olheiras profundas e escuras, parecia muito esgotada naquele momento. Ficou um pouco no quarto e não falou muito. Depois foi para casa pegar algumas roupas para Ness, Esme e Edward que estavam internados.



- Volto mais tarde. – Disse quase que sem forças.



Ness se remexeu um pouco na cama e depois começou a abrir os olhos. Ficou me olhando sem dizer nada e estendeu a mão em minha direção. Sai do sofá, caminhei até lá, sentei a beira da cama e segurei a sua mão. Ela estava com uma expressão muito cansada naquele momento e foi logo me perguntando pelo pai.



- Amor, como está o meu pai? Ele está bem? Preciso vê-lo? – Pediu toda manhosa.



- A cirurgia para retirar a bala foi bem. Ele só está descansando, neném. Não sei se já tem permissão para receber visitas. Eu vou ligar para Alice e perguntar. Se os médicos permitirem a sua entrada, eu a levo até lá. Tudo bem? – Ela assentiu com a cabeça e começou a sentar na cama.



- Estou com fome. – Sussurrou.



- Vou pedir algo para você comer. Espere um pouco.



Sai do quarto, fui até ao corredor e chamei a primeira enfermeira que achei. Pedi que desse algo para Ness comer e que chamasse um médico para examiná-la.



Ela foi examinada, comeu e depois tomou banho. Bella trouxe roupas limpas para ela e a ajudou a se trocar. Depois as duas ficaram esperando a autorização para ver Edward.



Eu conversei com Alice, que já estava com Cem mil dólares no carro para eu levar até Casy. Fiquei tenso ao pensar que em pouco tempo estaria frente a frente com ela. E Alice até achou melhor pedir outra pessoa para levar o dinheiro, mas eu queria ter uma conversa definitiva com ela. Ainda tinha esperança que me ouvisse e sumisse de vez da minha vida.



Depois de alguns minutos, Rosalie veio informar que os médicos haviam autorizado a entrada no quarto de Edward, então Ness, Bella e eu seguimos para lá. Alice, Rosalie, Emmtte e Jasper iram depois e Esme ainda estava sedada.



Quando chegamos ao quarto, Carlisle estava conversando com o filho e resolvemos sair, mas ele fez gesto com a mão para que entrássemos.



Não falamos nada, apenas entramos e ficamos em silêncio ouvindo o que dizia.



- Filho, eu não espero que aceite e compreenda nada. – Sua voz era baixa, quase que um sussurro e suas expressão de dor era de cortar o coração. – Só peço que me perdoe. Qualquer pai no meu lugar teria feito o mesmo, afinal você era apenas uma criança.



- Pai, você teve milhares de chances para me contar isso tudo. – Edward respondeu com a voz amargurada.



- Mas do que adiantaria mexer na ferida? Teria te feito bem saber que você havia perdido uma filha? Não, filho! Você ficaria muito mal com aquilo. Eu só estava te protegendo...



- Como sempre fez, né? Não sou criança, pai! Sou um homem maduro para saber sobre a minha vida e o meu passado. Tinha o direito de saber sobre a criança. – Ele parecia sentir desprezo pelo pai. Sua face era de raiva naquele momento.



- Quando tudo aconteceu você só tinha 13 anos. Ela tinha quase 15 e sabia muito bem o que fazia. O Pai dela a instruiu e me chantageou para conseguir ficar rico. Imagina o escândalo que sua mãe e suas avós fariam? Imagina o que meu pai faria? Sabe bem que seu avô era um homem muito rígido. Mesmo nascendo em berço de ouro, minha vida não foi nada fácil. Ele nunca me deu nada de mãos beijadas. Na época eu queria te proteger e também a nossa família de um escândalo daquele. E depois, quando a menina apareceu, eu julguei que fosse mais um truque de Roger para se dar bem. Eu tive a minha neta morta nos meus braços. Sabe o que é isso? Sabe o que sofri? – Todos ouviam o relato em silêncio. Os olhos de Ness estavam cheios de lágrimas, mas ela não chorou. – Doeu muito! A dor só diminuiu quando Ness nasceu e eu de certa forma pude me redimir. Ela era tão pequena, tão meiga e delicada. Era como se o destino estivesse me dando uma nova chance. – Ele ergueu a mão para Ness, que caminhou até o avô e se encolheu em seus braços.



- Perdoa ele, pai. – Ela pediu virando-se para o pai. – Ele não abandonaria a minha irmã se soubesse que estava vida. Não teve culpa se o avô dela mentiu. – Ela fez aquela cara de choro e Edward se desmanchou e a puxou para os seus braços.



