quarta-feira, 11 de abril de 2012

O destino7.2

Pensei que alguém iria atender, mas não. O telefone tocou várias vezes, sai do quarto e fui na sala e peguei o telefone:


– 
Alô?
– Por favor, Renesmee Cullen está? – era uma voz conhecida, feminina.
– É ela.

– Renesmee!  a mulher soltou um gritinho. Não era uma mulher era...

– Claire! – eu gritei – Dá pra parar de gritar, por favor? Meu ouvido não é pinico.


– Desculpa amiga. – disse ela rindo – Por que não atendeu o celular, estou tentando falar com você há horas, nem sabia o telefone da sua casa e então tive que pedir para o Nahuel.
– Não sabia o telefone de casa?
 Ah Renesmee a gente sempre se falou por celular! – disse ela bufando.
– Tá. Ok. Eu não atendi por que estava ouvindo músicas.
– Ah sim. Entendi. – disse ela
– Então sumida. Como foi o lance com Seth? – eu disse
– Ah nem me fale dele. Seth é do tipo que só fica. Disse que ia me ligar, mas nem me ligou. – disse ela com a voz cabisbaixa.
– Sinto muito. – eu disse
– Ah que nada– disse ela, pelo que conheço Claire, ela deve ter dado os ombros – Já estou conformada. – ela riu do outro lado da linha – Mas e você?
– O que tem eu? – eu disse indiferente.
– Não te vi mais depois da festa, tive que ir embora pra casa. E aí ficou com alguém? – disse ela rindo. Claire sabia que eu nunca tinha beijado alguém. E adorava tirar uma “onda” comigo.
– N-não. – eu disse rápido. Rápido demais.
– Renesmee? – disse ela em tom de reprovação.
 Que? – eu disse
– Eu sou sua melhor amiga. Eu te conheço, você está me escondendo algo.
– Tá, Claire. – eu disse e ela começou a rir toda empolgada. Olhei ao redor da casa pra ver se tinha alguém ali, a casa estava vazia, então corri com o telefone sem fio pra meu quarto, tranquei a porta - Eu beijei um carinha.
– Quem? Quem? – perguntou ela toda empolgada. – Ain! Meu bebê cresceu!


Claire era igual minha mãe, adorava me chamar de bebê. E eu por outro lado, odiava.

– Ah Claire, para com isso.
– Tá tudo bem. – disse ela dando um risinho. - E aí quem é? Não me diga que é... – ela suspirou – Oh! Jacob Black! Ahhh! – ela gritou
– Claire! – eu gritei – Para de dar seus gritinhos histéricos, eu vou ficar surda. E não.
– Não o que?
– Não foi Jacob que eu beijei.
– Então, que foi pela santidade do papa! – oque o papa tinha a ver com isso?
– Foi o primo dele, Quil Ateara. – eu disse por fim.
– Primo dele? Renesmee Carlie Cullen, você se drogou? – perguntou ela histérica.
– Claire! – eu disse a repreendendo. – Mas respeito. Eu não me droguei nada, tá?
– Então como uma garota em sã consciência beija o primo do garoto o qual ela está apaixonada– ela disse incrédula.
– Quem te disse que eu estou apaixonada por ele? – eu disse indiferente.
 Minha avó – ela disse debochada. Suspirou e então disse – Ah Renesmee confessa, você gosta do Jacob.
– Eu gosto Claire, mas que diferença faz?
– Toda. Por que não se declara pra ele? – ela disse
– Falar é fácil, difícil é que são elas.
– Ah Renesmee, por favor, né?
– Por favor, nada Claire. Queria ver se você iria se declarar para o Nahuel! – eu rebati
– Ah, aí é diferente! – Claire disse
– Não há nada de diferente! – eu disse – Eu vou desligar.
– Não vai ficar com raiva de mim, não é?
– Claro que não Claire. – eu disse suspirando.
– Tchau.
– Tchau.

Desliguei o telefone. E então me joguei em minha cama tentando colocar meus pensamentos no lugar.
O dia passou rápido, olhei no relógio já eram seis horas. E eu precisava me arrumar, pois, daqui uma hora eu sairia com Quil. Escolhi o vestido mais lindo que eu encontrei em meu armário.
Escolhi um vestido um vestido rosa que tia Alice tinha dado a mim na temporada que passou em Forks, ela disse que o vestido tinha sido encomendado por uma baronesa francesa, mas ela não o quis.
Então ela colocou os olhos nele e pensou em mim, em sua sobrinha favorita, como ela mesma diz o que faz muito sentido por que eu sou a única sobrinha dela.
Após tomar uma ducha, coloquei meu vestido, me sentei na cadeira à frente do espelho da minha mesinha.
Comecei a maquiagem pela sombra, usei uma bem clarinha que combinasse com o tom do vestido, depois passei o lápis, o rímel, um pouquinho de blush e depois o gloss.
Então abri meu porta joias para pegar meus brincos, foi então que o vi. O colar com o pingente de lobo que Jacob havia me dado anos atrás.
O peguei, passando os dedos sobre ele, o alisando. Decidi então usa-lo, pois eu prometi a mim usá-lo apenas em ocasiões especiais, e acredito eu, um jantar com Quil Ateara era pra lá de especial.
Passei o colar pelo meu pescoço, procurando ajeitar a fenda. Então, quando terminei de colocá-lo, me virei e tomei um susto:

