segunda-feira, 7 de novembro de 2011

No Quarto ao lado


No Quarto ao lado
Autora: Celeste Bradley

Gente, de uns meses para cá eu me vi fascinada por um tipo especial de leitura. Desde que li o primeiro livro da Julia Quinn, abandonei os sobrenaturais e passei a me focar nos romances históricos, da época da regência. E nessas minhas andanças eu conheci muitas autoras maravilhosas e a Celeste, sem dúvida, está na minha lista de tops.

Eu encontrei alguns livros dela no site Ler e Sonhar, que vende os antigos romances da Editora Nova Cultural, e comprei um monte deles. De todos que tem lá, só faltam dois na minha coleção. Por isso digo que é muito difícil escolher um para comentar. Ela tem uma trilogia chamada As noivas herdeiras, que eu simplesmente amo, e uma série com quatro livros chamada Four Royal. Daí vocês podem ter noção sobre a minha dúvida. Acho que um dia, talvez, comente todos eles. Sei que não será desperdício. Mas como tento passar um pouco de cada autora que gosto, tive que escolher um... A dúvida foi cruel. Pode acreditar. Assim eu decidir partilhar com vocês o livro No Quarto ao lado.

Esse é o segundo livro da série As noivas herdeiras, e para vocês entenderem um pouco terei que falar sobre o primeiro. Então vamos ao trabalho.

As três primas Deirdre, Phoeb e Sophie concorrem a uma herança. Para isso, no entanto, preciso encontrar um duque disponível e se casar com ele. No primeiro livro Phoeb se apaixona por Raph, que é irmão bastardo de Calder o marquês de  Brookmoor. Em alguns encontros e desencontros, que não narrarei aqui para não estragar uma possível dica, ela acaba noiva de Calder, um homem solitário, duro e frio. Ele é chamado pela sociedade pelo nome de “o monstro” devido as circunstancias adversas ocorridas na morte da sua primeira esposa. No final do livro, Calder case-se com Phoeb com uma procuração em nome de Raph. Isso é o bastante para a sociedade começar a falar ainda mais e espalhar boatos de que ele não consegue segurar suas mulheres. Afinal perdeu a esposa, para um amante, e a noiva, para o irmão.

Deirdre, ou Dee, é uma jovem que aparentemente é superficial e só ganha às pessoas pela beleza. Foi criada por uma mulher má, Tesa, e sabe ser manipuladora e até cruel quando quer. Ela é apaixonada por Calder desde adolescente e quando vê a chance de agarrá-lo, não deixa a oportunidade escapar. Vai lá e na maior cara de pau o pede em casamento. Ele, sem mesmo saber por que, acaba aceitando e se casa com a beldade.

Glau, o que tem demais nisso? OMG! Como esse livro pode ser interessante?

Calder é do tipo de homem que não sabe pedir. Ele é intransigente, duro, frio, obstinado e não sabe receber um não como resposta. O tipo de homem que jamais conseguiria conquistar o coração de uma mulher, pelo gênio temperamental. Mas no fundo ele só quer o que todo mundo quer... Amor. O problema que ele só dá ordens. É muito natural para um marquês que logo se tornará um duque. O problema é que Dee não é do tipo de mocinha chorona que se acovarda. No primeiro embate dos dois, ela só falta mandar ele enviar as coisas no... Isso mesmo! Ela o enfrenta de peito aberto e mostra a que veio. Seu lema é: “Eu não choro... Eu me vingo.”

No meio disso tudo tem Meg, ou Margareth, a filha de Calder que ninguém conhecia. Ele se casou para dar uma mãe para uma menina rebelde. A esposa e a filha em um primeiro momento travam um duelo de poder. Cada uma tenta mostrar sua força. Depois Dee vê que o que Meg precisa é do amor do pai. Ela é rejeitada por tudo o que sua mãe fez no passado e só quer chamar a atenção do homem. As duas se juntam e aprontam... Eu ri muito com algumas traquinagens delas. Dee parece até uma criança de seis anos quando começa a manipular para sacanear Calder. Ele se irrita profundamente e o que deveria ser um drama familiar, torna-se uma comédia. É claro que em alguns momentos tive vontade de chorar com Dee, Meg e também Calder. Mas em outros eu apenas ri. A Celeste tem uma mão de outro para comédia e Meg deu um toque especial à trama.

As personagens são fortes, carismáticas, divertidas, com gênio terrível e deliciosas de acompanhar. Até mesmo o mordomo e a aia de Dee têm o seu espaço de diversão na trama. E eu me envolvi com cada acontecimento do livro. Li primeiro em ebook, pois não tinha no site, e depois comprei para ler novamente, só para terem a noção.

