quinta-feira, 7 de abril de 2011

Guerra dos Sexos8

Casamento




Jacob correu para o segundo andar, deixando os convidados para trás, e parou diante da porta do quarto de Ness. Começou a bater forte, sentindo o calor das emoções fluindo em seu corpo. Perecia mentira que aquilo estivesse acontecendo. Era sorte demais para uma só pessoa.



Ness ficou chorando baixo, andando de um lado para o outro, sem saber o que fazer para sair daquela situação. Não suportaria tamanha humilhação. Não acreditava ainda que seu avô, a raposa velha, pudesse tramar contra ela daquela forma. Nunca o perdoaria por aquilo. Dizia a si mesma enquanto resmungava.



Tem que haver uma saída! Tem que haver uma saída.

Não caso com esse homem de jeito algum. Prefiro a miséria a me casar com ele.



As lágrimas queimavam no canto dos olhos e escorriam sem cerimônia pelo rosto. Uma dor estranha a dominava e um sentimento de fracasso a deixava débil. Como poderia suportar tamanha humilhação. Era mais do eu qualquer pessoa poderia agüentar.



As batidas na porta a tiraram de seus devaneios. Um frio estranho percorreu sua barriga.



Toc Toc Toc. Aos poucos o barulho foi ficando mais forte, causando estrondos que ecoavam pelo quarto. Ela observava as trepidações na porta com olhos esbugalhados.



- Abre a porta! – A voz rouca e sexy ordenava do outro lado.



- VÁ PARA O INFERNO!- Gritou furiosa.



Ele não entraria em seu quarto. Ela não permitiria que ele entrasse no quarto. Aquele era o seu refúgio e ele não ousaria arrombar a porta... Ou ousaria¿



Depois de alguns minutos ignorando as batidas, o som cessou e ela finalmente pode pensar no que fazer... Precisava de conselhos.



Pegou celular e ligou para cada uma de suas amigas, marcando um encontro na casa de Nathaly.



Arrumou a mochila com roupas para passar a noite e outras para ir a escola na manhã seguinte. Colocou o celular e as chaves na mochila e finalmente abriu a porta. Observou rapidamente o corredor e saiu do quarto. Colocou a senha de segurança no aparelho e saiu sorrateiramente pelo corredor, tentando não fazer barulhos.



Quando chegou ao final da escada e ia caminhando em direção a porta, Jacob a pegou pelo braço e a fez interromper o seu caminho.



- Precisamos conversar. – Disse ele observando o seu olhar assustado. Ela parecia uma coelha fugindo do leão.



- Não temos nada a dizer. – Disse com tom arrogante.



- Vamos para a sala conversar. – Ele a arrastou sem dar chances dela reagir. Os dois se sentaram no sofá, um de frente para outro, e ficaram se encarando por alguns momentos.



- Fala!- Ela rompeu o silêncio e quase se perdeu naqueles profundos olhos negros. Suspirou fundo, e teve que desviar o olhar para não deixar o seu coração a trair. Não se entregaria tão fácil para ele. Era uma guerreira e lutaria até a última de suas forças.



- Nós temos que falar sobre o “nosso” casamento. – Ele começou cheio de altivez. – Temos que acertar os detalhes.



- Não haverá “nosso” casamento. – Respondeu rispidamente. – Não me casarei com você.



- E o que pretende fazer¿ Vai para de baixo de um viaduto¿ Eu ainda tenho a floricultura da minha tia. É pouca coisa, mas dá para eu viver. E você¿ Não sabe vender, não sabe atender um telefone sem ser grossa, não sabe preencher um formulário direito, não sabe pegar numa vassoura, ensinar tão pouco, e nem a imagino servindo uma bandeja em uma lanchonete. Do jeito que é, acho que nem para rodar bolsinha no cais vai servir. Já saiu com tudo mundo. Quem vai pagar para dormir com você¿ Pretende mesmo levar essa teimosia a diante. – Ela abriu a boca indignada para falar, mas não conseguia. Apontou o dedo na cara dele e o balançava sem conseguir um argumento. Como ele se atrevia a lhe dizer tudo aquilo¿ Como¿ - Você não nasce para ser pobre e a única chance de continuar com a vida que tem é casando.



- NÃO! NÃO E NÃO! – Ela tentou se levantar e ele a segurou. – Não tem o direito de falar comigo assim.- Ela se desvencilhou de seus braços e pegou um jarro e jogou com força. Ele tentou se proteger e correu. Ela pegou um cinzeiro e arremessou. Assim foi lhe atirando os objetos na sala, enquanto ele se protegia. – FDP! Eu tenho sentimentos! Tenho coração! como se atreve a falar comigo assim¿ Toma isso!- Atirou alguns porta retratos. Ele a alcançou a segurou seus braços. Ela deu um tapa em sua cara. Ele tentava segurá-la, mas a fúria era grande. Os dois caíram no chão e rolaram pela sala. Ela o mordeu no ombro e ele gritou.