- Eu amo tanto você, filha. – Os dois se abraçaram e por mais estranho que pareça, senti as lágrimas se formando no canto dos meus olhos ao ver a cena. Bella ao meu lado não conseguia segurar o choro e Carlisle desabou em prantos. Os três se abraçaram e ficaram em silêncio naquele momento. Depois Carlisle e Ness se afastaram, e Edward tornou a interrogá-lo.



- Não pensou em fazer um exame de DNA? – Ele perguntou secando as lágrimas.



- Na época a ciência não estava tão avançada como hoje, filho... Mas eu pedi que fizesse o exame ontem a noite. Teremos o resultado em breve. – Respondeu.



- E como “ela” está? – Perguntou angustiado. – Bem ou mal pode ser minha filha.



- Está presa... Estava tão transtornada ontem... parecia doida. – Mal conseguiu falar.



- Mas o que será dela? – Era claro que Edward não abandonaria a filha, mesmo sendo uma louca que queria ver Ness morta. Ele tinha o coração bom e o seu lado pai falara mais alto naquele momento.



- Eles irão transferi-la para o hospital psiquiátrico. Os advogados vão alegar que não estava em perfeito estado mental. Por enquanto temos que aguardar a decisão do juiz para o recurso que usamos. – Respondeu olhando para o outro lado.



- Eu quero vê-la... – Edward afirmou.



- Eu também.... é minha irmã. – Ness disse



- Não!



- Não!



- Não!



- Não! – Bella, Edward, Carlisle e eu falamos ao mesmo tempo. Sabíamos quão perigoso para ela seria aquela aproximação. Era melhor esperar a se recuperar.



- Mas ela é minha irmã! – Fez beicinho e bateu com o pé como criança.



- Ela é sua irmã, mas não está no seu juízo perfeito. Ela te odeia e quer te ver morta. Não é hora para isso, filha. Deixa ela se tratar primeiro e depois veremos isso. – Edward disse de forma justa.



- Não é justo! – Ness reclamou.



- Justo ou não, você não vai e pronto. – Disse de forma firme para ela. – O médico disse que não pode se estressar agora. Não chegará perto de uma louca... Nem mesmo que fosse a sua mãe eu não deixaria isso. Entendeu? Então nem tente me convencer a isso, porque não é só a sua segurança que estar em jogo. É a da minha filha também e você sabe que eu não deixaria nada acontecer com vocês duas.- Eles me olharam de forma estranha, talvez pela autoridade com que falei, mas era o marido e ninguém mudaria a minha opinião sobre o assunto.



Depois de um tempo, voltei para o quarto com Ness e o celular tocou. Sabia do que se tratava e sai para atender.



- Alô! – Disse com a voz áspera. – Seth, Larissa, Rebecca e Rachael se aproximaram naquele momento. Fiz sinal a mão para que entrassem no quarto e continuei a falar no telefone.



- Estou sua espera na rodovia Pacifica HWY km 1255 em Lynnwood. Fica aqui no estado de Washigton mesmo. O hotel se chama Beautiful e o quarto é o 211. Não demore e não traga a policia junto. Sabe bem que posso fazer da sua vida um inferno e não haverá dinheiro que pague isso. – Desligou o telefone



Guardei o telefone, entrei no quarto para me despedir de Ness.



- Amor, tenho que resolver alguns problemas. – Disse beijando a sua testa e Alice arqueou a sobrancelha direita.



- Que problemas? – Ela parecia preocupada. – O que está acontecendo? – Peguei a sua mão e senti que ficou trêmula. Sentei a beira da cama e não me importei se todos estavam olhando.



- Vou resolver definitivamente a nossa vida. Fica tranqüila, ta? Volto a tarde para ficar com você. – Seus olhos encheram de lágrimas. Ela sabia do que se tratava.



- C...a...s...y? – Questionou com a voz trêmula.



- Ela só quer dinheiro. Alice me emprestou uma boa quantia. Tudo ficará bem, eu prometo. – Beijei a sua testa e sai antes que danasse a chorar. Não agüentava aquilo... Precisava pensar no que dizer para Casy ir embora.



- Jacob... Jacob... Alice veio correndo atrás de mim. Vamos até o meu carro pegar o dinheiro. – Disse me acompanhando – Acha que ela vai embora? – Questionou.



- Não sei baixinha... Tenho que pensar em algo muito bom para dizer aquela doida. Ela precisa ir embora de uma vez por todas.



- Vou torcer para tudo dar certo.



Caminhamos até o carro, ela abriu o porta malas e tirou uma mala preta.



- Aqui tem cem mil dólares. Acho que é o suficiente para ela sumir das nossas vidas. – Disse me entregando o dinheiro.



- Eu prometo te pagar cada centavo... – Ela colocou o dedo sobre os meus lábios.



- Você só tem que fazer a minha sobrinha feliz... Só isso. – Abriu um largo sorriso para mim.



