terça-feira, 31 de maio de 2011

Guerra dos Sexos JakexNess18


Fuga

- Encontramos uma garota desmaiada no banheiro. – Dane, o chefe da segurança disse a Jacob.

- Como isso pode acontecer¿ Como alguém a tiraria daqui sem que ninguém a visse¿ - Jacob perguntou.

- Vamos evacuar o local. Pedirei as pessoas que saiam com calma. Os seguranças anotaram o nome e o telefone para conferirmos com a lista de pessoas que entraram. Já enviei uma equipe para vistoriar o local e pedi novamente a planta ao gerente. – Dane respondeu.

- Faça o que for preciso. Precisamos encontrá-la antes que seja tarde demais. – Jacob afirmou e começou a caminhar no meio da multidão. Em seu coração ainda havia alguma esperança. Não conseguia acreditar no fato de alguém ter conseguido burlar a segurança.

Estava perdido em seus pensamentos quando ouviu o anuncio no microfone.

- Moças e rapazes, estamos com uma emergência essa noite. – Todos observaram com expressão de espanto. O pânico já começava a tomar conta dos jovens. – Fiquem tranqüilos. Nada acontecerá a nenhum de vocês. Mas devo dizer que a aniversariamente foi seqüestrada e precisamos evacuar o prédio. – Ouviu-se um “OH!!!!” entre os jovens enquanto dizia aquelas palavras. – O que precisamos agora é de ordem para sair. Temos seguranças na saída, que anotarão os nomes e os telefones de vocês. Se alguém viu ou ouviu algo suspeito, peço que informe ao segurança. Façam uma fila de forma organizada para evitar tumulto. O anfitrião da festa, o Sr Jacob Black, pede desculpas pelos transtornos, mas precisamos encontrar alguma pista sobre como Renesmee foi tirada desse prédio. – Dito isto, ele saiu do palco e se dirigiu a sua equipe para dar ordens.

No meio da festas as pessoas prestavam solidariedade para Jacob, que estava visivelmente transtornado e abatido diante daquela situação.

Ele saiu do meio do tumulto e foi para o canto onde Dane dava as ordens e conversava com os agentes do FBI.

- Alguma novidade¿ - Jacob perguntou mesmo sem esperanças.

- Vamos olhar com calma os vídeos da festa. Há de ter alguma pista do que aconteceu. – Disse o agente Basser.- Vamos agora ao escritório do gerente para olhar novamente as plantas do prédio. O senhor pode vir conosco se desejar.

- É claro que vou.- Jacob respondeu com o coração apertado. A única coisa que queria naquele momento era ter Ness em seus braços. Uma angustia apertava em seu peito e o deixava completamente sem ação. Não sabia o que fazer. Tinha que confiar na competência daquelas pessoas por mais difícil que fosse para ele. Os acompanhou até o segundo andar, onde ficava o escritório e permaneceu em silêncio enquanto Dane e os agentes observavam a planta do prédio aberta sobre a mesa. Discutiam as possibilidades de fuga mas não encontravam nenhuma. Então abriu a boca e começou a falar.

- Esse prédio é novo¿ A visão que temos de fora nos dá a impressão da estrutura ser bem antiga. – Disse aos homens.

- O prédio é dos anos cinqüenta. Passou por diversas reformas até chegar o que é hoje. – O gerente, um homem alto e corpulento, que parecia um descendente de mexicanos com aqueles cabelos negros, pele morena, olhos e sobrancelhas características afirmou.

- Mas essa é a planta original¿- Jacob perguntou.

- Realmente. – Disse Dane. – Um prédio após muitas reformas pode apresentar mudanças na arquitetura. Certamente essa não é a planta original. – Afirmou.

- Acho que não. – Afirmou o homem. – Só estou aqui há alguns meses, mas deixe-me ver o cofre. Se houver algo estará lá.

- Mas se essa não é a planta original e eu precisasse dela, onde procuraria¿ - Jacob perguntou.

- Na prefeitura. Acho que na seção de arquitetura urbana e engenharia. Todas as obras precisam do aval da prefeitura para serem feitas. O Engenheiro chefe apresenta a planta e o plano de ação. Eles ficam com a cópia em seus arquivos. – Dane disse.