- CACHORRA! AIII! – Ela continuou a bater e começou a puxar os seus cabeços, enquanto ele tentava se defender dos golpes. Ele conseguiu se levantar e a ergueu. Ela, humilhada pelas suas palavras, começou a chorar mais uma vez. Seu estado de espírito nos últimos tempos não era nada bom. Estava muito frágil e as palavras dele só a magoava.



- Não tem o... – Gaguejava. –Direito... Eu tenho coração... Por que só me magoa¿ - Ele nunca a viu tão frágil dela maneira. Seu coração doeu com aquilo. Tentou se explicar, mas era inútil.



- Ness, desculpa...Eu... olha... só queria lhe mostrar o óbvio... não queria te ferir... juro que não... seremos marido e mulher e....



- NÃO SEREOS MARIDO E MULHER! – Gritou com raiva. – PREFIRO VIRAR “PI” A CASAR COM VOCÊ. VOCÊ DIZ QUE NEM PARA DAR EU SIRVO¿ EU VOU MOSTRAR QUE SIRVO E MUITO! – Ela foi abaixando o tom, mas continuava descontrolada. Seu rosto muito vermelho estava encharcado pelas lágrimas. Seu coração sangrava mais do que nunca. Se sentiu um verdadeiro lixo... Ele sempre a tratou como um, mas dessa vez foi mais do que poderia suportar.



- Eu não queria. – Ele sussurrou olhando a com espanto. Queria abraçá-la e beijar os seus lábios. Tomar aquela dor, que ele mesmo havia causado, mas não sabia como fazer para ela baixar a guarda.



- Não terá casamento... Não caso! Nunca.



- Ness, você deixará todo o dinheiro para os seus primos¿ Olha isso!



- Eu prefiro isso do que passar a vida inteira com você me humilhando desse jeito. Não te suporto mais, Jacob... Estou no meu limite.



- Olha, a gente pode se entender. Vai dar certo. Você vai ver. – Ele tentava convencê-la.



- Eu não consigo. – Ele tentou segurá-la, mas ela deu uma joelhada entre suas pernas, ferindo o seu “parque de diversões”. Ele caiu gemendo e ela tentou correr. Ele segurou o seu pé e a derrubou, para impedir que fosse. A dor que sentia era horrível, contudo não a deixaria ir sem tentar mais uma vez. Era vital conseguir uma trégua com aquela garota. Ela o chutava e ele a puxava pelo pé. Ele foi se arrastando até ela, pós se sobre o seu corpo. Ela lutou com ele, batendo em seu peito, puxando os seus cabeços. Ele apenas tentava se defender. Aquilo parecia bizarro. Eram duas crianças grandes rolando pelo chão da sala destruída pela luta dos dois. Ele conseguiu prender os seus braços sobre a cabeça, foi aproximando o seu rosto do dela. Já podia sentir a sua respiração ofegante. Os olhos lagrimosos estavam arregalados... Ela estava com medo.



- Pode se acalmar! – Ele ordenou e ela continuou a se mover de baixo dele, tentando encontrar uma forma de fugir. Sentia-se perdida naquela posição. Estava a mercê dele. Seu coração parecia uma britadeira. Ele podia ouvir o som alto dele batendo e batendo cada vez mais forte. Um frio estranho subiu pela sua barriga e se alojou em seu estômago... Deus, ela estava perdida! Os lábios dele foram se aproximando e se aproximando. Ele fechou os olhos e ela quase morreu. O que iria fazer¿ Ela fechou os olhos e quando sentiu a pele quente sobre a dela, foram mais uma vez interrompidos.



- Eu agradeceria se vocês não destruíssem a casa nessa guerrinha. – O mordomo disse e ele afastou os lábios, olhou para cima furioso, frustrado e desejoso de beijar os seus lábios. Ele queria sentir o seu gosto e se perder em sua pele quente. Estava louco por ela. Apesar de brava e chorosa, estava increvelmente linda... Era a sua perdição.



- Gregory! – Ela lutou para sair de baixo dele, que vencido soltou os seus braços.



- Sr Cullen ficaria perplexo com essa selvageria. Dará muito trabalho repor todos os objetos quebrados. Que lástima. – Resmungou o homem, com aquela altivez de um gentleman e o sotaque inglês. Os olhou com a sobrancelha arqueada e o ar de desprezo. – Em pensar que terei que aturar isso todos os dias. Não sei onde Sr Cullen tinha a cabeça quando fez o testamento. – Ness aproveitou a deixa, levantou se, arrumou as suas roupas, pegou a mochila, caída perto da porta, e saiu correndo. Jacob quis matar o mordomo.



