quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Diário de uma paixão



Diário de uma paixão
Nicholas Sparks

Nem preciso dizer que Nicholas é o queridinho das leitoras. Com uma leitura suave, doce e sutil, aborda uma enormidade de temas, entre eles dramas amorosos e familiares. Assim não poderia deixar de comentar ao menos um de seus livros. Seria uma injustiça da minha parte e até mesmo uma falta de gosto literário.

Não é novidade para ninguém que eu odeio ler livros que já assisti ao filme. Perco completamente o tesão pela leitura nessas circunstâncias e fiquei receosa em comprar esse livro, visto que já havia assistido o filme diversas vezes. Cheguei a comprar o DVD só para ver naqueles momentos de romântica melosinha. Quando o livro foi colocado na pré-venda, namorei algumas vezes e não comprei. Fiquei bem hesitante quanto a isso.

Depois de um tempo, resolvi ceder e adquiri o bendito. Comecei a ler e a primeira coisa que me chamou a atenção foi à narrativa mais rápida do Nicholas. Acho que para quem acompanha o grupo de discussão, não é novidade que acho a narrativa dele um pouco lenta. Ele detalha muito alguns pormenores e para dizer que o céu está azul e o dia lindo, escreve duas páginas. Só que nesse livro ele foi mais conciso e a leitura bem mais interessante. É claro que para variar o livro não foi exatamente como o filme e me tirou um pouco o encanto. Alguém pode me dizer qual a dificuldade em fazer um filme bem fiel à obra? Eu não sei, sinceramente, o que se passa na cabeça de produtores e roteiristas, mas às vezes dá um pouco de raiva. Tirando isso, tudo ocorreu bem até demais e para variar eu devorei o livro.

Nem preciso dizer que chorei horrores, preciso? Gente, eu li os últimos capítulos no ônibus, na volta para casa, e chorava de soluçar. O homem que estava ao meu lado chegou a me oferecer ajuda... Ai que vergonha! Mas valeu a pena. Foi tudo de bom.

Esse livro é de uma delicadeza tão tocante e a estória, por mais que não existam muitas aventuras e emoções, faz o coração do leitor palpitar de ansiedade, amor e nervosismo. A pessoa se imagina vivendo toda aquela situação e fica completamente em trânsito. Acho que foi por isso que chorei tanto...

Posso contar um segredinho? Para quem está lendo “Para Sempre”, pode ver que a minha narrativa “tenta” ser mais suave e sutil. E a estória, por mais que seja diferente, bem lá no fundo apresenta uma certa semelhança. Foi nos últimos capítulos do livro que eu imaginei “Para Sempre”. Não baseado no livro, mas nos dois velinhos que compartilharam uma vida e mesmo nos últimos momentos vivem uma amor tão real, que mesmo pelas circunstancias da vontade de está naquela situação. Eu não consegui me imaginar assim, mas tive que treinar e pensar como tal para escrever. Acho que está dando frutos, afinal vocês dizem adorar.

Agora vamos falar da estória de  Allie e Noah.No final das contas é ela quem importa aqui.

Amor adolescente, as primeiras descobertas, emoções e desejos. Os dois se conhecem quando Allie vai ver um tempo em Nova Berna e lá conhece o seu primeiro amor. A mais forte, intensa e inesquecível das paixões surge e os dois mergulham de cabeça. Vivem cada dia de forma intensa, como se fosse o último. As coisas ficam tão fortes e íntimas que a mãe de Allie, uma riquinha metida a besta e esnobe, decide que é à hora de separar os dois. Ela não vê futuro naquele romance e joga um balde de água fria... OH mulherzinha insuportável!

O momento da separação é difícil e conflitante, mesmo assim ambos guardam consigo a vontade de continuar a relação à distância. Mas a mãe de Allie não está disposta a permitir que a filha tenha o futuro arruinado, escondendo as cartas que Noah envia para ela. Ambos sofrem intensamente por aquela ruptura e mesmo o tempo não é capaz de apagar as cicatrizes deixadas.

Anos mais tarde, Allie se alista como enfermeira durante a guerra e conhece Lon, um rico, belo e apaixonado jovem que a envolve durante aquele período de carência. Allie reluta contra aquele sentimento, mas acaba se rendendo e os dois passam a namorar. Os pais dela aprovam a relação, baseados na posição social e no dinheiro dele, e logo ficam noivos. Tudo parece bem é ela está feliz com a proximidade do casamento, até o dia em que abre o jornal e vê aquele anúncio...

Noah passou anos amargurado, foi para guerra, arrumou alguns empregos e quando volta para a cidade decide comprar a velha casa onde ele fez planos com Allie. Com a ajuda de seu pai, ele começa a reforma. Mesmo após a morte do pai ele continua no plano de deixar aquele local o lugar dos sonhos dos dois. Tem uma amante, mas que não consegue mantê-lo apaixonado e desejoso. Sua vida é monótona e sem graça até o dia em que decide vender a casa. Parece estranho, mas depois de lutar tanto por deixar o lugar como queria, aquilo parece não satisfazê-lo e faz anúncio de venda. Vários compradores aparecem, mas nenhum parece bom o suficiente para o seu castelo de lembranças. Até o dia que ela ressurge...

A partir desse momento, os caminhos dos dois voltam a se cruzar e Allie tem uma difícil escolha a fazer. É algo muito difícil, pois largar todos os planos, o noivo e a família na véspera do casamento não é nada fácil. Só que aquela paixão, que passou tantos anos recolhida, explode de uma forma, que ela já não sabe se consegue viver sem ele.

No final de tudo, você vê dois velinhos, em uma casa de repouso, recordando tudo através da leitura de um diário...

Acho que já contei demais, né? Eu e meu linguão. Kkk Mas resumindo tudo, a estória é maravilhosa, doce, intensa e deliciosa. Toca o coração do leitor e o deixa completamente rendido. De todos os livros do Nicholas que li, esse foi o que mais gostei, apesar de amar Um amor para recordar (Um momento inesquecível), Diário de uma paixão se tornou um hino de amor. É o livro que terei sempre que quiser ler quando precisar amolecer o meu coração.

Se eu fosse definir em uma só palavra, diria que esse livro é TOCANTE!

Quem não leu, não deixe para depois. Vale à pena comprar.


Espero que gostem!