- Se alguém desconfiasse que esse prédio não apresenta as características originais e quisesse saber o que realmente há por essas estruturas, poderia conseguir na prefeitura... HUM!- Jacob emitiu um som estranho.

- Sr Claus, pode ver se tem a planta original do prédio, por favor¿ - O agente Basser pediu.

- Claro! – O homem começou a vasculhar no cofre e não encontrou. Abriu algumas gavetas na estante e encontrou um enorme papel enrolada. Levou o até a mesa e abriu. – Acho que é isso.

- Olha só isso! – Dane apontou para uma parte do papel e Jacob se aproximou para ver o que era.

- Esse corredor e essa sala não aparece na outra planta. – O Agente Basser falou

- Isso aqui é o que¿ - Jacob perguntou.

- Parece que é uma passagem subterrânea. Dá nos esgotos. Mas por que alguém faria uma passagem subterrânea¿-  Sr Claus perguntou.

- Mafiosos precisam de uma rota de fuga. – Dane disse.

- Acha que levaram Ness por ali¿ Mas como ele a levou até lá¿ - Jacob perguntou.

- Olha essa planta¿ Isso aqui é o banheiro. Nessa aqui não há esse banheiro. Se alguém quisesse chegar a esse corredor. – Apontou. – Qual será a opção¿ - O agente Basser perguntou.

- A tubulação de ar do banheiro. – Disse Dane. – Ele a levaria até aqui e depois seguiriam andando. Muito inteligente. Trata-se mesmo de um profissional. Agora como ele conseguiu essas informações¿ - Dane fez uma careta e alguém bateu na porta, que se abriu.

- Chefe, tem uma garota querendo falar com você. – Disse um dos seguranças.

- Mande a entrar. – Dane ordenou e segundos depois entrou Nathaly pela porta.

- Acho que me lembrei de algo. – Ela disse para os quatro homens a sua frente. Ficou observando Jacob ao lado de Dane, Sr Claus e o agente Basser e deu um sorriso encabulado. Era estranho falar sobre aquilo, mas se tratava de sua amiga.

- O que a senhorita viu¿ - Perguntou o agente Basser.

- Há alguns meses atrás eu conheci uma pessoa. Ele trabalhava na oficina de Sam. Ficou na cidade uns meses. Disse para mim em uma ocasião que estava juntando dinheiro para ir ao Canadá. Esse rapaz sumiu pouco depois da morte de Alice e Jasper. A última vez que me lembro de tê-lo visto foi na festa que ocorreu logo após as mortes. – Ela olhou para Jacob. – Lembra, Jacob¿ Aquela em que você e Ness foram perseguidos por um motoqueiro¿ - Jacob assentiu. – Ele estava lá. Eu tentei falar com ele, mas parecia apressado e não me deu atenção. Eu voltei para a pista de dança e desde aquela época eu não o via. Mas hoje...

- A senhorita o viu hoje¿ Como ele estava vestido¿ - Dane perguntou.

- Ele estava vestido de segurança. Terno preto, gravata, óculos escuros e tinha aquele rádio comunicados na cintura. Estava na parte de cima da boate. – Ela afirmou.

- Tem certeza¿ Como ele é¿ Afinal há tempos a senhorita não o ver e poderia ter se confundido. – O detetive Basser disse e Jacob ficou estudando o rosto dela, que corou naquele momento. Soube que a garota havia tido algum tipo de rolo com o cara, mas não disse nada.

- Eu o reconheceria em qualquer lugar... Reconheceria... - Ela começou a gaguejar. – Ninguém prestava a atenção nele. Era quase que invisível na cidade. Mesmo na oficina ninguém conversava ou olhava direito para ele. Era bem esquisito, calado e sempre carrancudo, mas eu... – Ela hesitou.

- Vocês dois tiveram um “romance”¿ - O detetive Basser perguntou. – Isso é importante, menina. – Insistiu.

- Nós saímos umas três vezes. De inicio ele nem queria nada. Ficava muito calado e só me ouvia a falar da minha vida e das minhas amigas. Depois ele começou a se comunicar mais e perguntar as coisas. – Ela afirmou.

- Ele perguntava sobre Ness¿ - Jacob perguntou.