- Obrigado! – Eu a abracei e depois caminhei até o meu carro, dei partida e segui para o norte, em direção a Lynnwood.



Depois de uma hora de viagem, cheguei a rodovia Pacifica HWY e comecei a procurar o hotel Beautifull. Avistei após poucos minutos, fui reduzindo a velocidade do carro e estacionei na porta do hotel, que parecia mais um condomínio residência.



Desci do carro e segui até a entrada. Vi na recepção que um senhor dormia profundamente. Continuei andando a procura do quarto 211.



O hotel era todo branco, no centro havia uma piscina e uma área de recreação. A volta quatro prédios com quartos em dois andares. A entrada para os quartos era aberta e havia apenas grades brancas a altura da cintura ao invés de muros ou paredes. De um corredor, com suas portas e janelas acinzentadas, era possível ver o quarto da frente e o de baixo, bem como quem caminhava pelo corredor. O local não tinha muita privacidade, para quem precisava, mas também parecia deserto. Só havia uma janela no quarto da frente aberta, as demais estavam todas fechadas como se não houvesse nenhum ocupante.



Caminhei lentamente até o segundo andar, onde ficava o 211, segurando o corrimão das grades. Cheguei a porta do quarto e bati, mas para a minha surpresa estava aberta.





- Pode entrar! – A sua voz disse melosa, abri a porta empurrando lentamente e entrei. Ela caminhou até mim e parou dois centímetros de distância. Depois deu as costas e foi até a janela, ao lado da porta e a abriu. – Calor, não é? – Era mesmo louca, afinal estávamos em uma época do ano bem fria e o Estado de Washington costumava a ter invernos bem rigorosos.



- Trouxe o seu dinheiro. – Disse analisando o seu corpo, que só possuía uma langerie preta bem sensual. Talvez a doida achasse que eu teria algo com ela e esperava que me excitasse, mas só consegui sentir nojo. Nunca uma mulher me causou tamanho asco como ela naquele momento.



- Você sabe que o dinheiro era apenas uma desculpa para te ver. – Ela caminhou na minha direção, parou na minha frente e passou os dedos pelo meu peito. Eu segurei o seu punho e a impedi que continuasse. Sabia que tentava me seduzir, mas os seus toques não me excitavam nenhum pouco. Seus olhos verdes me encaravam com expressão estranha.



- Pegue logo esse dinheiro e suma da minha vida. – Disse com a voz ríspida, ainda segurando o seu punho.



- Jacob, nós sempre formamos uma boa dupla. Eu sei que agora você está todo apaixonado por aquela vadia chorona, mas isso logo passa. Quem sempre esteve ao seu lado? Quem te ajudou em tudo? Eu estou disposta a aceitar tudo. Não me agrada nada saber que você adora aquela mulher e que se delicia com o corpo dela. Mesmo assim estou disposta a dividir você com ela. Só não posso ficar mais sem você. Eu vou enlouquecer desse jeito, amor. – Ela tentou me beijar, mas eu empurrei a cabeça para trás e me desviei os seus lábios. Depois a empurrei para longe.



- Casy, tudo o que vivemos acabou. Será que não entende que não sinto nada por você? Nem tesão você me causa mais? Não há chance de nós ficarmos juntos novamente. Não vou dormir com você... NÃO! Será que não entende o que isso significa? Eu amo a minha mulher! AMO de forma desesperada. Não vivo sem ela um dia da minha vida. Meu corpo grita pelo dela e é impossível dormir com outra mulher. Meu coração bate mais forte, minha vida é mais feliz e preenchida de um sentimento que não sabia que teria. Mesmo nos momentos mais difíceis, é ela que me proporciona paz. – Os olhos dela encheram de lágrimas e entrou em pranto. Sentou-se na cama, colocou as mãos sobre a cabeça e ficou me ouvindo. – Eu sofro quando ela sofre, eu rio quando ela rir, meu coração bate mais forte, minha respiração fica irregular com um simples toque. E quando ela me olha... AH Casy... quando aquela mulher me olha um raio de luz é jogado para dentro do meu coração. Não me importa o que aconteceu entre meu pai e o avô dela. Não me importa o que vivi e o que sofri. Não me importa mais nada a não ser vê-la feliz. Nós teremos uma filha... será linda como a mãe, eu sei... Você não tem idéia de como estou apaixonado pela minha filha que nem nasceu. Tudo que quero é viver com elas... Só isso! Não me importo com dinheiro, com luxo, prestigio ou poder. Só quero amar e ser amado. Pela primeira vez na minha vida eu sou sincero e...



