quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A HERDEIRA JAKEXNESS 9 Encontro - Parte 1


Capítulo 9 – Encontro - PVO Jacob - Parte1


Havia dormido por horas, só acordei quando tivemos que fazer uma conexão em Nova York, voltando a dormi em seguida. Meu corpo doía, estava super cansado e louco para chegar ao hotel, tomar um bom banho e depois sair para andar um pouco pela cidade.

Caminhei até o setor de bagageiro, peguei minhas malas e quando caminhava em direção a saída, olhei para frente e vi, há uma distância aceitável, a criatura mais linda do mundo.  Senti meu coração disparar, meu corpo petrificou, mal conseguia respirar ou desviar os olhos daquela menina, com corpo e rosto de boneca me observando. Meu estômago começou a se revirar, como senti na primeira vez que transei, todos os pelos do meu corpo se arrepiaram. Era a sensação mais estranha do mundo. Não sabia porque me sentia daquela maneira, mas foi só vê-la para meu corpo reagir.

Linda! Perfeita!

Senti alguém esbarrar em mim e sai do transe, podendo pensar de forma racional pela primeira vez em minutos. 

Está proíbo de gostar dessa garota, Jacob Black! Proibido! Ela é seu objeto de vingança. Apenas isso! Apenas isso!! Não cairás em nenhuma armadilha do coração. Não amará mulher alguma! Entendeu?
Você é Jacob Black... Nunca se esqueça disso!

Comecei a me dar conta do que acontecia, de que caminhava para ela e sorria naquele momento. Estava completamente confuso e precisava manter a minha cabeça em ordem para não por tudo a perder, mas meu corpo reagia mesmo antes que pudesse raciocinar.

Linda!! OH GOD! Como quero essa mulher! Como quero me deleitar nesse corpo virginal...

Mal conseguia respirar e a cada passo que dava, que via mais claramente as feições de seu rosto, meu coração batia mais acelerado e um estranho nervoso me consumia por inteiro. Parecia um adolescente sofrendo com as sensações do primeiro amor, mas não era um adolescente. Sim um homem decidido e com objetivos próprios.

O que é isso que sinto? Se preciso, arrancarei o coração do peito... Arrancarei. Não me permito gostar de ninguém além de mim!


Parei a centímetros dela, observando cada traço delicado de seu rosto, sua pele branquinha, narizinho arrebitado, pequenas maças do rosto, uma boca desenhada e perfeita para ser beijada, lindos olhos azuis que mais pareciam um oceano de tão lindos, um rosto cumprido e perfeito contrastando com seus cabelos negros. Usava um vestido cinza com um casaco preto, deixando as lindas pernas branquinhas, com aqueles joelhos, que davam vontade de morder, de fora.

Tenho que confessar que desejei mais do que tudo aquela garota, que mais parecia uma Barbie em forma de mulher, sentindo a minha ereção se formar enquanto observava o seu rosto e o seu corpo, desejando tocar a sua pele, cheirar os seus cabelos e beijar os seus lábios para sentir o gosto de sua boca. Mas o meu lado racional me trazia a realidade, mostrando que tinha que ser forte e não perder o foco de meus objetivos.

Ela sorria para mim de forma tão encantadora, que por um bom tempo não consegui se quer dizer lhe alguma palavra que não denunciasse o meu estado.

- Jacob... – Sussurrou e sua voz soou como música para os meus ouvidos, fazendo os pelos do meu corpo se eriçarem novamente. Parecia um demente, nada parecido com o Jacob Black conquistador que costumava a ser. Mas as coisas que ela me fez sentir me deixou completamente desarmado. Queria falar algo de impacto, mas a única coisa que vinha a minha mente era: “Eu preciso ter você”.

- Renesmee... – Sussurrei e tentei me recompor diante da criatura mais linda do mundo, que havia me tirado completamente do centro de controle de minhas emoções. Pela primeira vez na vida não tinha o controle sobre elas.