- Não diretamente... Quer dizer... Sei lá... às vezes perguntava onde íamos, o que fazíamos, os planos para os fins de semanas... Como era a casa dos Cullens e como era ter tanto dinheiro... Sei lá! Às vezes fazia perguntas idiotas.- Os quatro homens se olharam e souberam naquele momento que aquele tal mecânico estava relacionado aos crimes. Ele tinha uma espécie de  “espiã”  que contava o que se passava com Ness e com os Cullens. Seria muito fácil armar uma armadilha com o tipo de informação que obtinha com Nathaly.

- Nathaly, eu não me lembro desse mecânico. Qual a aparência dele¿ Como ele é fisicamente. – Jacob perguntou.

- Alto! Bem alto! Forte e musculoso... Aff ele é muitoooo, mas muitoooo forte. – Ela deu um sorriso malicioso e mordeu os lábios envergonhada com a cara que os homens fizeram. – Bem, ele é moreno. Não como você, Jacob. É mais clarinho. Usava bigode e cavanhaque. E tinha os cabelos loiros escuros... E usava óculos. – Ficou pensativa por um instante. – Mas hoje... – Revirou os olhos.

- O que tem hoje¿ - Disse o agente Basser de forma impaciente. – Tudo que disser será importante para nós nesse momento.

- Ele estava diferente. Como se fosse outra pessoa. Sabe¿- Ela perguntou tentando fazê-los compreender o que dizia.

- Como assim, Nath¿ - Jacob perguntou.

- Parecia outra pessoa, Jacob. Os cabelos eram negros e bem batido. Parecia que havia passado a máquina. As sobrancelhas estavam mais escuras também. Não tinha um pelinho no rosto. Nem bigode ou cavanhaque. E a pele... Sei lá! O tom da pele era bem mais claro. Mas sabe quando você olha uma pessoa  e reconhece os traços do rosto¿ Era o mesmo rosto. A mesma boca carnuda, os mesmos olhos e o nariz... Era ele! Eu sei! – Ela afirmou

- Acreditamos em você. – Disse o agente Basser.

- Ele é um mestre em disfarces. – Disse Dane. – Isso é bem perigoso. Passou meses na cidade completamente despercebido. Estava com os seguranças e provavelmente tem ótimas referências.  – Ele olhou para o detetive Basser e depois para Nathaly. – Venha comigo, senhorita. Quero que veja uma coisa. – Dane caminhou para a porta e os outros o seguiram. Foram até a sala de vigilância e se sentou a frente do computador.

- O que vai fazer¿ - Jacob perguntou.

- Quero que ela veja as imagens dos seguranças. Vou passar o trecho em que dou orientações antes da festa. Quero que ela me aponte um rosto. Assim saberei de quem se trata.

Nathaly sentou-se ao lado de Dane, que passou as imagens dos seguranças uma a uma. – Esse!

- Tem certeza¿ - Ele perguntou fazendo uma careta.

- Sim! É ele! – Ela afirmou convicta.

- Obrigado por sua ajuda, senhorita. Agora pode nos dar licença. Temos muito a discutir. – Dane disse a ela.

- Tudo bem! Espero que tenha ajudado. – Ela caminhou até a porta e saiu. Jacob e os outros ficaram o observando por alguns segundos e o agente Basser finalmente se manifestou.

- O que temos¿ - Ele perguntou.

- Isso vai mal! Muito mal¿ - Dane respondeu.

- Quem é esse homem¿ Quando vocês contrataram a equipe, certamente pediram referências e as conferiram. – Jacob falou.

- Esse homem se chama Adam Smith Brust. – Começou Dane. – Ele é um ex combatente das forças especiais americanas. Serviu no Oriente médio durante anos, foi transferido para a equipe Alfa do serviço secreto. Por volta de 1999 ele pediu dispensa do serviço. Pelas referências que conferimos, trabalhou para uma agência secreta do governo até 2008. Depois disso começou a fazer “serviços” particulares. – Disse com tom amargo. – Esse homem é letal, rápido, inteligente e muito profissional. Acredito que se não matou sua esposa até o momento, porque não era esse o serviço para qual foi contratado. Se ele quisesse Renesmee morta, poderia lhe garantir, Sr Black, que ela estaria há um bom tempo. E se o Sr ainda está vivo, creio que o permitiu para que não ferisse sua esposa. Alguém  quer viva e por isso ele não teve êxito até o momento.

