domingo, 15 de maio de 2011

Crisalida15


CAPÍTULO 15 - MOINHOS DE VENTO
POV BELLA
A volta pra casa foi silenciosa. Um clima tenso pairava no ar. Minha cabeça girava em um turbilhão de pensamentos. Uma parte de mim odiava Edward por estar me pressionando a fazer algo para o qual não estava preparada, mas a outra parte aceitava que ele tinha razão. Meu comportamento era absurdo. O que eu estava esperando? Eu era maior de idade, estava completamente apaixonada por ele e o mais importante: Eu o desejava ardentemente. Todas a s células do meu corpo queriam Edward. Então por que eu não conseguia dar o passo à frente que ele tanto me cobrava? Essa pergunta gritava em minha cabeça. Nenhuma resposta coerente me ocorria.
Edward era lindo, atencioso, carinhoso, quente, experiente... O que mais eu queria? Mulheres se jogariam na frente de um trem para conseguir um homem como ele, e eu, que o tinha , não aproveitava.
Olhei de lado, discretamente, e fiquei admirando sua beleza. Suas mãos eram lindas. Seus dedos eram longos e finos. Deveria ser uma sensação arrebatadora senti-las percorrendo meu corpo. Elas eram grandes o suficiente para cobrirem meus seios por inteiro.
- O que você está pensando, Isabella? - Quase tive um AVC de susto. A pergunta de Edward me pegou de surpresa.
- Estava pensando como seria ter meus seios em suas mãos. - “Quem disse isso???? Não fui eu, não fui eu, não fui eu.... Eu não falei isso, eu não falei isso”
Se não fosse o cinto de segurança, teria atravessado o pára-brisas com a freada brusca que Edward deu.
Ele parou o carro no meio da rua. Ainda bem que não vinha ninguém atrás. Se virou para o meu lado, furioso.
- ISABELLA, VOCÊ QUER ME MATAR? - Ele me olhava intensamente nos olhos e sua voz estava bem mais alta que o normal.
- Desculpa - foi só o que consegui falar.
Aos pouco a expressão de Edward foi se amenizando, até que um sorriso maroto se formou em seu rosto.
- Você quer que eu te mostre? - Sua voz estava perigosamente carregada de malícia.
- Você não vai esquecer que eu falei isso, não é mesmo Edward? - Perguntei quase sussurrando, já sabendo a resposta.
- Ah, mais não vou mesmo - falou rindo.
- Edward, vamos embora, a gente continua esta conversa lá em casa. Ficar aqui no meio da rua é perigoso.
Ele ficou pensativo e por fim concordou.
- Então vamos, mas não pense que vai fugir desta conversa, Isabella.
Ligou o carro e saímos. Ficou sorrindo o resto do caminho.
Não era à toa que eu me mantive calada por tanto tempo. Era só abrir a boca que eu logo me arrependia.
Ele ia querer que eu me explicasse quando chegássemos em casa. Eu devia mesmo era levar Edward pro meu quarto, já que minha mãe estava em Quincy a trabalho, e acabar logo com esses meus medos. Afinal, do que mesmo eu tinha medo?
Sair do meu confortável mundinho estava se mostrando emocionante, mas ao mesmo tempo, assustador. Edward estava me convidando a experimentar o oposto do que sempre procurei em minha vida. Sexo pedia uma entrega total, cumplicidade, interação, confiança... Se eu me entregasse a ele completamente, o que eu faria depois, quando perdesse todos os escudos que me blindavam? Quem seria essa nova Bella, quem me salvaria dos meus fantasmas? Por mais que Edward tivesse mudado minha vida, eu ainda me agarrava ao meu antigo instinto de auto-proteção. Era difícil abrir mão dele. Às vezes o mundo e as pessoas eram muito cruéis. Me apavorava a idéia de um dia acordar nua ao lado de Edward, completamente feliz , realizada, livre... Mas desarmada e sem minha armadura. Uma presa fácil para o sofrimento...
Abandonar minha crisálida para sempre seria doloroso, mas era a única forma de ganhar asas e voar.
Nem percebi que Edward já tinha estacionado o carro e aberto minha porta, estendendo a mão para me ajudar a sair.
Segurei sua mão e saí do carro.
- Edward, vem comigo - chamei, decidida.