- CHEGA! CHEGA! CHEGA! – Ela pulou da cama gritando e se pôz furiosa diante de mim. – EU ODEIO A SUA MULHER! ODEIO A SUA FILHA!! QUERO MATAR ESSA CRIANÇA JUNTO COM A MÃE!! ELA FEDE TANTO COMO TODOS OS OUTROS CULLENS! VOCÊ É MEU!SÓ MEU! SÓ MEU! - Começou a me bater como louca. – EU VOU MATAR A SUA FILHA! – Não tive nem como raciocinar, dei uma “PO” tão forte no rosto dela que a joguei longe. Segurei os seus cabelos e comecei a arrastá-la pelo quarto.



- SE VOCÊ CHEGAR PERTO DA MINHA FILHA, EU TE MATO! – Dei outra “PO” forte no rosto dela e me afastei.



- EU VOU ENFIAR UMA FACA NO CORAÇÃO DA SUA MULHER E VOU ESTRANGULAR A SUA FILHA, JACOB. EU JURO QUE VOCÊS NUNCA TERÃO PAZ NA VIDA... EU JURO!



Subi sobre ela, passando as minhas pernas pela sua cintura e comecei a apertar o pescoço com força. Queria matá-la por ameaçar a minha família, por isso continuava a apertar enquanto ela se debatia de baixo de mim tentando se soltar.



- SHHHHH!!



- CALA A BOCA, PIRANHA!!! EU VOU MATAR VOCÊ!! COMO SE ATREVE AMEAÇAR MINHA FILHA? – De repente uma voz gritou dentro de mim. “Jacob não faça besteira, filho! Essa mulher vai te destruir. Você não quer ver a sua filha nascer? Solte-a agora!” Era a voz da minha mãe. Não sei se foi o meu subconsciente ou se realmente ela falou comigo. O fato foi que aquilo me despertou da ira e eu a soltei, caminhei pelo quarto com as mãos na cabeça, tentando me acalmar, enquanto ela fungava no chão.





- Ja...cob! – Ela mão conseguia falar. Virei-me para ela e fiquei olhando-a se levantar.



- EU NÃO VOU DESISTIR DE VOCÊ. QUANDO ELAS MORREREM...



- CALA A BOCA! – Gritei e dei outro tapa que a fez voar para longe. – Eu nunca mais vou “Tr...par” com você. Nunca! ENTENDEU? QUER QUE EU DESENHE? VOCÊ NUNCA MAIS ME TERÁ NA SUA CAMA. E SE VOCÊ TIVER O ATREVIMENTO DE SE APROXIMAR DA MINHA FAMILIA... – Estava furioso e tentava me controlar, mas era difícil conter os gritos. – MATO VOCÊ! Ela se levantou e ficou chorando enquanto me olhava. – EU TENHO NOJO DE VOCÊ, CASY! NOJO! N...O...J...O! SABE O QUE É ISSO? NÃO ME IMPORTA O QUE FAÇA E O QUE DIGA, NÃO VOLTAREI PARA VOCÊ. NÃO SE ATREVA A CHEGAR PERTO DA MINHA FAMILIA NOVAMENTE! LEVE A “PO” DESSE DINHEIRO E VÁ PARA O RAIO QUE A PARTA.



- V...o...c...ê – Ela foi caminhando de costas em direção a porta, abriu a lentamente e foi saindo. Não entendi exatamente o que pretendia. Fugir? Ela tinha uma boa quantia em dinheiro e uma chance para fugir rica. Então por que sairia sem nada? Fiquei olhando a se aproximar de costas, lentamente, das grades e nesse momento a ficha caiu.



- Sabe, Jacob, eu tinha esperanças de resolvermos da melhor forma. Chamei o aqui porque achei que ainda havia chance de um entendimento. Mas em todo o momento, tinha a certeza que seria a sua última chance. Se você não fosse meu, nunca seria dela e teria paz na vida. – ela deu um sorriso travesso e se apoiou de costas na grade.



- O que você quer dizer? – Ela riu e não respondeu. - O QUE VOCÊ QUER DIZER COM ISSO, “KA”? – Gritei com raiva.



- SE VOCÊ NÃO FOR MEU, NÃO SERÁ DE MAIS NINGUÉM! É ISSO QUE TO DIZENDO! EU CHAMEI VOCÊ AQUI PARA UMA CONVERSA DEFINITIVA. ESTOU DISPOSTA A SACRIFICAR A MINHA VIDA POR ISSO, MEU CARO. RARARA – Ela gargalhou de forma assustadora. Parecia uma daquelas bruxas de filmes de terror.



- CASY, PARA DE BRINCADEIRA! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – Ela estava sentada de costa na grade e abriu os braços.



- EU NÃO ESTOU BRINCANDO, AMOR! EU TE DEI TODAS AS CHANCES DO MUNDO! TODAS! MAS SE VOCÊ NÃO PODE SER MEU, NÃO FICARÁ COM ELA. PREFIRO QUE PASSE ANOS NA CADEIA SERVINDO DE MULHERZINHA PARA OS OUTROS. SIMPLES ASSIM!