– Jacob! – gritei colocando a mão em meu peito, sentindo meu coração disparar, fechei os olhos procurando relaxar. Jacob estava parado na porta de meu quarto me observando. –Tá doido?
– Desculpe – disse ele rindo. E então entrou no quarto e se sentou na cama. Virei à cadeira para encará-lo e sorri.
– Tá perdoado. – eu disse– Então, o que leva o senhor Black, a minha humilde residência?
– Ah, nada – disse ele suspirando e dando os ombros. Então não pude segurar um risinho. Jacob Black veio a minha casa pra nada. Eu só podia rir. Então passei a mão sobre o cabelo que estava em meu colo.

Então rapidamente o olhar de Jake foi para meu pescoço, ele olhava feito um bobo meu pescoço.

– O que foi Jake? – perguntei confusa
– Você ainda o tem – disse ele tocando meu pescoço, então percebi que ele se referia ao colar. Então passei meus olhos sobre ele e sorri.
 Claro que tenho, é muito especial pra mim. – eu disse, então coloquei a mão no colar, então pude perceber que a mão de Jacob já estava lá, senti meu corpo tremer e então rapidamente a tirei de lá.
– Mas eu nunca o vi com você, desde que cheguei. – ele disse num pigarreio.
– É que eu só uso em ocasiões especiais. – eu disse jogando meu cabelo para o lado, rindo.
– Ah! – ele suspirou.

Então, eu e Jake ficamos em silêncio. Nos olhando. Quando eu não aguentava mais, dei um suspiro e falei:


– Sabe, eu estava lembrando.
– Lembrando do que?– perguntou ele.
– Lembrando da nossa infância.
– É, era demais.
– Lembra quando eu, você e sua mãe acampamos na praia? – eu disse rindo.
– Lembro. Minha mãe não contou pra ninguém, aí todos ficaram loucos procurando, até chamaram seu avô Charlie e ele convocou a delegacia de Forks e La Push atrás de nós. E quando viram, estávamos nós na praia. – ele disse caindo na gargalhada.
– Sua mãe era uma criança, adulta – eu disse sorrindo.

– Eu sinto falta dela – ele abaixou a cabeça, seu olhar era triste, estendi minha mão para pegar a dele e ele aceitou.
– Todos nós sentimos. – eu disse.
– Lembra que ela dizia que nós íamos nos casar? – ele disse sorrindo.
– Lógico que lembro – eu disse - e eu até prometi a ela se eu tivesse uma filha o nome dela seria Sarah.
– E eu dizia que não ia me casar de jeito nenhum. – ele disse sorrindo e então também sorri. Então, do nada ele parou de rir e ficou sério. – Você era tão pequena, que minha mãe dizia que você era uma boneca, pra eu tomar cuidado pra não te machucar.
– Ah – então senti meu rosto corar.– Sua mãe era um anjo, Jacob. – eu disse sem graça então abaixei a cabeça.
– E ela tinha razão. – então levantei a cabeça, o encarando.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, ele aproximava seu rosto do meu. Colocou sua mão em minha bochecha, então rapidamente colou seus lábios nos meus.
Eu podia sentir sua língua sedenta dentro da minha, explorando todo minha boca. Ele apertava seus braços em minha cintura alisando-a.
Eu não podia acreditar, eu estava o beijando. Eu estava beijando Jacob Black. Era meu segundo beijo, mas o que eu sentia era a tal magia do primeiro. Eu podia dizer que era o meu primeiro, segundo beijo.

Foi então que eu senti a realidade bater em minha porta, o que eu estava fazendo? Eu estava prestes a sair com Quil e eu estava beijando Jacob? Isso era errado. Rapidamente me afastei de Jake. Ele me olhava confuso.


– Jake! – eu disse ofegante – E-eu...
– Você? – perguntou ofegante também.
– Tô atrasada. – Sai de perto de Jacob e fui até a frente do espelho arrumar meu cabelo que estava todo amassado.
– Atrasada pra quê? – perguntou confuso.
– Para o jantar. Com Quil. – disse por fim.

