quarta-feira, 25 de maio de 2011

Guerra dos Sexos17

Seqüestro

Jacob e Ness chegaram ao escritório apenas de roupão. Não tinham nada além disso por baixo do tecido felpudo que cobria os seus corpos. Levavam nas mãos apenas lenços, para servir de venda, enquanto caminhavam sorrateiramente pelos corredores da casa. Sabiam que os seguranças observavam pelas câmeras instaladas, mas não queriam despertar suas suspeitas. As aventuras amorosas e brigas já eram motivos o suficiente para fofocas entre os empregados.

Chegaram à sala de jantar e pegaram uma garrafa de champanhe e duas taças. Depois seguiram o seu percurso até o local onde desfrutariam de suas fantasias sexuais.

Gargalhavam maliciosamente em seu percurso e faziam insinuações eróticas. Tudo era muito divertido e excitante. Estavam no clima de sedução... Para não dizer sacanagem.

Ao entrarem no local, Jacob apalpou a sua nádega  de forma insinuante. Ela se fez de moça ofendida e foi até a mesa do seu falecido avô.

- Aqui estamos. – Ela disse.

- Bem, o trato é estarmos vendados durante todo o ato, mas antes eu quero beber um pouco. O champanhe deixará tudo bem mais divertido. – Ele disse malicioso, enquanto abria a garrafa. Ness caminhou até ele com as duas taças e as estendeu. Ela já sentia seu corpo gritando pelo dele. Era uma necessidade descomunal de senti-lo pulsando dentro de si. Sua pele queimava de tão quente que estava. O olhar devorador de Jacob só acendia ainda mais a sua chama.

- Então que comece o jogo. – Ela afirmou enquanto ele enchia as taças. Ele caminhou até a mesa, colocou a garrafa. Pegou a taça na mão dela, levou a mesa e bebeu de forma sensual, enquanto a observava de forma insinuante para ela. Seus olhos eram de um verdadeiro predador. O olhar desejoso dela o fazia queimar vivo. Sentia o pulsar de sua sexualidade. Estava mais duro do que a casca de um coco... Céus! Como ela podia ser tão provocante.

Os lábios carnudos deslizavam sobre a borda da taça. A língua brincava sobre o cristal... OH lábios carnudos mais deliciosos. Ele pensava em como seria a sua língua serpenteando sem sua boca a cada instante. Imaginava-se mordiscando aqueles lábios Alá Angelina Joli.

Ele colocou a taça sobre a mesa. Tirou a taça dela de sua mão e a puxou pela cintura em um gesto rápido, colando os seus corpos ardentes de paixão.

- Necessito de você, bebê. – Disse com aquela voz rouca e sexy que fazia todo o corpo dela vibrar de excitação.

- Você prometeu que estaríamos vendados. – Ela disse fazendo beicinho.

- Primeiro deixa eu tirar essas tacas e essa garrafa de alcance. Depois que estivermos vendados, duvido que sobre algo dessa sala. E não quero nada que possa feri-la. – Pegou os objetos e deu a volta na mesa, abriu a gaveta e colocou a taça e a garrafa já fechada. Depois voltou para Ness e beijou os seus lábios com fome. Uma fome que estava matando os dois. Parecia o primeiro beijo, que o mundo estava acabando e que não teriam mais chances de compartilhar aquele momento. Ele invadiu a sua boca com a língua e começou a brincar de forma sedutora. Chupava a sua boca como um vampiro sangue suga, serpenteava dentro de sua boca como uma serpente intoxicada com hormônios. Apertou o seu corpo contra si e continuou chupando, mordiscando e serpenteando. Cada movimento a deixava completamente sem fôlego e desnorteada. Suas mãos começaram a brincar em seu corpo. Com uma delas ele bolinou o bico dos seios e com a outra desceu pelo seu vente, chegando ao fruto desejoso e proibido. Os dedos mágicos começaram a fazer movimentos em seu clitóris, enquanto os outros sem seu rosado botão de rosa.

- HUMM, Jacob... OH Jacob!! – Ela sussurrou entre beijos.

- Isso é só um aquecimento,bebê. – Afastou-se dela, pegou o roupão felpudo que estava no chão e a cobriu. – Agora vamos começar o jogo. Eu vou te vendar e deixá-la no meio da sala. Você terá que me achar.

- Isso não tem graça. – Ela choramingou. –Você não ficará vendado¿ - Ela perguntou.

- Eu vou para um dos cantos da sala e vou me vendar também. Depois teremos que nos achar. Será bem excitante. Posso te garantir.- Ele deu um sorriso malicioso.

- Tudo bem. – Ela respondeu e ele a levou para o meio da sala. Depois pegou o lenço e amarrou em seus olhos.

- Está vendo algo¿ - Ele perguntou.

- Não! – Ela respondeu. Realmente não via nada.

- Não está apertado demais¿

- Está bom, Jacob. – Respondeu. – Agora podemos começar o jogo¿- Ela perguntou.

- Não! Agora eu vou girar você. Girar! Girar! Girar! – E começou  rodá-la no meio da sala.

- Estou ficando tonta. – Ela disse sentindo o seu mundo rodar. Estava praticamente caindo quando ele a segurou.

- Vamos esperar uns segundos até você conseguir se equilibrar. – Ele disse apoiando o seu corpo. – Está bem¿

- Estou. – Ela respondeu.

- Então espere aqui até eu dar o sinal para o inicio do jogo. – Ele disse e foi para o canto da sala. Pegou o lenço e cobriu os seus olhos. Depois de alguns segundos conseguiu amarrar, caminhou alguns passos e girou no meio da sala até que... PAFT! Perdeu o equilíbrio e caiu.

- O que foi isso¿ - Ness perguntou.

- Fiquei tonto de tanto rodar e cai. Mas estou bem. Agora vamos começar. – Ele ordenou e os dois começaram a andar na sala. Esticavam os braços e tentavam apalpar algo com as mãos. Riam muito com a brincadeira. Caíram algumas vezes e voltaram a levantar.