- Céus! O que faremos agora¿ - Jacob perguntou nervoso. Começou a suar frio e tremer de nervoso. Pensar em Ness nas mãos daquele homem tão cruel o deixava apavorado demais. Daria tudo, inclusive a vida, para estar no lugar dela naquele momento.

- Vamos ao banheiro. Mandarei alguém  ir pela tubulação de ar e seguir as pistas, Sr Black. – Disse o agente Basser. – O Sr irá para casa aguardar noticias.  – Disse em tom autoritário.

- Eu não posso ir. – Jacob respondeu firmemente.

- Isso não é um pedido, Sr Black. Essa operação está  nas mãos do FBI e o Sr irá para casa. Pode atrapalhar mais do que ajudar nesse momento. O manteremos a salvo em sua residência. Agora que ele conseguiu o que queria, nada garante a sua vida. – Jacob ficou inerte. Sabia que o homem tinha razão. Mas poderia simplesmente sair, quando a vida de Ness corria perigo¿

[...]

Sua cabeça doía. Tentou abrir os olhos, movendo lentamente as pestanas, respirou fundo e se virou. O corpo ainda dava sinal de cansaço. Tudo estava turvo e o local parecia um pouco escuro. Piscou duas vezes e virou a cabeça para observar o local.

As paredes eram cinza escuro. Não simplesmente cinzas de uma pintura, mas de sujeita. Estava em uma cama dura de madeira. O local só tinha uma lâmpada, pendurada no teto, praticamente caindo. Estava muito frio e o local assustador só a deixava mais apavorada.

Enquanto observava o local, podia ouvir o barulho de água...  “Água¿” Mas aonde estaria¿ Certamente o seu cativeiro ficava perto de um rio ou uma cascata. Ela podia ouvir claramente o barulho de água ao longe. Não estava muito longe. Tinha certeza disso.

Seu coração pulou em sobre salto quando ouviu passos do outro lado da porta. Encolheu se na cama e abraçou as pernas. Estava apavorada.

 “AH Jacob! Onde você está¿ Prometeu me proteger”

Pensou enquanto seu corpo se estremecia cada vez mais. Ouviu o ranger da porta se abrindo. Foi apavorante demais. Colocou as duas mãos sobre a boca para não gritar. Já sentia as lágrimas se formando no canto dos olhos. Sabia que ria morrer.

- Olá, Sra Black! – O homem com a voz dura falou. Ele era alto demais, músculos e com os ombros largos. Não pode ver o seu rosto. Ainda usava a touca ninja escondendo a sua face. Aquilo só lhe dava ainda mais medo.

- Q...u...e..m é vo...cêêê¿ - Ela conseguiu gaguejar. Os tremores eu seu corpo aumentaram. Sentia-se uma criança desprotegida.   “O que aquele homem faria com ela¿” Perguntou-se no momento de angustia.

- Sou apenas um dos seus piores pesadelos. Não acredito, no entanto, que seja o pior.- Disse com a voz dura. – Tenho alguém ao telefone para lhe falar, Senhora. – Ele caminhou passos largos até a cama e estendeu a mão com o aparelho. Ela hesitou por alguns segundos. Mal conseguia se mover com os tremores e o medo que sentia. No entanto precisava saber do que se tratava. Era uma questão de honra saber o motivo de se tornar cativa.

- A... A... Alôô! – Ela disse ainda gaguejando.

- Olá, preciosa! – A voz do homem era grossa e metalizada. Parecia que usava algum tipo de aparelho para distorcer o seu timbre. Já havia ouvido aquele tipo de voz em filmes de terror e suspenses. Os psicopatas usavam para assustar as suas vitimas e esconder a verdadeira identidade. Era horripilante e só a deixava ainda mais apavorada. – Espero que esteja gozando da sua estadia.Temo que seja breve. – O homem gargalhou de forma diabólica e um frio subiu pela sua espinha. Observou o outro homem parado a sua frente. Achou que fosse morrer com tanto pavor. – Eu não poderei estar com você hoje. Prometo que manhã estarei ai para por um ponto final na sua “agonia”.