- Sr Cullen está morto e você é empregado. Da próxima vez que resolver entrar, anuncie-s e primeiro. E se ouvir gritos, pancadaria e coisas sendo quebradas, não interrompa. Entendido¿ - Jacob saiu da sala batendo o pé com raiva e foi para o seu quarto. Como aquele empregado ousava estragar o seu momento.



Ness correu até a garagem, chegou ao seu carro, abriu a porta com dificuldade. Suas mãos estavam trêmulas. Aliás, seu corpo inteiro estava trêmulo. As lágrimas corriam pelo rosto. Não conseguia evitar de chorar. Eram muitas emoções, magoas e decisões em sua vida. O avô havia prendido em uma ratoeira e não sabia como escapar.



Dirigiu com dificuldade para a casa da amiga e foi bem recebida pela sua mãe, que a conduziu até o quarto. Lá já estavam Clarie, July e Carli.



Nathaly a abraçou e ela se sentou na cama com a amiga. Depois de meia hora contando todo o ocorrido, as quatro olhavam para Ness com a boca aberta. Não sabiam como a amiga sairia daquela confusão.



- E ai, gente¿ O que eu faço¿ Eu não quero ficar pobre, mas não posso me casar com Jacob. – Ness choramingou e se deitou no colo de Carly.



- Ness, você sempre gostou de Jacob. Vamos concordar com isso. Aproveita a chance e se casa. Tenta tirar o melhor desse casamento. – Ela disse para a amiga, enquanto penteava os seus cabelos.



- Não posso me casar com ele. É muita humilhação para mim. Ele passou a vida inteira me humilhando. Pisando em meu coração, fazendo pouco e falando mal de mim. Isso sem falar em todos os seus trotes. Como eu posso me casar com ele agora¿ Meu coração dói muito.



- Ness... – Claire tentou argumentar.



- Ele não me ama. Passará a vida inteira fazendo pouco caso de mim. Disse que nem para prostituta eu sirvo. Não posso...eu... eu... – Ela começou a chorar muito e suas amigas se compadeceram. O que poderiam lhe dizer¿ A sua dor era genuína. Elas, com exceção de July, acompanhara tudo aquilo. Sabiam o quanto Ness o amava. O quanto ela lutou contra os sentimentos. Tudo o que foi capaz de fazer por causa da sua rejeição. A mulher promiscua que se tornou ao longo dos anos. Agora simplesmente ela casaria com ele¿ Simplesmente não dava.



- Pensa bem, amiga. É melhor vocês manterem um casamento de mentira e você ter um bom champanhe, roupas dos melhores estilistas, perfume francês, os melhores sapatos e bolsas... bla blablalba do que você não ter nada. Já se imaginou vivendo em um conjugado¿ Pegando ônibus¿ Servindo mesas¿ Eca! Que pobre isso. – Carly argumentou.



- Eu sei disso tudo...Olha que sei, mas...



- Mas deixará o seu orgulho falar mais alto¿ Deixará as roupas, bolsas e perfumes para Rosalie e Alice¿ Também tem o enjoado do Jasper e a sonsa da Bella. Imagina o que ela faria¿ Acho que doaria todo o dinheiro do seu avô para os pobres. Emmett e Edward comprariam muitos carros de luxo... Italianos, eu acho. E os tios interesseiros¿ - Foi a vez de Natahy.



- Nem me fale nos meus tios. Meu avô sempre disse que eram preguiçosos. Meu avô triplicou a herança do pai e os meus tios só viveram de migalhas. Nunca fizeram nada de bom na vida. Deixar o dinheiro do meu avô para essa gente me dói.



- Então, Ness¿ O que fará¿ - July perguntou.



- Primeiro vou em outro advogado. Não confiou no incompetente do Sr Paladino. Vou procurar uma segunda e se preciso uma terceira opinião. – Disse chorando.



- Vamos comer chocolate¿ - Carly perguntou.



- Comer muito chocolates. – Ela respondeu fazendo beicinho. Nathaly levantou e caminhou até a porta. Saiu do quarto, foi até a cozinha e pegou chocolate para a amiga. Depois voltou para o quarto e cinco se esbaldaram comendo aquela perdição.



- Come, querida... Come que faz bem ao coração. – Disse Claire.



- OH!! Bem ao coração¿ Só vai me deixar com celulite, estrias e pneuzinhos... Mas tudo bem! Vou comer mesmo.



Ness não voltou para casa aquela noite. Foi da casa da amiga para a escola. Não sabia que a noticia do testamento, e principalmente do casamento, se espalharia tão rápido. Só que no momento em que pisou na escola, todos começaram a cochichar e apontar. Alguns riam outros davam de ombros. Tânia Denali quase a fuzilou com olhar quando passou. Ela tinha uma quedinha por Jacob... Quedinha não! Era uma verdadeira catarata.