Então peguei minha bolsa que estava em cima da cama e sai do quarto, Jacob veio atrás de mim:


– Você vai jantar com Quil? – perguntou ele indiferente quando disse o nome de Quil. Então parei e me virei para encará-lo.
– Sim. Algum problema? – Sim, sim. Diz que tem algum problema. Pensei.
– Não. Nenhum. – disse ele dando os ombros
– Então... Tchau! – eu disse acenando pra ele e seguindo pelo jardim até o portão.

Então pude ver que ele ainda estava atrás de mim, me seguindo.

– Renesmee! – gritou ele
– Sim? – perguntei me virando
– Posso te levar? – perguntou ele.
– Claro. – disse dando os ombros.

Então eu e Jacob seguimos até a garagem da mansão, ele pegou o carro e seguimos pelas estradas de La Push. Jacob permanecia quieto, seu corpo rígido, parecia tenso, mal olhava pra mim. Foi então que no meio do caminho, havia duas entradas pra outras duas estradas, uma levava para Forks e outra para uma praia deserta em La Push onde dona Sarah costumada levar eu e Jacob, então eu fui surpreendida. Jacob girou o volante com tudo levando o carro para a estrada pra praia:

– Jacob? – perguntei incrédula olhando pra ele. Mas ele permanecia rígido e quieto. –O que você pensa que esta fazendo? – sacudi ele – Jacob! – gritei mais uma vez. - Eu vou me atrasar pro jantar com Quil... – eu disse, mas fui interrompida
– Antes eu preciso falar uma coisa com você. Depois que eu falar, se você quiser, eu te levo de volta – disse ele serio.
– Mas...
– Espera Renesmee, por favor. – disse ele

Permaneci quieta até chegarmos à praia. Jacob saiu do carro, ainda com sua expressão séria e quieto. Deu a volta e abriu a porta pra mim.
Após eu ter saído, Jacob começou a caminhar pela areia sem rumo algum e eu ia atrás dele. Eu queria explicações para ele ter feito aquilo, mas ele não falava nada, e isso estava me deixando irritada, então parei de seguí-lo e fiquei parada no meio da praia.

– Olha aqui Jacob Black! – gritei e então ele parou de caminhar e se virou para me encarar – Não sei o que você está planejando, mas eu não sou uma irresponsável que nem você, por isso me leve agora pra Forks! – ele não falou nada e veio marchando até mim. Quando ele estava próximo o bastante, eu pude ver que seus olhos estavam embargados, seu olhar era triste e deprimido, ele me olhava de um jeito na qual nunca me olhou. – Anda Jacob eu estou cansada e... – comecei a falar foi então que ele pegou em meu braço esquerdo e me olhou nos olhos.
– Dá pra você parar de tagarelar e me escutar? – disse ele sério. - eu preciso te falar algo mais não sei como dizer e você não tá me ajudando! - ele disse e eu fiquei mais confusa ainda - então cala a boca e me escuta ok?

 Jacob... – eu disse, mas antes ele me interrompeu.

– Olha, será que você não vê que eu estou atrás de você o tempo todo?– ele perguntou impaciente, eu continuei calada - é só com você que eu posso ser eu mesmo, não preciso fingir, quando estou com você, fico mais perto de quem eu realmente sou. O Jacob brincalhão e descontraído, com você é fácil como respirar...Eu sinto por você algo que não sinto com mais ninguém, quantas vezes me pego sorrindo enquanto penso em você, pareço até um bobão e...

– Cala a boca Jacob– eu gritei e ele arregalou os olhos - você não parece um bobão, você é um bobão – eu disse, suspirando para tentar continuar - você nem percebeu que eu sinto o mesmo por você! - Então Jacob passou sua mão por minha cintura, colando nossos corpos um no outro e me beijou.


Nossas línguas estavam cedentas uma pela outra, como se meu sentimento por Jacob tivesse triplicado depois dele tagarelar tanto. Ele explorava cada pedacinho da minha boca com sua língua, eu tentava corresponder com o mesmo ápice, sentindo sua boca quente e macia na minha.

Suas mãos subiam e desciam pelas minhas costas, me causando arrepios em todo o corpo, que deixavam minhas pernas moles. Tão moles que quando eu percebi, minhas costas já tinham tocado a areia da praia, Jacob estava por cima de mim.

Ele desceu seus lábios e me deu um beijo quente no pescoço, quase perdi meus sentidos, então voltou a minha boca, enquanto suas mãos subiam e descia por cima do pano do vestido, enquanto acariciava minha cintura.

Quebramos o beijo ofegantes por ar, Jacob deitou ao meu lado virando a cabeça enquanto nos olhávamos nos olhos um do outro, eu nem acredito que aquilo tinha mesmo acontecido, ele tinha se declarado. Ele gostava mesmo de mim!

– Eu teria te raptado antes se soubesse que essa ía ser a sua reação– disse Jacob brincalhão e eu rolei os olhos - Eaí, quer que eu te leve para o jantar agora?

– Nem sonhando– eu disse, me virando para beijá-lo novamente.

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