- Desculpa por vir te receber. – Disse sem graça, dando de ombros enquanto me observava com face de admiração, paixão... Sem lá o que. Gostei daquilo... Sim, gostei.

Ela me olhava de forma que mulher nenhuma nunca me olhou. Seu olhar era, quente, forte e penetrante. Parecia conhecer a minha alma e me deixava completamente sem ação. – Eu estava ansiosa demais para te ver. – Confessou.

- Estou realmente surpreso, Renesmee. – Reduzi o espaço entre nós e lentamente fui aproximando o meu rosto, até beijar gentilmente o seu. Senti meu corpo congelar e um monte de emoções estranhas explodirem dentro de mim. Quis tomá-la nos braços e abraçá-la, e no momento seguinte também quis gritar. Não sabia o que fazer, tive medo de falar besteira, de me denunciar ou deixá-la perceber que estava completamente fascinado. Senti que se estremeceu ao meu toque, então lentamente me afastei e ficamos nos encarando em silêncio. Aquele momento foi estranho... Bem estranho. Não sei dizer bom o que, mas algo aconteceu quando nos olhamos. Os segundos pareciam eternos para mim.

- Pode me chamar apenas de Nessie, por favor. – Pediu com sua voz melódica. O som foi algo muito agradável e todos os meus pelos se ouriçaram novamente.

- Só se você me chamar apenas de Jake. – Disse sorrindo, lembrando que poucos me chamam de Jake e me sentia melhor com o apelido, que fazia me lembrar de um tempo bom em minha vida.

- Tudo bem, Jake. – Respondeu envergonhada. – O motorista está esperando para te levar ao hotel. Sabia que chegaria bem cansado da viagem e achei por bem facilitar a sua vida. - Sua voz cantante era doce, tranquilizadora e fazia me esquecer de tudo, inclusive os motivos que me levaram a ir até Seattle. Assenti com a cabeça e caminhamos juntos para saída.

- Você é um amor. – Respondi tentando ser carinhoso. Sabia que precisava deixar a menina encantada comigo, mais do que já estava, e não podia de forma alguma me esquecer dos interesses que tinha, apesar da avalanche de sentimentos.

Chegamos ao estacionamento e o seu motorista, um senhor muito bem vestido, abriu a porta traseira do carro, entreguei as malas para ele e entramos.
Ela se sentou ao meu lado, a uma distância segura, mas pude perceber que estava tensa, com suas pernas balançando o tempo inteiro. E eu por minha vez, também me sentia extremamente desconfortável, louco para tocá-la, sentir mais do seu cheiro e um pouco do seu gosto.

Você está proibido de sentir algo por essa ai! Você vai fazê-la se apaixonar por você e depois acabar com a vida dela.

Vai deixá-la maluca de paixão e depois fazê-la sofrer muito. Entendeu? Não se esqueça que os Cullens são os culpados por tudo o que aconteceu de ruim na sua vida. E essa idiota vai pagar pelo que o avô me fez... Por isso, Jacob Black, está proibido de se apaixonar... De sentir pena dela... Quem tem pena é galinha, seu idiota!

-Para onde vamos? - Perguntou o motorista, olhando pelo retrovisor. Então peguei a minha carteira no bolso da calça, tirei o pedaço de papel com o endereço e o entreguei a ele, que apenas assentiu com a cabeça e deu partida. – Obrigado!- Ele me devolveu o papel e todos ficamos em silêncio durante a viagem.

Ás vezes eu a olhava de soslaio e via a sua aflição, as mãos se apertando de forma nervosa, o desespero a consumindo e os pequenos gestos suaves que vazia com os lábios, a forma como piscava os cílios e as pernas balançando. Podia observar discretamente cada momento, como se estivesse em câmera lenta e sentia meu coração se bater cada vez mais forte. Aquilo estava, definitivamente, me enlouquecendo.