Sinopse
"Não sou nada especial; disso estou certo. Sou um homem comum, com pensamentos comuns, e vivi uma vida comum. Não há monumentos dedicados a mim e o meu nome em breve será esquecido, mas amei outra pessoa com toda a minha alma e coração e, para mim, isso sempre bastou." Noah Calhoun Assim tem início uma das mais emocionantes e intensas histórias de amor que você lerá na vida... O livro é o retrato de uma relação rara e bela, que resistiu ao teste do tempo e das circunstâncias. Com um encanto que raramente é encontrado na literatura atual, O Diário de uma Paixão de Nicholas Sparks, o consagra como um contador de histórias clássicas, com uma perspectiva excepcional sobre a mais importante e única emoção que nos mantém. Com mais de 12 milhões de cópias vendidas, o livro que emocionou as pessoas ao redor do mundo, foi traduzido para mais de 20 línguas. 

Bjus no core

Faz de conta que foi assim3



CAPÍTULO 2 – Pobre Menino Rico...
EU SEI QUE VOU TE AMAR
(Vinícius de Moraes)
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar.

E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida.

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou.

Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida.

"Um covarde é incapaz de demonstrar amor; isso é privilégio dos corajosos." (Mahatma Gandhi)
Edward acordou sufocado. Um aperto no peito o impedia de respirar direito. O dia de seu aniversário não era motivo de alegria para ele. O peso que sentia por estar completando dezoitos anos não tinha nada a ver com a responsabilidade que a maioridade impunha, mas sim com o fato de que o tempo que pedira para Bella esperá-lo havia acabado. Era hora de cumprir a promessa que fizera a ela, mas não era bem isso que aconteceria... Iria embora sem ela... Ele não era um homem de palavra!
Edward descobriu ainda na juventude que era um fraco.
Suas malas estavam prontas para atravessar o continente e ir morar no país de sua mãe, mais precisamente em Massachusetts, onde faria faculdade em Yale... E iria sozinho. O pai o convencera a desistir de seu plano de fugir com Bella. Queria-o bem longe da filha da empregada e era assim que seria.
Edward ficou torcendo para que não visse Bella enquanto entrava no carro para ir embora. Não suportaria ver sua cara de decepção quando descobrisse que ele não a levaria para os Estados Unidos como havia lhe prometido.
Sentia-se como um verme, um crápula, um nada...
Não tinha sido homem o bastante para romper com seu apego aos bens materiais e ao dinheiro e se jogar de cabeça no sentimento puro que nutria por ela. Sequer tinha tido a hombridade de avisá-la de sua decisão.
Edward sabia que um dia se arrependeria amargamente de ter sido tão covarde. Pensando bem, Bella merecia alguém melhor do que ele, concluiu decepcionado.
Segurou as lágrimas o máximo que pode, guardando a imensa dor que sentia dentro de si. Ela seria sua companheira por longos anos.
Decidiu naquele momento que não voltaria nunca mais para aquela casa. A mansão da qual o carro se afastava lentamente era para ele como o “Templo de sua vergonhosa existência”. Sim, Edward tinha vergonha de quem era...
Vergonha por nunca ter tido coragem de defender a mãe da violência psicológica que sofria...
Vergonha por não ter defendido Renée e a filha dos preconceitos do pai...
Vergonha por trair a confiança de Bella quando ela mais precisava...
Vergonha por não valorizar o amor que sentiam um pelo outro...
Vergonha por ser um Cullen!!
Quando chegaram ao aeroporto, Edward evitou o olhar acusador de Jonas. Desta vez não havia escrito nenhuma carta para que ele entregasse à Bella. Não tinha tido coragem suficiente para escrever-lhe que tinha trocado seu sorriso ingênuo por uma Ferrari; seu olhar doce por cavalos de raça; seu amor verdadeiro por dinheiro... Era algo vil e deplorável para se deixar documentado, pensou.
Ele, Edward Cullen, a seu ver, era pior que o pai, pois enganadas por seu jeito gentil, suas vítimas desconheciam sua letalidade. A Inglaterra não estava perdendo nada com sua ida para a América... Os pensamentos desta triste constatação o acompanharam por toda a viagem.
Na faculdade se apresentou como Ed Masen. Era assim que queria ser conhecido. Se não podia extirpar o sobrenome Cullen de seus documentos, extirparia de sua vida. Ainda assim sentia que por mais que fugisse e negasse, o caráter duvidoso que herdara de Carlisle estava arraigado em suas veias.
Não tinha um único dia em que Edward não pensava em Isabella, desejando saber o que tinha lhe acontecido. Decidira não perguntar sobre ela. O melhor a fazer era deixá-la seguir sua vida em paz. Ele já tinha feito estragos demais nos sonhos daquela garota, pensava.
Dois meses depois de ter se mudado para New Haven, cidade onde ficava Yale, Edward deixou o imponente apartamento onde morava e se mudou para o alojamento da faculdade. O dinheiro de Carlisle Cullen era como uma droga para ele. Precisava dele e usava-o, mas depois se sentia mal. Fora por causa de seu maldito apego a esse dinheiro que perdera o amor da sua vida.
Com o tempo chegou à conclusão que nunca mais teria Isabella de volta, mas poderia pelo menos resgatar um pouco de sua dignidade. Estava empenhado em se tornar um homem financeiramente independente.
Aos poucos foi se afastando dos pais. Ligava pouco e quase não atendia os telefonemas deles. Só os via quando vinham visitá-lo, o que foi se tornando cada vez menos freqüente, pois sempre arrumava uma desculpa para não poder recebê-los.
Esme sabia que o filho estava chateado por ela ter contado seus planos para o marido. Às vezes se perguntava se não devia tê-lo deixado viver aquele amor. Sua vida era a prova concreta de que dinheiro não trazia felicidade... Mas agora era tarde para se arrepender. Já tinha perdido parte do amor e respeito do filho.
Edward começou a dar aulas particulares para os alunos mais fracos e passou a viver apenas de seus parcos ganhos, numa condição bem mais simples do que a que ostentava antes. Admirava-se do quão feliz se sentia levando aquela vida simples. Dispensou a mesada que o pai lhe mandava, mas ainda tinha de suportar o fato de que era Carlisle Cullen quem pagava sua faculdade.
Vários meses depois de começarem suas aulas, Edward arrumou a primeira namorada, numa tentativa frustrada de preencher o imenso vazio dentro de seu peito. Sylvia era um doce de garota, mas não a amava. Seu coração ainda era e sempre seria de Isabella. Perdeu sua virgindade com ela e teve de suportar o constrangimento de ter uma crise de choro depois que fizeram sexo.
– Edward, amor, não fique assim, você foi bem. Foi tudo maravilhoso! – A namorada tentava consolá-lo enquanto ele soluçava incontrolavelmente.
Sylvia pensava que Edward estava chorando de insegurança por achar que não tinha sido bom o bastante em sua primeira vez, mas na verdade ele chorava por ter rompido o último elo que o ligava a Isabella. Tinha se guardado para ela. Prometeram-se que seriam apenas um do outro e mais uma vez não tinha cumprido sua promessa. Quem devia estar deitada naquela cama era Bella, lamentava ele mentalmente, desolado. Agora não sobrara mais nada dos sonhos que sonharam juntos. Era o fim definitivo da vida que planejara com ela.
Ao fim do segundo ano de Direito, Ed Masen começou a ganhar muito dinheiro. Ele e dois amigos da faculdade, Emmet e Jasper, criaram um site de compras com descontos na internet e sua empresa começou a crescer vertiginosamente. Suas idéias inovadoras alavancaram os negócios e no ano seguinte a “NetSale” já tinha sede própria e empregava dez funcionários. Unindo-se a uma grande empresa do Vale do Silício, o pequeno negócio continuou crescendo nos anos seguintes e seus sócios lucravam cada vez mais. Edward era enfim completamente independente do dinheiro do pai.
Rico, agora pelo próprio esforço e trabalho, e com um diploma de advogado nas mãos, Edward jogou seu capelo para cima, comemorando com os colegas o fim de cinco anos de dedicação aos estudos universitários. Formou-se com honras e méritos, mas continuava se sentindo um fraco e traidor por dentro.
Ganhou os parabéns do pai pela webcam. Carlisle estava em Israel a negócios. Esme foi à formatura. Chorou ao abraçar o filho. Apesar de toda a alegria do momento ela conseguia enxergar no fundo de seus olhos que ele era uma pessoa triste. Suspeitava que fosse uma das grandes responsáveis por isso.
Edward ganhou do pai o valioso anel com o brasão dos Cullen, cravejado com os melhores diamantes que as colônias da Inglaterra já produziram. Era uma jóia que passava de pai para filho, de valor inestimável. Estava na família há mais de quatrocentos anos. Guardou-o no banco. Teria de passar a seu filho um dia.
Naquela noite Edward demorou a dormir. Uma idéia fixa andava ocupando grande parte dos seus pensamentos: precisava pedir perdão a Bella para conseguir levar sua vida em frente.
"É possível repousar sobre qualquer dor de qualquer desventura, menos sobre o arrependimento. No arrependimento não há descanso nem paz, e por isso é a maior ou a mais amarga de todas as desgraças." (Giacomo Leopardi)

