terça-feira, 24 de julho de 2012

O destino20

Anteriormente em O Destino:
Estávamos sentados no sofá, tomando um vinho que Paul nos serviu, quando ouvimos a porta de entrada se abrir. Rachel entrou, logo depois Rebecca, e uma garota de cabelos castanhos, magra que acredito ser a amiga de Rebecca e por último e inesperadamente entrou uma pequena princesinha pulando feliz, todos nós olhamos confusos, nos permitindo refletir sobre quem era aquela pequenina.

Depois de ficarmos olhando a pequena menina, todos voltaram a fazer o que estavam fazendo, mas eu permaneci ali, olhando aquele pequenino ser, a garota era baixinha, magra, cabelos negros e medianos, com uma franja, seus olhos também eram negros, a pele pálida e pela aparência devia ter uns cinco, seis anos.

Mas não era o físico dela que me impressionava, apesar de ser bastante conhecido, era seu jeitinho, seu sorriso, o jeito com que depois que percebeu que eu não a parava de olhar e se escondeu envergonhada, atrás da amiga magrela de Rebecca, que acredito, devia ser sua mãe.

Rachel nos cumprimentou, surpresa com nossa visita, surpresa mesmo, ela quase entrou em pânico, perguntou se papai estava tomando seus remédios e me perguntou sobre a corporação,
Ah! Eu quase dei um soco nela, estou cansado de ouvir me perguntarem E aí Jacob, como vão os negócios? Pelo amor de Taha Aki eu sou muito mais que um cara de negócios, na verdade eu nunca fui um homem de negócios, pelo menos não antes dela ir embora.

Depois foi a vez de Rebecca, conversar comigo e com papai e enquanto isso Rachel cochichava com a amiga magrela de Rebecca, Rebecca só ficava observando intrigada como eu, já o resto do pessoal nem percebia, pois estavam ocupados conversando e se embebedando com o ótimo vinho do porto de Paul, então, depois de ficar aos cochichos com a garota, Rachel decidiu nos apresentá-la:
– Gente, essa é Nelle disse Rachel e então a tal garota, Nelle sorriu simpática para nós Nelle Chevalier.

Olhei para Seth, que olhava feito um tonto para a garota, que pelo nome e sobrenome, devia ser francesa.
Très satisfait, Nelle. - disse Seth com um sotaque francês terrível levantado e beijando a mão de Nelle, ela sorriu toda encantada com o charme (não sei aonde) de Seth Sou Seth, Seth Clearwater– disse ele se apresentando e então ele olhou a menininha que ainda não tinha sido apresentada e afagou seu cabelo sua filha é linda!
Oh, non, non! Il n\\\'est pas ma fille disse a garota rapidamente, com certeza não querendo perder as chances com Seth.
– Nelle!– disse Rachel em tom de reprovação e logo depois colocou a mão na boca, como se quisesse não ter dito aquilo.
– Excuse Nelle soltou baixinho, em um sussurro apenas, abaixando a cabeça.
– Ela não é sua filha?– perguntei e então olhei para a menininha que estava quietinha olhando para nós e depois voltei a olhar a Nelle.

– Sarah é filha da... – começou Rebecca.
– Outra amiga de Becca que veio para cá!– disse Rachel interrompendo Rebecca.

Peraí! É impressão minha ou Rebecca disse
Sarah?

– Seu nome é Sarah? – perguntei pela primeira vez à garotinha, ou melhor, a Sarah. Ela sorriu e depois assentiu. Então vi que papai estava prestando atenção, na verdade, todos estavam prestando atenção, logo depois que Rebecca disse o nome da pequena menina.
– É um nome lindo... – ouvi papai sussurrar baixinho.
– Lindo é pouco.– disseram Rachel e Rebecca ao mesmo tempo.
– Era o nome de minha mãe.– eu disse por fim.

Sarah então me olhou surpresa.
– É o nome de sua Mère? – disse ela pela primeira vez na noite. Sua voz era de um soprano suave, como um coro de anjos, essa garotinha era incrível.
– Era eu disse apenas.
– Por que era?– disse ela inocente, então atravessou a sala e veio até onde eu estava para me encarar.
– Por que ela já se foi. - disse papai que estava do lado de Sue, duas poltronas distante de nós.
– Para onde?– perguntou Sarah olhando para ele então.
– Morar com papai do céu disse ele sorrindo.

Era estranho, muito estranho.

Era a primeira vez que eu via papai sorrir em anos. Qual era o tipo de hipnose que aquela garotinha tinha? Era algo totalmente estranho e ao mesmo tempo encantador.

Sarah sorriu de volta a papai e depois voltou a me encarar, então ela arqueou a sobrancelha e entortou a cabeça.
– O que foi Sarah?– perguntei.
Je te conhece. - ela disse Je já te viu.
– Como?– eu disse soltando uma risada.
Je ne sais pas. Mas je vai lembrar eu não aguentei era muito fofo ela falando, parecia uma mini adulta.
– Então Sarah era tão bom falar seu nome me fala de você. O que você gosta de fazer?
– Eu danço ballet disse ela dando um giro de bailarina.
– Que legal! – eu disse animado.

Eu e a pequena Sarah ficamos conversando, ela me contou de sua vida, de que gostava de fazer, e várias outras coisas, a chamei para ir à fazenda que tem o nome de mamãe, a fazenda Princesa Sarah, já que ela disse que seu sonho é ter um pônei, mas sua mãe e ela moravam em um apartamento, era impossível, então eu falei que iria comprar um para ela, ele iria morar na fazenda, e eu ia cuidar dele com muito carinho e sempre que ela viesse para cá ela iria visitá-lo.


(...)


– Eu acho que consegui uma nova amiguinha eu disse enquanto eu e Sarah penteávamos sua Barbie na qual ela não largou um só segundo.
– Percebi!– disse Leah emburrada do meu lado.
– Leah vai se fu...