Já Leah, uma das novatas, que também andara s esfregando com Jacob, cruzou os braços e a encarou feio. Ness chegou a pensar que apanharia quando a garota se pôs na sua frente. Teve que sair empurrando, acompanhada pelas suas amigas, para intimidar a mocréia.



Quando chegou ao armário, Alec estava lá com cara de poucos amigos.



Ai, “KA”! Já vem bomba.



- Alec¿ - Ela tentou se fazer de desentendida. Queria adiar aquela conversa o máximo que fosse possível Ele no entanto, não estava com e expressão muito boa.



- Diz que tudo isso é mentira¿ Que você não vai se casar com ele¿ - De braços cruzados, expressão muito rígida ele a encarava friamente.



- Alec, é muito complicado. Eu nem sei ainda o que fazer... Eu...



- Você não sabe o que fazer¿ Então pensa na possibilidade de se casar com ele¿ - Ela percebeu que ele tentava controlar o tom de voz para não chamar a atenção dos outros alunos. Que por sinal observavam curiosamente a conversar... O povinho fofoqueiro. Ela pensou indignada.



- Eu tenho muito a perder Alec. Tudo o que meu avô construiu, meu futuro...



- Não! – Ele a cortou. - Você deve estar adorando isso¿ Todos nessa escola dizem que você sempre quis Jacob. Agora, de uma hora para outra, seu avô deixa um testamento para vocês se casarem. Muito conveniente isso. Não é¿ Olha, Ness. – Foi a vez dela o cortar.



- Olha você! – Ela erguei o dedo em tom autoritário. – Eu tenho minha vida para decidir. Não preciso de ninguém mais me pressionando. OK¿ Vou pensar no que fazer e não quero discutir isso agora. Vê se me erra, Alec. – Saiu com raiva e o deixou para trás.



Na entrada da sala cruzou com Jacob. Seu coração disparou naquele momento, tentou desviar o olhar. Acabou ficando nervosa e deixou a mochila cair. Ele se abaixou para pegar no mesmo instante e as mãos se tocaram. Seus olhos se fixaram naquele momento nos dele. Não conseguia nem respirar de nervoso... Ela teria um enfarto.



- Ness! – Sua amiga Carly a salvou.



- Carly! – Ela se levantou segurando a mochila e ele abriu caminho para ela entrar. Foi bem constrangedor a situação.



O resto do dia foi constrangedor e ela passou fugindo de Jacob. Tentava não encará-lo. Todas as vezes que isso ocorreu, sentiu se acuada como um gato assustado. Entretanto era preciso se manter muito longe.



Depois da aula, ela e suas amigas foram a três escritórios de advocacia em Seattle para saber se haveria uma saída. Mas todos eles diziam a mesma coisa e aquilo a desanimou. O que faria¿ Estava literalmente entre a cruz e a espada.



Quando chegou em casa ao anoitecer, Jacob a esperava por mais uma daquelas conversar tensas... Ela não queria conversar. Como fugiria com sua insistência¿ Ele a parou na porta de entrada e forçou a barra.



- Vamos conversar numa boa¿ - Ele pediu com a voz calma.



- Não quero brigar, chorar ou ser humilhada novamente. – Respondeu sem encará-lo. Olhava um quadro na parede, como quem admirasse a obra de arte. Mas na verdade só queria fugir de seus olhos.



- Olha, temos que acertar nossas vidas. Eu não quero perder tudo. Só que além disso, não quero que você perca tudo. Acho que não sobreviveria sem seu precioso conforto e essa vida de patricinha que tem. Vamos ser razoáveis em relação a isso, Ness¿ Seu avô não nos deixou nenhuma chance de fugir. É casar ou casar. Se você quer abrir mão de tudo por mim, tudo bem. Me odeia tanto assim¿ Só isso justificaria uma atitude tão burra... tão irracional da sua parte.



- Tá me chamando de burra¿ - Ela fez um bico e olhou furiosa para ele.



- Sim! Você está deixando o ódio por mim tomar a frente. Não vê o óbvio. Nós podemos nos casar. Vendemos todos os bens aos poucos. Mandamos o dinheiro para algum paraíso fiscal e quando não sobrar mais anda, pedimos o divórcio. Assim quando os seus primos entrarem com recurso, não terá mais herança para reclamarem. Para isso, precisamos ir para a faculdade casados e assumir o controle da herança. Sem isso não poderemos vender nada. Entende¿ Usa a cabeça!! – Ele colocou o dedo na cabeça dela e diminuiu o espaço entre os corpos. Ela se afastou, tentando evitar o contato. Seu corpo já reagia a tudo, totalmente trêmulo e com os pêlos eriçados.



- OK! Casamos, vendemos tudo e nos separamos. É só isso¿ - Ela perguntou fazendo bico.