É claro que existem forças ocultas nessa estória. Dee tem um admirador meio doido, que acha que ela foi forçada a casar pela madrasta má e ainda tem os advogados, que deveriam cuidar da herança, mas querem acabar com o casamento antes que Calder vire um Duque.

O livro é rico em detalhes, mostra bem a época e os costumes, a trama bem desenvolvida, tem um toque de sensualidade que faz você torcer para eles irem logo à consumação do casamento. Kkk Eu me vi angustiada com isso. Quando vai chegar? Quando finalmente vai acontecer? Kkkk Tipo criança na frente da TV, vendo novela, dizendo: beija, beija, beija... Mas Dee é geniosa e tranca a porta do quarto. Sabe quando a pessoa faz: Não dou! Não dou! Não dou!! Pois é... Que situação, heim? Ele só consegue quando a trata bem direitinho. Ali não rola: Eu sou seu dono e mando em você.

Bem gente, eu não vou dizer mais. Só acha que seria muito ruim se vocês não tivessem a oportunidade de ler. Para quem gosta de históricos, esse romance é perfeito, assim como os outros da Celeste.


Eu já li quase todos e sei que vocês ficarão viciadas se começarem a ler autoras desse gênero.

Sinopse

Um casamento de conveniência... Uma verdade inconveniente
Deirdre Cantor está decidida a ser a herdeira da vasta fortuna do avô. Tudo o que ela precisa fazer é casar-se com um duque... e ser a primeira neta a atravessar a nave nupcial. Assim, quando o candidato ideal aparece, depois de ter sido abandonado no altar, Deirdre dá um jeito de se tornar sua esposa, apesar dos rumores sobre o passado de seu pretendente. Logo, porém, o sonho de viver uma vida de luxo ao lado do atraente Calder Marbrook, marquês de Brookhaven e futuro duque de Brookmoor, é destruído quando Deirdre descobre seu chocante segredo. Sentindo-se traída, ela tenta se vingar do marido com um sedutor e perigoso jogo de gato e rato que ameaça levá-los aos píncaros da paixão. Mas a que custo? Calder está determinado a guardar seu segredo a sete chaves, e a fazer de sua linda esposa sua mulher de verdade. Mesmo que, para isso, tenha de conquistar o coração dela mais uma vez...


Trecho 1

“— Você se assusta com facilidade, srta. Cantor?
Sem desviar os olhos dos dele e nem recuar um único passo, ela respondeu:
— Acho que não.
Ele inclinou a cabeça, quase sussurrando ao seu ouvido:
— Todos têm medos.
O olhar de Deirdre desafiou o dele.
— Eu não me assusto... — ela afirmou, calma. — Eu me vingo.
Calder quase irrompeu em uma gargalhada. Ela não era nenhuma florzinha. Permaneceu imóvel, desafiando-a.”

Trecho 2
“— Calder! Preste atenção. Ele piscou várias vezes.
— Perdão. O que estava dizendo?
— Estava dizendo que amo você, que quero viver com você. Quero ser sua esposa, sua amiga, sua amante, a mãe de um filho seu... — Ela hesitou, mas depois completou:
— Mas só se você também me amar.
Calder sentiu a garganta travada. Tantas palavras de amor tinha a dizer, mas não sabia por onde começar. Seus sentimentos eram intensos demais para colocar em palavras!
Deirdre reconheceu a luta que se travava no íntimo do marido, e seus olhos se iluminaram de humor.
— Basta dizer "Eu amo você, Deirdre" — ela o incentivou.
Ele limpou a garganta.
— Eu amo você, Deirdre.
Calder sorriu, sem-graça. Tinha sido bem mais fácil do que ele imaginara.
— Eu a amo muito — reforçou, seguro.
As palavras, porém, eram muito simples, miúdas demais para englobar a profundidade do que ele desejava expressar.
Fez uma nova tentativa:
— Eu... você estava tão mal quando a encontrei na charneca... pensei que...
— Shhh... — Ela colocou os dedos nos lábios dele.
— Não tenha pressa. Teremos muito tempo para praticar. — Piscou para ele, reanimada, apesar de ainda abatida. — Anos possivelmente.
Anos. Era uma constatação maravilhosa. Teriam o resto da vida juntos. Era muito tempo para que pudessem se acertar.
Então, de súbito, Calder compreendeu exatamente o que mais precisava dizer a Deirdre. Tirou-a do colo e se ajoelhou no chão, diante dela.
— Estou em pedaços diante de você, mulher. Você acabou comigo. Todos os muros de minha vida desmoronaram e só restaram os escombros do meu orgulho.


ESPERO QUE GOSTEM!!

Bjus no core




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