– Sarah!
– gritou Rachel interrompendo-me antes que eu falasse besteira na frente da criança não quer ajudar tia Rach a servir a mesa?
Oui, oui!– disse ela toda animada, pulou do sofá e então me estendeu sua boneca cuida da minha filhinha, tio Jay!

– Pode deixar princesa
eu disse sorrindo e peguei a boneca nas mãos.

Nossa, eu me perdi na brincadeira com Sarah que nem percebi que todos já estavam e outras posições no pequeno apartamento de Rachel. Papai e Paul conversavam sobre a Corporação, Rachel e Rebecca estavam na cozinha, e agora Sarah com eles, Seth e Nelle estavam no maior clima, eu estava pensando em sugerir a eles o numero de um ótimo motel da cidade, e Leah sentada do meu lado, emburrada, como sempre.
– Que foi baby?– perguntei a Leah.
– Nossa Jakezinho. Você me trocou a noite toda, por aquele pirralha?!– disse ela bicuda.
– Leah, eu não vou nem discutir com você sobre isso eu disse e então me levantei e sai de perto dela antes que eu fizesse merda.
– Pronto pessoal, a ceia esta servida! – gritou Rachel, então todos fomos à mesa comer.


(...)

Depois da ceia, Seth e Nelle foram os primeiros a sair, tenho certeza que nem precisaram da minha sugestão, Sue levou papai embora à mansão, pois ele tinha que tomar seus remédios e descansar, ele se despediu de Sarah, Rebecca, Rachel, Paul, eu e Leah e se foi.


(...)


Paul, Rebecca e Rachel lavavam, secavam e guardavam os pratos na cozinha que estavam sujos do jantar, Leah havia recebido uma ligação no celular de sua mãe e saiu do apartamento para atender no corredor do prédio, já eu e minha nova melhor amiga, Sarah estávamos no sofá de Rachel assistindo ao Couples Therapy, um programa sobre terapia de casal, de repente me veio uma memória de meu passado, as noite assistindo aquele mesmo programa com ela.

Renesmee.

Ela adorava ver as soluções que apresentador, Benjamin Wyle dava aos casais em crise, queria poder ter tido um pessoa como Benjamin para me ajudar quando ela se foi. Sacudi minha cabeça me livrando desses pensamentos quando eu vi Sarah do lado revirar os olhos.

Ela devia achar tudo aquilo um saco.
– Quer que eu mude princesa para os desenhos princesa? – perguntei, mas ela não me respondeu

Sarah então caiu toda mole no sofá, batendo sua cabeça em meu colo e depois apertou os olhos fortemente e depois abriu e sorriu para mim e depois riu, deve ter rido da minha cara de pastel, eu quase tive um troço agora, caralho! Mas seu riso era fraquinho, e seus movimentos agora eram lerdos, ela levantou vagarosamente de meu colo e passou a mão pela sua cabeça fortemente:
– S-sarah, o que foi isso?– eu praticamente gritei e colocou o dedo indicador rapidamente em minha boca e fez um Xi.
– O que foi o que Sarah?– gritou Rachel da cozinha.
S\\\'il vous plaît. Non conte a ninguém !
– Não foi nada, Rach!– gritei para ela depois me virei para Sarah - Por quê? O que foi isso, Sarah?– eu perguntei quase gritando novamente e ela fez mais um Xi e eu em resposta tapei minha boca.
Non sei o que é tio Jay, faz dias que me sinto mal, sinto fraqueza, a cabeça dói, non quero mais comer, é muito ruim disse ela triste e isso me cortou o coração.
–E sua mamãe? Ela sabe?

Non contei para minha mère, nem mostro que estou ruim na frente dela, por que se não ela non ia querer vir para a América e Sarah queria muito conhecer a América.
– Mas, princesa, você pode estar doente, precisa ir ao médico. Prometo para seu tio Jay que vai falar com sua mãe vai para o médico?
– Ela vai querer ir...

– Mas é preciso, princesa.
– ela então abaixou a cabeça por mim? Pelo seu futuro pônei? – eu disse e então ela segurou abriu um sorriso que iluminou toda sala e então ela assentiu então assim que você chegar ao apartamento de Rebecca, vá contar para sua mamãe o que você esta sentindo. Ok?
– Okay, tio Jay
– Sarah!– gritou Rebecca da cozinha já estamos terminando aqui querida, se despeça de Jacob.
Sarah olhou tristinha para mim, com os olhos brilhando e fazendo um biquinho.
– Calminha Sarah. Até quando você e sua mamãe vão ficar aqui?

– Não sei titio Jay
disse ela.
– Bom, sabe o que eu vou fazer?– eu disse animado e isso a fez ficar animada também vou pedir o endereço do apartamento de Becca para meu pai e amanhã mesmo eu iriei visitar você, tudo bem?

Oui, oui!– gritou ela toda animada e foi até mim e me abraçou.
– Ora, por que esta toda feliz, Sarah?– perguntou Rebecca saindo da cozinha e pegando sua bolsa no sofá e pegando Sarah pela mão.
– É que...– Sarah começou a falar e olhou para mim, eu coloquei o dedo indicador em minha boca e sussurrei um Vamos fazer surpresa? para que somente ela ouvisse, ela sorriu, adorando nossa cumplicidade nada non tia Becca sorriu ela cinicamente.
– Bom, então vamos, sua mãe deve estar nos esperando. - disse Rebecca.

Então me veio uma coisa na cabeça, que amiga de Rebecca devia ser a mãe de Sarah? Ela nem me contou nada sobre sua mãe, então decidi perguntar.
– Becca, quem é a mãe de Sarah?– perguntei.
– Sabe a...– disse ela começando, então como um foguete Rachel saiu da cozinha e começou a empurrar Sarah e Rebecca para fora do apartamento, Leah surgiu abrindo a porta fazendo com que fosse mais fácil para Rachel as expulsar do apartamento Rach, Rach que foi? Está louca?