Resultado da promoção Um amor de Fanfic

Gils, após vários dias com a promoção Um amor de Fanfic no ar, venho aqui para dar o resultado do sorteio para vocês.


A leitora sorteada pelo Randon.org, considerando que só foram apenas três leitoras e mais um comentário da Maribel, foi a Nanda.
Nanda, Parabéns! Espero que aproveite bem o livro. Sei que vai amá-lo. A estória é simplesmente maravilhosa.
 
Obrigada a todas que participaram!


Passe, por favor, um email para glauciablack@ymail.com os dados abaixo para envio do prêmio
Nome, endereço, número, bairro, cidade, estado e cep.
Bjus no core











segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Noites de paixão




Noites de paixão
Cheryl Holt

Amores, de mi core, vocês sabem que amo os romances históricos, não sabem? Principalmente se eles forem carregados de sensualidade. Bem, esse romance é o máximo. A caracterização está perfeita com a época, a autora dessa vez seguiu as regrinhas, como em uma receita de bolo. A diferença essencial é que essa não é uma estória sem açúcar. Muito pelo contrário! “Noites de paixão” é uma estória carregada de dramas, segredos, sensualidade e maldade. Acho que toda essa mistura é que faz desse livro surpreendente.

Antes de começar a contar a estória de Kate, deixa eu explicar mais uma coisinha básica. Naquela época as mulheres não tinham direitos de sucessão. Quando o pai morria, se ele não deixasse um filho varão como herdeiro, o título e os bens atrelados a ele iriam para o parente “homem” mais próximo. Não importava quantas filhas o Sr ou Lord possuísse. Assim os casamentos eram arranjados de forma muito cuidadosa, com contrato pré-nupciais, protegendo o direito da futura esposa. O homem passava o título e tudo que fosse agregado a ele por sucessão, mas o que não estivesse atrelado poderia ser deixado em testamento. O casamento era um contrato e as famílias procuravam proteger suas filhas.

Glau, o que tem haver isso com a estória? Tem tudo haver. Pois após a fuga da mãe de Kate, o seu pai comete o suicídio e sem deixar herdeiros para o título passa o condado para parente distante. Por acaso, esse parente também havia morrido, mas por obra de milagre ou “safadeza” o defunto deixou um herdeiro... Foi safadeza mesmo, gente!

Kate Ducan passou toda a sua vida vivendo da “caridade” de Regina, mãe do herdeiro do condado de Doucast, Christopher. Ela é humilhada e tratada como uma empregada. Por todo o tempo em que viveu sob o jugo de Regina, sempre foi lembrada de estar ali por generosidade e teve jogado em sua cara a puta que sua mãe foi. Mas tudo começa a mudar quando ela vai para Londres, quando a megera decide casar sua filha Melissa com Marcus Pelham, conde de Stamford.

Sua fútil e maldosa prima Melissa decide que quer o libertino, orgulhoso e egoísta Marcus perdidamente apaixonado por ela. O que a cabecinha de vento faz? Compra uma porção do amor. É para matar de rir, não é? Eu achei até engraçado. Isso realmente aconteceu. Ela obriga Kate a dar a porção para o conde, mesmo a prima não aprovando aquela maluquice.

Kate em um momento de aborrecimento e para se safar de toda aquela confusão, acaba bebendo a porção. Ela se vê perdida nos corredores da mansão de Stamford e o vê em um ato de libertinagem com a sua madrasta Pamela. Você acha que ela fugiu? OH, não! A mulher já estava totalmente embriagada pela porção, ficou ali a admirar a cópula do casal, com o corpo queimando em brasa. Doidinha para... Abstrai, Glau... Abstrai. kkkk E qual foi o resultado disso? Foi parar na cama do conde. Pois, é? O conde, que já não estava nada animado com a possibilidade de casar, ficou totalmente doido pela ruivinha e fez de tudo para seduzi-la. Tanto que tentou, insistiu, instigou, bolinou e ameaçou... Nem foi preciso tanto, porque ela estava doidinha para... Foram noites e noites de paixão, sacanagem e muitos conflitos.