Droga, Jacob! Comeu “merda”? O que está fazendo? Não vai estragar o seu plano por causa de um rabo de saia. Ela não merece que sinta nada! Só merece que a faça sofrer... E o fará... O fará com toda a certeza... Não existe clemência em seu vocabulário. Entendeu sua mula?

Chegamos ao hotel e trocamos umas breves palavras antes de me despedir.

- Obrigado pela gentileza, Renesmee. – Disse já de pé ao seu lado, vendo aqueles olhinhos azuis brilhantes me encarando com intensidade. Senti novamente um monte de sensações estranhas e tive que controlar a minha respiração, que ficou mais pesada naquele momento.

- Fico feliz que tenha gostado da surpresa e que me ache gentil. Mas prefiro que me chame de Nessie. – Sua voz invadiu novamente os meus ouvidos como música suave, deixando me completamente desarmado. Quis tomá-la em meus braços ali mesmo, mas contive os meus impulsos e não o fiz.

- Eu tenho que me acostumar com o seu apelido. Onde vivo e trabalho as pessoas se tratam de maneira formal e essa coisa de apelido é estranha para mim. – Disse para ela, ainda observando a profundidade dos seus olhos e os pequenos tremores em seus lábios... Deus como quis beijar aqueles lábios!

- Tudo bem, Jake! Entendo perfeitamente. – Respondeu sorrindo.

- Você almoça comigo? - Perguntei ansioso para passar mais tempo ao seu lado e descobrir mais sobre ela. Vi um sorriso lindo se abrir, deixando a mostra os lindos e perfeitos dentinhos brancos. Senti todos os pelos do meu corpo se eriçarem no momento em que respondeu e tocou a meu braço de forma gentil.

Jacob, “Filho da puta” o que está fazendo? Não vai se derreter por ela! Eu proíbo você disso! Vai seduzir essa Cullen e “fuder” com a sua vida. Isso é o que fará! Então diga que está cansado e marque com ela para o jantar. Você precisa se recompor e pensar nisso tudo. Se sair com ela agora, estará completamente perdido... Perdido.



- É tudo o que mais quero. – Ficamos em silêncios por segundos. Não consegui responder e tentava me recompor.

- Eu estou um pouco cansado e também não sinto fome agora. Acho que é o fuso horário. Ficaria muito tarde para você me encontrar às duas horas? Se ficar tarde, podemos deixar para o jantar. – Tentei desfazer o convite gentilmente, achando que ela não toparia ir almoçar tão tarde. Mas infelizmente a garota era mais persistente do que imaginava. E começava a admirar aquilo nela. Porque assim como eu, corria atrás do que queria.

- Sem problemas, Jake. – Pegou a minha mão e fez um leve carinho. – Desculpe por está sendo tão atirada. Mas eu passei a vida inteira pensando em você e não consigo me conter, quando está assim tão perto. - Disse sem graça, abaixou a cabeça envergonhada e eu, em um instinto, segurei o seu queixo e o ergui para que me encarasse. Depois fiquei olhando em seus olhos e fui aproximando o meu rosto do dela lentamente, como em câmera lenta, e beijei a sua bochecha, já aflito por não sentir o gosto dos seus lábios. Aquele foi o momento do quase... Sim! Eu quase a beijei. Era tudo o que queria fazer, independente do que meu lado racional dizia.

Com certeza você é atirada e não tem simancol... Atrevida... Determinada... Eu adoro isso... Tá doidinha para dar e depois que provar a fruta. RARARA Não vai querer outra vida, que não seja “fuder” comigo!

- Você é encantadora... Não atirada. – Afastei-me, inebriado pelo seu cheiro e a sensação do seu toque fazendo correntes elétricas percorrerem o meu corpo, dei um sorriso malicioso e encarei seus olhos novamente. – Obrigado pela carona, Nessie. – Disse com a voz sexy de macho predador e ela me olhava com encantamento e aflição. Percebi que queria subir comigo, mas se o permitisse, tudo estaria perdido e quebraria uma das regras mais importantes: NÃO COMER A DELICINHA ANTES DO CASAMENTO!