– Depois eu te falo, depois eu te falo aaaaah...
– dizia ela toda nervosa e empurrava-as e então quando Rachel, Rebecca e Sarah chegaram à porta, Sarah arregalou os olhos e gritou.
– Je sais, je sais! – gritou ela dando pulinhos Je sais de onde conhecer Jacob ! – então levantei do sofá tentando encontrar o rosto de Sarah no meio daquela confusão toda, mas era quase impossível.
– De onde, Sarah? Diga, diga!– eu gritava desesperado.
– Do qua...– ela disse, mas sua voz fora interrompida pela mão de Rachel e então ela fechou a porta fazendo com que fosse impossível eu ouvir a soprano voz de Sarah.

Fiquei ali pensando, Qua..., o que? Da Quarta-feira? Do Quadriculo? Do Quartel? De onde? De onde? Pelo amor de Taha Aki!! Sai do apartamento de Rachel correndo, fui até o corredor e apertei o botão do elevador, repetidamente
ooh céus! Como ele demorava. Não aguentei fui até as escadas e desci correndo 15 andares, não sei como pude ter folego.

Quando cheguei a rua em frente, Rachel entrava no táxi, Sarah e Rebecca já estavam dentro. Então Sarah se virou no táxi, enquanto ele seguia, e do vidro de trás ela gritou, mas eu não ouvia, então ouvi seus lábios formarem a palavra quadro.

Quadro? Sarah tinha me visto em um quadro? Era isso mesmo?

Ri da situação, era engraçadíssimo. Sarah devia ter se enganado, dei os ombros e voltei ao apartamento de Rachel onde Leah me olhava com uma cara...

Afs, agora deu ter que aguentar chilique de patricinha mimada!


Peguei meu casaco e sai dali a deixando a ver navios.

(...)


No outro dia, pedi a papai o endereço do apartamento de Rebecca, ele me perguntou o porquê eu queria, eu falei que era para visitar Sarah, ela então sorriu, Wow! Sarah é magica! Papai sorriu duas vezes na mesma semana, isso é que é magia.

Além de visitar Sarah e ver se ela contou a sua mãe sobre seu mal estar frequente e também eu queria conhecer a mãe daquele pequena menina, delicada e especial. Sarah me contou que não tinha pai, pelo menos sua mãe nunca contou nada sobre ele, ela também me disse que adoraria ter um pai como eu, e eu me senti simplesmente o cara mais feliz do mundo.

Seria possível eu ter uma filha da idade de Sarah, por que naquela noite com Leah, ela por pouco não ficou grávida. Mas na verdade, eu olhava para Sarah não imaginando ela como uma filha minha e de Leah, e sim uma filha minha e dela, de Renesmee. Ri de mim mesmo imaginando isso, Renesmee tinha sumido, evaporado, a essa altura já deve ser uma garota, ou melhor, uma mulher de sucesso, casada, e com um bebê a bordo.

E eu estou aqui, parado no tempo, vivendo com meu pai, noivo, enrolando para casar-me e infeliz, muito infeliz, apenas vivendo, ou melhor, existindo para ver um sorriso de uma garotinha que mal conheço.

Sai da mansão, peguei meu antigo carrinho, aquele
Kia Sportage que ganhei a seis anos atrás, não quis trocá-lo, pois ele me trazia boas lembranças. Segui até o endereço que papai tinha me dado, o apartamento que Rebecca tinha ficava em Forks, em um conjunto habitacional pequeno na cidade.

Ao chegar, procurei primeiramente o prédio, ao achar perguntei para o porteiro sobre Rebecca Rose Black, e se ela estava em casa, ele disse que sim e me perguntou se eu queria avisá-la, falei que queria fazer surpresa a ela e que era seu irmão, por que com certeza ele não iria me deixar entrar se não falasse que fosse irmão de Rebecca.

Subi pelo elevador, até o andar onde ficava o apartamento de Rebecca, ao achá-lo, toquei a campainha, então Rebecca apareceu, logo que me viu, arregalou os olhos, exatamente como Rachel fez na noite passada:
– J-jacob?– disse ela quando abriu a porta o-o que você esta fazendo, aqui?

– Que foi Becca, não posso visitar minha irmãzinha que ficou quase dezessete anos fora de casa? – eu disse.
– É que...– disse ela colocando a mão na cabeça, pensativa - o que você quer Jacob? Eu sei que não veio aqui me visitar disse ela simplesmente com o ar desanimado.
– Sarah está?– eu disse.
– Ah...– soltou ela um suspiro mais desanimado ainda Jake, o que você quer essa garotinha? Daqui a pouco as pessoas vão pensar que você é um pedófilo!

– Rebecca!
– eu disse em tom de reprovação o que é isso?
– Só estou dizendo a verdade e além do mais... – ela disse dando uma olhada rápida dentro de seu apartamento e fechando mais a porta para que eu não conseguisse vê-lo ela saiu com a mãe.
– Tem certeza?– eu disse perguntando a ela e então forcei minha cabeça para frente, colocando-a na pequena fresta da porta e então Rebecca me empurrou.
– Claro que tenho certeza, Jacob.– disse ela.
– Becca...– eu disse.
– Jake?– ela perguntou.
– Eu só quero vê-la novamente, sei lá, aquela garotinha me fez sentir um... Um... Completo idiota.

– O que?
– disse Rebecca se segurando para não rir.
– É Rebecca, Sarah me fez lembrar os planos que eu tinha antes. De construir uma família, ter filhos e fazer o que eu gosto. Que é o oposto do que eu sou, e faço agora.– eu disse por isso, me deixa vê-la, eu sei que ela esta ai!
Rebecca suspirou, e então abriu a porta e fez um sinal para que eu entrasse.
– Vai lá, ela esta na sala, brincando.– ela disse, sai andando então ela tocou meu ombro mas, só cinco minutos.– eu virei e assenti sorrindo, Rebecca respondeu em um sorriso.

Segui até a sala de estar de Rebecca, onde Sarah desenhava com lápis de cor em uma folha, na mesa da sala, enquanto ouvia uma música lenta, tranquila, que me fez ficar anestesiado.
– Sarah? – perguntei cuidadosamente, para não assustá-la.

