quarta-feira, 11 de abril de 2012

O destino7.1

Após eu e Quil sairmos do restaurante onde Leah estava dando seu showzinho, fomos até um cinema de rua que não ficava muito distante dali.

O cinema foi tranqüilo, eu e Quil assistimos o remake de O morro dos ventos uivantes, um filme antigo de 1939, o qual eu amava o livro, pois ele foi um presente de meu pai, ele me disse que era o livro preferido dele e de mamãe, e pra mim era muito especial.

Durante o cinema, Quil às vezes se aproximava de mim e tentava me beijar, mas eu sempre me esquivava ou inventava uma desculpa do tipo Eu quero prestar atenção no filme, mas acho que não “colava”, pois eu via nos olhos de Quil o ar de desapontamento.

Eu gostava de Quil, mas como amigo. Eu sabia certamente a quem meu coração pertencia, mas esse sentimento não era recíproco.

Após o termino da sessão, Quil me levou para casa. Estávamos em frente ao portão da mansão, olhando um para o outro sem saber o que fazer, foi então que Quil se aproximou, colocou sua mão esquerda em minha nuca amaciando meu cabelo, com a outra passou os dedos pela minha bochecha.

Ah meus Deus! Pensei. E agora?


 Renesmee! – ouvi uma voz gritar o meu nome da mansão. Rapidamente me soltei dos braços de Quil e olhei em direção a voz. Era mamãe, ela estava no meio do jardim, com sua inseparável colher de pau parecendo uma doida. Santa mãezinha, obrigada. Vou ficar te devendo uma. Pensei comigo.
– Sim, mamãe? – eu disse sem graça
– Preciso de você aqui. Quero que faça o jantar para seu pai, ele está cansado, e eu estou ocupada na cozinha dos Black.
– Ok. Já estou indo – eu disse. Então ela sumiu no enorme jardim da mansão. Virei para Quil que estava rindo. – Essa é minha mãe – eu disse dando os ombros e ele riu mais ainda – Bom, tchau. – eu disse me afastando.
– Espere! – gritou Quil e então eu olhei para ele – Tenho uma surpresa pra você!
– Surpresa... Pra mim? – perguntei confusa
– Sim. – disse ele se aproximando - Eu queria te levar pra jantar amanhã. Topa? – disse ele segurando minha mão
– Bom... – eu disse fazendo uma careta
– Ah! Vamos Renesmee? – disse ele fazendo biquinho.
– Tá, tá bom! – eu disse rindo – eu vou.
– Eba! – disse ele – te vejo as sete, no mesmo restaurante em Forks. Ok? – disse ele piscando e então seguiu até seu lindo Porshe azul e foi embora.

Cheguei em casa, arrumei o jantar de papai, não quis o acompanhar pois estava cheia. Depois de lavar a louça fui ao meu quarto e peguei uma tela em branco e comecei a pintar algo totalmente sem sentido, abstrato.
Bocejei.
Então decidi ir dormir, escovei meus dentes, quando estava voltando do banheiro encontrei mamãe:

– E então Renesmee – disse ela – Quando vai nos apresentar seu namoradinho?
– O-oque? – eu disse gaguejando e então me virei para encará-la. Ela parecia calma. Suspirei. E então papai apareceu na porta do quarto.
– Quem está namorando? – papai era tão avoado. Suspirei mais uma vez.
– Renesmee. – disse mamãe dando os ombros.
– E-eu não tô namorando mamãe. – eu disse.
– Ficando? Como vocês jovens dizem. – disse ela.
 NÃO mãe! Quil é apenas meu amigo.
– Ah, então o nome do meu genro é Quil – disse papai
– Pai! – eu disse o repreendendo e então ele riu e mamãe o acompanhou. – É impossível conversar com vocês viu? – eu disse me virando e indo
– É brincadeira Renesmee – mamãe disse – Ignore isso. Mas é serio, se você estiver com alguém, eu e seu pai queremos conhecer.
– Mãe... – eu disse bufando.
– Edward, pode ir... ér, ver se vai chover? – disse minha mãe
– O que? – perguntou papai confuso.
– Edward! – disse ela acenando com a cabeça para a porta como se eu não estivesse vendo.
– Ah! – disse ele e então ele se dirigiu a porta e saiu.

Então mamãe se virou pra mim e deu um suspiro.