GOD! Como conseguirei conter o meu “caralho” pulsando por ela? Tenho que apressar as coisas rapidamente... Tenho... Vai ser minha de forma ou de outra... Completamente minha... “Fuder” sua “bocetinha” todinha... Sim, eu o farei com vontade... Nunca senti tanta vontade com ninguém. Você me deixa louco de tesão.

- Estarei aqui com o motorista te esperando às duas. – Disse, eu assenti e me virei para entrar no hotel, ainda me sentindo torpe com as sensações estranhas que havia sentido nos últimos minutos.



Fui até o hall do hotel, fiz o meu check in, depois de pegar o meu cartão de acesso, parti para o quarto louco para tomar um banho e relaxar o meu corpo de toda aquela tensão. Caminhei até o elevador, pressionei o botão do terceiro andar e fiquei refazendo os acontecimentos do dia.

Não posso ter caído nos encantos dessa garota! Não posso! Tenho que me focar em meus objetivos: Dinheiro, poder e vingança.

Oh céus! O que está acontecendo comigo? O que? Eu te odeio por me fazer desejá-la tanto, Nessie... Eu te odeio! Eu te odeio! Sua bruxa! Como conseguiu me deixar desse jeito? Como? Não desistirei da minha vingança! Nunca! Pelos meus pais...

Sai do elevador, caminhei em direção ao quarto, passei o cartão na porta e a abri. Entrei no pequeno quarto, bem menos confortável do que gostaria, observei a grande cama, a TV de plasma, luminárias na cabeceira, uma pequena mesa com duas cadeiras, o ar condicionado e um pequeno closet.

Caminhei até a mesa e coloquei as malas sobre ela. Depois a abri e tirei uma boxe para vestir depois do banho. Fui para o banheiro, coloquei a boxe sobre a pia, tirei as roupas e entrei no box, abrindo o chuveiro em seguida.

Comecei a me lembrar o rosto da delicinha, dos gestos delicados, a boca trêmula, a sua voz cantante invadiu meus tímpanos, lembrei do cheiro suave do seu perfume e quando percebi, eu “pau” já estava armado.

Eu toquei o meu “caralho” e comecei a estimulá-lo, fazendo movimentos rápidos com as mãos enquanto me imaginava “fudendo” aquela “boceta” apertadinha, chupando aqueles pequenos seios branquinhos e delicados. Imaginei cada detalhe do seu corpo, enquanto senti prazer e gemia me fantasiando comendo a delicinha...

OH Estou perdendo o juízo! Nessie...Nessie...Wooowww Nesssie! Como eu quero você... Vai pagar por roubar o meu juízo, garota! Vai pagar e não imagina quanto! Vou “fuder” a sua vida... Eu prometo... Wowwwww Wowwww Como é apertadinha! Gostosa... Woooowww

Os espasmos do meu corpo começaram a explodir em um gozo delicioso, para não dizer fantástico, espirrando o meu esperma por toda a parede do box. Sorri com aquela sensação maravilhosa de prazer. Nunca havia sentindo tanto prazer me masturbando... Nunca precisei me masturbar. Mas o fato de pensar nela, no seu corpo virginal e seu gosto me fazia sentir tudo de forma intensa.



- Ordinária!!! Eu te ensinarei a não brincar com fogo, delicinha. O que você fez comigo não se faz. Mas sofrerá em minhas mãos... Sofrerá tudo em minhas mãos. Só te odeio ainda mais por me fazer te querer tanto, sua vadia Cullen! Acabo com a sua vida em dois tempos... Eu juro... Eu juro. – Esmurrei a parede com raiva do que estava sentindo por ela. Mesmo sem saber o que aquilo significava, tinha ódio profundo das reações que havia causado em mim.

Sai do banheiro,  fui para o quarto, deitei na cama e tentei dormir um pouco. Mas estava sem sono depois da longa viagem para Seattle.