Ela se virou rapidamente, então quando percebeu que era eu, sorriu e correu para me abraçar, abri meus braços para ela:
– Tio Jay! Você veio!– gritou ela Je estar muito feliz!
– Eu disse que viria, princesa.
Ela sorriu e então ali ficamos, perguntei a Sarah o que ela estava desenhando, ela disse que era ela dançando ballet, ela disse que amava ballet, e que estava ouvindo uma sinfonia de Mozart. Brincamos, rimos, conversamos por muito tempo e a toda hora Rebecca me chamava, dizendo que já estava na hora de eu ir embora, mas eu pedia a todo o momento, mais cinco minutos.

Depois de Rebecca me chamar mais de trinta vezes, decidi que já era hora de realmente eu ir, Sarah e Rebecca disseram que iam me acompanhar até a porta, estávamos na cozinha, quando então eu lembrei sobre o episódio de ontem, de Sarah falando que me conhecia de algum quadro, resolvi perguntar a Rebecca a respeito disso, ela não sabia o que responder, então decidi perguntar a ela quem era a mãe de Sarah.
– A mãe de Sarah?– perguntou ela pensativa. - Bom, ela, ela, ela...
Foi então que Rebecca foi interrompida pelo barulho da porta de entrada do apartamento se abrindo, virei-me, então meus olhos se depararam com um rosto mais do conhecido, inesquecível. Suas feições marcantes eram as mesmas, como sua pele, que nunca esteve tão pálida como agora, seus olhos castanho chocolate estavam mais brilhantes do que nunca, seu cabelo, não estava mais naquele dourado lindo que eu amava, deu lugar a um loiro escuro, mas mesmo assim, era esplendido, seu corpo de adolescente deu lugar a o corpo de uma mulher, e só pelo seu rosto percebia-se que não era mais uma menina, era uma mulher, mais madura, mais dona de si

Fui arrancado de meus devaneios quando Sarah gritou algo, que simplesmente mudou minha vida:
– Mère!– ela saiu correndo ao encontro dela, que a pegou no colo e encheu de beijos, ela ainda não tinha percebido minha presença ali, quando eu simplesmente me entreguei.
– Renesmee?– eu disse em um sussurro, mas suficiente para que todos ali ouvissem, ela então levantou a cabeça e olhou diretamente para mim, que estava sentado a essas alturas, com o back enorme que foi reencontrá-la mais uma vez, ela lançou um olhar para Rebecca e então ela fez um careta como se pedisse desculpas ela voltou a olhar para mim, abriu a boca para falar algo, mas não saiu nada, Sarah desceu de seu colo sorrindo e olhou para mim.
– Tio Jay, essa é minha mère!– disse ela apontando para Renesmee.
– Você é que é a mãe de Sarah?– eu disse lentamente retendo as informações em meu cérebro.
– Jacob...?– disse ela, parecia não estar acreditando, assim como eu, que estávamos ali, a poucos metros um do outro, depois de seis anos. Peraí, seis anos? Sarah tem seis anos e... Várias informações percorreram meu cérebro então eu cheguei a uma conclusão e me perguntei Será? Consegui então me levantar da cadeira, não tirando meus olhos dela, nem por um segundo, dei um passo para frente, que aparentemente a fez sair de um transe, ela sacudiu a cabeça e então em seu olhar não tinha mais aquele tom de admiração, ela me olhava seria agora.

Desviou seu olhar e seguiu pelo apartamento adentro, Sarah a seguiu e então olhei para Rebecca que deu os ombros, o clima ali estava terrível, muito tenso.
– Mamãe mandou você ir buscar uns bolos lá em sua confeitaria Becca. – gritou Renesmee em um dos cômodos do apartamento de Rebecca, sua voz parecia tremula e um pouco tensa.
– A-ah sim, Renesmee, pode avisar para ela que eu vou. – gaguejou Rebecca em resposta.

Renesmee então apareceu novamente como um jato junto de Sarah, passou sem ao menos olhar para mim e abriu a porta do apartamento, parou e disse.
– Eu e Sarah, ér... vamos ali e já voltamos disse ela rapidamente e então não aguentei, não poderia perder ela novamente, deixar que ela fugisse novamente, me deixasse.
– Vai mesmo me ignorar?– eu disse a fazendo paralisar.

Ela então se virou e olhou para mim.
– O que você quer?– simplesmente perguntou.
Eu queria sair correndo, te abraçar, te tocar, te beijar. Era isso que eu queria dizer, mas seria burrice minha, então decidi falar outra coisa que estava me intrigando naquele momento...
– Sarah, querida. Vamos tomar um sorvete?– disse Rebecca de repente interrompendo meus pensamentos, toda animada.
– Mas, tia Becca! Je querer... – Rebecca fez uma careta e isso fez Sarah arregalar os olhos e fazer um muxoxo triste e dizer Oui, je vai!– então Rebecca pegou Sarah no colo e saiu do apartamento deixando eu e Renesmee a sós.

Voltei minha atenção para Renesmee.
– O que você quer?– disse ela mais uma vez.
– Renesmee me responde uma coisa, se a Sarah tem seis anos, você foi embora pra frança grávida não foi? – fiz uma pequena pausa – Então, se é assim, eu sou o pai...?
– Não, você não é o pai dela Jacob ela quase cuspiu as palavras, ela estava muito alterada – e-eu–gaguejou ela eu engravidei dias depois que cheguei à França, Sarah nasceu de sete meses, então, é impossível!

Senti-me desiludido, senti-me mal.
– Mas...

– Mas nada Jacob
disse ela impaciente.
– E o pai?
– É Alec Volturi, meu namorado.
Ela tem um namorado? Senti-me pior ainda.
– Sarah o conhece?

– Obvio
limitou ela suas palavras.
– Mas ela disse que não conhecia o pai!
Eu disse mantendo minhas esperanças presentes, talvez ela desmentisse tudo e dissesse que Sarah era minha filha, não entendia o porquê, mais era tudo que eu queria.
– É q-que... – ela gaguejou - eu engravidei de um cara que eu conheci numa festa da universidade e então Alec cria Sarah como se fosse filha dele, por isso que eu digo que ele é o pai dela.