O livro contas estórias paralelas e mostra o lado perverso de Regina, que rouba descaradamente o dinheiro de Kate e da sua meia irmã Selena Bella. Como ela tenta desesperadamente empurrar a sua filha para o conde e o ódio que possui de Kate. Também temos as facetas da egoísta Melissa, que acha que sua beleza pode tudo e não se cansa de humilhar Kate. Isso é uma parte intrigante e atraente do livro, que dá mostras de que por trás do ódio de Regina por Kate existe algo a mais. Fazendo o leitor torcer para as duas nojentas de... F...  completamente. Kkkkk Como eu odeio os vilões. Às vezes tenho vontade de jogar uma bomba neles. Kkkk

Em contrapartida temos Christopher, o novo conde Doncaster, que é super gente boa e se vê enredado pela perigosa Pamela. A mulher fica totalmente louca por ele e ao descobrir sobre a tal porção do amor, acaba bebendo e ficando ainda mais doida. Além de ser uma cadela de primeira linha, maldosa, arrogante, presunçosa e só pensar no seu próprio umbigo, a bruxa safada acaba ferrando a vida de Kate, ao descobrir que ela anda dormindo com Marcus... Mas isso eu não vou contar. Kkkk Leia o livro!

No meio de toda essa confusão, Kate e Chistopher acabam conhecendo Selena Bella. Ela percebe que existe algo muito estranho, pelas condições precárias que a irmão vive. Foi colocada como tutora dos bens que a mãe deixou para a irmã, mas por não querer se envolver com moça deixou a administração com Regina. A primeira centelha de desconfiança se abre e Kate decide investigar. Chistopher por sua vez se vê perdidamente apaixonado pela moça e uma nova estória começa em paralelo. Agora imaginam a confusão? A autora fez uma trama tão complicada que consegue dá um nó na cabeça de quem lê. E para completar a quadrilha, aparece um barão falido, doido para abocanhar a fortuna de Melissa e se junta com Pamela para conseguir por as mãos no dinheiro.

Sabem qual o resultado dessa confusão toda? AHHH!! Eu não vou dizer!! Não conto mais nada! Kkk Podem me xingar, bater e me ameaçar. A única coisa que posso dizer é que esse é um romance histórico genuíno, cheio de nuances, bem sensual, que possui mistérios, muita paixão, mágoa, ressentimento e conflito de sentimentos. As personagens são super complexas e mesmo aquelas mais simples têm muito a acrescentar. Os vilões são terríveis e me deixaram com vontade de cometer um crime... A estória de amor em si é linda e envolvente, que excita completamente o leitor com as suas cenas eróticas. E no final as personagens têm exatamente o que merecem. Acho que foi isso que mais gostei!! Eu adoro castigos... Vingativa, eu? Imagina!

A palavra que usaria para definir esse livro é EXCITANTE.

Esse livro foi comprado em Portugal, pelo site da Wook.pt, Mas consegui achar com outro nome aqui no Brasil


Quem gosta de romances bem sensuais, a autora Cheryl holt é perfeita. Entrou na lista dos favoritos. Mal posso esperar por mais livros dela. Vou procurar alguns ebooks e deixo link na página de Dowload.


Sinopse

O Sedutor Mais Famoso de Londres

Kate Duncan concorda em ajudar a prima a conquistar um marido até que percebe que a jovem deseja usar uma suposta poção de amor para seduzir Marcus Pelham. Para provar que o elixir não passa de uma bebida sem qualquer efeito mágico, Kate bebe-o e vive o momento mais sensual da sua vida ao apanhar Marcus em plena sessão amorosa com outra mulher. Todos os nervos do corpo de Kate reagem ao observá-lo no meio das sombras, mas o despertar dos sentidos será uma consequência da poção ou do atraente homem? Felizmente, Marcus não repara que Kate o espia, ou pelo menos ela assim o pensa…

Encontra o Amor nos Braços de uma Única Mulher?

Na qualidade de conde de Stamford, Marcus tem a seus pés muitas mulheres. Contudo, nada o excitou tanto como a imagem de Kate a observá-lo. Marcus vai então tentar seduzir Kate e bebe, também ele, a poção. Contudo, o jogo assume contornos inesperados quando Marcus se vê verdadeiramente atraído pela inocente Kate. Ao ensinar-lhe a excitante arte da sedução, será que se apaixona perdidamente pela primeira vez? E será ele capaz de amar uma única mulher para o resto da vida?

domingo, 27 de novembro de 2011

Ímpeto




Ímpeto
Nora Robert

Amiguxas, esse foi o primeiro livro que li da Nora Robert e quando terminei entendi o motivo dela ser chamada de rainha dos romances. É um livro duplo e não consegui ler a segunda estória, por isso ficarei devendo para vocês.

O que acontece é que compro tantos livros que alguns acabam caindo no esquecimento. Essa semana eu comecei a arrumar minha estante no Skoob, assim procura livro para lá e procura livro para cá descobri, que deixei um monte sem ler na minha mesinha de cabeceira. Comecei a ler os novos e alguns ficaram esquecidos. Podem acreditar! Eu fiz isso! Mereço um puxão de orelhas.

Esse livro tem uma leitura muito rápida e a autora consegue fazer o leitor viajar. Se você tiver tempo e disposição consegue ler em algumas horas. Eu sei que sou suspeita, por ser fominha de livros, mas a narrativa é cativante e encantadora. Os personagens são carismáticos e a estória consegue prender o leitor de uma forma incrível.

Eu adoro autoras que conseguem descrever bem os ambientes, principalmente os externos, apresentando os fatores climáticos, as sensações e percepções dos cinco sentidos. E nesse aspecto o livro me agradou muito quanto a narrativa no lindo cenário grego. É claro que tenho que admitir que é uma estória básica e que muitos considerarão como fraca. A mocinha não sofre, sofre, sofre e chora, foge, é perseguida e tem um lindo mocinho para socorrê-la. Nada disso!! È uma estória simples e bem narrada a meu ver. Normalmente romances de banca de jornal são mais fracos, porém há autores e autores. Sendo assim não podemos desprezar o livro por sua trama ser simples e nem enaltecer por se de Nora Robert. O que precisa ser avaliado é o envolvimento do leitor na estória e nesse aspecto eu devo dizer que gostei do livro. Justamente por isso estou indicando.