- Por... Porr... Porr quuuêêê¿ - Ela conseguiu perguntar muito apavorada.

- Eu vou te fazer pagar por tudo. Antes de você morrer, vou desfrutar do que sonhei por anos. Vou te “FU” tanto, mas tanto... OH Garota, você não sabe o quanto eu sonhei com esse dia. Vou arrombar todos os buracos que tiver em seu corpo. E quanto tiver terminado, implorará pela sua morte. Causarei tanta dor, pavor e asco... Será minha privada particular, Ness Cullen... Pagará por tudo! Só queria que seu precioso avô e a vadia que te pariu estivessem vivos para ver esse momento de glória. – O homem gargalhava e saboreava cada palavra maléfica que proferia. Ela podia sentia o veneno escorrendo enquanto ele gozava do prazer de apavorá-la.

- Mas por que¿ - Conseguiu perguntar de forma firme, mesmo com medo. Precisava saber o motivo. – Eu não te fiz nada. Seja lá o que for que meu avô ou minha mãe tenha te feito... Eu não fiz nada! Não tenho culpa! Por favor! Por favor! – Ela rogou por sua vida de forma desesperada.

- Toda sua família me feriu! Toda! Você não tem nem idéia de como me feriram, garota estúpida. Vive no seu mundinho de conto de fadas com seu “príncipe”  e não se preocupa com a dor das pessoas. – Sua voz não tinha mais o tom zombeteiro. Agora era mais amargurada e cheia de rancor.  E por falar no seu “príncipe”, eu não me esqueci dele. Agora que não corro o risco de você morrer por  mãos que não sejam as minhas, a vida dele não vale mais nada. Vou matá-lo, Renesmee. Ele pagará por tomar o que é “meu”  por direito. Vou matá-lo de forma sádica. – Outra risada diabólica.- Já viu jogos mortais¿ Eu tenho visto todos os filmes da série. Estou pensando em qual das formas matarei o “seu” Jacob.

- NÃO!!! NÃOOO! DEIXE O EM PAZ! NÃO SE ATREVA A TOCAR NELE! NÃO!!!!- Ela gritou com ódio. Uma coisa era saber que a sua morte chegaria. Outra era pensar naquele louco torturando Jacob. Não podia conceber esse tipo de coisa. Seria capaz de tirar os olhos daquele homem cruel com as próprias mãos.

- Muito valente, minha doce escreva sexual. – Ele zombou dela.

- Por favor, não! Faça o que quiser comigo, mas deixe Jacob em paz. Entendeu¿ - Ela disse de forma decidida.

- Eu farei o que quiser. Esse jogo é meu. Eu decido quem vive e quem morre. Por enquanto você vive e ele também. Ficarei muito satisfeito com o seu desespero. Quero estar no seu velório, enquanto o padre faz o discurso, e o seu maridinho chora pela sua morte. – Começou a rir novamente. – Sabe, os velórios em Forks andam bem divertidos. Eu me deliciei nos últimos. Quero estar presente ao seu também, carinho. E depois que você estiver mortinha, ele também descerá a cova. Assim eu poderei finalmente descansar em paz. – O homem ficou em silêncio por alguns segundos e depois voltou a falar. – Por hora, descanse o Maximo que puder. Quando eu for “visitá-la” – Gargalhou novamente. – Começaremos a nossa inesquecível lua de mel. Agora entregue o telefone ao “seu segurança” Tenho ordens importantes para ele. Quero que a guarde muito bem para mim.


Ness ergueu a mão e entregou o telefone para o homem a sua frente e deitou na cama. As lágrimas jorravam pelo seu rosto. Sabia que não havia mais salvação. Contudo não poderia morrer sem lutar. Tinha que fazer algo para fugir dali. Se não fosse pelo seu próprio bem, seria pelo de Jacob.

[...]

Na mansão dos Cullens, Jacob se recostou e chorou. A dor que sentia era tanta que não se importava com os amigos o observando.

Eles foram com ele para casa. Queriam ser solidários naquele momento, uma vez que sabiam que Jacob não tinha ninguém além de Ness.