– Renesmee tem certeza? Talvez...

– Jacob eu sei muito bem quem é o pai da minha filha! – disse ela enfurecida e eu não tenho que ficar te dando explicações, você é meu passado, acabou há seis anos! Acabou... Só não te peço pra ir embora daqui, porque você está na casa da sua irmã, mas eu te peço, por favor, não quero que você veja mais a Sarah!
Fiquei desolado com o que ela me falou, sai do apartamento sem dizer nada, com a cabeça baixa, tentando me conformar que eu não poderia mais ver Sarah, aquela pequenina menina que me dera um sorriso nos lábios, na qual há anos eu não tinha.
Quando estava saindo do elevador me deparei com minhas irmãs e Sarah esperando pelo elevador, foi então que assim que coloquei um pé para fora do elevador fui interrogado:

– Então, então? O que rolou?– dizia Rachel e Rebecca ao mesmo tempo.

Eu arqueei minha sobrancelha.

– Ué, não rolou nada gente. Vocês duas sabia, sabiam que Renesmee era mãe de Sarah, por que não disseram? Por que não me avisam? Deixaram-me com cara de bobo na frente dela, me deixaram acreditar que eu era pai dela, quando na verdade eu não era. - eu disse dando os ombros e continuei a andar fui até Sarah que estava quieta em seu lugar e a abracei fortemente, claro, tomando cuidado para não machucá-la, ficando o maior tempo possível ali, sentindo seu cheiro de rosas com canela, e ela me acolheu em seus pequenos braços me fazendo desabar, não aguentei, eu não sabia por que chorava. Por que era difícil me separar daquela pequena menina, na qual eu nem sabia da existência há poucas horas atrás? Eu não sabia.

– O que houve Jake? Por que esta chorando?

– Não estou chorando
quase gritei de raiva, percebi que Sarah dera um pulo assustada, olhei para ela que se afastou de meu abraço, com os olhos arregalados desculpe princesa eu disse ela sorriu, mas, não voltou para me abraçar.

– Renesmee não quer mais que eu veja Sarah, por favor, me ajudem, eu preciso vê-la, ela me faz bem! Por favor, me ajudem! pedi quase implorando e então as duas trocaram olhares e sorriram, percebi que minhas duas irmãs estavam comigo, iriam me ajudar a sorrir mais vezes, iriam me ajudar a ver Sarah, minha querida Sarah.

(...)

Rachel e Rebecca concordaram em me ajudar a ver a Sarah. Mesmo depois do que Renesmee me falou, não fiquei convencido, não tenho certeza de que sou o pai de Sarah, mas sinto algo como se eu tivesse um tipo de... ligação com ela e tenho a esperança que mais dia, ou menos dia, Renesmee iria dizer que eu era pai dela.
O combinado com minhas irmãs seria, que assim que Nessie saísse pra ajudar a mãe na confeitaria (na qual eu não sabia que Bella era dona e menos ainda que ela ainda morava por aqui em Forks), Becca me ligava, e eu iria pro seu apartamento passar o dia com Sarah, até perto da hora de Renesmee chegar.
A semana passou muito rápido, todos os dias ver Sarah, chegava de manhã, por volta das nove, ia embora antes do almoço, mas almoçava em um restaurante ali perto, depois que Nessie voltava pro trabalho, eu ia de novo brincar com a minha princesinha.