- RARARA! Eu não estou agüentando. – Ness ria pelos cotovelos. – RARARA

- Essa brincadeira está começando a ficar bizarra, neném. – Jacob disse. – Eu não encontro você. AIIII!

- O que foi¿ - Ela perguntou.

- Eu dei uma topada em alguma coisa. Kkkkkkk “KA” Nós só arrumamos moda.

- RARARA! Eu não estou agüentando. RARARa Vou tirar essa venda.

- Se você tirar pagará uma prenda.  Não é justo acabar com a brincadeira. Agora que começamos vamos até o fim.

- Continua falando que seguirei a sua voz. – Ness pediu.

- Estou cheio de tesão, bebê. Não vejo a hora de deslizar a língua por todo o seu corpo. Vou de “FU” tão fundo que você vai implorar para eu parar.

- Até parece! Eu adoro quando faz duro e fundo

- É¿ Hummm.

- Vou chupar o seu grilinho... Os bicos rosadinhos dos seus seios. Deslizar os dedos em sua fenda e chupar... Chupar.... Chupar..

- OH Jacob! Continua, vai. – Ness deslizou o dedo dentro do roupão e começou a se masturbar.

- O que está fazendo, bebê¿ Não pode se tocar. – Ele ameaçou.

- E se eu fizer¿ - Ela perguntou maliciosa.

- Se você se tocar, farei você saber que seus dedos não se comparam com o meu parque de diversões. Deixarei você toda ardida.

- É mesmo¿ Adoro ameaças. – Ela respondeu. Os dois continuaram andando pelo escritório até que finalmente se encontraram.

- Peguei você. – Jacob disse apalpando o corpo dela.

- Agora cumpra as suas ameaças, meu garanhão. Prova que você é o melhor. O mais gostoso do mundo... Ãnnn Oh Jacob! - Ela gemeu quando ele começou a tirar o roupão. Sentiu os lábios dele em seu pescoço, deslizando a língua pela sua pele. Ele foi subindo os lábios e tomou a sua boca. Devorou-a com fome animal. Ela pulou em sua cintura e prendeu as pernas. Na empolgação os dois caíram no chão.

-AIIIII!

- Machucou¿ - Ela perguntou.

- Não! Vamos aproveitar a posição. Agora cavalgue em mim, bebê. Vamos fazer cavalinho. – Ele estava deitado de costas no chão e ela montada sobre ele. Abriu o seu roupão e começou a beijar o seu tanquinho... Que corpo delicioso o dele.

Lambeu, beijou e mordeu tudo o que podia e o que também não podia. Ele aproveitava as suas peripécias para penetrá-la com um, dois... Três dedos. Era uma tortura deliciosa, sentia a nata quente e a sua fenda se contraindo. Os gemidos que emitia eram como músicas para seus ouvidos.

- Necessito de você, bebê...Agora.

- OH, não! O jogo continua, amor – Ela disse de forma zombeteira.

- Agora é você quem vai me torturar¿- Ele perguntou.

- Sabe que fazer amor no escuro é ainda mais excitante. Eu não posso ver nada, mas sinto cada pedaço da sua pele deliciosa. E fico imaginando como será o meu parquinho no escurinho do cinema... Ai que delicia! – Disse manhosa.

- Vai me matar, bebê. Preciso muito de você. – Ele implorou. – Vou tirar a lenço.

- Não! Nada disso! No escurinho é mais gostoso. – Ela começou a descer os lábios pela sua barriga e chegou até o seu “parquinho”.  Segurou o e começou a mover os dedos de forma delicada. – Queroxuparbanana! – Passou a língua no cumprimento. Era totalmente diferente a sensação de tocá-lo as cegas. Ela podia sentia a pele sedosa, o gosto levemente salgado da pele em sua língua. Podia imaginar o tamanho do cumprimento, que já havia visto muitas vezes, mas simplesmente não via. Estava as escuras e aquilo só tornava o jogo mais excitante. Sentia o movendo os dedos em seus cabelos e a pele musculosa se contraindo no chão. Isso só fazia o seu desejo se multiplicar e seu corpo gritar por mais e mais sacanagens. Ela queria tudo dele... Exatamente tudo.

Levou a boca até a sua “anaconda”  e começou a chupar, chupar e chupar enquanto movia a boca para frente e para trás estimulando o. – Isso, bebê! Ai está gostoso... Uiiiii Muito gostoso! Mais rápido, minha gatinha manhosa! Arggghhhhh! Oh, Ness você chupa bem! Não para! Por favor, não para agora! – Ela, em um gesto malvado, querendo provocá-lo porque sabia que teria conseqüências se afastou de engatinhou para longe – Aonde você está¿ Ness¿

- Agora você terá que me pegar. Miauuuuu! – Ela engatinhou para longe.

- Você me pega! - Ele começou a engatinhar no chão e agarrou as suas pernas. – Agora você vai sentir o que é um homem possuído. Vou te mostrar que você é minha para amar, proteger e “FU” muito. – Puxou o corpo dela e em um gesto rápido se pôs sobre ele. – E agora¿ Hum¿

- Me pega! Bate! Joga na parede! Faz tudo comigo.- Ela começou a se contorcer no chão como uma lagartixa. Ele segurou os dois joelhos com as mãos e abriu as pernas.

- Agora você vai provar do seu próprio veneno. – Ameaçou e começou a chupar o seu corpo. Abocanhou o seu seio e chupou com força até que ela gemesse algo. Ela sentiu os espasmos em seu corpo apenas com os chupões e lambidas. A língua mágica percorreu cada pedaço até chegar a zona proibida. E lá... Bem! Lá ela começou a fazer estragos.... Oh como ele lambia gostoso.

