quinta-feira, 5 de julho de 2012

Faz de conta que foi assim Epilogo


CAPÍTULO FINAL – E o amor venceu...
DIA BRANCO
(Geraldo Azevedo)
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...



Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...

Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...

Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Oh! oh! oh...

Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo

Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...

Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair

Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...

E nesse dia branco
Se branco ele for
Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor...

Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo

Comigo, comigo.
Edward deixou Matthew brincando com Esme e subiu para seu antigo quarto, que agora tinha sido transformado pela mãe numa suntuosa suíte de casal.
A avó coruja também não tinha poupado gastos no quarto do neto, que ficava conjugado ao dos pais, com uma porta entre eles para garantir-lhes privacidade.
E era com essa privacidade que Edward contava enquanto subia as escadas, esperando poder ficar um tempo sozinho com Bella, antes que os amigos chegassem e eles não tivessem mais paz.
O barulho do chuveiro denunciou que ela estava no banho. Edward despiu-se e entrou no banheiro, deparando-se com a visão extasiante da água escorrendo pelas curvas perfeitas do corpo de Bella, que nem se atentara para sua chegada, pois estava de costas para a porta.
Edward ficou admirando-a por um tempo. A gravidez não tinha lhe causado nenhum dano, muito pelo contrário, achava que ela agora estava mais bonita ainda.
– Posso te fazer companhia? – Perguntou, sorrindo torto.
Bella se virou assustada, deparando-se com Edward já a seu lado. Seus olhos passearam pela beleza deslumbrante do corpo dele, que já mostrava explicitamente suas reais intenções.
– Hum... – Falou, mordendo os lábios e olhando-o maliciosamente. – Com essa animação toda, não tem como recusar seu pedido.
– Meu Deus, estou me sentindo um objeto sexual. – Edward disse brincando.
– Então vem cá que eu vou te usar do jeito que eu quiser...
Bella passou os braços em volta do pescoço dele e o beijou avidamente, mostrando todo o fogo que ele despertava nela.
Com as pernas em volta da cintura de Edward e sentindo suas mãos firmes segurá-la pelas coxas, Bella gemeu ao sentir o membro dele a penetrar. Mesmo depois de já terem feito sexo mais de uma centena de vezes, ser possuída por aquele homem a deixava em êxtase. A mistura de doçura, força e habilidade com que Edward fazia amor com ela era indescritível e alucinante. O orgasmo foi intenso como sempre, mas desta vez ela se conteve mais, preocupada que os sogros pudessem ouvi-la.
A cada vez que Edward entrava e saía de dentro de Bella ele percebia o quanto seu amor e desejo por ela aumentavam cada vez mais. A sensação que ela o fazia sentir era única e intensa, como jamais imaginou existir antes de tê-la em seus braços como mulher.
Beijaram-se com paixão depois de satisfeitos.
– Sabia que eu sou loucamente apaixonado por você? – Edward sussurrou quase sem fôlego no ouvido de Bella, enquanto beijava seu pescoço. Adorava fazer-lhe carinhos depois que se amavam.
– Eu sei disso, amor. Também te amo assim.
De volta ao quarto, vestiram-se para esperar a chegada dos amigos.
Bella abriu a porta do quarto de Matthew e viu Esme perto do berço, olhando ternamente para o neto enquanto ele dormia com o dedinho na boca.
– Ele mamou depois dormiu – falou baixinho.
– Obrigada por ter cuidado dele.
– É um prazer ficar com ele, Bella. Matthew é a coisinha mais linda do mundo. Nunca imaginei que ter um neto fosse tão bom.
– Matthew tem sorte por ter avós tão carinhosos quanto você e Carlisle.
– Obrigada, querida. Eu agradeço a Deus todos os dias por você fazer parte desta família. Você trouxe só coisas boas para nós, Bella. E se não bastassem as lições que nos ensinou, ainda nos deu o pequeno Matthew, que é a maior alegria de nossas vidas.
Bella respondeu sorrindo timidamente.
– Vá curtir seu marido que eu fico aqui corujando desse bebê fofo. Estava com tanta saudade dele! Se você não se importar, não sairei de perto do meu neto um segundo sequer.
Edward entrou no quarto a tempo de ouvir a última frase da mãe.
– Parece que eu estou com ciúmes... – Brincou, fazendo cara de carente para a mãe.
Esme o abraçou e sorriu.
– Eu te amo também, meu bebê grande. E põe grande nisso!! – Falou rindo, levantando o braço todo para alcançar a cabeça do filho.
– Você é que é baixinha. – Edward disse carinhosamente, beijando a testa da mãe.
A relação dele com os pais tinha se estreitado muito depois da visita deles. Viviam em harmonia desde então.