Depois de certo tempo apaguei novamente.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A HERDEIRA JAKEXNESS 8 Resposta

Capítulo 8 – Resposta






PVO Ness



Depois que apertei o Send, fiquei olhando para a tela, vendo a confirmação de envio do meu email. Meu coração disparou de tanta ansiedade, não consegui me mover da cadeira e fiquei longos minutos em transe, pensando na loucura que havia feito, sem saber qual passo a seguir daquele momento em diante.



A noite começou a passar rapidamente, não consegui dormir ou sair do estado em que me encontrava, refazendo todos os acontecimentos da última semana, onde conversei com minha família e soube da doença do meu avô e a discussão que tive com Seth. Meu coração apertou quando pensei nele, suas reações e os olhos cheios de tristeza.



Seth e eu tínhamos uma ligação tão profunda e odiava ter de magoá-lo. E no final das contas, mesmo sem perceber, eu o havia magoado. Mesmo sem entender o motivo dele ter ficado daquela maneira. Talvez apreensão por medo que eu sofresse, ou... não!.



-Eu me recuso a pensar assim.- Disse para mim mesma. – Somos só amigos e ele não sente nada por mim.



Olhei para o relógio na tela e vi que já passavam das quatro da madrugada. Tentei me arrastar para cama e me deitei. Contudo o sono não vinha e a todo momento olhava para a tela ligada, na espera de alguma resposta de Jacob... meu Jacob.



Na manhã seguinte acordei péssima, e como já era esperado, perdi à hora do colégio. Sendo arrancada da cama pela minha mãe, obrigada a me trocar de pressa e sair correndo comendo um pedaço de pão.



Cheguei à escola, os portões já estavam fechados e Jimi conversou com o Zelador, mentindo que o pneu do carro havia furado no caminho. Então fui liberada e corri para fazer a minha prova.



Não preciso nem dizer que a prova foi uma porcaria e que não conseguia me concentrar na matéria, nas perguntas que lia e no professor olhando para o relógio.



Acabei a entregando para ele com a maioria das questões em branco. E depois fui para o refeitório comer alguma coisa antes da próxima seção de tortura.



Conversei com algumas amigas, mesmo sem prestar muita atenção no que diziam, provavelmente fofocas sobre o baile e cogitações sobre os próximos rei e rainha da escola. Minha cabeça só conseguia pensar em uma coisa: A resposta de Jacob... só aquilo.



Olhei o meu email pelo celular milhares de vezes. Mas não tive a tão esperada resposta que precisava para acalmar meu coração tão angustiado. Sabendo que estaria em uma encruzilhada se ele dissesse não ao meu pedido. Como negaria o pedido do meu avô doente¿ Por outro lado, como me casaria com alguém que não amasse¿ OH God! Achei que fosse pirar naquelas horas em que minha cabeça dava milhões de voltas e várias perguntas revoavam a minha mente.



Depois do intervalo fiz outra prova. E acho que me sai melhor daquela vez.



Quando o meu dia de aula terminou, corri para o carro na ansiedade de chegar logo em casa para saber a sua resposta. Contudo não obtive o sucesso esperado. E fiquei o resto do meu dia na frente do meu computador, desperdiçando toda a minha terça feira a espera de uma resposta que me libertaria ou me aprisionaria para sempre... para sempre era muito forte, mas pensava daquele jeito.



Passei o resto da noite em frente a tela do computador e nada aconteceu, ele não respondeu e minhas esperanças começavam a ficar mais escassas a cada segundo olhando para a tela principal do meu email.



Mais uma noite se passou, eu na minha obsessão, não dormi, não sai do lugar, não comi, não conversei com ninguém no MSN, não entrei em nenhum site que tirasse o meu foco do meu email, ansiando desesperadamente pela sua resposta. E o dia seguinte foi a mesmíssima coisa, as minhas provas, pensamentos negativos, desespero e medo povoando o meu coração aflito.