Ness sentia o corpo se convulsionar sobre o chão e parecia uma cabrita. Os gritos certamente eram ouvidos até a entrada da casa. Mas os dois... Estavam em um momento tão bom que... Se “FO” os empregados... E continuou a gritar  enquanto a língua dele fazia caracóis sobre o seu clitóris. Ele açoitou de forma deliciosa e depois de torturá-la até provocar vários orgasmos, penetrou a sua fenda com a língua.... Gosh como aquilo foi bom.


- Jacob! Oh Jacob! OHHH!!! AHHHHHH!!! RIIIRRRRRRRRIIIRRRR Oh mais! Mais!MAIIIIISSS! – E ele continuava açoitando o seu clitóris. E chupava, lambia, serpenteava, chupava, lambia e serpenteava. Como prometeu, ele a provaria que era o melhor. Faria implorar que parasse e quanto terminasse... Bem, ela não teria forças se quer para gritar o seu nome. – ÃNÃNÃNÃNNNNNNN! – Mais orgasmos se seguiram e Jacob continuava a torturar Ness no chão do escritório e quando percebeu que ele mal tinha forças para gemer, ele se encaixou entre as suas pernas e a penetrou profundamente. Ela emitiu um grito estridente, que seria até mesmo capaz de quebras os lustres da casa. – JJJJJAAAAACCCOOOOBBBBB!!! – Então, como prometido, ele começou a penetrar duro e fundo. Cada estocada parecia romper a sua alma. Ele sentia se possuído por um desejo que o rasgava por dentro. Quando mais entrava e saia, mais a loucura dominava o seu corpo. O seu corpo pingava suor e já não tinha se quer forças nos braços para se apoiar com as duas mãos. Deitou o corpo sobre o dela e continuou  estocar mais rápido que podia, apertando os seus ombros enquanto entrava e saia. Ness ria, chorava e gemia baixinho nos orgasmos que dominavam o seu corpo e Jacob continuava penetrando fundo, mas a catarse nunca chegava. Parecia um vulcão anunciando uma erupção que não chegava. Até que... Explodiram os fogos de artifícios e Jacob viu o seu em um espetáculo resplandecente.... O gozo foi espetacular.

Os dois continuaram ali no chão, trêmulos, suados e sem forças para se moverem. E depois de alguns minutos, Jacob tirou a sua venda e a de Ness. Observou o seu rosto, digno de uma pintura de um grande pintor e sorriu. Ela era a coisa mais linda do mundo e o seu sorriso de satisfação valia qualquer coisa. Era a sua recompensa depois de tantas tormentas que viveram. Era a mulher da sua vida certamente. – Amo você. – Ele conseguiu sussurrar em seu ouvido pela primeira vez as palavras mágicas. Viu as lágrimas, de felicidade, escorrerem pela sua face angelical.

- Eu esperei tanto por isso. – Ela disse beijando o seu rosto.

- Eu sempre quis dizer.

- Eu quero ouvir todos os dias.

- Eu certamente o direi... Amo você, bebê. – Ele disse beijando a sua testa.

- Você conseguiu tocar a minha alma.

- Fico maravilhado com isso.- Ele a abraçou forte e se sentiu feliz pela primeira vez em muitas horas.

[...]

Dois meses depois

Faltavam duas semanas para o aniversário de Ness e Jacob queria fazer lhe uma surpresa. Os dois meses que se passavam foram bem tensos. Os dois não tiveram privacidade para sair e fazer programas de adolescentes. Festas em não nem se fala. Com um assassino a solta, a espreita dos dois, não podiam se quer pensar em sair para curtir a noite. Isso sem falar nos repórteres que não os deixavam em paz.

Agora, no entanto, era diferente. Era o aniversário de sua “esposa”, o primeiro de muitos que passavam juntos, e queria que fosse perfeito. Não deixaria que todos os problemas os afastassem de uma pequena diversão.

Jacob estava tramando há alguns dias com as amigas de Ness. Contudo, a cada dia que se passava, ficava mais complicado ter uma conversa particular com elas. Assim, tinha que praticamente sussurrar ao telefone quando não estava perto.

Ness havia acordado bem cedo naquela manhã. Já estava acostumada ao desjejum com os avós pela manhã. Levantou-se e depois de se arrumar foi para a sala de jantar. Jacob aproveitou a ensejo para ligar para Claire.

- Alô! Precisamos falar rápido. Fiquei de descer para tomar o café com os avós de Ness. – Jacob disse ao telefone.

- Bem, conseguimos um lugar super transado. Pelo que vimos será possível um esquema de segurança bem eficaz para vocês. E podemos colocar convites com cartão magnético, assim ficará difícil a entrada de penetras. – Disse a garota.

- Ótimo! Precisamos nos reunir para conversarmos pessoalmente. Temos que nos encontrar ainda hoje. Ninguém pode nos ver juntos. Ness então nem se fala. – Jacob disse.

- E como faremos¿ - Ela perguntou.

- Eu passo uma mensagem para você assim que a barra estiver limpa.Ness e eu temos aulas separados hoje. Nos encontramos em um local bem escondido. Se ela desconfiar que estamos nos encontrando, matará a nós dois.


Jacob sussurrava ao telefone e Ness estava do lado de fora escutando o final da conversa. Ela havia se esquecido da bolsa e voltou ao quarto para pegá-la. Quando percebeu que estava aos cochichos com alguém, preferiu se ocultar  e tentar entender o que se passava.

“Eu passo uma mensagem para você assim que a barra estiver limpa.Ness e eu temos aulas separados hoje. Nos encontramos em um local bem escondido. Se ela desconfiar que estamos nos encontrando, matará a nós dois.”

- O que está acontecendo¿ Ele está me traindo¿ Eu mato a galinha que está tendo um caso com ele e capo esse FDP! – Disse baixinho, sentindo a raiva a consumir. Quando ouviu os passos de Jacob para a porta, recuou e voltou no corredor até a escada. Não queria que ele soubesse que ela havia escutado tudo.

Jacob saiu correndo do quarto e quando chegou as escadas, encontrou com Ness. Ela fez cara de dissimulada e fingiu que nada acontecia. Queria pegá-lo no flagra e não estragaria tudo tendo um ataque de ciúmes.