- Não! Tem uma condição. – Ele passou as mãos em seus cabelos, fez um minuto de silêncio, deixando a maluca e depois voltou a falar. – Não farei papel de corno. – Disse finalmente com a expressão séria. – Você não sairá com mais ninguém.



- Essa é boa! Rararara – Ela riu pausadamente, debochando da cara dele, que olhava de forma estranha. – Você não terá nenhum direito sobre a minha vida. Acha que deixarei você controlar com quem eu durmo ou não¿ Só pode estar doido. – Ficou batendo o salto do sapato no assoalho de forma impaciente. Ele não disse nada por segundos.



- É isso ou nada. – Ele insistiu.



- Então é nada! – Disse de forma arrogante. – Acha que ficarei sem homem por causa de você¿ Tá doido, né¿ Não pode dizer o que posso e o que não posso. – Completou.



- Você usará o meu nome. Será a minha esposa e não serei chifrudo. – Ele afirmou.



- Isso será um negócio apenas. Não vou deixar de ter namorados por sua causa. Não mesmo!



- Então você fará escondido. Não sairá com um e com outro na frente de todos. Principalmente

e na minha frente. – Ele disse de forma definitiva



- Só me faltava essa! Fala sério, Jacob! O que você tem haver com quem eu durmo ou não¿ O que isso te importa¿ Eu não vou aceitar isso. Não vou ter “amantes” escondidos, como uma esposa desfrutável. Continuarei a mesma de sempre. – Ele queria dizer que se importava. Que o ciúme fazia o seu coração doer. Que sua vontade era matar todos os caras que haviam dormido com ela. Que não suportava ouvir o quanto ela era gostosa, boa de cama e as coisas que fazia... Ele não agüentava. Não sabia quanto tempo mais suportaria. O incomodo que sentia ao vê-la com Alec já era mais do que podia suportar. Depois de casado ficaria ainda mais possessivo. Mas ele não podia confessar nada disso... Aliás, ele não conseguia... O orgulho lhe impedia de ser sincero.



- É isso ou nada. Pense bem no que te propus. Casaremos, passaremos alguns anos juntos e quando não tivermos mais um tutor no nosso pé, vamos vender os bens e esconder o dinheiro. Depois você decidirá se ficará ou não ao meu lado. Para isso é preciso que se torne uma mulher de respeito. Essa vida de “vadia” acaba no dia do nosso casamento. Entendeu¿ - Ele deu as costas e começou a caminhar em direção a escada. Ela o olhou e ficou pensando no que faria. Como ela aceitaria que controlasse a sua vida¿ Já não bastava lhe roubar o amor, agora queria lhe privar também da liberdade. Não era justo... Nada daquilo era justo para nenhum dos dois, mas ela não sabia.



Jacob foi para o seu quarto angustiado. Estava sofrendo com aquela rejeição. Não achou que seria tão difícil convencê-la a se casar. Queria acabar logo com aquilo e ir para a melhor parte do casamento... A consumação. Ela aceitaria¿ Ele duvidava.



Todos diziam que Ness Cullen tinha uma quedinha por ele. A verdade, no entanto, era que ela parecia odiá-lo. Não tinha culpa daquilo, era bem verdade. Ele a magoou de todas as formas possíveis. E ainda agora, continuava a magoando. Parecia mais um homem das cavernas. Não conseguia falar de seus sentimentos... Muito menos expressá-lo. O que ele faria¿



Deitou-se na cama e ficou olhando para o teto por um bom tempo. Queria chorar, mas seu orgulho não o permitia. Nunca em sua vida se sentira tão oprimido daquele jeito.



Foi para o banheiro, tomou um banho quente, enxugou o seu corpo e colocou uma Box branca. Voltou para a cama, deitou, pegou o celular na mesinha de cabeceira e começou a ver o vídeo de Ness dançando... Como ela era linda! Ele estava perdidamente apaixonado. Não havia mais como negar isso ao seu coração.



Ness estava em seu quarto, feito barata tonta, andando de um lado para o outro enquanto pensava na proposta de Jacob. Percebeu que ele era inteligente e havia encontrado uma forma de se livrar dela em pouco tempo. Aquilo a magoou mais uma vez.



Nem por dinheiro ele ficará comigo.



Seu coração doeu e se segurou para não chorar novamente. Estava muito emotiva e chorando mais do que o costume.



Foi para o computador, ligou o monitor e começou a ver a gravação de Jacob em seu quarto.

Ele estava deitado na cama, observando algo no celular. Parecia muito triste e deprimido. Colocou o aparelho na mesinha e se deitou de lado. Revirou-se muitas vezes na cama. Parecia incomodado com algo. Pegou o travesseiro e abraçou.