Ainda bem, que dei um tempo no trabalho, mas agora, tendo Sarah pra me distrair, estava muito mais relaxado, era como se eu tivesse tirado um ano inteiro de férias, de tão feliz que eu estava, parecia criança em parque de diversão com tudo grátis.
Minha única preocupação era que Sarah parecia abatida, meio cansada, um pouco mais pálida até, mas ela nunca perdia a alegria e a energia pra brincar. Cheguei a perguntar-lhe, se ela tinha falado com sua mãe sobre o seu mal-estar, ela disse que tinha parado, então resolvi não insistir no assunto.
O tempo passou voando, e quando dei por mim, já era dia 31 de dezembro, hoje teria uma ceia na casa de Becca, na qual não fui convidado, a razão era bem óbvia, Renesmee. Levantei cedo, com ela me ligando dizendo que eu já podia ir, passei no mercado, pois prometi a Sarah que levaria sorvete de chocolate.
Cheguei ao apartamento em tempo recorde. Assim que toquei a campainha, Rebecca abriu a porta, parecia que ela ia sair.
– Jake, preciso que você olhe a Sarah pra mim, vou ao mercado, esqueci-me de comprar umas coisinhas pro jantar, volto em meia hora. Ah, a Sarah está na sala assistindo desenho.
Entrei no apartamento gritando por Sarah, aquele sorvete tava me chamando, além de eu estar morrendo de fome.
–Sarah, vem ver o que eu trouxe pra nós dois, sorvete de chocolate. Corre, senão eu como tuuudo!!!
Silencio... estranho, era pra ela ter vindo eufórica atrás do sorvete, coloquei o sorvete no congelador, e fui atrás dela. Assim que passei pela porta da sala, vi que ela estava dormindo no sofá, com a TV ligada. Parecia um anjo dormindo.
Pensei em acordá-la, mas fiquei com dó, ela dormia tão calma, não merecia ser acordada. Sentei na ponte do sofá, e coloquei sua cabeça em meu colo. Era impressão minha ou ela estava meio fria? E sua respiração muito fraca?
–Sarah? Princesa acorda, eu trouxe seu sorvete! decidi chamá-la.
Ela nem se mexeu, comecei a ficar preocupado. Chacoalhei-a levemente, pra não machucá-la.
–Sarah, filha, responde! SARAH! SARAH ACORDA!
Entrei em pânico, chequei seus pulsos seus batimentos estavam muitos fracos. Peguei minha pequena nos braços, e sai do apartamento. Deitei-a no banco de trás do carro, com cuidado. Sentei no banco do motorista, as lágrimas já rolavam sem parar pelo meu rosto, nunca fui muito religioso, mas que Deus não deixasse a minha menina morrer.
Eu devia ter contado a Renesmee ou pelo menos a Rachel sobre o mal estar constante de Sarah, aquilo era sério e eu deixei-me acreditar que Sarah iria realmente contar para mãe, pois já que ela não tinha contado antes, não seria agora que um desconhecido tinha pedido que ela iria falar. Droga, pensei, você é realmente um lixo Jacob, nem para contar para a mãe da sua filha que esta mal você presta.
Depois de muito lutar com as teclas do celular, consegui falar com Rebecca.
–O que foi Jacob? A colher de tirar sorvete fica na ultima gaveta do armário do meio.
–Rebecca, a Sarah desmaiou, to levando ela pro hospital, me encontra lá, avisa a Renesmee! nem esperei sua resposta e desliguei.
Corri o mais rápido possível pro hospital, mas mesmo assim demorei muito, pois assim que cheguei Becca e Renesmee já estavam lá. Peguei Sarah no colo, e entrei no hospital acompanhado por minha irmã e o grande amor da minha vida.
Renesmee seguia na frente com Becca, ambas me guiando, pois, eu só conseguia chorar. Chegamos à parte pediátrica emergencial do hospital, Nessie, pedia para a secretaria, pra falar com o doutor Johan Jenks, nesse instante me lembrei de que ele era pai daquele infeliz do Nahuel, e que infelizmente, eu não tinha opção, ele era o melhor pediatra da região.
Como era um caso urgente, fomos logo atendidos, o Dr. Jenks passou um soro para reanimar Sarah ajudá-la com sua fraqueza . Ficamos no quarto com Sarah, eu e Renesmee, já que Rebecca tinha ido buscar os pais e o irmão adotivo de Renesmee, Riley (que pelo que eu soube, após a ida de Renesmee à França, o Sr. e a Sra. Cullen decidiram adotar um filho, já que Bella se sentiu muito velha para engravidar novamente, então foram a um orfanato de Seattle e decidiram adotar o jovem Riley Biers [agora Riley Biers Cullen] que na época tinha 10 anos e agora tem 16) e a madrinha e o padrinho de Sarah, na qual vocês não vão imaginar quem são... já imaginaram? Pois bem, são Claire e Quil, que agora estão juntos e noivos. Poxa essa era nova para mim.
Enquanto a enfermeira coletava o sangue de Sarah para fazer alguns exames, Renesmee conversava com o médico. Prestei atenção na conversa, apenas quando o assunto deixou de ser a saúde de Sarah para ser Nahuel.
– Mas, então Dr. Jenks, como está o Nahuel? perguntou Renesmee casualmente.
–Bom, humm... ele, faleceu há alguns anos atrás a boca de Renesmee assim como a minha se abriu em um O, eu não sabia disso e fiquei muito surpreso.
– O que aconteceu?– perguntou rapidamente Renesmee.
– Logo depois que a noticia que você tinha realmente ido embora chegou, Nahuel começou a se envolver com quem não devia, começou a beber, a usar drogas, infelizmente descobrimos tarde demais tudo isso, certo dia, minha mulher ligou aqui para o hospital dizendo que encontrou Nahuel no quarto inconsciente, rodeado por bebidas e drogas, pedi para ela trazer ele correndo para o hospital, mas já era tarde, meu filho já estava morto, de overdose.

– Nossa, eu sinto muito Sr. Jenks.
O Dr. limitou-se a apenas um aceno com a cabeça, visivelmente emocionado em lembrar do filho, Renesmee então não disse mais nada, ficou pensativa, com o olhar triste, decidi deixá-la assim, quieta, pensativa, talvez seria melhor para ela, pensar um pouco, as vezes pensar é o melhor que se deve fazer. Passado alguns minutos, a enfermeira e o Dr. Jenks saíram do quarto, levando o sangue de Sarah para o laboratório. Foi então que Renesmee percebeu minha presença no quarto.
– O que você está fazendo aqui? Alias, o que você estava fazendo no apartamento com a minha filha?? ele perguntava quase gritando Que parte do eu não quero mais que você veja minha filha você não entendeu Jacob?
– Eu estou aqui Renesmee falei já cansado dela brigar comigo porque eu me preocupo com a nos... com a sua filha!– me corrigi rapidamente – Eu estava no apartamento da minha irmã! Ela me pediu pra olhar a Sarah enquanto ela ia ao mercado, quando eu vi que ela estava desmaiada fiquei desesperado, e corri pra trazê-la ao hospital. Você queria que eu fizesse o que? Deixasse-a desmaiada lá?
Ela então afundou seu rosto em sua mão, percebi que ela chorava, eu não suportava ver minha Renesmee chorar, era doloroso, uma tortura! Levantei-me da minha cadeira e fui até onde ela estava, em pé ao lado de Sarah que dormia tranquilamente (não sabia como, já que ela estava rodeada de fios e tubos, era doloroso ver um ser tão pequeno assim), segurei Renesmee pelos ombros e disse.
– Calma Renesmee, eu estou aqui, eu sempre vou estar aqui!
Foi então que o que eu menos esperava aconteceu, ela se jogou nos meus braços me dando um abraço apertado, aquele abraço que senti tanta falta durante esses seis anos.
– Me desculpa Jacob... Me. Des.cul.pe! – disse ela pausadamente num sussurro e obrigada então ela se afastou e limpou seu rosto, que estava vermelho e molhado de seu choro repentino.

Depois se acomodou na beirada da cama onde Sarah estava e ficou ali a olhando dormir, acariciando seu rosto num silêncio extremo perturbador. O tempo passou rápido, a mãe de Renesmee junto com seu pai e seu irmão (que não parecia nem um pouco adotivo, pois era muito parecido com a \\\'fisionomia\\\' Cullen) vieram ver Sarah, Rachel, Claire e Quil também, todos permanecendo no corredor a espera de noticia dos exames.