- Ness¿ Não estava com seus avós¿ - Ele perguntou.

- Vim pegar a minha bolsa. – Ela respondeu. – Já o encontro lá em baixo. – Continuou o seu caminho até o quarto, ainda bufando de raiva, e ele percebeu pelo tom áspero de sua voz que algo ia mal.

Ness passou alguns segundos no quarto. Contou até vinte, respirou fundo e foi para a sala de jantar. Não queria olhar para Jacob, não queria sentir o cheiro ou ouvir a sua voz. Sabia que perderia a compostura se estivesse com ele. Aquilo naquele momento era inevitável.

Quando ela finalmente chegou ao local, ele e seus avós já estavam tomando café.

- Demorou. – Ele disse franzindo o cenho, enquanto a observava se sentando. Percebeu a postura rígida de seu rosto. Certamente estava tensa.

- Passei no banheiro antes. – Ela respondeu com mau humor.

- Pode passar o leite¿ - Ele pediu e ela empurrou com má vontade. Alice e Herman começaram a observar a forma fria da neta. Perceberam que havia algo errado e a avó logo a questionou.

- Algum problema, querida¿ - Ela perguntou com jeito amável.

- Só TPM. – Ness respondeu sem olhá-lo.

- Não! Você não estava de TPM há uma hora. O que se passa¿- Jacob perguntou arqueando uma das sobrancelhas.

- Você está me questionando¿ Está colocando em dúvida a minha TPM¿ - Ela perguntou com a voz ameaçadora.

- Não vamos conversar sobre “coisas”  na frente de estranhos. – Ele disse observando os Preston, que ficaram desconfortáveis. Eles já estavam juntos há dois meses e Jacob ainda não havia se acostumado com a presença. Sempre deixava claro que eram                “intrusos”  na casa. Ele escutou partes de conversas do Sr Preston com mordomo. Havia indícios que estavam juntos tramando algo. Não gostava da situação e deixava tudo bem claro para os dois. Não via  a hora e se ver livre. Queria mais vê-los pelas costas.

- Meus avós não são estranhos. – Ness respondeu trincando os dentes. Os Prestos olhavam para Ness, ora para Jacob e se voltavam para Ness. Estava bem claro que começava uma pequena guerra conjugal. Mas não entendiam bem o motivo.

- Não falaremos sobre isso agora. Passar um pedaço da torta, por favor¿- Ele pediu de forma rígida. Já estava começando a se incomodar com o clima tenso. Ness não gostou da forma como ele falou, como se fosse o dono da última palavra, e praticamente jogou o bolo quando o empurrou com a mão. Ele virou inesperadamente e caiu sobre a blusa de Jacob, que soltou um bufo de irritação.

- Fez de propósito. – Ele acusou.

- É¿ Acho que não. – Ela respondeu ironicamente.

- Fez sim! – Ele disse novamente. – Está agindo como criança. – Os avós de Ness arregalaram os olhos e continuaram atentos a discussão. Já haviam presenciado os dois em pequenas crises. Mas normalmente os dois apresentavam um humor aceitável nessas ocasiões. Agora, no entanto, Ness estava com os olhos cuspindo fogo e Jacob com uma expressão irritadiça mais do que normal. Sabiam que a coisa não terminaria nada bem.

- Não ouse a me chamar de criança. – Ela retrucou e mordeu um pedaço de queijo sem olhá-lo.

- OH! Muita adulta você. Quando é contrariada em algo fica toda bravinha. Se isso não é atitude de criança... – Ele hesitou. – Pera ai! Já vi fazer coisas piores como gritar com atendentes, humilhar suas amigas e fazer birra com a Tanya. – Ele mexeu fundo na ferida e ela sentiu o sangue ferver.

- Não se atreva a falar naquela vagabunda na “minha”  mesa de café da manhã. – Ela se controlava para não gritar. Levo o copo de suco a boca e tentou beber um pouco para não falar algo que pudesse se arrepender depois.

- Ai que medo! – Ele disse rindo de forma provocativa. Sabia que a deixaria ainda mais irritada. Mas ela havia começado a briga. Não ele.

- Cala essa boca antes que eu... – Ela se inclinou na mesa e apontou o dedo para ele.

- Antes que você o que¿ - Ele se inclinou e segurou o dedo dela.

- Meninos, o que é isso¿ - O avô perguntou.

- Não se meta em discussão de casais. – Jacob respondeu com raiva.

- Não fala assim com meu avô! – Ness ordenou.

- Senta e tome o seu café bem tranqüila. Conversaremos sobre nossos problemas depois. – Jacob soltou o seu dedo e fez sinal para que sentasse.

- Não se atreva a falar comigo assim. – Ness pegou o copo de suco e por instinto atirou o liquido no rosto de Jacob. Por alguns segundos ele não teve reação. Depois pegou o copo com achocolatado e atirou o liquido no rosto dela.

- Quites¿ - Jacob perguntou furioso.

- SEU FDP! – Ela gritou furiosa, pegou o prato com o bolo e levou até o rosto dele, deixando o completamente sujo. Começou uma risada histérica, enquanto Jacob tentava limpar o seu rosto. Estava coberto com o glacê do bolo e ainda perplexo com o acontecimento. Viu quando os avôs Preston se levantaram da cadeira, afastando-se da mesa. Certamente sabiam que a coisa só pioraria e não queria estragar ainda mais. Jacob pegou o prato com mamão amassado e jogou a fruta pegajosa nos cabelos dela. Ali começou uma guerra de comidas e enquanto se xingavam atiravam toda a comida que podiam.

A comida começou a voar de um lado para outro para sala e nem as paredes se safaram da “pequena”  discordância dos dois.

- Satisfeita¿ - Jacob perguntou caindo na gargalhada, todo sujo de comida e molhado com café,suco e leite.