Os Cullens, primos de Ness, também foram para o local prestar solidariedade. Por mais que tivessem diferenças, não podiam negar o apoio naquele momento. Estavam realmente preocupados, principalmente Bella, que sentia um carinho especial pela prima.

Aquela noite foi terrível e os pais dos jovens que ali estavam se uniram em uma vigília de oração pela liberdade da moça. Todas as vezes que o telefone tocava, todos ficavam de sobressalto esperando uma noticia importante sobre o seqüestro. Efetivamente  ninguém pode dormir aquela longa noite. E quando o novo dia começou, todos estavam cansados e estressados demais a espera de alguma informação.

O dia que se passou foi muito longo e cansativo para os jovens, e suas famílias, que ficaram em solidariedade a Jacob. E mais uma noite fria e angustiante se anunciou sem nenhuma boa perspectiva. O FBI estava trabalhando incansavelmente para encontrar pistas do assassino de aluguel. Mas como um bom profissional, não deixou nenhum vestígio nos locais que passou. Era quase como se procurar uma agulha no palheiro.

Eles assistiam o noticiário, que a todo momento, divulgava fotos de Ness e do seu seqüestrador. E Jacob teve a idéia de oferecer uma recompensa a quem desse informações sobre o seu paradeiro. No entanto, o detetive que assumiu o comando das investigações, especializado em seqüestros e negociações, achou por bem não ir por esse caminho. Sabendo que muitas pessoas ligariam com informações falsas e isso só faria o FBI e a divisão anti-seqüestro gastar tempo seguindo essas pistas.

Jacob quis dar uma declaração a imprensa, mas o homem achou melhor continuarem em silêncio naquele momento. Ele trancou-se então no seu escritório e permaneceu lá muitas horas a espera de novidades sobre o caso. E todas as vezes que pensava em Ness, era impossível segurar o choro. O medo que sentia de perdê-la para sempre era tão grande, que fazia o sentir dor física. Nunca em sua vida havia se sentido daquela maneira.

[...]

Ness passou o dia inteiro trancada em sua “cela”  fria e pouco aconchegante. Não havia nada para fazer a não ser ficar deitada pensando. Seu corpo doía pela cama dura e a falta de cobertores para aquecer o seu corpo. A única coisa que a fazia se sentir “um pouco” melhor, se é que o termo se sentir melhor seria o mais correto, era pensar nos momentos bons que viveu com Jacob. Por anos sofreu com humilhações a maus tratos da parte dele. Agora sabia que ele a amava e daria a vida por ela se pudesse. Era um amante carinhoso, muito quente e fogoso que fazia sentir sensações inexplicáveis em seu corpo. Não era puramente prazer. Sim uma felicidade que se irradiava em cada célula do seu corpo. Cada uma reconhecia os toques e o carinho. Se fosse com outro homem, tinha a certeza que não se sentia tão bem e feliz como nos braços de Jacob. Era não só uma mulher bonita e rica. Sim uma mulher plenamente realizada com o homem que amava.

Por esse amor sabia que precisava lutar. Não poderia deixar que a morte chegasse sem luta. Não poderia deixar um estranho fazer o que bem quisesse com ela... Lutaria como uma leoa.

Foi com esse pensamento que se levantou da cama dura e fria, começou a andar e teve uma idéia.

“Por que não tentar imobilizar o seu algoz¿” “Poderia bem bater nele com algo e deixá-lo desacordado. Isso lhe daria tempo para escapar.”

Nesse olhou para cama e teve uma idéia. A única coisa que poderia ser usada ali era a cama. Somente isso. Levantou o colchão e o colocou em pé apoiado sobre a parede. Depois tentou quebras os estrados.

Apesar de serem ripas de madeiras firmes, deram bastante trabalho para serem quebradas. Ela precisava apenas de umas duas para bater no homem. Apenas isso. Então começou a pular e pular sobre elas até que... PLAT. Quebrou a primeira.

Começou a fazer força com as mãos para arrancá-la e depois de alguns minutos conseguiu. Fez o mesmo em outra parte da cama e depois que conseguiu dois grandes pedaços de madeira, deixou os apoiados ao lado da porta. Colocou o colchão no lugar e não deitou. Sabia que afundaria se o fizesse.