Eu li esse livro há algum tempo e por isso não me aprofundarei muito nos comentários. Vou apenas expressar o que me lembro da estória. OK?

Rebecca Malone é o tipo de mulher que tem uma vida chata. Essa é a mais perfeita verdade. Eu me identifiquei muito com ela nas primeiras páginas do livro. Sabe o tipo de pessoa que vive para o estudo e depois para o trabalho? Bem, durante 24 anos da minha vida eu vivi exatamente dessa maneira. Por isso eu me identifiquei com a personagem. Ela não sai da linha, não faz nada errado, é super certinha e não tem vida social. Uma contadora bem sucedida, que após a morte da tia leva um choque de realidade e pensa: “Eu que estou fazendo da minha vida?” Então Rebecca simplesmente quer mudar, vende todos os seus bens, pede demissão e resolve viajar. Sem planos, sem pressa, sem destino, sem compromissos. Ela viverá apenas de momento e quando dinheiro acabar, voltará para a antiga rotina. Como eu queria ter coragem de fazer isso... Essa foi à atitude que mudou a sua vida. Uma coisa que qualquer pessoa pensaria ser loucura mudou os rumos da sua vida.

Na Grécia Rebecca conhece um lindo e encantador homem. Você acredita em amor a primeira vista? A autora descreve como atração física, encantamento e curiosidade, mas eu, como romântica incorrigível, vejo como amor a primeira vista e um toque do destino. Pode me chamar de louca. As minhas amigas me acham estranha. Mas comigo aconteceu assim e quando vejo a estória de Rebecca vejo como destino. Uma atitude, aparentemente insana, fez com que encontrasse o homem da sua vida.

Com Stephen Nickodemus  ela se sentiu outra pessoa, mais livre, corajosa, mulher e independente. Nos braços dele aprendeu o que era o amor e se doou sem pedir nada em troca, mesmo sabendo que era passageiro. Stephen por sua parte, um homem rico, bonito, experiente se viu atraído desde o primeiro momento por aquela misteriosa mulher. Mudou alguns de seus planos, adequou horários e se permitiu relaxar ao seu lado dessa encantadora mulher.

Como a estória é bem curta, não contarei mais sobre o livro. Vocês sabem a língua grande que tenho e se continuar a escrever perderá toda a graça. O que posso dizer que eu gostei muito da leitura e gostaria que a autora houvesse acrescentado um pouco mais. Havia muito mais a explorar na relação dos dois e poderia ser ainda melhor. Mesmo assim o livro merece toda a consideração e minha indicação.

A palavra que eu usuária para definir esse livro é ENCANTADOR.

Quando conseguir tempo para ler “O melhor dos meus erros” eu coloco as minhas impressões.

Sinopse:
Rebecca Malone decidiu que era hora de jogar fora tudo que fosse muito familiar, seguir seus impulsos e partir para a Grécia. Ela desejava viver uma aventura e conseguiria! Quando um homem estranho, porém sexy, a seduz, ela não resiste a dar asas a sua fantasia e começa a bancar o tipo de mulher sofisticada que certamente o atrairia. Porém, apaixonar-se por Stephen Nickodemus não estava em seus planos. Como ela poderia revelar sua verdadeira identidade para o homem que se tornara o dono de seu coração? E depois convencê-lo de que, mesmo assim, ela ainda era a mulher que ele amava?


Espero que gostem!

Bjus no core


sábado, 26 de novembro de 2011

Faz de conta que foi assim2





CAPÍTULO 1 - Abismo Social
JOÃO E MARIA
(Chico Buarque)


Agora eu era o herói


E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês

Agora eu era o rei


Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não


Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal


Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

(Anos atrás)



Edward Cullen nasceu em berço de ouro. Filho único de Carlisle Cullen,
o poderoso dono das Indústrias “Royal Sea”, no ramo de engenharia naval, teve
seu futuro traçado pelo pai antes mesmo de vir ao mundo.

Não havia ninguém em Londres que não conhecesse e temesse Carlisle Cullen.
Seu orgulho e sua maneira rude de tratar as pessoas eram compensados por sua
farta conta bancária, que lhe rendia um número extenso de amigos interesseiros,
que não se importavam em serem tratados com descaso pelo arrogante magnata.

Ao contrário do marido, Esme Masen Cullen era um doce de pessoa.
Nascida nos Estados Unidos, mudou-se para Londres quando se casou.
Era submissa e temia o gênio forte do marido, jamais o desobedecendo. Seu
filho Edward era a razão de sua vida. Carinhoso e gentil, era seu companheiro
nas infindáveis horas que passava sozinha em sua mansão.

Além de Edward, Esme contava também com a amizade de Renée, sua cozinheira e
amiga de infância. Quando Carlisle não estava em casa podiam conversar
normalmente, sem as barreiras sociais que as separavam, porém, perto do marido,
tinha de tratar a amiga como empregada e aquilo a fazia sofrer muito. Renée era
filha de Norma, a babá que a criara desde seu nascimento até sua ida para a
faculdade. Quando criança elas, que tinham a mesma idade, eram inseparáveis.

Quando se casou, Esme convidou a amiga, que era uma cozinheira de mão cheia,
para ir morar na sua nova casa na Inglaterra, acreditando que ela poderia conviver
normalmente com sua família. Mas não foi o que aconteceu...

As regras do marido com relação a empregados eram bem rígidas e Renée não
podia passar da porta da cozinha.

Quando Edward estava com dois anos e meio, Renée engravidou de um jardineiro
que não assumiu a criança e se demitiu, deixando-a sozinha. Esme a ajudou de
todas as formas possíveis, e sua filha, a quem deu o nome de Isabella, nasceu e
cresceu nas dependências de empregados.

Para não causar problemas ela mantinha a filha bem longe da vista da família
Cullen.

Esme via a vontade que Edward tinha de brincar com a pequena Bella, quando
se encontravam por acaso na cozinha, mas nunca deixava, com medo do marido
descobrir. Ele a puniria severamente se soubesse que seu herdeiro se
relacionava com empregados. Esme era uma mulher triste e sofrida, que tinha no
filho sua única razão para viver.

Edward nunca entendeu por que não podia brincar com aquela garota
loirinha de lindos olhos verdes. Eles eram quase da mesma idade, mas nunca se
falavam. Sempre que ele entrava na cozinha e ela estava lá, Renée a mandava
sair, quase a empurrando portaà fora. Às vezes seus olhos se cruzavam por
alguns segundos e a cada dia o brilho deles ia ficando mais intenso.