Respirei fundo. Se meus medos eram reais ou se tratavam apenas de moinhos de vento, como na história de Dom Quixote de La Mancha, não interessava agora. Eu lutaria com eles, e venceria.
A sala estava escura e silenciosa. Pedi que Edward me esperasse e fui ao quarto de Carmem, avisar que já tinha chegado, assim ela não nos incomodaria, indo ver quem estava fazendo barulho.
Voltei rápido e encontrei Edward sentado no sofá. O ambiente ainda estava escuro, timidamente iluminado pela luminária do corredor, que eu tinha acendido.
Sentia minhas mãos suarem frio, mas estava decidida a me acertar com ele.
Sentei-me ao seu lado, segurando suas mãos, e comecei a falar, ou melhor, a lutar. Sim, estava iniciando minha primeira batalha, de muitas que ainda viriam.
- Edward, por anos vivi confortavelmente em um casulo que eu mesma construí, protegida dos perigos e fantasmas que me assombravam, mas então você chegou e bagunçou tudo com essa sua mania de me dizer verdades. Agora eu estou completamente apaixonada por você e...
Edward me interrompeu, colando seus lábios nos meus e me beijando intensamente, cheio de paixão. Passei meus braços em volta do seu pescoço e me deixei levar por seu beijo. Tentei relaxar ao máximo, sem me preocupar se ele tentaria alguma coisa. Dessa vez eu não o barraria. Derrubaria meu primeiro moinho de vento.
Apesar do beijo ousado, Edward manteve as mãos em minhas costas.
- Vai me fazer ter de pedir, Edward? - Perguntei com o pouco fôlego que me restava.
- Pedir o que, Isabella? - A forma displicente como me perguntou, mostrava que realmente ele não fazia idéia sobre o que eu estava falando.
- Vamos pro meu quarto que eu te mostro - disse, me levantando e o arrastando escada acima.
Evitei olhar em seu rosto enquanto subia. Tinha medo de perder a coragem.
Abri a porta e o puxei pra dentro.
- Isabella, tem certeza do que esta fazendo? - Edward me segurava pela cintura e tinha uma expressão de perplexidade no olhar.
- Não sei até onde conseguirei ir, Edward, mas pode ter certeza que é além de onde fomos até hoje. Não vou mais deixar meus medos me vencerem. Quem manda em mim hoje é a minha paixão por você.
Nos beijamos mais uma vez. Desta vez Edward me apertou forte, aproximando o máximo possível nossos corpos. Quando percebi o volume na sua calça, comecei a me sentir nervosa, mas então me lembrei que estava numa batalha e não poderia mostrar fraqueza.
“ É apenas o corpo dele, Bella.” E sejamos francos, era muito corpo!!
- Isabella, sua mãe não se importará se me pegar aqui em seu quarto? - Edward perguntou preocupado.
- Ela está viajando. Estamos sozinhos - respondi rindo.
- Então você está correndo perigo, Isabella Swan... - Edward falou com o rosto enfiado em meu pescoço, me fazendo arrepiar da cabeça aos pés.
Seus lábios passeavam por minha orelha, fazendo minhas pernas perderem a força. Sentia o pânico me rondando, mas não ia deixá-lo me dominar.
- Edward, vou ao banheiro me trocar e já volto. Quero colocar uma roupa mais confortável.
Na verdade eu precisava de um tempo para respirar, senão desmaiaria.
Abri meu armário e peguei um pijama de short e regata.
Entrei no banheiro e assim que fechei a porta me entreguei ao meu desespero. Apoiei-me na bancada da pia e respirei fundo.
Eu tinha de me acalmar. Eu amava o homem que estava atrás daquela porta. Ele também era apaixonado por mim . “Vamos, Bella, você consegue!”
Coloquei o pijama e olhei no espelho. A blusa estava um pouco transparente, mas não tinha trazido nenhum sutiã comigo, agora teria de sair assim.
Escovei meus dentes, penteei os cabelos e fui para o quarto.
Quase tive um ataque quando vi Edward sentado em minha cama, sem camisa e sem sapatos. Seu tronco estava encostado na cabeceira e suas pernas cruzadas. Era a primeira vez que o via sem camisa. Era a visão do paraíso.
Os olhos de Edward percorreram meu corpo. Senti-me nua e tenho fortes indícios para afirmar que foi assim mesmo que ele me imaginou.