O dia já estava terminando quando o Dr. Jenks entrou na sala junto com uma enfermeira, trazendo um envelope nas mãos e um olhar nada esperançoso e ao mesmo tempo triste.
– E então Dr.? O que a minha filha tem?? – gritou Renesmee assim que percebeu que ele estava ali, ele fez um sinal com as mãos para que Renesmee saísse do quarto e o seguisse para o corredor, ela se levantou e seguiu o Dr. Jenks e eu fiz o mesmo. Quando já estávamos no corredor, o Dr. Jenks soltou um suspiro e então olhou para Renesmee que parecia muito tensa, desesperada, curiosa e outras várias coisas indescritíveis em sua face. Renesmee quebrou o silêncio perguntando mais uma vez Então Dr.? O que a minha Sarah tem?
Ele soltou um suspiro pesado.
– Sarah tem LLA. - disse ele entregando o envelope para Renesmee que nem fez questão de abri-lo, apenas olhou confusa para o Dr. Jenks, Johan com certeza estava torcendo para que ela soubesse o que era a tal LLA, para não ter de fazer explicações, então Renesmee disse.
– O que é LLA?– perguntou ela, percebi a dor em sua voz, assim com eu, Renesmee sabia que essa tal de LLA não era uma coisa nada boa.
– Bom, como vou explicar sentia que não estava sendo fácil para o Dr. Jenks, agradeci a Taha Aki por eu não ser ele naquele momento, pois sentia que o que ele ia dizer iria acabar ainda mais com Renesmee a LLA é um tipo de... Leucemia.

Renesmee não esperou o Dr. Jenks terminar, começou a chorar desesperada, a acolhi em meus braços tentando confortá-la. Ela tentava se soltar de meus braços, mas eu não deixava, eu sentia que ela precisava de um abraço amigo naquele momento, onde ela sentia que podia perder sua filha, nossa Sarah. Me mantive rígido a abraçando, me forçando a não chorar também.
A LLA – continuou o Dr. Jenks com a voz fraca, depois que o choro de Renesmee parou um pouco, ficando apenas em soluços de dor ou Leucemia linfóide aguda também conhecida como leucemia linfoblástica aguda, é um cancêr na celulas brancas do sangue caracterizada pela produção maligna de linfócitos imaturos na medula óssea, esse tipo de leucemia é mais comum em crianças.
– Então quer dizer que Sarah esta com cancêr?– perguntou com a voz falha.
– Sim, a leucemia é um tipo de cancêr. - respondeu o Dr. Jenks.
– Mas como eu não percebi?– se perguntou Renesmee Como não vi que minha filha estava com isso?
– Você só iria perceber se a levasse ao médico, querida disse Dr. Jenks mas também me pergunto isso, Sarah nunca disse que se sentia fraca, sem fome ou outras coisas presentes em um quadro anemico?
– Sarah não estava muito disposta a ir ao ballet uns dias antes de nós virmos para Forks, mas não achei nada de mais.
– Talvez devesse ser pela fraqueza que a leucemia traz a ela, a deixa com um quadro de anemia. Mas eu ainda acho que a senhora devia ter percebido algo mais disse o Dr. Jenks.
– Bom...– eu me manifestei pela primeira vez naquela conversa e então Johan e Renesmee me olharam Sarah havia me dito que se sentia mal durante as ultimas semanas, sabe... as mesmas coisas que o Dr. Jenks disse.
– O QUE?– gritou Renesmee se separando de meus braços, então o Dr. Jenks fez um Xi e ela fez um sinal pedindo desculpas Jacob Black disse ela num sussurro/grito ou sei lá o que como não me disse nada disso?
– Ela disse que estava com medo de se ela te contasse, você não viesse para Forks, já que era o sonho dela conhecer aqui, e ela também me prometeu que ia te contar, Renesmee.– eu disse.
– E você, acredita na palavra de uma menina de seis anos? Ah por favor Jacob!– ela disse se virando novamente para o Dr. Jenks que olhava confuso nós dois.
– Vocês devem amar demais a sua filha disse ele e então nem deu tempo para Renesmee dizer mais uma vez que Eu não era o pai de Sarah, já que durante o dia todo ela fez isso para as enfermeiras que passavam pelo quarto de Sarah para trocar o soro, elas sempre diziam a mesmas coisas Nossa, ela parece demais com os dois, ou, Vocês são uma familia linda e outras coisas que deixavam Renesmee super irritada e constrangida, já a mim, não incomodava nem um pouco, pois era tudo o que eu queria, e me pergutava, como o tal Alec teve essa sorte toda? - Bom... – continuou o Dr. Jenks Como eu disse Sarah esta com leucemia...
– Como se fosse possivel esquecer queixousse Renesmee com imaturidade.
– Renesmee!– a repreendi e então ela revirou os olhos. - continue doutor.
– Bom, ela precisa de um tratamento intenso, que pode durar de seis meses a um ano, depende de como o organismo dela reagir a médula doada e...
– Medula, doada? – perguntou Reenesmee.
– Sim, sim. No estágio em que a doença esta, é necessário a doação de uma medula, ah e vocês dois terão de fazer o teste de compatibilidade, por que os pais tem maiores chanches de serem compativeis com a criança e...
– Quantos porcento?– perguntou ela sem dizer novamente que eu não era o pai de Sarah, isso me agradou.
– 64%, por aí.– disse ele querem que eu chame a erfemeira para fazer as coletas?
– Não sera necessario doutor eu disse não para mim, não sou o pai da menina eu disse com a esperança de que Renesmee desmentisse, Quem sabe? Me perguntei. Olhei para Renesmee que pareceu desconfortável, então soltou um suspiro.
– Então, quem é o pai?
– Ér... Bom, ér... O pai não mora aqui, na verdade ele esta na França.

– França? Bom, é bem longe. Ligue para ele o quanto antes para fazer os testes.