Ela não entendia porque ele abraçava o travesseiro daquele jeito. Quis ir até o seu quarto e colocá-lo sem seus braços. Mas o que estava pensando¿ Ela não baixaria a guarda porque ele parecia deprimido... Não mesmo.



Jacob pegou o celular novamente e discou. Ness ouviu o seu telefone tocar e seu corpo gelou. Será que ele estava ligando para ela¿ Foi até a mochila e pegou o aparelho. Atendeu com o coração palpitando, após ver o seu nome no visor



- Ness¿



- Oi, Jacob!



- Só queria te pedir desculpas. – Ele fez um silêncio. Ela olhou na tela do computador e o viu apertado forte o travesseiro enquanto falava. – Eu não queria te fazer chorar. Às vezes, na maioria para dizer a verdade, não sei como conduzir as coisas e acabo falando “Ms”.



- Tudo bem! – Ela praticamente sussurrava. – Eu aceito.



- O quê¿ - Ele perguntou incrédulo.



- Aceito me casar. Mas não vai controlar a minha vida. Prometo fazer as coisas de forma discreta. – Disse e viu ele pular da cama e começar a dança. Ela riu achando graça da sua performance. Ele remexia o corpo de forma sensual, enquanto ligava o som. Parecia um striper profissional enquanto dançava. Os seus músculos pareciam feito só para aquilo. O requebrado maroto, o jeito safado e sensual a enlouquecia. Ela riu ao ver a cena. Passou a língua sobre os lábios e arfou.



- Você aceita¿ Jura! Temos que dar entrada nos documentos logo. Temos 90 dias para fazer tudo antes que seus primos entrem com uma ação pedindo a posse da herança. – Ele continuava a dançar.



- Tudo bem! Amanhã entregou os documentos.



- Então tchau!



- Tchau! – Ele não desligou. Ela também não. – Tá!



- Tá!



- Tudo bem!



- Tudo bem!



- Vou desligar.



- Desliga! –Os dois ficaram enrolando por um tempo, até que ele desligou e se concentrou apenas na dança sensual. Ela ficou horas olhando o espetáculo, como se aquilo fosse a visão mais maravilhosa do mundo. Não conseguia nem piscar... não perderia um só de seus movimentos.



Um mês depois



Os dias que seguiram, os dois evitaram brigar o máximo que podia. No entanto foi impossível não destruir totalmente, ou parcialmente, algum cômodo da casa.



Mesmo com a trégua, quando estavam juntos era impossível não discutirem. O tesão que sentiam um pelo outro só fazia a irritação de ambos aumentar e as brigas por besteiras ficarem mais freqüentes.



Nesse clima de tensão, logo chegou o dia do casamento, e para garantir que a família não faria nada pela herança. Eles fizeram uma pequena recepção com os amigos e familiares na sala da mansão.



Foi algo simples. O mordomo se encarregou de fazer um pequeno altar, mesmo Ness achando aquilo desnecessário. Seria apenas um casamento no civil, na presença de testemunhas.



Ela resolveu provocar Jacob uma última vez antes de se casar. E instruiu as amigas a irem vestidas de preto. Todas vestiam saia, blusa, taier e chapéu preto. Para completar a sacanagem, ela comprou um vestido rodado, tomara que caia, bem apertado na cintura, com anágua rodada que deixava o vestido com uma longa armação. Se fosse branco pareceria um vestido de quinze anos... Mas era preto.



Além do vestido, usava um chapéu cafona, provavelmente dos anos cinqüenta, com um pequeno véu preto tapando o rosto... Ela mal esperava para ver a cara de Jacob.



Todos estavam na sala a espera da noiva e de suas “damas de honra”. Quando elas chegaram a porta, um rapaz,contratado por Ness, colocou a marcha fúnebre.



A marcha seguia lenta e dava um ar de velório a ocasião. Ela e suas amigas fingiam chorar enquanto caminhavam lentamente.



Ela seguiu atrás de suas amigas até o pequeno altar, enquanto os primos morriam de rir da cara de desgosto de Jacob. Nem os amigos dele, que foram convidados para o casamento civil, conseguiram conter o riso.



- Isso é de muito mau gosto. Está agourando o marido antes mesmo de casar. – O mordomo resmungou enquanto ela andava em direção a ele, segurando o riso.



- Ela é louca. – Valery, a mãe de Rosalie e Jasper disse ao marido.



- É mimada e imatura. – Respondeu Rosalie.



- Isso é muito engraçado. – Disse Emmett para Rosalie.



- Ela gosta de aparecer. – Ela resmungou.



- Pelo menos saberemos quem será culpado se Jacob aparecer morto. – Disse Edward.



- SHIII – Bella pediu silêncio.

- Bem, pelo menos sabemos que esse casamento não dura muito tempo. Um dos dois morrerá em breve. – Jasper disse.



