quinta-feira, 5 de abril de 2012

Faz de conta que foi assim14

CAPÍTULO 13 – O Perigo Ronda
PELO TEMPO QUE DURAR
(Marisa Monte)



Nada vai permanecer

No estado em que está

Eu só penso em ver você

Eu só quero te encontrar

Geleiras vão derreter

Estrelas vão se apagar

E eu pensando em ter você

Pelo tempo que durar

Coisas vão se transformar

Para desaparecer

E eu pensando em ficar

A vida a te transcorrer

E eu pensando em passar

Pela vida com você

“Também acho uma delícia quando você esquece os olhos em cima dos meus.”
O mar foi o único a testemunhar a promessa que fizeram de serem um do outro naquela noite.
Edward beijou Bella de uma forma que não tinha beijado ainda. Tinha fome em seus lábios... Tinha fogo... Tinha um desejo incontrolável.
O percurso até o quarto durou uma eternidade.
O medo começou a tomar conta dela. Queria fazer amor com seu marido mais que qualquer coisa no mundo, mas não se sentia preparada para lhe dar prazer. Não sabia como agir, ou melhor, não se lembrava como agia antes...
– Edward, eu não sei o que fazer. – Bella falou baixinho quando entraram no quarto. Estava aflita.
– Não fique nervosa por causa disso, amor. Vamos deixar as coisas acontecerem naturalmente, sem pressa... Apenas se deixe levar pelas vontades do seu corpo. – Edward a acalmou, explicando carinhosamente, enquanto acariciava seu rosto.
– O meu corpo te quer... Assim como a minha alma.
Aquelas palavras fizeram o coração de Edward saltar no peito.
– Eu também te quero muito, Bella. Eu te amo além da razão. Você não imagina o que sou capaz de fazer em nome desse amor!
Bella não imaginava mesmo...
Edward levantou os braços de sua mulher e começou a retirar lentamente a blusa que cobria os seios que ele tanto ansiava em ver de novo.
Por baixo, um soutien de renda deixava a espera mais excitante ainda.
Os dedos de Edward acariciaram aquela pele alva e macia, que a cada toque arrepiava-se de prazer. Não demoraram a encontrarem o fecho. Em segundos seus olhos puderam finalmente se inebriar com a visão que tanto desejara.
Edward pegou Bella nos braços e a deitou na cama, pousando calmamente seu corpo sobre o dela.
– Você é tão linda que parece uma pintura, Bella! – Sussurrou.
Ela não sabia o que dizer. Estava tendo a experiência mais excitante de sua breve vida. Apenas sorriu timidamente.
“Você é mais lindo ainda!”, pensou.
Sentiu os lábios de Edward pousarem sobre os seus e depois descerem por sua mandíbula, pescoço, ombros... Até alcançarem seus seios.
Não sabia descrever a intensidade e magnitude daquele gesto. Apenas permitiu que os gemidos saíssem de sua garganta, como se fossem a trilha sonora perfeita para aquele momento.
A boca de Edward era gentil e sedenta ao mesmo tempo. Sua língua macia e úmida deixava um rastro de fogo e prazer por onde passava.
Bella contorceu-se, erguendo o corpo involuntariamente para mais perto daqueles lábios.
Edward retirou a camiseta que vestia e voltou a beijá-la, agora sentindo sua pele na dela, numa combinação perfeita do calor da luxúria com a frieza da timidez.
Com habilidade, desabotoou o short de Bella e o retirou sem dificuldades, deixando-a só de calcinha. Livrou-se de sua bermuda também, ficando apenas de boxer.
– Tudo bem com você, amor? Está sentindo-se tonta? – Perguntou, preocupando-se com sua respiração irregular.
– Eu estou bem, Edward... Muito bem...
...”Teu corpo combina com meu jeito,
Nós dois fomos feitos muito pra nós dois”...
Edward a abraçou ternamente, mais apaixonado do que nunca.
Fantasiara tê-la em sua cama por anos seguidos, mas agora percebia o quanto sua imaginação tinha sido aquém do que estava realmente acontecendo. Era simplesmente indescritível o tamanho de sua felicidade... E de seu desejo.
Seus beijos foram percorrendo um caminho que levava até o ventre de Bella.
Entre seus lábios e a vontade de sentir o gosto daquele sexo havia ainda a fina renda de sua calcinha. Edward tirou-a delicadamente, percebendo no olhar de Bella a ansiedade em saber aonde aquele gesto os levariam.
Bella foi sentindo os beijos de Edward descerem por seu corpo até chegarem abaixo de seu umbigo. A cada centímetro que ele se aproximava de meio de suas coxas, mais rápido seu coração batia e maior era o prazer que sentia.