- Eu¿ Eu te odeio, Jacob Black! – Ela disse bufando e começou a rir também. Era engraçado aquela criancices. Nunca achou que acabariam brigando daquele jeito e completamente sujos com o café da manhã. Virou o rosto e olhou os avós no canto da sala, observando a cena esdrúxula que acabavam de ver. Riu ainda mais da expressão de espanto dos dois.  – Só você para me tirar completamente do sério. – Ela tentou controlar a risada.

- Vamos tomar um banho¿ Estamos podres e tenho certeza que os seguranças vão de se divertir ao nos verem assim. Proponho que tomemos um banho e troquemos de roupas logo. Não quer estragar a sua reputação. Quer¿  - Ele estendeu a mão e ela a aceitou.

- Bom dia, vovô e vovó! – Ness disse de forma dissimulada, enquanto caminhavam para a porta. Agiu como se nada houvesse acontecido. O mordomo entrou e balançou a cabeça em sinal de negativo.

- Eles sempre encontram um motivo para brigar. – Ele disse com mau humor de sempre. – Já deveriam ter se acostumado com isso. Ultimamente a coisa ainda bem melhor do que o costume.

- Eles sempre brigam, mas não desse jeito. – Alice Preston disse.

- Eles gostam de ter um motivo para brigar.- Herman disse para ela.

- Isso os excita, senhora.Desculpe a forma de falar, mas é um jogo. Daqui a pouco começam os gemidos  e os gritos. Eu ainda me demito desse emprego... – Disse constrangido.

- Não faça isso, Gregory. – Alice pediu.

- Não tenho mais idade para esse tipo de coisa. – Ele respondeu e começaram ouvir as gargalhadas no corredor de cima. – Não disse! Apenas procuram um motivo para brigar e fazer as pazes.

Dito e feito. Dez minutos depois os gemidos começaram a soar pela casa. Fizeram as pazes, depois daquele tremendo barraco, de forma triunfal.


Ness ficou de olho em Jacob o tempo todo e encarregou as suas amigas de tomarem conta de todos os movimentos. Os espiões já estavam trabalhando a seu favor. O que ela não sabia, era que elas eram cúmplices dele. Justamente por isso sua rede de contato nunca encontraria nada. Assim duas semanas se passaram sem que descobrisse com quem Jacob andava de cochichos.

[...]

Duas semanas depois

Na manhã do seu aniversário, Jacob fingiu não se lembrar e deixou ordens para os empregados também fingiram não saber. Também pediu ajuda, mesmo que a contra gosto, para os avós dela. Planejando tudo perfeitamente. Ela acharia que ninguém se lembrava do seu aniversário, sentindo-se abandonada.

No colégio, as pessoas agiam como um dia normal, tirando o fato de todos estarem preocupados com um possível psicopata entrando no colégio para atirar o casal. Essa indiferença, mais que um fingimento, deixava Ness totalmente chateada. Era a primeira vez que ninguém se lembrava do seu aniversário, que não era ovacionada com pelos seus fãs.

Em relação a Jacob se sentia ainda mais chateada. Sofria pelo descaso, mesmo assim preferiu não falar nada. Não iria se rebaixar para ele... Não mesmo.

O dia transcorreu sem maiores problemas. Os dois conversaram o habitual: Uma forma de encontrar pistas sem deixar que ninguém percebesse que investigava.

O problema era justamente esse. Tinham muitos seguranças, O FBI tomando conta da cidade e da escola, principalmente, e muitos repórteres que circulavam pelo local como se fossem moradores. Onde quer que fossem, eram vigiados por muitas pessoas. Não havia como investigar nada e não queriam colocar os amigos em perigo. Por isso tiveram dois meses terríveis, a espera de um novo assassinato, pista ou oportunidade para agir.

A tia de Claire não se lembrou dos nomes dos estudantes na foto. E não encontraram o livro do ano em que Carlisle se formou. Tudo era complicado naquele momento... Exatamente tudo.

- Precisamos fazer algo! – Ness repetia isso todos os dias, deixando Jacob estressado. - Não achamos nada na biblioteca da escola. Precisamos procurar pistas. – Ela insistia.

- Como faremos isso¿ Não dá para fazer nada sem que nos vejam. – Jacob insistia – Prometo que faremos algo. – Ele afirmou.

- Não consigo ficar parada. – Ela insistia enquanto colocava a bandeja sobre a mesa no refeitório.

- Vamos agir! – Ele colocou o dedo em seus lábios. – No momento certo. – Aquela foi a sua ultima palavra do dia sobre aquele assunto. Não iria discutir pela milésima vez aquele assunto com ela.

No final das aulas voltaram para a casa, como sempre seguidos pelos seguranças. Ness foi direto para o seu quarto tomar um banho e se deitar. Jacob foi para o escritório conversar com o seu avô. Ele precisava pegar o último cheque para pagar os gastos da festa de aniversário.

Caminhou lentamente até o escritório e ouviu vozes. Parou na porta e ficou em silêncio ouvindo a conversa.

- Precisamos agir logo. – Sr Preston disse.

- Tudo o que sabia eu já disse. Entreguei o documento que achei para Paladino. Não tenho culpa se esse documento se perdeu. – O mordomo falou.

- Estamos com pouco tempo. O cerco está se fechando e se não agirmos logo as coisas podem piorar. – O outro respondeu.

- Tente convencer a sua neta a estender a estadia.

- Vou tentar colocar isso na cabeça dela sem que perceba. Enquanto isso precisamos agir. Quanto mais rápido terminarmos com isso será melhor.

- O senhor precisa ser cauteloso. – O outro falou.

- Mais do que tenho sido¿ O rapaz é complicado e só dificulta as coisas para mim. – Nesse momento Jacob ouviu um barulho atrás e parou para ver quem via. Deu de cara com a senhora Preston.

-Jacob, querido, não lhe disseram que é feio ouvir atrás da porta¿ - Ela perguntou. – Mas serei discreta e não falarei nada a ninguém.