- VOCÊ ESTÁ LOUCA? ARMOU UMA ARMADILHA PARA MIM? CASY, NÃO! VAMOS CONVERSAR, POR FAVOR! –Gritava desesperando vendo aquela doida armar uma cama de gato para mim. De braços abertos, ela disse as suas ultimas palavras:



-Exatamente! – Jogou-se para trás e caiu. Corri para ver o seu corpo, que estava de olhos abertos e um sorriso enorme no rosto. Havia muito sangue na sua cabeça, que batera em uma pedra de mármore.



- NÃO! NÃO! – Naquele momento o desespero tomou conta de mim. Voltei rápido para o quarto, peguei a mala de dinheiro no chão e saí correndo apavorado.



Quando cheguei a porta, um velho senhor me olhava com expressão apavorada e chamava a polícia pelo celular. Entrei em meu carro e sai em disparado pela Pacifc HWY e peguei a rodovia 188h ST SW, seguindo por ela desesperado, peguei o celular, liguei e coloquei no viva voz.



- Alice ... – Eu mal conseguia falar, chorava muito com aquele desespero me consumindo. Não conseguia acreditar no que havia acontecido.



- Jacob, o que aconteceu? Você está chorando? – Ela perguntou apavorada e ouvi uma voz no fundo... A voz de Ness.



Coloca no viva voz! Eu quero falar com ele, Alice! Anda!



- Jacob, o que aconteceu? – Perguntou com a voz aflita.



- Era uma armadilha, Ness. Era uma arma... – não conseguia completar e nem sabia para onde estava ido. Só dirigia sem rumo algum, com medo de ser preso a qualquer momento.



- O que ela fez? O QUÊ, JACOB?



- Ela se jogou de onde estávamos... morreu... aimeudeus!!! Ela disse que se não fosse ficar come ela, que não ficaria com você... estava louca... transtornada... não sei o que fazer... vão me prender... não sei... me perdoa por ser tão... ah Ness...



- Jacob volta agora! Você precisa se entregar para a polícia por conta própria. Vai piorar as coisas se não fizer isso. – Era a voz de Jasper na linha.



- Eles vão me prender! Eu não matei! Eu não matei! Juro que não!!!DROGA!- Dei um soco no volante, perdi a direção e quase atropelei uma mulher. Respirei alguns segundo e voltei a dirigir até uma oficina.



- Você precisa voltar! JACOB! TA ME OUVINDO! – Jasper gritou. – COMO SEU ADVOGADO DIGO QUE TEM QUE SE ENTREGAR.



- VOCÊ NÃO É MEU ADVOGADO, “KA”! NÃO GRITA COMIGO “PO”! – Estava completamente transtornado naquele momento.



- Jacob, volta! Por favor! Pela nossa filha! JACOB! – Desliguei o telefone, sai do carro e fui até o homem parado na porta.



- Quando quer por esse carro?- Perguntei olhando para um carro velho azul.



- Como? – O homem robusto, com mais ou menos 1.8 de altura perguntou. Fui até o meu carro, abri a porta, peguei a mala e abri. Tirei 5 mil dólares e dei a ele, que sorriu e me entregou a chave de bom grado. Entrei no velho carro e segui viagem sem rumo, até que parei em um velho motel de beira de estrada. Estacionei e chamei a atenção do homem, que nem se quer me olhou.



- São 40 dólares a diária. – Disse com má vontade. Abri a carteira, tirei os 40 dólares e joguei para ele, que imediatamente me jogou a chave. Parecia do tipo de lugar que eles não se preocupavam nada com os hospedes. Não estavam nem ai para o tipo de gente que ficava nele. Estacionei o carro, depois sai e me dirigi para o apartamento 2ª. Abri a porta e entrei.



Joguei a mala de dinheiro no canto, caminhei até a cama e me atirei sobre ela. Depois fiquei chorando como uma criança.



[...]



O quarto inteiro estava escuro, eu estava muito cansado e me sentia mal. Estiquei os braços e liguei a abajur.



Ainda torpe demais para me levantar, estiquei a mão e peguei o controle remoto da TV, e a liguei rapidamente para saber o que estava acontecendo.



A policia esta a procura do empresário Jacob Black, casado com Renesmee Cullen a herderia do magnata Carlisle Cullen.



Ele é acusado de matar violentamente Casy Maccalister, sua ex amante, atirando-a do segundo andar de um prédio.



Uma testemunha afirma que o viu fugindo do local do crime e a perícia já comprovou que as digitais no quarto de hotel e no corpo da vítima são do empresário.