Assistiu à última peça de roupa em seu corpo ser gentilmente retirada. Estava completamente nua diante do olhar deslumbrado de seu marido. Isso podia ser casual para ele, pensou, mas para ela era extremamente constrangedor.
Edward ficou admirando o corpo perfeito de sua amada e encarou-a a tempo de vê-la morder os lábios sensualmente, esperando o que estava para acontecer.
Seus olhos fixaram-se nos de Bella e as palavras foram desnecessárias.
Ela sabia o que ele queria... Ele sabia que ela queria...
Muito além de um simples fetiche masculino, sua boca tocou finalmente a intimidade de Bella, fazendo-a tremer por inteiro.
Edward deliciou-se ao ser inundado com o líquido dela. Era a prova de que Bella o queria, que estava pronta para recebê-lo. Os gemidos de sua esposa soavam como uma sinfonia em seus ouvidos.
Os olhos fechados de Bella faziam com que a sensação de estar flutuando nas nuvens parecesse mais real ainda. Pensou que sairia morta daquela experiência. A cada segundo que passava Edward se superava na capacidade de fazê-la extasiar-se de prazer.
Aos poucos foi relaxando e afastando as pernas, entregando-se sem pudores às carícias de seu esposo. Suas mãos agora afagavam convenientemente os cabelos de Edward, controlando e direcionando seus movimentos como se quisessem mantê-lo ali, impedindo-o de se afastar.
O gozo veio rápido e intenso. Tentou conter os gritos que saíam junto com seus gemidos, mas era impossível ter qualquer controle naquele momento.
Edward regressou com seus beijos pelo mesmo caminho que havia feito e encontrou a boca de Bella à sua espera, ofegando com o orgasmo que acabara de alcançar. Beijou-a com sofreguidão.
Havia um gosto diferente naquele beijo. Bella sabia o que era... Era o gosto de sua fome pelo corpo de Edward.
– Edward, – falou, ainda procurando forças e coragem suficiente para o que queria fazer – eu posso testar agora?
– Testar o quê, Bella. – Perguntou receoso. Edward sabia que tudo o que vinha de Bella era digno de preocupação.
– Se cabe...
– Cabe o quê? – Ela tinha conseguido alterar ainda mais seus batimentos cardíacos. Uma leve noção de onde ela queria chegar rondava seu cérebro.
– Eu quero fazer aquilo do filme em você. – Bella falou, sentando na cama, decidida.
O dinheiro não comprava apenas a felicidade, Edward pensou. Comprava também um camarote no paraíso, constatou.
– Amor, não preci...
Duas mãos geladas abaixaram sua boxer antes mesmo que conseguisse terminar a frase, expondo seu pênis completamente excitado.
– Bella, você não tem de fazer isso... Oh, Deus!!! – Edward gritou, fechando os olhos.
As palmas de suas mãos grudaram no colchão, ao lado de seu corpo, e por pouco seus dedos não arrancam parte da espuma.
Bella não tinha a mínima noção de como fazer aquilo, mas deixou seus instintos a guiarem. A dimensão que aquele membro ganhava olhando-o tão de perto assim a fez temer o que estava por vir. A cada gemido que Edward soltava ela ganhava mais confiança.
Sabendo que não se seguraria por mais tempo, Edward puxou Bella para cima segundos antes de ter o orgasmo mais intenso de toda a sua vida. Ainda que a luxúria tivesse lhe roubado grande parte da razão, não se sentiu à vontade em expor Bella a tanta devassidão.Gozar em sua boca estava fora de questão.
Bella assistiu encantada o marido gemer desmedidamente, entendendo que assim como ele, ela também o tinha levado ao ápice do prazer. Sentiu-se vitoriosa e sorriu de felicidade. Agora era o queria dentro dela.
– Você é encantadoramente louca, menina. – Edward falou sorrindo, amando o olhar sapeca no rosto da esposa.
– Louca por você...
– Sabia que se pode fazer o que fizemos um no outro ao mesmo tempo? – Edward sugeriu, cheio de malícia.
– Hum... Deve ser muito bom.
– Você não imagina o quanto...
Ele queria possuí-la naquele momento, mas precisava se limpar antes.
– Bella, espera aí que eu já volto. Por favor, não desmaie!
Assim que Edward levantou-se para ir ao banheiro, ouviu uma batida na porta. Resolveu ignorar, mas as batidas continuaram.
Pegou rapidamente uma toalha no banheiro e se limpou, vestindo seu roupão logo a seguir. As batidas insistentes estavam lhe tirando do sério. Quem tinha tido a infeliz idéia de incomodá-los àquela hora.