- Eu estou na “minha casa” e não estou ouvindo atrás da porta. Só vim conversar com o seu marido sobre o cheque para pagar o resto dos gastos da festa. – Jacob respondeu tentando segurar os ânimos.

- Tudo bem, querido! Vamos lá falar com Herman. – Alice disse, caminhou até a porta e bateu duas vezes. A porta abriu e o mordomo saiu. Fez um sinal com a cabeça e abriu passagem para os dois.

Jacob estava irritado demais para conversar. Somente pediu o cheque e depois saiu. Naquele momento ficou claro para ele que havia um segredo. O avô de Ness e o mordomo eram cúmplices em algo grande. Algo que poderia ter haver com as mortes que estavam ocorrendo. Ele estava claramente armando algum tipo de complô e Jacob precisava descobrir o que era. Se antes estava incomodado com a presença, naquele momento era imperativo irem embora.

[...]

O telefone tocou três vezes e finalmente o homem atendeu. Já estava ficando impaciente com aquela demora toda.

- Alô!

- Finalmente me ligou. Fez tudo o que pedi? – O homem perguntou do outro lado da linha.

- O local já foi revisado pela segurança e pelo FBI. Eu consegui um emprego na nova equipe que Dane contratou. Consegui vistoriar o local da festa sozinho e encontrei uma possibilidade. A planta do prédio me ajudou muito na solução que precisávamos.

- Achou um modo de tirar a garota sem ser visto?

- Sim! Encontrei e o local do cativeiro já está preparado também. Quando ela estiver em meu poder eu lhe dou as coordenadas. No momento só preciso que saiba que tudo está correndo conforme planejado.

- Mas haverá câmeras filmando o local? Como sairá de lá com ela sem ser visto? Não quero tiroteio e nada que chame a atenção do FBI.

- O FBI enviou três agentes para cobrir a festas. Estarão a paisana misturados aos convidados, mas isso não será problema para mim. As câmeras no corredor do banheiro não estarão funcionando. Eu já cuidei disso. Tenho a rota de fuga, o carro no local da saída e uma distração preparada. Eles vão achar que a garota está no banheiro e quando se derem conta de que sumiu, estaremos bem longe de lá.

- Não pode haver falha! Entendeu? – O homem disse em tom severo.

- Não haverá falha. Posse te garantir.

- E ninguém o reconheceu? Afinal circulou pela cidade por meses.

- Eu estou bem disfarçado e tenho ótimas referencias. Já esqueceu que fui fuzileiro naval e trabalhei para uma agência secreta? Dane averiguou todas as minhas referências. Não haverá motivos para desconfiar de mim. Levarei a garota para o cativeiro e voltarei para a festa sem ser notado.

- Siga com o plano da forma mais limpa possível. Nos vemos amanhã. – Deu uma gargalhada diabólica. – Não vejo a hora de colocar as mãos nessa Vadia.

- OK! Manteremos contato. – Disse e desligou a ligação. Dessa fez era uma questão de honra fazer tudo certo. Havia falhado várias vezes ao longo desses meses. Até o momento nunca teve uma oportunidade real para por as mãos em Renesmee Black. Agora faria tudo com extrema perfeição e em algumas horas seu trabalho estaria quase terminado. A única coisa que teria que fazer antes de finalmente partir, seria eliminar Jacob Black. Não era homem de cometer erros e não sairia desse trabalho com o nome sujo. Disso tinha absoluta certeza.

[...]


A noite, finalmente, ele se deu por rendido e confessou se lembrar do aniversário dela, que por sua vez estava furiosa por passar o dia inteiro esperando um gesto de carinho.
Os dois se arrumaram, impecáveis em roupas sociais e elegantes para a balada, e saíram de casa seguidos pelos seguranças.

Ness pensou que iriam curtir o aniversário em algum restaurante ou que haveria uma surpresa, daquelas bem especiais que os homens fazem em navios, aviões ou hotéis de luxo. Nem esperava, diante a tudo o que estavam passando, em ter uma festa surpresa em uma boate de luxo. Ficou ansiosa para saber o que Jacob faria e ele me momento algum abriu o jogo. Só se deu conta do que estava acontecendo quando chegaram a porta da boate.

Ficou de olhos arregalados observando a quantidade de carros e de segurança na porta do local. E quando saíram, viram muitos dos seus amigos vestidos de forma impecável. Não era to tipo de festa, que se vestia como “periguete” . Era um evento luxuoso e bem organizado. A boate, por si só, deveria cobrar muito para um evento fechado.

Seus olhos ficaram cheios de lágrimas. Realmente não esperava aquele tipo de surpresa.

- Agora sabe o motivo de eu andar de cochichos ao telefone. – Ele disse no ouvido dela enquanto caminhavam pelo tapete vermelho até a porta da boate.

- Eu nem acredito... Como preparou isso? – Ela perguntou curiosa.

- Na verdade suas amigas fizeram quase tudo. Eu só entrei com as idéias e o dinheiro. – Ele respondeu, passando a mãos por trás de suas costas para abraçar a sua cintura.

- Você é um mentiroso profissional, mas eu te perdôo. Me deixou todos esses dias em cólicas por você andar de conversinhas pelo telefone. Cheguei a pensar que tinha uma amante. Sabia? Estava a ponto de cortar o seu amiguinho fora.

- Você não faria isso com seu parquinho de diversões. – Ele disse em tom presunçoso.

- Não faria? Você não me conhece mesmo, Jacob Black. – Ela respondeu com uma risadinha.

- É claro que conheço. Acha que não medi as conseqüências? O máximo que você faria seria quebrar a casa toda em um acesso de fúria. – Ele respondeu.

Os dois entraram no local e ela observou todo o ambiente. Era muito elegante e confortável. Praticamente todos os jovens de Forks, La Push e adjacências estavam dançando na pista de dança. Era mais do que podia sonhar naquele momento.

- Como fez com a segurança? Não é perigoso? – Ela perguntou em seu ouvido.