Olhei para o lado da porta. Talvez se traçasse um plano de fuga me sentiria um pouco melhor. Edward se esticou na cama e pegou minha mão, me puxando para junto dele.
- Você está linda, Isabella. Vem cá.
Sorri, mordendo os lábios. Se gaguejasse tentando falar, entregaria meu nervosismo.
- Isabella, - Edward disse, segurando meu queixo, - o que quer que estejamos fazendo, se quiser parar é só me pedir, está bem? Me promete que não vai fazer nada que não queira ou que não esteja bom pra você? - Sua voz era tão doce que me passou calma.
- Prometo, Edward.
Começamos a nos beijar, ainda sentados. Foi um beijo lento, sem pressa e sem ousadia. Edward afagava meus cabelos.
- Eu te amo, Isabella - falou com os lábios quase colados aos meus.
- Também te amo, Edward.
O peso de seu corpo foi pressionando o meu até que estávamos deitados. Ficamos de lado, um de frente para o outro.
- Lá na sala você disse que ia me pedir uma coisa, ainda lembra o que é, Isabella? - Edward perguntou.
- Edward, por que não facilita as coisas pra mim? - Implorei, fazendo cara de sofredora.
- Gosto de te torturar. Você fica linda com as bochechas coradas.
- Espero que não tenha faltado às aulas de massagem cardíaca, Dr. Cullen, porque se continuar me deixando sem graça assim...
Edward invadiu minha boca com sua língua, num beijo ardente. Depois sua boca desceu para meu pescoço, onde começou a mordiscar e beijar, fazendo-me soltar gemidos, sem conseguir me controlar.
Um pouco insegura, comecei a acariciar seu peito com minhas mãos. Seus músculos eram definidos, sem exagero, e sua pele era macia. Podia sentir seu coração acelerado. Tocá-lo daquela forma era tão bom.
Edward gemeu com meu toque. Aos poucos estava começando a me sentir mais à vontade.
- Vamos, Isabella, vai pedir ou não? - Edward estava determinado a me constranger.
- EuqueroquevocêtoquemeusseiosPronto, já falei.
Edward começou a rir.
- É em momentos como este que eu tenho certeza que você é a mulher da minha vida, Isabella.
Sua mão alcançou a barra da minha regata e lentamente foi subindo, deixando minha barriga à mostra. Onde os dedos de Edward iam tocando, a pele ia arrepiando-se. Minha respiração foi se acelerando. Todos meus músculos se enrijeceram.
- Quer que eu pare, Isabella? - Edward percebeu meu nervosismo.
Mordi o lábio e balancei a cabeça negativamente. Agora, mesmo tendo uma síncope, eu iria até o fim.
Quando a camiseta estava no limite de desnudar meus seios, Edward parou. Seus olhos fitaram os meus, numa pergunta silenciosa. Ele não queria me forçar a nada e estava querendo se certificar que tudo estava bem.
- Me toque, Edward - sussurrei.
Um sorriso torto, que me fez tremer na base, enfeitou seu rosto e ele finalmente retirou minha regata, deixando meus seios descobertos.
Fechei os olhos procurando apoio na escuridão. Dava para sentir seus dedos tocando minha barriga, fazendo um caminho lento até seu objetivo. Arqueei o corpo levemente, sem conter a excitação que tomava conta de mim.
- Eles são perfeitos, Isabella. - Edward falou com a voz rouca.
Uma mão quente alcançou meu seio, me fazendo soltar um gemido alto. Suas carícias eram enlouquecedoras. Não tive coragem de abrir os olhos, mas me senti vitoriosa de não ter pedido para ele parar.
Suas mãos se afastaram do meu corpo e antes que olhasse para ver o que estava acontecendo, senti sua respiração em minha pele e quase gritei de prazer quando sua língua circulou meu mamilo, deixando um rastro de fogo.
Apertei os punhos, prendendo-me aos lençóis e abri os olhos.
Edward os beijava , passando de um para o outro, ora sugando, ora mordiscando.
Segurei seu rosto com minhas mãos e puxei-o para que me beijasse. Sua boca comprimiu a minha com força, exigente e faminta. Suas mãos voltaram a acariciar meus seios e o beijo ficava cada vez mais ousado.