Ao abrir a porta deparou-se com Emmett branco como um fantasma.
– Cara, juro por tudo que é mais sagrado que não queria estar interrompendo vocês dois, até porque estava interessante ouví-los gritando, mas é que tem dois carros da polícia aí na frente e um dos policiais quer falar com você. Será que descobriram alguma coisa, Ed? – Emm perguntou cochichando, apavorado.
Edward o olhou com desespero, temendo o pior.
Bella cobriu o rosto com as mãos ao saber que tinham sido ouvidos. Então se lembrou preocupada das últimas palavras de Emmett.
– Vou me trocar e já estou descendo.
– O que aconteceu, Edward? – Bella quis saber assim que Edward aproximou da cama.
– Não sei amor, mas não se preocupe. Fique aqui que eu vou ver o que é.
Vestiu-se em segundos e desceu.
Um policial fardado o esperava na sala.
– Pois não? – Rogou para que sua voz não o traísse e demonstrasse seu medo e aflição.
– O senhor é Edward Cullen, o morador desta casa?
– Sou sim, por quê.
– Durante a ronda percebemos que havia um homem escondido em seu jardim. Quando o abordamos vimos que estava encapuzado e armado, mas infelizmente ele fugiu e ainda não conseguimos capturá-lo. Achamos esta mochila no local onde ele estava de tocaia.
– Meu Deus, não me informaram que havia perigo de ladrões nesta área! – Edward sentiu-se aliviado ao saber que tinha sido apenas de uma tentativa de roubo.
– Sr. Cullen, achamos que não se trata de um simples ladrão. Dentro da mochila encontramos balas de pistola, anotações de suas rotinas e esta foto. Pode me informar se sabe de quem se trata?
O homem entregou a fotografia e Edward ficou em choque quando viu que se tratava de um retrato de Bella. Percebeu na hora, pela roupa, que havia sido tirado antes do acidente.
– Esta foto é de minha esposa, Isabella Cullen.
– Sr. Cullen, existe algum motivo para alguém querer matá-la?
Edward teve de se sentar quando ouviu aquelas palavras.
Bella não aguentou ficar no quarto e se trocou, encontrando Emmet na escada enquanto descia. Ao ouvir o que o policial disse desesperou-se.
– ALGUÉM QUER ME MATAR?
Sentiu o sangue subir para sua cabeça e tudo ao seu redor foi escurecendo. Tinha algo sobre sua vida que Edward não havia lhe contado, pensou, enquanto se entregava à escuridão.
Emmett a pegou antes que caísse no chão.
– Bella! – Edward gritou, lamentando-se por ela ter ouvido sobre aquela suspeita.
– Quer que chamemos uma ambulância? – Perguntou o policial, assustado com o desmaio da mulher à sua frente.
– Não é necessário. Ela fez uma cirurgia para a retirada de uma bala no cérebro e está tendo esses desmaios desde então. Vou ligar para o médico dela e ver o que ele me aconselha. – Edward explicou-lhe.
– BALA? Ela levou um tiro? Quando? – Aquilo estava se transformando em um “caso” bem intrigante.
– Há dois meses, durante um assalto em New York – detalhou Edward. - Desde então ela perdeu a memória.
Com mais de cinco anos de experiência, o policial Martinez sabia que algo muito estranho estava acontecendo ali.
Emmett deitou Bella no sofá e ficou ao seu lado, segurando sua mão.
Edward não sabia o que fazer. Parecia que tinha pulado de um avião sem para-quedas. Estava desorientado.
– Sr. Cullen, vamos deixar uma viatura com um policial na frente da casa. Também continuaremos a fazer rondas pelas redondezas. Já temos uma equipe na captura do bandido. E só mais uma coisa... Aconselho o senhor a não sair da cidade. O delegado estará esperando-o na delegacia amanhã para conversarem melhor. Seria bom que eu estar enganado, mas parece-me que querem sua esposa morta.
Assim que o policial saiu, Edward se agachou ao lado de Bella e olhou apavorado para o amigo.
– Me diga, por favor, que isso não está acontecendo... – Edward implorou, enquanto esperava o Dr. Schneider atender o celular.
– Acho melhor ligar para Rose o mais rápido possível, Ed. Tenho a impressão que alguém do passado de Bella, voltou – Emm concluiu em choque.
– Alguém que sabe a verdade... – Edward completou.
"É possível amar e não ser feliz.
É possível ser feliz e não amar...
Mas amar e simultaneamente ser feliz;
isto seria milagre."
(Honoré de Balzac)

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