– Sim, sim claro e muito obrigado Dr. Jenks
disse Renesmee.
– Não foi nada, querida ele disse segurando as mãos de Renesmee não desanime, seja forte, sua menina vai se curar!
– Eu tenho fé, ela vai sim disse Renesmee já com lagrimas nos olhos.

Então o Dr. Jenks se virou e chamou uma enfermeira, ela veio até Renesmee e disse que a levaria para o laboratório, o Dr. Jenks se virou, acredito se lembrando de algum detalhe e disse:
– Ah, Renesmee. A partir de agora, Sarah tera de ser tratada por um hematologista que é que cuida de doenças hematológicas, como a leucemia.
– He-matologista? – gaguejou Renesmee. - não me diga que é...

– Carlisle Cullen. Seu avô, acredito eu, certo?

– Ér...– disse ela forçando um sorriso então o Dr. Jenks seguiu pelo corredor do hospital.
– Renesmee eu disse sei que você esta brigada com seu avô, mas pense que tudo isso é por Sarah.
– E-eu sei. Mas, fico pensando e se ele se recusar a tratar Sarah?– perguntou ela ele é o unico hematologista da região, o que sera da minha filha?– perguntou ela e senti que sua voz estava embargada.
– Calma calma!– eu disse a abraçando, tentando a confortar se Carlisle se recusar, daremos um jeito. Como eu disse eu vou estar aqui, sempre vou estar, para o que você precisar.
Renesmee levantou sua cabeça, olhando para mim. Ainda estavamos abraçados, mas agora, trocavamos olhares, era tão bom olhar para ela, tão recomfortante, seus olhos vermelhos de tanto chorar me faziam derrubar uma lagrima também, eu sentia sua dor, eu sabia como era.

Dei um beijo no alto de sua cabeça e disse.
– Vai lá eu disse, falando para que ela fosse fazer o exame de compatibilidade Vai salvar nossa Sarah.
Ela sorriu, um sorriso sincero, ela estava amolecendo, estava me aceitando ali e então ela seguiu com a enfermeira até o laboratorio, me deixando ali, sozinho naquele corredor me fazendo voltar para o quarto onde Sarah estava.

(...)



Passaram-se horas, Renesmee já tinha feito o exame e esperava o resultado, todos agora estavam na sala de espera. O namorado de Renesmee, Alec, tinha enfim chegado. Alec era um cara simpático, e por incrivel que pareça até comigo ele fora simpático. A enfermeira chegou, com o resultado dos exames e então veio a triste noticia, Renesmee não era compativel com Sarah, ela tornou-se a desabar, mas em vez de eu acolhe-la, fora Alec que a abraçou naquele momento.

Leah ficava a todo momento indo e vindo ao hospital, já que eu não aparecia em casa à dias, pois ficara aqui com Renesmee todo o tempo, os familiares de Renesmee e os amigos vinham e iam do hospital a todo instante, mas só eu ficava. Logo depois que Alec chegou, Renesmee disse a mim que não tinha necessidade de eu ficar ali, que eu poderia ir para casa, que qualquer novidade, ela mandaria Rachel me dar noticias, mas eu não queria sair dali, até eu ter certeza que Sarah estava bem.

Carlisle não tinha se recusado a tratar Sarah, e uma coisa muito interessante aconteceu, talvez até surpreendente, ele e Edward trocaram uma palavra, realmente foi só
uma palavra, um Olá, percebi nos olhos de Renesmee que aquilo tinha feito muito bem a ela. Carlisle disse que Sarah entraria lista de espera de medulas, já que ela não era compativel, e o pai de Sarah era desconhecido, havia uma tensão com relação ao pai de Sarah, todos sempre estavam muito duros com Renesmee, quando Carlisle tocava no assunto pai desconhecido.

Já haviam completado uma semana que Sarah estava no hospital à espera da medula, ninguém, realmente ninguém tinha comemorado o ano novo, todos estavam tensos, Rachel, Rebecca, Claire, Quil, Bella, Edward, Riley, Nelle, Seth e até papai, que estava na mansão, e a todo o momento pedia informações sobre o estado de Sarah e eu sempre falava a mesma coisa Tudo na mesma, papai, o que era realidade.

Leah estava irritada comigo, por que eu só ia para casa para tomar banho e dormir meia hora que fosse, mas eu não dava bola, eu queria ficar ali, todo momento. Na tarde de sexta feira, uma semana depois da internação de Sarah, Alec e Renesmee tinham sumido, não estavam na sala de espera, nem no quarto com Sarah, eu disse a Leah, Rachel e Rebecca que ia pegar um café, pois estava quase dormindo em pé na sala de espera, quando no final do corredor da maquina de café me deparei com o que parecia Alec e Renesmee discutindo, me aproximei na ponta dos pés, para tentar escutar o que eles diziam sem que percebessem que eu estava ali, quando simplesmente ouvi Renesmee gritar:
QUAL É, ALEC? VOCÊ QUER QUE EU FAÇA O QUE? QUE EU DIGA HEY JACOB, SABE A SARAH? AQUELA MENININHA LINDA QUE VOCÊ PENSOU QUE ERA SUA FILHA? BOM, ELA REALMENTE É SUA FILHA. E AH... SERÁ QUE VOCÊ PODERIA DOAR UMA MEDULA PARA ELA, SABE COMO É, ELA ESTA QUASE MORRENDO!! – então ela tapou a boca percebendo o quão alto tinha dito aquilo, então olhou ao redor, acredito, vendo se alguém tinha ouvido o que ela havia dito, quando seus olhos assustados se depararam com os meus.
– O-o que?– perguntei catatônico, retendo as informações em minha cabeça, sorri num misto de raiva e alegria, por enfim ter a certeza que Sarah Elizabeth Cullen era minha filha. Minha filha!

1 comentários:

Deia disse...

Devo confessar uma coisa, não me aguentei e procurei por essa fic e acabei lendoa toda já.
Me declaro culpada, senti u desespero tão grande quando li esse capitulo.
Vou acompanha-la até o fim.

Postar um comentário