Certa tarde, quando estava com treze anos, Edward andava pelo jardim, ainda
chorando devido a uma repreensão que havia levado do pai por ter derrubado uma
taça de vinho na mesa, quando a encontrou, sentada debaixo de uma árvore,
brincando com um cachorrinho.

– Oi! – Cumprimentou-a pela primeira vez, tentando disfarçar o rosto molhado
pelas lágrimas.

– Desculpe-me, Sr. Cullen, já estou saindo. – Bella falou toda sem graça,
levantando-se para ir embora.

– Não vai não, fica aqui Isabella – pediu, chamando-a pelo nome.

– Sabe meu nome? – Ela perguntou envergonhada.

– Claro que sei. Sei também que tem dez anos e que é filha da Renée. Estou
certo?

– Sim.

– E você, sabe meu nome?

– Sei sim, Sr. Cullen, é Edward.

– Para de me chamar de Sr. Cullen, está fazendo eu me sentir como um velho –
brincou.

– Mas o senhor é patrão da minha mãe, tenho de respeitá-lo. Aliás, não
devíamos nem estar conversando. Se minha mãe nos vir ela me mata!

– Eu não gosto disso, queria poder ser seu amigo. – Edward desabafou,
indignado.

– Eu também, mas não posso e tenho de ir. Tchau Edward!

Bella saiu correndo, rindo alto por tê-lo chamado pelo nome pela primeira
vez.

Naquele dia seu ingênuo coração conheceu o amor. Ela passou a noite toda se
lembrando do verde intenso daqueles olhos e da voz doce que ele tinha.

Nos anos seguintes eles se viram pouco. Edward estudava cada vez mais e
quase não parava em casa. Nas férias a família Cullen sempre viajava para outros
países, e quando voltava ele já começava a estudar de novo.

Bella tinha de se contentar em espiá-lo pela fresta da porta da cozinha, que
lhe permitia ver parte da sala de jantar; ou escondida no jardim, na hora que
ele saía para a escola.

Edward também sentia falta do brilho daqueles olhos verdes, mas não lhe
sobrava muito tempo para procurá-la. Às vezes, pela janela de seu quarto, ele a
via no jardim, conversando com os empregados ou brincando com os cachorros. Ele
a achava cada dia mais linda. Encantava-se quando a via correndo com seus belos
cabelos loiros se movendo com o vento.

No auge de seus quinze anos, Edward muitas vezes sepegou pensando nela
enquanto se satisfazia no banheiro. Sentia-se envergonhado quando o fogo em seu
corpo se abrandava e sua mente retomava a razão. Não gostava de envolvê-la em
suas fantasias libidinosas.

Em seu aniversário de dezesseis anos, Carlisle e Esme fizeram uma festa na
mansão. Bella trabalhou exaustivamente, ajudando a mãe na cozinha, mas não foi
convidada a participar da festa.

Com treze anos, seu amor pelo patrãozinho já lhe tomava tanto o corpo quanto
a alma. Passava o dia suspirando apenas por tê-lo visto alguns segundos
enquanto entrava no carro para ir à escola. Ela o achava cada dia mais lindo.
Realmente Edward Cullen estava se tornando um belo rapaz.

Bella ficou na varanda de sua casa ouvindo a música da festa e enxugando as
lágrimas que insistiam em rolar por seu rosto. Achava tão injusto que não
pudesse estar lá junto dele, comemorando seu aniversário. Duvidava que houvesse
alguém ali, além de Esme, que o amasse tanto quanto ela o amava.

Edward estava detestando aquela festa. Não gostava das pessoas que estavam
ali. Sabia que a maioria delas também não gostava deles, mas estavam ali apenas
porque eram ricos e poderosos.

Sentia falta de seu “raio de sol”. Queria poder receber um abraço de
Isabella, queria que ela estivesse com ele.

Tinha muito medo do pai. Por vezes já tinha sido vítima da força de suas
mãos, mas resolveu se arriscar e, sem que ninguém o visse, encaminhou-se para a
área das casas dos empregados. Ficou sem saber o que fazer, pois não sabia qual
era a de Isabella.

Jonas, seu motorista, passou por ele e apenas indicou com o dedo uma delas,
dando-lhe uma piscada cúmplice. Edward não entendeu como ele podia saber que
procurava Isabella, mas o que Edward não sabia era que Jonas estava cansado de
vê-la escondida nos arbustos, com lágrimas nos olhos ao vê-lo entrar no carro e
que também já tinha visto por diversas vezes o jovem patrão olhando-a pela
janela, admirando-a correr pelo jardim.

O motorista sentia-se triste ao ver um amor tão puro não poder florescer por
causa do preconceito. Tinha muita pena daqueles dois.

Edward encaminhou-se para a casa indicada. Temia que Renée o visse. Com
certeza ela o mandaria de volta à festa. Foi quando escutou um choro baixinho.
Seguiu o som, pois a escuridão o impedia de ver de onde vinha.

Encontrou Bella sentada em uma cadeira de balanço, com o rosto entre as
mãos, chorando tristemente.

– O que foi que aconteceu, Isabella? – Perguntou baixinho, preocupado caso
alguém pudesse ouvi-lo.

Bella não acreditou que era ele quem estava ali na sua frente. Pensou se
tratar de um sonho ou de uma miragem.

Esticou o braço e tocou delicadamente sua face, certificando-se de que era
real.

Edward se deliciou com aquele toque macio. Sentir a mão pequena e dócil de
Isabella em seu rosto foi o melhor presente que recebera naquele aniversário.

– Por que está chorando? – Perguntou de novo, carinhosamente, sentando-se ao
seu lado.

– Não é nada. – Bella respondeu, envergonhada por ele tê-la visto chorando e
mais encabulada ainda por estar tão perto do amor de sua vida.

Edward levou seus dedos até sua face e secou-lhe as lágrimas.

– A única pessoa que eu queria que estivesse na minha festa era você –
confessou.

– Verdade? – Bella perguntou, querendo realmente acreditar que era
importante para ele.

– Deixei todos eles e estou aqui, não estou?

– Pois não devia. Seu pai vai ficar uma fera se souber. – Preocupou-se.

– Eu não agüento mais viver nesta casa, Isabella. Se não fosse por minha mãe
eu já teria ido embora. Quando completar dezoito anos irei embora para os
Estados Unidos e quero te levar comigo. Você viria?

Bella não acreditou no que acabara de ouvir. A felicidade tomou conta de seu
corpo, sufocando-a por alguns segundos.