- Temos seguranças disfarçados de convidados, câmeras na entrada e nos corredores. Será muito difícil alguém fazer algo aqui dentro. Acho que o FBI também está a postos. Dane estava fazendo os acertos com eles ontem.  – Jacob respondeu.

- HUM! Vejo que planejou tudo muito bem. – Ela respondeu.

- Todos os detalhes. Agora vamos aproveitar a noite. – Os dois caminharam para a pista de dança. Lá ela encontrou suas amigas super animadas com seus parceiros. A dança era eletrizante e sensual. Bem sensual ao melhor estilo do Hip Hop americano. As luzes coloridas rodavam pela pista dando um clima os corpos que se moviam de forma sinuosas. Ali não havia perigo, ameaças e muito menos preocupações. Só queriam se divertir  aproveitando o máximo que poderiam tirar daquela noite.


Por volta das onze horas Ness sentiu vontade de ir ao banheiro. Já estava dançando há umas duas horas na pista de dança. Havia bebido um pouco de vodca e precisava muito se aliviar antes de voltar a se mexer. Amava dançar e exibir o corpão que tinha. Mas desde que começou um “real”  casamento com Jacob que não saia para se divertir.

- Vou ao toalete. – Sussurrou no ouvido dele.

- Não quer que suas amigas a acompanhem?  - Ele perguntou um pouco preocupado. Saiba que era ridículo esse tipo de cuidado. O local estava cercado e não haveria como nada de errado acontecer. Mesmo assim não se sentia confortável em deixá-la ir sozinha.

- Não! Vou rapidinho, amor! Não precisa se preocupar. – Respondeu e se desvencilhou dele em direção ao banheiro.

Na parte superior alguém a observava atentamente. Estava esperando o momento certo para agir. Saia quem em algum momento ela iria ao banheiro. Assim ficou de tocaia, disfarçado de segurança, e esperou o momento certo para ir ao local.

Caminhou sorrateiramente entre as pessoas, observou se não havia ninguém o vendo. A câmera de segurança em frente ao banheiro já não estava funcionando. Tratou de tirar a bateria assim que chegou para vistoria mais cedo. Dessa forma não haveria como averiguarem as imagens depois.

Entrou no banheiro e percebeu que havia alguém dentro da cabine. Mais que depressa abriu a porta e imobilizou a garota que estava sentada no vaso sanitário. Amarrou seus braços e sua boca com um lenço, depois fechou a porta da cabine por fora.

Entrou em outra cabine, colocou uma touca, do tipo ninja, que só deixava os olhos de fora. Ficou esperando em silêncio e observou pela fresta da porta. Viu quando Ness entrou e se dirigiu até uma das cabines. Saiu, foi até a porta, pegou uma das cadeiras que estavam no canto e colocou prendendo a maçaneta. Rapidamente foi até a cabine onde Ness estava, abriu  e a observou com os olhos espantados.

- Quietinha! – Ameaçou puxando a pelo cabeço. Pegou um punhal que estava preso em seu tornozelo e colocou em seu pescoço. – Vamos sair daqui sem fazer barulho. Entendeu¿ Se você tentar fazer algo engraçadinho, nunca mais verá a luz do sol. Eu a deixarei cega. Enfiarei essa lâmina nesses lindos olhinhos azuis. – Ness assentiu com a cabeça. Já sentia as lágrimas descendo pelos seus olhos e inundando a sua face apavorada. – Ouça o que vou dizer e não faça nada de que possa se arrepender. Entendeu¿- Ele perguntou mais uma vez e ela assentiu novamente. Estava apavorada demais para pensar em algo. Não conseguia nem gemer. Quanto mais gritar, lutar ou tentar fugir. Foi totalmente paralisada pelo medo. – Vamos sair pela tubulação de ar. Você vai primeiro e vai me esperar. Se tentar escapar, uma pequena armadilha vai matá-la. Coloquei bombas pelo caminho e se você tentar fugir, fará essa boate, com todos nós, ir pelos ares. Não que ver seus amigos e maridinho mortos¿ Quer¿- Ela negou com a cabeça. – Então suba de vagar e não faça nada imprudente.

O assassino soltou os cabelos de Ness e arrastou pelo braço até o canto do banheiro. Abriu a pequena janela de alumínio da tubulação de ar e a ergueu para entrar no buraco. Ness mal podia se mexer com o local tão apertado. Começava a sentir pânico e falta de ar. O local além de apertado era escuro, sujo e cheio de teias de aranhas. Ela queria gritar, mas não conseguia emitir um som. Não conseguia fazer os músculos se moverem. Fechou os olhos e apenas chorou.

Segundos depois, o assassino estava no buraco ao seu lado. Ele tirou a cadeira da porta, limpou todas as pistas, inclusive desamarrou a garota na cabine e foi para o buraco. Como previa, encontrou Ness chorando apavorada no canto. Ela mal respirava. Parecia muito assustada.

Ele pegou o seu punho e começou arrastá-la pelo buraco estreito. Quando chegaram mais adiante, ele pegou um pequeno cilindro e apertou o botão. – A primeira bomba está desarmada.  – Disse para Ness. Se ela pudesse imaginar que aquilo era um blefe, naquele momento estava claro que não. Mas a sua mente estava tão perturbada que não conseguiu pensar em nada lógico. Via ele desligando as bombas pelo caminho e jogando dentro da pequena mochila que carregava, sem entender como aquilo era possível.

O assassino teve alguns dias para preparar tudo. Era claro. Estava disfarçado na nova equipe de segurança e teve livre acesso para deixar todos os acessórios que precisava. Foi até fácil demais armar tudo aquilo. Mas precisava sair dali com a garota e a levar para o cativeiro. O seu trabalho estava quase pronto.

Os dois engatinharam pelos corredores estreitos ouvindo a música alta e sentindo a trepidação causada pela acústica. Quanto mais cedo saíssem dali,melhor para eles.