Minutos depois ouviu passos do lado de fora. Ai correu em direção a porta e segurou firme o primeiro pedaço de madeira. Assim que a porta se abrisse e o homem entrasse, o acertaria direto na cabeça.

A porta rangeu e começou a se abrir. Viu a fresta de luz adentrar e o homem caminhou a passos curtos para dentro do quarto. Pela sombra percebeu que segurava algo. Possivelmente um prato com alimentos. Não perdeu tempo. Com toda a força que podia, acertou a cabeça do homem com a ripa de madeira. Ele caiu no chão e tentou reagir. Ela continuou a bater com força, força até que... a ripa se quebrou. Ela pegou a outro e continuou a bater até que ele perdesse a consciência e desmaiasse. Aquela era a deixa que precisava... Correu.


Fechou a porta pelo lado de fora e continua correndo por um longo e pouco iluminado corredor. Era uma construção velha e caindo aos pedaços. Temeu que o teto desabasse em sua cabeça quando olhou para cima e viu a rachadura nas rochas da parede. Não podia perder tempo se preocupando com aquilo. Precisava encontrar a saída daquele local.

Chegou ao final do corredor e havia uma escada na parede. Olhou para cima e viu uma portinhola. Mais que depressa se pôs a subir. Sabia que o homem poderia acordar a qualquer momento e arrombar a porta não seria nada difícil para ele. Subiu o mais rápido que podia. Rodou a alavanca e abriu a escotilha.

Era de noite. Quase não dava para ver nada ao redor, a exceção da lua nova que clareava um pouco ao local, com seus feixes de luz atravessando a copa das árvores. Olhou a sua volta e não viu uma rota de fuga. Estava claramente no meio da floresta e só restava correr sem nenhuma direção definida. Ouviu um grito abafado abaixo da escotilha... Ele havia despertado e estava atrás dela.

Ness correu no meio do mato. O salto do seu sapato não ajudava nada. Acabou quebrando um deles e isso só dificultava na fuga. A única solução que encontrou foi tirá-los. Sabia que machucaria os pés. Antes isso do que morrer nas mãos de um louco.

Ficou descalças e continuou correndo. A calça de linho não ajudava muito na locomoção. Acabou se prendendo algumas vezes em galhos de árvores. A blusa de seda fina também começou a se rasgar pelo caminho. Isso a deixava com ainda mais frios. Os pés feridos pelas pedras, folhas e outras coisas pelo chão da floresta não permitiam que se locomovesse com facilidade. Se não fosse pelo medo, que só aumentava  uma vez que ouviu os gritos e passos do homem, não teria dado um passo.

Sabia que ele a pegaria. Era mais rápido, estava calçado e agasalhado. Ela no entanto, estava toda rasgada, descalça, com frio e com os pés, braços e pernas feridas pelos galhos das árvores. Além disso, respirava com dificuldade pelo ar congelado e pela corrida até ali. O peito doía ao tentar respirar. A única coisa que conseguiu pensar foi... Se esconder.

A floresta estava escura e ele também teria dificuldade para enxergar algo, mesmo com uma lanterna, então encolher-se atrás de uma moita de árvore e esperar até que fosse embora era a melhor solução... E foi isso que ela fez.

Ela deitou no chão e se encolheu. Ouviu os passos do homem que caminhava no perímetro algumas vezes. Sabia que ele não desistiria. E talvez pensassem em esperar o dia amanhecer para ir ao encalço dela. Aquilo fazia sentido. Para ela, só restava esperar. Assim que percebesse que era segura, começaria a correr novamente até encontrar um lugar seguro.

Ness tremia de frio. Se pudesse ver o seu corpo em um espelho, saberia que estava roxa de frio. Envolveu os braços em torno do peito. Fechou os olhos e orou.

 AH, vovô, eu sei que não fui uma boa neta.
Mas por favor me tire daqui com vida.
Ainda tenho tanto a viver.
Por Favor! Por favor! Ajude-me se estiver me ouvindo.

Um longo tempo se passou e percebeu que era seguro partir. Levantou-se com dificuldade. Como conseguiria correr com tanto frio que sentia¿ O corpo dia, principalmente os pés, o que já era ruim demais. Agora o frio... O frio simplesmente tirava as suas ações. Ela batia os dentes, mal podia abrir os olhos. Respirar era um verdadeiro desafio e a noite, naquela floresta escura, era simplesmente horripilante.