A esposa, que ainda está internada no hospital, após sofrer um atentado na festa de aniversário da empresa do seu avô, continua sem dar nenhuma declaração.



Carlisle Cullen declarou que Jacob Black é inocente e que os seus advogados comprovarão isso.



Quem souber do seu paradeiro, favor ligar para o disk denuncia.



Senti as lágrimas descerem em seu rosto. Nunca em minha vida pensei passar por esse tipo de situação e meu desespero era maior por não saber como Ness estava. Sabia que ela não poderia se aborrecer e se algo acontecesse, a culpa seria minha.



Queria noticias, mas tinha certeza que a policia estava vigiando os telefones da família e das minhas irmãs. Para quem ligar então?



Naquele momento tive um insight e a idéia maluca de ligar para Seth veio a minha cabeça. Ele certamente estava no hospital e não seria vigiado pela policia. Sentei-me na cama, peguei o telefone na mesa de cabeceira e disquei o seu número.



- Alô, Seth!



- Onde você está? A polícia está atrás de você e o Jasper quer que se entregue. – Disse nervoso.



- Como está Ness? Estou muito aflito. Sei que ela não pode se aborrecer e pode passar mal.



- Ela já está passando mal e a médica teme que a criança nasça a qualquer momento. Já esta com dois dedos de dilatação e a pressão está alterada novamente. – Ele disse nervoso.



- Você está me dizendo que minha filha vai nascer? Eu preciso estar junto com ela! Inferno! – Fui tomado por um medo tão grande de perdê-las, que a minha vontade foi de sair correndo para o hospital. – Eu vou para ai.



- Se você aparecer vai ser preso. – Ele respondeu.



- Eu preciso ficar com ela. Provavelmente está apavorada de medo. Céus!



- Vamos fazer o seguinte: Você me diz onde está eu vou até ai e levo roupas de médico para você. Assim entra escondido. Ninguém vai suspeitar do carro de Larissa e você pode se passar por funcionário do hospital. Vou levar aquelas toucas e máscaras para você. Onde te encontro?- Ele perguntou e eu não sabia.



- Pera ai! Eu nem sei onde to. – fui até a janela e olhei o letreiro luminoso, e abaixo a placa de localização. – Olympic View Dr no motel PLEASURE. Vem rápido, ta? Obrigado por me ajudar. De todas as pessoas no mundo, achei que seria a última a fazer isso. Obrigado! – Disse e desliguei.



Fiquei esperando por Seth por mais ou menos uma hora. Avistei da janela o carro dele parado e abri a porta do quarto. Fiz sinal para que viesse e ele caminhou com uma bolsa até mim. Depois que entrou, ele me entregou roupas brancas, luvas, máscara e uma touca.



- Coloca essas roupas e vamos logo! Ness já vai para a mesa de parto. Ela está passando muito mal e se a dilatação não aumentar, vão fazer uma cesariana nela. – Disse nervoso, enquanto eu já tirava as minhas roupas para vestir o meu disfarce.





Troquei de roupas rapidamente e saímos correndo do quarto, com a mochila com minhas roupas dentro, a mala de dinheiro e o meu celular.



Larissa nos esperava no volante e abriu a porte de trás para que entrasse.



- Vá abaixado ai atrás. – Ela disse e entrei. Seth jogou um cobertor sobre mim e apesar do calor que sentia, fiquei feliz com o plano dos dois.



Seguimos viagem por um bom tempo, chegamos ao hospital e eles pediram para eu me preparar. Havia um barulho terrível de pessoas falando ao mesmo tempo e soube que a imprensa estava fazendo mais uma festa com aquilo. Eles adoravam aquela confusão e ficam plantados na porta do hospital por noticias.



- Tem polícia no hospital. Seja rápido e siga até a sala de cirurgia. A enfermeira que cuidou de vocês estará esperando na escada de incêndio para levá-lo. Estamos entrando no estacionamento e vamos parar em frente a escada de incêndio. Boa sorte! – Ela disse e reduziu a velocidade.



- Agora! – Seth disse abrindo a porta traseira e eu sai rapidamente. Corri até a porta da escada de emergência e subi o mais rápido que podia. Chegando ao terceiro andar a encontrei.



- Oi, Meg!- Disse para ela.



- Vamos rápido, Sr Black! A polícia esta fazendo rondas no hospital. – Saímos pela porta e continuamos.



Passamos apressadamente pelos corredores e chegamos até a sala de cirurgia. Quando entrei todos me olharam de forma estranha, mas continuaram a trabalhar.



Ness estava gritando e chorando muito. Parecia não ter forças para continuar e implorava que a dor passasse.



- AHHHHH! AHSSSSSSSS ARRRRGGGG! FAZ ESSA DOR PASSAR! EU NÃO AGUENTO MAIS! ASSSSSSS!