Edward levou Bella para passear no jardim e sentaram-se sob a mesma árvore onde se encontraram e conversaram pela primeira vez. Sem deixar transparecer suas lembranças, ela ouviu ele contar novamente como tinha sido o encontro deles.
– Eu ainda me lembro do sorriso que você me deu quando me chamou de “Edward”. – Ele falou, um pouco emocionado.
– Você era meu patrão e agora é meu esposo.
– Poderia ter sido tudo tão mais fácil se tivéssemos sido apenas duas crianças normais, sem rótulos nem hierarquias.
– Foi como devia ter sido, Edward. Se tivesse de passar por tudo novamente para chegar até o dia de hoje, eu passaria. O que vivemos nos tornou quem somos hoje e fez os laços que nos unem mais fortes. Nosso amor cresceu e se fortaleceu com o sofrimento.
– Eu também me orgulho muito do quanto nos esforçamos e nos dedicamos para estarmos juntos hoje. Matthew e essa felicidade que estamos sentindo são a compensação perfeita por tudo que passamos.
– Um simples sorrisinho daquele gorduchinho faz tudo parecer insignificante. – Bella falou rindo, com o coração transbordando de amor pelo filho.
– Faz mesmo...
Logo após o almoço os convidado chegaram. Emmet, Jasper, Alice, Jake e Leah estavam super empolgados e ansiosos com o evento que aconteceria no dia seguinte. Alice era a mais agitada. Tinha ajudado Bella em todos os preparativos, principalmente na escolha do vestido de noiva e das damas, que seriam ela e Leah.
Jasper soube que seria pai poucos dias antes de viajarem para a Inglaterra. Estava eufórico. A notícia tinha deixado melhor ainda o clima de festa que antecedia o casamento.
Apenas os noivos, Matthew, sete convidados e o padre participariam da cerimônia. Alguém poderia pensar que era pouca gente, mas não era... Estariam naquela pequena igrejinha pessoas que de alguma forma tinham sido tocados e transformados pela força do amor de Bella e Edward. Pessoas que sofreram com eles, que os ajudaram, que aprenderam com eles e, melhor ainda, que se importavam e se alegravam com a felicidade do casal. Haveria uma quantidade infinda de amor naquele templo, e isso é que importava.
Na madrugada seguinte voaram para a Itália. Carlisle tinha alugado uma casa para se hospedarem, perto de onde seria o casamento.
...”E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude”.
(Vinícius de Moraes)
Às nove horas Bella atravessou o pequeno corredor entre os bancos que a levaria até o altar da pitoresca capela, exatamente como tinha sonhado. À sua frente, Edward segurava o filho deles no colo. Em seu terninho igual ao do pai, Matthew estava encantador e risonho.
Edward sorriu ao vê-la entrando. Parecia que o sol que iluminava a manhã fria da Toscana tinha entrado na pequena igreja. Bella irradiava luz, beleza e alegria.
Uma das mentiras que ele e Roarke criaram estava se tornando realidade diante de seus olhos, que agora pouco podiam enxergar por causa das lágrimas que escorriam deles.
Bella devolveu-lhe o sorriso, fazendo o coração de Edward bater acelerado no peito. Sempre que ela sorria ele tinha certeza de que todas as loucuras que havia feito para tê-la de volta tinha valido à pena.
Estavam felizes e realizados. Tinham conseguido transpor todos os obstáculos que a vida havia lhes imposto até então. Foram além da razão para que pudessem viver plenamente o amor que sentiam um pelo outro... Venceram o rancor, as mágoas e os preconceitos.
O sonho daqueles dois adolescentes que precisaram se separar para se encontrarem definitivamente estava sendo concretizado finalmente, agora com as bênçãos de Deus. Ao juntarem as mãos no altar, com o filho deles nos braços, provaram até para os mais céticos que sempre vale à pena correr atrás dos sonhos, por mais difíceis e impossíveis que eles pareçam.
Edward e Bella sonharam, lutaram e venceram... E também foram felizes para sempre, pois é assim que termina uma verdadeira história de amor... É assim que termina as histórias de “faz de conta”...
“Vós nascestes juntos, e juntos permanecereis para todo o sempre.
Juntos estareis quando as brancas asas da morte dissiparem vossos dias.
Sim, juntos estareis até na memória silenciosa de Deus.

Mas que haja espaços na vossa junção. E que as asas do céu dancem entre vós.
Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão:
Que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas.
Encheis a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça.
Dai de vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vós estar sozinho,
Assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.

Dai vossos corações, mas não confieis a guarda um do outro.
Pois somente a mão da vida pode conter nossos corações.
E vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia;
Pois as colunas do templo erguem-se separadamente,
E o carvalho e o cipreste não crescem a sombra um do outro.”

(Khalil Gibran)
FIM

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