Ness chegou até o altar e o juiz de paz olhou para ela espantado. Quando foi começou o discurso, ela pediu para que avançasse a cerimônia de casamento. Aquele bla bla todo era desnecessário para ela. Só queria casar logo para ter o direito de gastar o dinheiro do avô.



Jacob a olhava de forma incrédula. Não conseguia acreditar no que estava fazendo justo no dia do casamento.



- Sras e Srs, estamos aqui para...



- Podemos passar logo pela assinatura¿ - Ela pediu e Jacob fez um muxoxo.



- Eu gostaria de falar algumas palavras antes. – Ele respondeu.



- Isso tudo é sinceramente desnecessário. Eu dispenso sermão sobre casamento. Se puder adiantar logo, eu agradeceria. Tenho massagista marcado às quatro.



O homem, com expressão de poucos amigos, foi para a parte prática do cerimônia e pediu para os noivos assinarem os livros. Jacob e Ness assinaram o documento, depois as testemunhas. E quando terminou, as amigas aplaudiram e o rapaz tocou novamente a marcha fúnebre.



Ness fez um sinal com dedo para o mordomo. Que saiu da sala e voltou sem seguida com um pequeno bolo preto. Sobre ele havia um casalzinho de noivos com roupas pretas e cara de mortos. Ela viu um desenho e gostou muito daquilo. Procurou por dias as miniaturas das personagens. Começou a aplaudir, enquanto uns faziam cara feia e outros gargalhavam achando graça.



- Não ficou lindo¿ - Ela começou a bater palmas de forma histérica. Na verdade estava nervosa e queria disfarçar.



- Se não fosse trágico, seria comigo. – Jacob respondeu mal humorado. – Mas ainda não acabou. Dá a sua mão! – Ele ordenou e ela fez bico.



- Pra quê¿ - Perguntou revirando os olhos.



- A aliança¿ - Disse sarcasticamente.



- Aliança¿ Tá brincando¿ Isso não fazia parte do acordo. – Ele pegou a mão dela, que puxou para trás. Ele puxou novamente e ela puxou de novo. Ficaram naquela briga, enquanto os convidados olhavam atônitos. Nunca imaginaram um casamento tão bizarro. – Tudo bem! Desisto! OK¿ Coloca logo essa “PO”.



Ele colocou a aliança e depois deu a ela a sua. Ela ficou olhando aquilo, tentando entender porque ele havia dado. Será que era tão burro, que achava que ela colocaria em seu dedo¿ Oh, Idiota!



- Não vai colocar¿ - Ele perguntou impaciente.



- Não!



- Oh, que mulher mais irritante. Era o mínimo que poderia fazer depois dessa palhaçada.



- É mesmo¿ Não quer tirar fotos para recordar esse dia inesquecível¿- Perguntou debochadamente. Ele tomou a aliança e colocou no próprio dedo.



- HUM! Quero outra coisa.- Ele a olhou intensamente, segurou o seu rosto com as duas mãos e a beijou.



Tudo foi muito rápido. Ela lutou para se soltar. Ele tentou forçar a língua em sua boca. Ela não daria o braço a torcer na frente de todos... Não mesmo. Ele continuava a tentar enfiar a língua em sua boca. A volta todos gritavam e riam achando graça. Ela deu uma joelhada entre as pernas. Ele caiu com as mãos no seu “parque de diversões”. Ele a ameaçou por aquilo. – Você me paga, Ness Black!



- Ness Cullen! – Ela rebateu



- Ness Black! – Ele insistiu



- Cullen!



- Black!



- Cullen!



- Black!



- AI “KA”! Eu to cansando disso! – Emmett disse com raiva. - Vocês estão com falta de “FO”. Acabam logo com essa palhaçada. Vamos, Rosi! Já deu!- Saiu puxando a namorada pelo braço e os outros Cullens os seguiram desgostoso e indignados.



- Viu o que você fez¿ Constrangeu os nossos convidados. Nem comeram bolo. – Ness disse rindo.



- Você me paga, Ness.



- É mesmo¿ To morrendo de medo.



- Se eu fosse você eu teria muito medo.



- OH! Chapeuzinha está com medinho do lobo mau.



- Lobo mau vai dá umas palmadas em Chapeuzinha não vai demorar muito.



- Chapeuzinha adora palmadas, mas lobo mau vai morrer antes de chegar perto.



- Veremos! – Ele disse se levantando e reparou que as pessoas saiam de fininho, enquanto os dois começavam mais uma guerra.



- Veremos mesmo, Jacob Black! Não pense que vai mandar em mim. Eu sou dona do meu nariz.



- Não mesmo! – Quando ele ameaçou ir para cima dela, pegou uma jarra de flores e atirou nele. Quase acertou o juiz e o advogado. Correu para o quarto o mais rápido que podia. Se ele a pegasse, estaria perdida. Precisava se proteger.