– Eu iria com você até para o fim do mundo, Edward.

– Então me espera, Isabella. Daqui dois anos fugiremos desta maldita mansão
e suas convenções preconceituosas. Ninguém mais irá dizer o que podemos ou não
fazer.

Apesar da inconseqüência e infantilidade daquela promessa, o amor que unia
aqueles dois era verdadeiro e intenso, desconhecendo completamente o abismo
social que os separava.

Edward se aproximou lentamente de Bella e colou levemente seus lábios nos
dela. Era a primeira vez que beijava uma menina. Seu coração parecia que ia
pular do peito.

Bella pensou que desmaiaria. Os lábios doces e quentes de Edward estavam
pousados nos seus. Não sabia o que fazer, nunca tinha beijado.

Foi um selinho ingênuo e rápido, mas o suficiente para deixá-los em estado
de graça.

– Eu te amo, Isabella.

– Eu também te amo, Edward.

O barulho que veio de dentro da casa fez eles se separarem.

Já longe da varanda, Bella escutou um “me espera” cheio de amor e respondeu
baixinho um “vou esperar” cheio de esperança.

O amor os tomou de forma avassaladora. Continuaram se vendo pouco, mas
quando se encontravam, por mais breve que fosse, seus olhos se uniam da forma
mais apaixonada possível, transbordando o amor que sentiam um pelo outro.

Jonas, o motorista, os ajudava, levando e trazendo bilhetes e cartas de um
para o outro. Eram cartas que falavam da paixão que sentiam e do que fariam
quando fossem embora juntos para a América.

Bella queria morar numa casa na beira do mar, na Califórnia, e queria ter um
cachorro chamado Bud.

Edward queria que se casassem em uma igrejinha no alto de uma montanha e que
passassem a lua de mel na Itália.

Por um ano e meio eles namoraram por cartas, pois Bella não tinha
computador. Eram linhas e mais linhas que descreviam seus sonhos juvenis nos
mínimos detalhes.

Quanto mais cresciam, mas eram vigiados e menos se viam, mas isso não
impedia o amor deles de crescer e se fortalecer.

Faltavam cinco meses para Edward completar sua maioridade quando Renée teve
um enfarto fulminante e morreu no chão da cozinha.

Esme providenciou seu enterro com o coração dilacerado. Além da dor pela
perda da amiga, ainda sentia o remorso por ter respeitado as regras preconceituosas
do marido, tratando-a como uma simples serviçal. Talvez por isso tenha fincado
o pé diante do marido e insistido que iria ao funeral da amiga de qualquer
jeito.

Carlisle amava a esposa, mas ainda se irritava com seu jeito “americano” de
ser. Não entendia sua facilidade em se misturar com pessoas de níveis
inferiores ao seu. A tristeza que viu no rosto de Esme fez com que cedesse um
pouco e permitisse que ela e o filho fossem ao enterro de Renée. Ele
mesmo não iria de forma nenhuma. Consternar-se com a dor dos empregados era
algo que considerava um absurdo.

Edward ainda não tinha visto Isabella. Imaginava o quanto estava sofrendo. A
mãe era tudo o que ela tinha. Nos Estados Unidos tinham ficado apenas parentes
bem distantes, pois a avó Norma também já tinha morrido.

Assim que chegou ao cemitério a viu de mãos dadas com Brenda, a copeira. Seu
rosto estava coberto de lágrimas e dor.

Sua vontade era ficar ao seu lado, abraçá-la e dizer-lhe que ele não a
deixaria sozinha, mas não podia, ou melhor, não tinha coragem. Era um covarde,
constatou com pesar.

Bella ficou um pouco mais feliz quando o viu. Apesar de todo o sofrimento,
sabia que dentro de alguns meses estaria indo embora em seus braços, o amor da
sua vida. Longe de seus pais eles seriam felizes. Não temia ficar sozinha, pois
sabia que tinha Edward.

Quando o caixão da mãe desceu lentamente na cova, Bella se desesperou,
chorando de soluçar.

Edward não se conteve e foi para junto dela, segurar sua mão. Todos os
olhares se voltaram para eles. Naquele momento Esme compreendeu que algo muito
sério estava acontecendo. Precisava conversar com o filho urgentemente. Previa
que uma catástrofe estava para acontecer em sua família.

Quando voltaram para casa, Esme entrou no quarto do filho.

– Edward, querido, o que foi aquilo lá no cemitério? – Perguntou temerosa.

– Eu não vou mais esconder que amo Isabella, mãe. Nós vamos embora para os
Estados Unidos quando eu completar dezoito anos.

– Filho, pelo amor de Deus, isso é loucura. Seu pai nunca irá permitir isso.

– Eu não me importo com o que ele pensa mãe. Não agüento mais conviver com sua
ignorância. Eu e Bella nos amamos e vamos ficar juntos, quer queiram, quer não.

Esme não disse mais nada. Saiu do quarto transtornada. Sabia que o marido
faria de tudo para evitar aquele relacionamento. Seria uma vergonha para
Carlisle Cullen o filho fugir com a filha da empregada. Achou melhor conversar
com ele, afinal não poderia esconder de seu esposo os planos malucos do filho.

Carlisle ficou possesso quando soube. Culpou a mulher e por pouco não a
esbofeteou no rosto.

– Se as coisas chegaram a esse ponto é devido à promiscuidade social que
reina nesta casa, por culpa dos seus modos provincianos! - Bradou ele,
cheio de raiva.

Esme apenas chorava. Desde que se casara com ele, chorar era ao que mais
fazia.

Carlisle entrou no quarto de Edward decidido a bater no filho se fosse
preciso. Transformaria aquele imbecil num Cullen de verdade nem que fosse à
custa de muita surra.

– O que está sentindopor esta empregadinha, Edward? – Perguntou sem
paciência.

– Ela não é uma empregadinha, pai. É a garota por quem estou apaixonado e
com quem quero me casar.

Carlisle começou a gargalhar.

– Casar? Não seja idiota, garoto, acha mesmo que deixarei que se envolva com
uma qualquer?

– Não fale dela assim, pai. Respeite a memória de Renée que foi enterrada
esta tarde. Ela se chama Isabella e nasceu e foi criada aqui nesta casa.

– Se gosta dela e ela de você, deveria aproveitar para perder sua virgindade
com ela. Está passando da hora de se tornar homem. Já vai fazer dezoito anos!
Use e abuse dela o quanto quiser, depois tenho certeza que essa paixão irá
sumir. Vou arrumar uma noiva de seu nível para você.