- Eu preciso ser forte... Pelo Jacob – Conseguiu ficar de pé e deu seu primeiro passo. Algo machucou o seu pé delicado. Uma lágrima rolou instintivamente pelo rosto. – Forças, Renesmee! Força! – Levantou o pé e puxou o graveto. Depois começou a andar pela floresta com o vento forte açoitando o seu rosto. Quanto mais andava, mais podia ouvir o barulho das águas. Certamente havia algum córrego por ali. Também podia ouvir o pio da coruja e o barulho dos pequenos animais que se assustavam com suas passadas. Orava para não haver nenhum animal selvagem ali. Não precisava de mais contra tempos.
Ela se arrastou pela floresta por algum tempo e na escuridão da noite não percebeu que se aproximava a beira de um barranco. Quando deu mais uma passada.... Caiu!

- Ai!! – Mal conseguia gritar. Estava completamente rouca e com a garganta fechada. Talvez essa tenha sido sua sorte. Um grito ali poderia chamar atenção do seu seqüestrador, que continuava rodeando o perímetro a sua procurar. O seu corpo rolou sobre a terra umida do barranco, misturada com folhas e gravetos, até chegar a água. Seu corpo mergulho nas águas geladas do Rio Ozette e afundou.

Ela sabia nadar, mas ali, machucada e morrendo de frio, não conseguia fazer o corpo realizar. Fechou os olhos e sentiu a correnteza a levar. A água logo começou a adentrar pela sua boca e o seu nariz. Ficou apavorada e tentou respirar. Seu corpo se debateu algumas vezes pelo pavor do afogamento. De repente, tudo ficou escuro e Renesmee perdeu completamente a  consciência.

O corpo foi levado pela correnteza por alguns quilômetros.

Será que Ness Black resistirá as águas profundas do rio Ozette¿

Nota Glau:
E ai meninas? Gostaram do cap? Já estamos na reta final e logo vocês saberão quem é o assassino e os seus motivos. No próximo cap ele ataca outra vez e dará sinais da sua loucura. Não agüentará muito tempo para conseguir o que quer e acabará por se revelar. Teremos uma boa novidade para o casal apesar dessa turbulência toda. O que será? O que será? Alguém adivinha? Esse é muito fácil. kkkk
Espero que tenham gostado do cap e também do próximo, que já está na metade. Digitei cinco folhas no domingo e tentarei terminar até amanhã.
Não consegui fazer nada ontem, pois fiquei três horas presa em um engarrafamento na AV Brasil e cheguei em casa super tarde. Mas prometo tentar terminar até quarta feira.

Agradeço a recomendação da Evilyn (VIVI)... Sei que sou muito LOKA. Kkkkk Já são 18 para a fic e estou muito feliz com isso.
Daena obrigada por suas palavras e seja bem vinda.
Obrigada por todos os comentários que deixaram.

As leitoras novas, sejam bem vindas a fic.

Cadê minhas fantasminhas? Estou sem ectoplasma e não tenho como enviar mais para vcs.

Bem, nos vemos no próximo cap.

Bjus no core



N/Heri: OI....meninas quem é vivo aparece! Glaucia me perdoa a ausência. Gente to vendo essa fic pegando fogo, cada dia melhor e tantos acontecimentos por capitulo, agora estamos conhecendo o mistério.... Mas como isso vai desenrolar, o pobre do Jacob preocupado e sem poder fazer nada. E ela será que escapa mesmo...Só tia Glaucia q sabe. Gente divulguem ai a fic...ainda da tempo de acompanhar...kd os comentários dela...pra postar um cap por dia...bora meu povo comentem...bjs girls.

1 comentários:

Anônimo disse...

OI nossa essa é a terceira vez que eu tento comentar, n sei se era a net mais antes eu n conseguia.
Que capitolo. Tadinha da Ness, ainda bem que ela pensou em quebrar a cama para bater no homem, E será que ela vai sobreviver, tu n mataria ela de novo, mataria?
E o Jake um homem daquele tamanho chorando(como eu queria poder consolar). A cada capítolo a fic pega fogo, estou aguardando anciosa pelo proximo bjus
Deia.

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