- Você me deixa louco, Isabella. Nunca me senti assim antes. Nunca desejei tanto uma mulher como a desejo. - Seus sussurros me deixavam mais excitada ainda.
Edward começou a esfregar-se em mim, forçando seu membro contra minhas pernas.
De repente ele parou. Sentando-se ao meu lado.
- Isabella, acho melhor eu ir embora. Devemos ir com calma e suponho que se eu continuar aqui isso vai ser impossível. - Edward estava ofegante.
Sentei-me também, cruzando automaticamente meus braços com o objetivo de cobrir meus seios.
- Tudo bem, Edward, estamos meio fora de controle mesmo - disse, envergonhada ao me lembrar de tudo que tínhamos feito.
Edward estendeu os braços e pegou minha regata que estava na cama, entregando-a para mim.
- Vista isso antes que eu desista de ir embora - falou brincando.
Senti meu rosto corar.
Coloquei a regata. Edward já estava de pé, vestindo a camisa. Ele agia tão naturalmente. Fiquei imaginando quantas vezes ele já tinha passado por uma situação dessa. Provavelmente muitas.
Continuei sentada na cama, admirando meu namorado. Uma sensação de posse se apoderou de mim. Agora sim, sentia-o meu.
Ele sentou-se do meu lado para calçar os sapatos e me olhou sorrindo. Acariciou meu rosto e me deu um selinho.
- Tudo bem com você? - Perguntou, todo carinhoso.
- Eu estou bem, Edward. Foi tudo maravilhoso. Fiquei bem menos nervosa do que achei que ficaria.
- Ainda vamos ter muitos momentos como este, Isabella. Quero que seja completamente minha, mas vamos dar um passo de cada vez.
- Eu também quero ser sua, Edward. Hoje percebi que quando estou em seus braços meus medos quase somem.
Edward terminou de amarrar os sapatos e me colocou em seu colo.
Passei os braços em volta de seu pescoço e o beijei perto da orelha. Seu calafrio me deu coragem para continuar. Comecei a beijar seu pescoço, suspirando para aproveitar ao máximo seu delicioso perfume. Voltei a sua orelha e passei a pontinha da minha língua. Edward gemia e mexia com a cabeça, demonstrando o enorme prazer que estava sentindo.
- Isabella, Isabella... Desse jeito vou acabar dormindo aqui.
- Se ficar aqui, não vou te deixar dormir, Edward Cullen - falei, com uma expressão travessa no rosto.
Não estava me reconhecendo, mas estava me divertindo provocando Edward.
Num movimento tão rápido que nem vi como aconteceu, Edward me deitou na cama e colocou seu corpo sobre o meu. Seus lábios se colaram aos meus e sua língua me invadiu sedenta, quase de forma bruta.
- Ainda quer brincar de me provocar, Isabella? - Perguntou, se divertindo com o meu susto.
- Na...não - falei ofegando.
Edward ajeitou o corpo de modo que seu sexo se posicionasse sobre o meu, afastando minhas pernas para conseguir a posição perfeita.
- O que acha que aconteceria se eu ficasse aqui? - Ele se divertia com meu desespero.
Edward fazia movimentos leves, mas que insinuavam que estava me penetrando.
- E... eu só es...estava brincan... cando, Edward.
Ele começou a dar gargalhadas e saiu de cima de mim. Não tive forças para me mexer.
- Perdeu a noção do perigo, Isabella? - Perguntou ainda rindo.
- Você vai me pagar por essa, Dr. Cullen - falei, num fio de voz.
- O que vai fazer comigo, me obrigar a ser seu escravo sexual? Você não seria tão cruel assim, seria? - Perguntou, enquanto se levantava, dando-me a mão pra que eu me levantasse também.
- Bastaram uns gemidos meus e já ta se achando a última batatinha do pacote, nheim!
- Vem cá que vou te dar motivos gemer de verdade, menina.
Edward me pegou no colo e me jogou na cama novamente.
- Tá bom, ta bom... eu me rendo! Você ganhou! - Gritei rindo. - Não precisa me mostrar nada. Você é gostoso, bem dotado e bom de cama.
- Agora estamos nos entendendo - falou, se sentindo vitorioso.
Rimos juntos por um tempão. Despedimo-nos com um beijo que quase nos fez começar tudo de novo.
Fechei a porta e voltei para meu quarto. Um banho frio me faria bem.

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