quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Resenha de Luz da minha vida postada em Literature Diary

Título: Luz da Minha Vida
Autora: Glaucia Santos
Editora: Publicação Independente
Gênero: Romance
Páginas: 320
Ano: 2013
Sinopse: Filha de um famoso maestro falecido, Anna Maria Smith é uma violinista que viveu 19 anos na escuridão. Aos cinco anos sofreu um acidente e perdeu a visão. Por toda a vida foi protegida pelos pais e sofreu com o preconceito das pessoas, mas tudo se transforma quando se muda para Nova Iorque, para trabalhar em uma das filarmônicas mais famosas do mundo. Lá, Anna conhece o inglês Richard, um médico lindo, carinhoso e apaixonado. A partir desse amor, ela verá o mundo com outros olhos e também sofrerá com os perigos que essa cidade lhe oferecerá.


Ele não era apenas um homem ou o seu amor, era a sua luz.
Eu já conhecia a autora (afinal, quem é que lê/escreve fanfics e não conhece a Glaucia?), porém nunca havia lido nada dela, apesar de ter ouvido maravilhas sobre seu primeiro livro, o Para Sempre.
Fiquei muito feliz com a oportunidade de parceria com ela e leitura desse livro incrível, então vamos à resenha.

Serei a luz dos seus olhos, um clarão no meio da escuridão.

Anna Maria Smith é uma violinista – e mais que isso, uma musicista – filha do falecido maestroArnold Smith, conhecido mundialmente, que decide – aos 24 anos – que está na hora de viver.
Cega desde os cinco anos de idade, sempre foi protegida pelos pais, pela mãe principalmente, e também muito cobrada pelo pai no que dizia respeito à música.
Ao início da história, podemos ter uma noção do quão controladora sua mãe, Eva Smith, é – apesar de negligente e preconceituosa com a própria filha, e o quanto a rigidez do pai ao obriga-la a se dedicar sempre mais à música é presente em sua vida, estando sempre ali para lembra-la de que não era boa o suficiente. E é nesses momentos que percebemos que, apesar de forte, ela também era uma menina frágil.

Ele era um homem duro e sempre deixou claro que nunca quisera de verdade ter um filho, principalmente uma filha “defeituosa”.

Porém, sua vida muda completamente ao ser aceita pela companhia de música regida pelo maestro Derrier, que estava produzindo um grande espetáculo de reinauguração de um antigo teatro na Broadway, e ela havia sido uma das escolhidas para integrar o corpo de músicos. Ela, Zefa – sua babá desde a infância – e Dinho, seu cão-guia, a acompanham nessa viagem de São Paulo à Nova Iorque, onde ela precisaria primeiro se adaptar ao apartamento, a andar nas ruas com Dinho e também se proteger dos perigos que a cidade representa.

Em uma visita ao ginecologista, ela conhece um incrível e charmoso inglês Richard Doyle, que a atende no lugar de sua médica habitual de quando ainda morava ali com os pais.
E assim surge uma grande paixão, sentimentos, sensações ainda desconhecidos por Anna, e que chegam avassaladoras.
Mas, como nem tudo é só romance, Richard precisa enfrentar a fúria de uma sogra nada amigável, conviver com as limitações de Anna e ainda protege-la dos perigos da cidade sem sufoca-la.

-Do que você me chamou? – perguntou.
-De meu amor. – Richard respondeu beijando seu pescoço e Anna Maria não conseguiu conter a emoção. Ela também o amava e queria estar totalmente entregue à relação, apesar de achar que o sufocava.
-Eu também amo você.

Eu me apaixonei completamente pela história e pela narração da Glaucia, apesar de todo mundo que acompanha o blog saber que eu prefiro as narrações em primeira pessoa. No entanto, a autora teve uma sensibilidade ao nos contar a história de Anna e Richard que é impossível não se sentir conectada aos personagens, rir, chorar e ficar arrepiada nas partes eletrizantes no final.

A Anna é uma personagem muito sensível, porém forte ao mesmo tempo e meiga, pura. Ela não tem maldade no coração, ela não percebe maldade nas pessoas e esse é um dos fatores que faz com que Richard se torne protetor com ela, além é claro daquele instinto masculino natural de proteção, acrescido ao fato de que ela não enxergar, um gentleman, mas ainda assim um homem e ele me fez suspirar algumas vezes.

-Em terceiro lugar, Sra. Eva, Anna Maria é adulta, vacinada, dona das suas faculdades mentais e completamente capaz de decidir a própria vida. Não acho que seja da sua conta se ela vai continuar aqui, na China, em Israel ou no Brasil.

Zefa é apenas uma personagem coadjuvante, mas ela é tão engraçada e tem umas frases que são A+, que é impossível não gostar dela.

Apesar de não ser um livro erótico, algumas cenas de sexo também estão presentes na história, mas é tudo bem leve e delicado.

Nunca pensou que fazer amor com a mulher da sua vida pudesse lhe deixar naquele estado de prazer tão absoluto. (...) Anna era sua outra metade e o levava ao auge do prazer, fazendo seu corpo se arrebentar e explodir em milhares de fragmentos incandescentes no momento do orgasmo.

Eu me apaixonei por essa capa (apesar de que alguém – não me lembro quem agora – ter me dito que a garota na capa está segurando o violino de forma errada, mas como eu não entendo disso...), e a diagramação do livro também, com notas musicais nos inícios de capítulos e número de página.

O livro tem um pouco de tudo, romance, erotismo, descobertas, superação, suspense, drama, comédia, e tudo isso fez com que o livro com uma história – aparentemente – clichê, se tornasse um dos melhores livros que li esse ano e eu tenho certeza que vai encantar a todos os leitores.

 
Livro cedido pela autora para leitura e resenha por intermédio de parceria.
Glaucia Santos
Glaucia tem 32 anos, é casada, nascida e criada na cidade de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Formou-se em Sistemas de Informação pela Universidade do Grande Rio e atualmente trabalha como analista de serviços de telecomunicações. Leitora ávida e compulsiva, já leu mais de duzentos livros e hoje se dedica a publicar resenhas sobre obras literárias. Começou a escrever no final de 2008, quando publicou sua primeira estória na internet. Depois de tanto “brincar de escrever” resolveu publicar o seu primeiro livro: “Para sempre”.

0 comentários:

Postar um comentário