Nota GLAU


Ai ai gils? Gostaram do cap? Ficou bem louc, né? Agora as coisas ficaram bem agitadas para esses dois. Quero só ver no que isso vai dar. Kkkk Eu já sei, mas matarei vcs de curiosidade. Kkkk Sou perversa!


Eu adorei tanto os comentários do último cap, que fiquei muito inspirada para fazer o próximo.


Na terça feira eu estava super cansada e comecei a fazer o cap por volta de nove horas. Terminei quase meia noite, mas valeu a pena. O cap ficou mara.


Agora eu quero realmente saber o que estão achando e que me mandem idéias para mais brigas. Kkkk A minha imaginação não é tão fértil assim... A Bibizoca já deu alguns toques, mas se depender dela isso vira “jogos mortais”. Kkkk


Bem a Polly disse em alguns caps que eles demorariam uns 50 caps para terem o lesco lesco.


Vou dizer que isso vai acontecer no próximo, se eu não mudar de idéia, é claro.


Então comentem bastante para me inspirar a escrever.






Eu to sentindo falta de uma galerinha nos últimos caps. Cadê esse povo? Sem comentários... Muitos comentários... Eu não posto mais caps tão rápido. Vou deixá-las um mês esperando pelo próximo. Então me estimulem bastante para ver o que vai acontecer.


Gente eu quero mais recomendações. A fic já vai para o 8 cap e só tem 3 recomendações?


Em Galope, Opposing Souls e Vento no litoral a essa altura as fics já tinham mais de dez.


Assim eu choro. Bua bua bua!






Yeza, Michelle, Eli, Amik, Ellen, Polly... Cadê vcs? Gente, eu tenho uma memória boa, mas é muita gente para eu me lembrar. Sei que faltam uma média de 20 leituras sumidas. Cadê esse povo meudeus?






Se forem boazinhas comigo, o próximo cap deve sair entre segunda e terça feira. Se eu conseguir escrever o que penso, ele terá mais duas mortes e “dois” lesco lesco. OK. Então comentem.






Any, obrigada pela linda recomendação que fez para a fic. EU AMEI.






BOA LEITURA E BJUS NO CORE














N/Heri: kkkkkkk... de onde essa guria tira essas brigas? Mordida, puxão de cabelo, chute, rasteira. Viu ele falou: NÃO VOU SER CORNO!...kkk E o monitor, to adorando , a dancinha dele sensual aff.............morri junto com Ness. Mas esse casamento entra pra historia das fics da Glaucia ..kkk...me escangalhei de ri desse casamento, que confusão pra por uma aliança e com sobrenomes...Glau você se supera a cada capitulo amiga. SEI NÃO MAS ESSE NEGOCIO DE CHAPEUZINHO E LOBO MAU VAI ACABAR EM COMIDA, O QUE ACHAM?...... viram o segreduuuuuu comentem, ela ficou tão super ,hiper, mega animada que postou 17hs e mandou capitulo novo 23hs..bjss





4 comentários:

Sara disse...

Oh meu Deus esses dois ainda se matam mesmo antes de acontecer alguma coisa interessante...
Adorei o capitulo você superou totalmente, está de parabéns, amei :)

Anônimo disse...

adorei o cap e que bom que esses dois se casaram
agora so falta a lua de mel para finalmente esses dois se entregarem a esse amor que um sente pelo outro apesar das brigas e mesmo nem um dos dois assumirem que amam um ao outro mais eles forma um casal muito lindo.esse casamento promente muitas emoçoes.

Anônimo disse...

maravilhoso esse capitulo ate que fim esses dois se casaram estava louca pra eles se casarem logo
e finalmente serem o senhor e a senhora black e mesmo a nessie queredo figim que nao gostou tenho certeza que ela amo se finalmente a mulher dele .agora so falta mesmo eles se amarem bastante e recupera o tempo perdido.e os dois fizerem amor de verdade pela primeira vez.eu amor a nessie eo meu jake.parabens glaucia e por favor escreve logo o cap 9.

Anônimo disse...

amei o cap finalmente o meu casal preferido se casaram, estava doida pra isso acontecer logo e aconteceu agora so falta eles se entregarem a esse amor lindo que um sente pelo outro e tanto ele quanto ela serem apenas um do outro porque eu nao gosto dela e nem dele com outra pessoa amo so dois juntos.e a nessie em vez de aproveita que esta se casado com gato mais lindo do mundo faz essa palhaçada mais eu sei que ela amo se casar com o meu jake e que so nao quis adminte eu sei que era o sonho dela e dele tambem
como diz o ditado deus escreve certo por linha torta.no caso a glaucia eu adoro as suas historias ja lie todas do jake e da nessie e agora to ledo guerra dos sexos e por favor coloca logo o cap 9

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