Chegaram até os fundos da boate, desceram pelo buraco da tubulação de ar e entraram em um velho depósito. Arrastou Ness pelos cabeços e caminhou com ela por um corredor estreito, cheio de quinquilharias, teias de aranhas, alguns ratos e sacos velhos. Quando encontraram uma pequena portinhola ele abriu a porta, fez Ness descer as escadas e depois seguiu atrás.

Os dois estavam nos esgotos e agora teriam que caminhar um certo tempo até chegarem ao outro lado da rua. Ele havia deixado o furgão a espera em um local onde os seguranças não pudessem ver. Mas a caminhada era longa.

Ness caiu várias vezes na água suja. Aquilo a fez despertar de seu estado catatônico, tentando gritar e correr. O assassino ficou impaciente com a sua rebeldia e em uma luta, desfavorável para ela é claro, deu um golpe em sua cabeça deixando a desacordada. Pegou a no colo e a jogou sobre os ombros... Aff a mulher era pesada apesar de magrinha.

Continuou andando um tempo, pedindo aos céus que não houvessem dado a alarme do seu sumiço até que chegassem ao furgão. E por sorte logo chegou ao buraco do esgoto que havia deixado destampado. Subiu as escadas com dificuldade, visto que a mulher dificultava os movimentos. E teve ainda mais problemas para sair do buraco e tirá-la. Não contava em ter que apagar a garota. Aquilo só atrasava o seu serviço.

Depois que conseguiu tirar Ness pelo buraco saiu e saiu finalmente.

Ele a colocou deitada no furgão, entrou e deu partida para um destino desconhecido.

[...]

Jacob estava impaciente. Ness já havia saído mais de vinte minutos e nada de voltar. Saiu da pista de dança e foi para o bar beber. Seth se sentou com ele e puxou um pouco de conversa.
O tempo continuava a passar e ela não voltava.

- Carly, você não pode ir procurar a sua amiga¿ - Jacob pediu.

- Eu vou ao banheiro. Já volto com sua mulher. – Ela respondeu e saiu.

Jacob continuou a esperar. Observava o ambiente sentindo o nervoso o consumir. Algo lhe dizia que as coisas não iam bem. Começou a suar frio. Passou a mão na testa e limpou o suor. Olhou a pista de dança e naquele momento o coração apertou. Uma angustia o feriu no fundo do coração. Soube que algo havia acontecido.

Levantou-se da cadeira e caminhou em direção aos banheiros, encontrando Carly no caminho.

- Ela não está lá. – A menina disse.

- Como assim ela não está lá¿

- Não está!

- Vou pedir aos seguranças para a localizarem. Reúna as suas amigas e a procurem também.- Jacob correu até a porta onde estava Dane e o chamou.

- Ela sumiu. – Ele disse apavorado. Se pudesse ver o seu rosto, o teria visto mais branco do que uma folha de papel.

- Sumiu¿ Como¿ Ela não saiu da boate. – Ele respondeu e fez sinal para os seguranças com as mãos.

- Ela foi ao banheiro e sumiu. – Disse desesperado.

- Vamos achá-la. Não pode estar longe.

- Não quero que dê alarde. Sejam discretos. – Jacob ordenou e saiu para procurar Ness. O que ele não sabia era que naquele momento ela já estava muito longo e correndo um grande perigo.


Nota Glau
Meninas, cheguei mais cedo do trabalho e parei para fazer uma rápida revisão no cap.
Bem, esse cap já iniciaria com uma passagem de dois meses, mas como vcs ficaram empolgadas com o final do cap passado, resolvi iniciar com um “pequeno” lesco lesco. Espero que gostem.

Eu já conversei com a Heri e enviei mensagem para a Leka.
Cada dia fica mais difícil escrever e me dedicar as fics, as leitoras e ao site como gostaria.
Mas a minha vida é bem complicada e estou mentalmente esgotada.
São dois anos (acho) me dedicando a escrita e chega uma hora que a cabeça já não agüenta.
Eu amo ler. Vocês sabem disso. E ultimamente tenho que decidir entre ler e escrever, pois o meu tempo é cada vez mais curto.
Não tenho a recompensa que gostaria. Escrever já não me faz tão feliz quanto antes.
Acho que isso tudo é culpa de vocês que me acostumaram mal.
Eu quando escrevia Opposing souls vivi praticamente no céu e não me dei conta de que nada que fizesse depois superaria essa fic. Por isso a Herdeira acabou se tornando uma decepção, assim como Galope para felicidade, a song fic vento no litoral e agora Guerra dos sexos.
A maioria das vezes, enquanto escrevo, me sinto frustrada e não quero mais continuar.
Tenho um compromisso de finalizar a fic e por isso vou até o fim. Mas já não tenho pique e tesão para escrever. Antes eu vencia o meu cansaço pela empolgação. Agora já não consigo fazer isso.

Eu fiquei feliz com as palavras da Dani e da Ana Rita. Eu realmente não sabia que Opposing souls foi tão importante para muitas de vocês. E agradeço imensamente o carinho.
Como já notaram, a fic já tem uma passagem de dois meses. Eu vou cortar alguns fatos e tentar ser o mais sintética possível para vocês entenderem o motivo e o assassino.
Depois não voltarei a postar. Não digo que não voltarei a escrever, pois sei que sempre que estiver estressada escreverei algo. Mas o que fizer guardarei para mim.

Quem quiser continuar me acompanhando, é só entrar no facebook e no meu blog.
Vou abrir um menu para resenhas e dicas, onde comentarei os livros que ler e deixarei link paa ebooks. Se surgir alguma novidade é lá que saberão.

Espero que o cap não tenha muitos erros. Fiz uma rápida leitura para corrigir o máximo que podia. Na semana que vem posto outro.

Dito tudo isso, espero que tenham uma ótima leitura.

A propósito, Vivi, obrigada pela 18 recomendação.

UM GRANDE BJU NO CORAÇÃO DE TODAS.
FUIII

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