Edward teve vontade de esmurrar o pai. Como ele poderia sugerir uma
barbaridade daquelas? Realmente ainda era virgem. Não tinha desejo por nenhuma
mulher além de Bella. Ia se guardar para quando se casassem, assim como ela o
esperava.

– Respeite a minha namorada, pai! – Falou de forma mais alterada.

Sentiu a palma da mão de seu pai estalar em seu rosto, fazendo a pele
queimar no local.

– Não se atreva a falar alto comigo, moleque. Enquanto viver sob o meu teto
e comer da minha comida me deve respeito.

– Então eu vou embora com Bella desta casa! – Edward ainda esfregava o rosto
para ver se a dor passava.

– Ah, vai? E vai viver do que? Do meu dinheiro é que não vai ser. Tudo o que
você tem é meu. Sairá desta casa apenas com a roupa do corpo! – Ameaçou.

– Deixa de ser romântico, Edward. A vida aí fora é dura, rapaz. Você está
acostumado a mordomias. Quero ver se estas mãos macias vão se acostumar ao
trabalho pesado. Quando for morar num apartamento mofado de duas peças e tiver
de andar a pé para sobrar dinheiro para comer, verá que esta história de amor é
só ilusão, meu filho. Você foi criado para ser meu sucessor, para mandar e ser
respeitado. Está deixando seus desejos de adolescente falar mais alto que sua
razão. O que você sente por esta garota é tesão!! Passe uma noite com ela e
verá que o amor que pensa sentir se acabará na manhã seguinte.

– Você não sabe o que está falando, pai. Eu amo Isabella!

– Pensa bem em tudo o que está disposto a abrir mão por ela, Edward. Pensa
bem se conseguirá viver com um salário miserável; se quer chegar em casa e
encontrar um bando de crianças sem futuro te olhando com cara de desprezo,
culpando-o pela vida sem perspectiva que levam; se quer ter uma mulher amarga e
mal cuidada ao seu lado, maldizendo a vida de privações que você dá a ela... É
isso que chama de amor, Edward? É isso que quer para seu futuro? Quer mesmo
ficar longe do tudo isso que o cerca? – O pai gritou, passando os olhos pelo imenso
quarto requintadamente decorado.

Carlisle deu um sorriso irônico para o filho e saiu do quarto, batendo a
porta com toda a força que pode.

Edward se deixou cair na cama, tonto com as palavras que acabara de ouvir.
Não podia negar que gostava do conforto que o dinheiro lhe dava. Suas aulas de
pólo eram uma de suas paixões. Seus cavalos de raça lhe davam muito orgulho.
Lembrou-se da Ferrari que o pai lhe prometera de aniversário de dezoito anos,
da faculdade em Oxford, das viagens de férias pelo mundo, do seu quarto todo
equipado com os mais modernos aparelhos eletrônicos... Era muita coisa para
abrir mão.

Ficou com medo de ter de arrumar um serviço braçal na América, afinal tinha
apenas o segundo grau. Se precisaria trabalhar para sustentar Bella, a faculdade
seria um sonho que teria de adiar.

Passou a noite praticamente em claro, remoendo as palavras do pai.

Bella passou a noite chorando. Voltar para casa sem a mãe foi mais dolorido
do que imaginava. A dor que sentia era tão forte que achava que não conseguiria
suportar. Tudo o que desejava era ter Edward a seu lado. Tinha apenas quinze
anos e já se via sozinha no mundo. Se não fosse a certeza de que era amada por
ele, seria capaz de cometer uma loucura.

Cinco meses passariam rápido e logo estariam indo embora daquela casa e
daquelas lembranças sofridas.

Edward acordou decidido. Não ia fazer nenhuma loucura por causa de um amor
juvenil. Amava muito Bella, isso era fato, mas não estava disposto a mudar toda
sua vida por esse amor. Não teve coragem de dizer isso a ela, então preferiu
manter-se afastado, fingindo estar muito ocupado.

Bella sentiu a falta do seu apoio naquele momento tão difícil de sua vida,
mas compreendeu que o episódio do cemitério deveria ter feito o cerco se fechar
mais ainda sobre ele.

No dia do aniversário de Edward não o viu, pois eles foram viajar logo cedo.
Suas coisas já estavam todas arrumadas para fugir com ele.

Nem mesmo um bilhete recebeu do amado. Começou a se preocupar. Sabia que
algo muito estranho estava acontecendo, mas confiava no amor de Edward.
Continuaria esperando...

Os Cullen foram para os Estados Unidos comemorarem os dezoito anos do filho
e fazerem sua matricula em Yale. Carlisle o queria o mais longe possível da
empregadinha. Um oceano para separá-los ainda parecia pouco para ele.

O coração de Edward estava apertado. Queria pelo menos ter se despedido de
Isabella, mas não teve coragem de assumir para ela que era um burguesinho
covarde.

Resolveu esquecer aquele amor impossível... Mas ainda descobriria que
impossível mesmo seria esquecer aquele amor...

Bella o esperou por semanas. Quando os pais de Edward voltaram e ele não,
ela compreendeu que o sonho tinha acabado. Chorou até que se sentisse seca por
dentro.

Um uniforme de arrumadeira lhe foi entregue. Foi informada que daquele dia
em diante ela prestaria serviço para os Cullen e seria remunerada por isso.

Bella resolveu que não moveria um dedo sequer para trabalhar para aqueles
malditos. Juntou tudo o que tinha, que era muito pouco, e decidiu ir embora sem
avisá-los. Até possuía uma poupança de vinte mil libras, que a mãe tinha
economizado para ela, mas só poderia sacá-la aos dezoito anos. Com pena, Brenda
entregou-lhe um envelope com setecentos e cinqüenta libras, dinheiro que
conseguiu arrecadar junto aos funcionários da casa. Todos amavam Bella e
concordavam que ali não era mais seu lugar.

Jonas arrumou um serviço de babá para ela na casa de seus antigos patrões,
onde poderia morar.

Bella deixou a mansão sem olhar para trás. Dentro do peito seu coração
estava morto.

Jurou nunca mais amar ninguém!

Glau
Quero agradecer em meu nome e em nome da Maria Bethânia pelos comentários. Não deixem de expressar a sua opinião. Essa fic é linda e merece toda consideração.
Eu ainda não fiz o cap de Para sempre. Estou tentando arrumar ânimo para escrever. Tentarei postar durante a semana.Só mais um pouco de paciência.
bjus no core