– Não é a conversa, é? – perguntei pra ela.
– Dependendo do seu ponto de vista! – disse ela dando os ombros. Então, me pegou pelo braço e me levou ao meu quarto. Sentei-me na cama e ela pegou a cadeira da escrivaninha e a colocou em frente da cama e se sentou.
– Mamãe, eu já sei, tá? A gente já conversou isso há uns cinco anos atrás
 É só que há cinco anos atrás não existia esse tal Quil, nem Jacob e nem mais não sei quem...
– Peraí mãe! O que Jacob tem haver com essa história, ele tem namorada.
– Ah tanto faz Nesmee. Mas é serio meu anjo. Não quero que você perca sua adolescência como eu perdi a minha.
 Mãe... Eu não vou fazer isso. – ela ergueu a cabeça e me olhou confusa - Quer dizer, eu n-não...
– Eu não quero que você deixe de fazer nada Renesmee. Só quero que você se proteja. – disse ela com aquele tom de mãe, que só Bella Cullen sabia fazer.
– Tá certo. – eu disse bufando
– Renesmee – ela disse pegando meu rosto com suas mãos delicadas – É sério. Eu só quero o seu bem, quando você for mãe, vai entender o que eu digo.
– Ok – eu disse sorrindo
– Bom, eu vou indo – disse ela se levantando – Boa noite. – e então ela apagou a luz e eu me deitei na cama. Ela foi fechando a porta, mas hesitou – Olha, quando eu disse ser mãe, eu quis dizer no futuro, em um futuro bem distante...
 Tá, tá mãe. Eu entendi – eu disse rindo e então ela também riu e fechou a porta.

Fechei os olhos e rapidamente dormi.
Eu estava perdida, em um campo de flores no meio de uma floresta, tudo era escuro, até meu vestido se perdia no meio daquela escuridão. Sentia um vazio enorme em meu peito, era como se eu não existisse.
Fui caminhando pelo campo e então no horizonte vi duas figuras masculinas. Suas vestes eram claras, os rostos parecidos, mas o que cada um passava era diferente.
Foi então que cada um deu um passo à frente. Então, vi que os dois homens na verdade eram Quil e Jacob. Os dois sorriram a me ver e eu retribui.
Fiz um sinal com a mão para que os dois se aproximassem, mas eles negaram com a cabeça.

Escolha um. Disse uma voz na minha cabeça.

Como assim? Escolher um?

Anda! Disse a voz.

Não posso fazer isso.

Escolha um, agora! Sacudi minha cabeça tentando tirar essa voz da minha cabeça.

Então, segui para falar com Quil, foi então que olhei para o rosto de Jake, ele estava desapontado, troquei minha rota, decidi ir até Jacob. Ele sorriu, aquele sorriso que iluminava a vida de qualquer um.
Então, quando me aproximei dele ouvi uma voz: Jakezinho! Disse uma voz feminina de longe. Então, no meio da escuridão surgiu uma linda mulher de vermelho.
A feição era igual de Jacob e Quil, então ela se aproximou de mim e Jake. Sua barriga estava enorme, como de uma grávida, ela se aproximou mais e vi que era ela, Leah.
Quando ela chegou perto, pegou uma das mãos de Jacob e passou por sua barriga e disse:

Viemos buscar o papai não é little Jake? Olhei para o rosto de Jacob e ele olhava encantado para Leah e sua enorme barriga. Então, Leah foi o puxando e ele a acompanhava, olhando feito um bobo para ela e então os dois sumiram na escuridão do jardim.
Então me virei e vi Quil que ainda estava ali, ele se aproximou me pegou em seus braços e sussurrou em meu ouvido: Me beije Renesmee!
Soltei um grito alto e abafado e então pude ver que eu estava sonhando. Rapidamente meus pais entraram no quarto:

– O-oque? – perguntou meu pai com um taco de beisebol nas mãos – O que houve Renesmee?
 O que aconteceu bebê? – perguntou minha mãe sentando na cama e pegando minhas mãos. Eu olhava assustada papai com o taco de beisebol e então ela seguiu meu olhar e bufou – Edward some com esse taco daqui, tá assustando a menina. – então papai rapidamente saiu do quarto. E então comecei a chorar. – O que houve Renesmee?
– N-nada – eu disse gaguejando – Foi só um pesadelo. – então eu me inclinei e encostei minha cabeça em seu colo.
– Está tudo bem bebê? – perguntou ela afagando-me meus cabelos delicadamente.
 Sim mamãe, estou – eu disse limpando meu rosto.
– Quer café? – perguntou ela se levantando e então me sentei na cama.
– Que horas são?
– Sete. – disse ela já na porta - vou fazer café para o seu pai depois vou à mansão.
– Não obrigada. Vou tentar dormir mais um pouquinho.
– Ok. – disse ela – Beijos bebê – disse ela e então me mandou um beijo e saiu do quarto.

Deitei-me na cama e tentei dormir, mas era impossível. Aquele sonho revirava minha mente várias e várias vezes.
Depois de algumas horas deitada em minha cama pensando, decidi me levantar, olhei para o relógio a cima do criado mudo eram dez horas.
Fui tomar café e depois voltei ao meu quarto, peguei meu Ipod e comecei a ouvir algumas músicas. Então, quando estava ouvindo Carry on my wayward sondo Kansas o telefone de casa tocou.

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