- Respira, Ness! Respira! – Carlisle pediu segurando a sua mão. Caminhei até ela e me ajoelhei ao seu lado. Ele soltou a sua mão e eu a peguei. Olhei o seu rosto suado, mais vermelho do que um camarão, e fiquei aflito com o seu sofrimento.



- Amor, eu estou aqui. – Beijei a sua mão e ela parou de gritar, me olhando daquele jeito sofrido e chamou o meu nome.



- Jacob... OH Jacobbb AHHHHHHHHHHHHHHH – Soltou outro grito forte, contraindo os olhos bruscamente para fechá-los.



- Amor, nós já fizemos o exercício de respiração várias vezes. Vamos tentar juntos? – A médica surgiu por atrás dos panos que cobriam suas pernas e pediu que ela fizesse mais força.



- Você precisa forçar mais, Ness. – Ela pediu.



- Eu não consigo... – Sua voz era quase que um sussurro.



- Olha para mim!- Ordenei e seus olhos se viraram na minha direção. Você vai respirar, conforme treinamos, depois fará força para Sarah nascer. Tá? Eu to aqui com você. Precisa ser corajosa por nós três agora, amor. – Ela assentiu com a cabeça e começamos a expiração juntos.



- Um! – Respira.

- Dois!- Respira.

- Três! Força! – Ela começou a formar, ficou vermelha novamente e o seu grito se espalhou pela sala, mas dessa vez misturado ao som de um chorinho.



- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!



- UA!UA! UA!UA! UA!UA! UA!UA!



Meu coração batia tão rápido de emoção, que nem ao menos percebi quando comecei a chorar feito bobo. Beijei a mão de Ness, que sorria e chorava naquele momento, e vimos a médica trazendo um bebe, ainda ensangüentado, em um pano branco.



Ela caminhou até mim e cuidadosamente colocou a criança em meus braços.



- Parabéns, papai! – Aquela foi a coisa mais emocionante que me aconteceu. É difícil descrever como me senti naquele momento. O que posso dizer daquilo, que minhas perspectivas mudaram totalmente com aquele amor incondicional. Era a minha filha, um pedaço de mim, o que tinha de mais importante na vida. E nem o amor por Ness se comparava com o que sentia por aquele pedaço de gente. Chorei muito com ela nos meus braços. Meu bebê tão pequenininho e frágil. Não era como eu queria, não tinha os cabelos claros, a pele branquinha da minha e o seu rosto de boneca. Ela se parecia comigo, sem dúvida alguma, com os cabelos negros, a pele morena avermelhada, o rostinho dela me lembrava os das minhas irmãs. Quis ver seus olhos, pois dentro de mim algo me dizia que teria os olhos azuis da mãe. A única palavra que tenho para dizer o que ela significava para mim era AMOR... Um amor maior do que meu próprio coração.



- Eu quero ver minha filha. – Ness choramingou e levei até ela. Coloquei a próxima a sua cabeça e ela sorriu ao ver o rosto lindo da filha. Depois começou a chorar de alegria e me agradecer por aquele pedaço de gente. – Obrigada por me dar uma filha tão linda, Jacob.



- Deixem eu ver a minha bisnetinha. – Carlisle pediu chorando. Nunca vi aquele homem tão feliz na vida. Ele, como a neta, chorava e ria ao mesmo tempo. Coloquei Sarah em seu colo e vi o tamanho da sua emoção.



- Eu preciso limpá-la e levar para a incubadora. Ela ficará um tempo lá até ficar forte. Ainda é muito pequena e frágil. – A pediatra disse e estendeu os braços para pegar Sarah. Carlisle entregou com má vontade, fazendo bico ao ver a neta sendo levada.



- Ela é linda, amor! – disse para Ness, que ainda chorava emocionada. – Eu não deveria ter negado alguns dos seus desejos. Ela saiu a minha cara, exceto pelo nariz que acho parecido com o seu.



- É linda, a minha filha... é linda. – Passei a mão pelo seu rosto, depois enxuguei as suas lágrimas. – Jazz disse que você tem que se entregar. Provaremos que ela se jogou, Jacob. Por favor! Por mim e por Sarah... Vá de espontânea vontade, amor. – Havia aflição no seu olhar naquele momento, a testa ficou enrugada e os lábios se contraíram.



- Ness, eu amo você e Sarah mais do que a minha vida. Eu me entregarei para a polícia e pedirei a Deus que permita ficarmos juntos. Só preciso que acredite que não fiz aquilo. Eu não a matei... pela vida da minha filha eu juro.



- Eu sei... confio em você, amor... Agora vá! – Beijei a sua mão e sai sem olhar para trás.



Do lado de fora, Carlisle pediu que o esperasse e foi chamar Jasper. Assim tirei o jaleco, a luva e a touca e fiquei alguns minutos.



Jasper apareceu ao lado do investigador Demetri e me entreguei.



Seguimos pelos corredores do hospital, onde todos me olhavam, até chegarmos a recepção onde encontramos o restante da família. Eles pareciam não acreditar que eu estava ali e me olhavam com preocupação.



As minhas irmãs correram até mim e me abraçaram antes de sair.



- Vai ficar tudo bem! – Disse beijando cada uma. – Cuidem da Ness e da Sarah por mim. – Elas só faziam chorar desesperadamente. Percebi que até a narja cascacu estava chorando naquele momento. Do contrario que pensava, ela tinha um coração apesar de não demonstrar na maioria das vezes.



Alice correu até mim e me abraçou. – Jazz provará que você é inocente. Tenha fé! – Fez um carinho em meu rosto e se foi.



Caminhamos os três para a saída do hospital e quando aparecemos, os jornalistas me espremeram em um grande tumulto. Vinham flashes de máquinas de todos os lados, os microfones estavam praticamente na minha boca. Eles disputavam cada pedaço daquele lugar aos tapas em um verdadeiro circo de horrores.



- O que tem a declarar, Sr Black?

- Vê matou sua amante?

- Vocês iriam fugir juntos?

- Pode nos contar como foi a briga?



Blablabla blalblablabla blábláblá Seguiu-se até o carro da polícia que nos esperava na saída.



Naquele momento, a única coisa que poderia esperar era um milagre. Sabia que se fosse condenado, o mínimo que pegaria seria 30 anos de prisão, mas também tinha que considerar a possibilidade de prisão perpétua ou pena de morte. Eu não queria muito da vida, não mesmo. Só esperava ter a oportunidade de ver a minha filha crescer bonita, feliz e saudável, e ter a chance de viver feliz ao lado do amor da minha vida... Aquelas eram as únicas ambições.



Nota Glau

Eu nunca vi ninguém se matar por amor desse jeito. Vc é loka? Como assim? Bla blablablabla. Kkkk Gente eu vi isso na Maria do Bairro e Rainha da sucata. Lembram da Laurinha Figueroa? Ela se jogou do prédio para incriminar a Maria do Carmo. E a Maria do Bairro? Como ela sofreu naquela novela. E o pior que no caso dela a mulher nem morreu. Voltou depois para atormentar o filho dela. Kkk Vcs não esperavam que fizessem isso no final, né? Acharam que até as minhas maluquices tinham limites. Mas podem acreditar. Kkkk

Se eu conseguir fazer tudo o que quero no próximo cap, ele será o final. Então apertem os cintos que o avião está perto de aterrissar. Kk

Queria falar com vcs sobre o concurso. Sabe, estou bem desanimada com isso. Eu postei a primeira concorrente e só tive 3 comentários. Fica difícil julgar um concurso que não tem votos.

Vou deixar até segunda feira e se não entrarem mais, vou computar do jeito que está. Mas como to decepcionada, esse será o ultimo concurso que faço. Acho que poderiam ter consideração com as meninas que se esforçaram para escrever as fics, mas tudo bem... deixa para lá.



A Leka não conseguiu fazer o cap da guerra dos sexos. Ela está com problemas pessoais e não teve tempo. Vou tentar fazer amanhã o cap. Agora eu to lendo Harry Potter e to muito viciada para escrever. Kkkk O negócio é muito bom!!



Obrigada pelos comentários.



BJUS NO CORE



N/Heri: OMG! E ela vem dizer que é penúltimo capitulo? Casy aprontou mesmo? Olha como a Glaucia foi boazinha a Sarah nasceu rapidinho. E ele lindo dizendo que negou pedidos e ela nasceu a cara do pai. O Jacob se entregou, a Casy morreu e agora Glaucia? ....meninas fala ai se não é pra chorar, vem fortes emoções ainda...será que agüento?....bjs

2 comentários:

Anônimo disse...

adorei o capitulo so nao gostei muito do meu jake ser preso por causa daquela louca que ser matou eo pobrezinho do jake nem pode curti direito a filhinha linda dele. tomara que ele prove logo a inocecia dele e possa curtir a sarah junto com a nessie que tem muita sorte de ter um marido lindo daquele e uma filha que e a cara dele.nossa adorei a declaraçao de amor dele foi mesmo linda.eu amor muito essa familia linda.

Polly disse...

Gente tanta emoção junta, adorei o baby finalmente chegou ameiii!!!
E pena que ja ta acabando Buabuabuabua!!
Quero mais, ainda bem que a vaca da cassy morreu ja tava fazendo hora extra na terra mesmo e pior foi incriminar o coitado do Jake ne ele não merece.
Mas a familia se manteve junta ainda bem
AMEI!!

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