Mas para a minha redenção, à noite me trouxe respostas e depois de muitas horas na frente do computador, finalmente apareceu uma nova mensagem, uma resposta de Jblack.



Senti meu coração disparar, meu corpo tremia de tensão, tive medo de abrir e ao mesmo tempo de não abrir. Meus olhos já estavam cheios de lágrimas, comecei a sentir um frio no estômago, depois uma cólica forte, minha respiração ficou irregular e tive que esperar uns minutos para me acalmar e ler o seu email... finalmente o seu email.





Renesmee,



Desculpa a demora na resposta desse email. Mas estava tentando encontrar palavras que não viessem a ferir o seu coração.



Sinto me lisonjeado por saber que a criatura mais bela, mais encantadora e doce me ama. E sinto meu coração apertar por ter que te magoar.



Desde a primeira linha do seu email, senti que havia sinceridade nas suas palavras. E fiquei pensando porque o destino não cruzou os nossos caminhos antes. Mas a vida é cruel e mesmo quando morávamos tão perto, estávamos muito longe um do outro.



Sabe, Renesmee, eu nunca amei ninguém e sempre desejei encontrar alguém que amasse como meu pai amou a minha mãe. Infelizmente o eu coração se fechou após algumas desilusões amorosas e nunca mais consegui me apegar a ninguém. E pensando sobre isso, acho até engraçado saber que sempre me amou tanto, mas que nunca teve a oportunidade de dizer isso.



Olha, eu ainda sou do tipo romântico a moda antiga e não seria justo com nenhum de nós se aceitasse esse pedido de casamento. E nunca poderia me perdoar se não a fizesse feliz como merece. Por isso é com o coração apertado que tenho que te dizer que não posso me casar com você.



Sei que um dia o homem certo aparecerá na sua vida e que será feliz ao lado dele. E por isso não posso permitir que estrague a sua vida se casando comigo.



Eu também tenho esperanças em encontrar a mulher certa para mim. E mesmo me compadecendo pelo seu grande problema, não poderei simplesmente abrir mão do meu futuro e estragar as nossas vidas.



Você é tão linda e tão perfeita que chega a doer as vistas. E duvido que não haja um rapaz bom que não tenha se interessado por você. Então se quer um conselho: Não se case por obrigação.



O amor é a única coisa que vale nessa vida. E acho que você deve se casar apenas por ele e não por conveniências ou obrigações familiares.



Tenho certeza que o seu avô encontrará uma saída para o problema que tem com a empresa. E que você terá um ótimo futuro para pintora ou qualquer carreira que escolher.



Desculpe me pela sinceridade, mas não poderia agira diferente. A minha criação foi muito rígida e os meus escrúpulos não me permitem passar por cima dos meus sentimentos ou os dos outros.



Na semana que vem, estarei em Seattle para uma entrevista de emprego. E gostaria muito de te conhecer pessoalmente. Se me enviar o número do seu celular, assim que chegar eu ligo para você e marcamos para almoçar juntos. Quem sabe assim você perceba que eu não sou o cara certo para você.



Com um grande carinho,

Jacob Black.



- MEU DEUS! – Coloquei as mãos na boca e comecei a chorar muito, com aquela dor me consumindo, o desespero por não ter mais saída e a decepção pela sua recusa. Porque em algum lugar no meu coração ainda havia uma pequena esperança. – Comecei a soluçar chorando, enquanto lia novamente cada palavra.





Sinto me lisonjeado por saber que a criatura mais bela, mais encantadora e doce me ama – Pelo menos ele me acha bonita.



... eu nunca amei ninguém e sempre desejei encontrar alguém que me amasse como meu pai amou a minha mãe – Não é possível que não haja uma esperança para mim... não...não é.



... eu ainda sou do tipo romântico a moda antiga –Você é tudo o que eu preciso... romântico, sensível e honesto. Por que¿ Por que não aceitou¿ Droga!



... A minha criação foi muito rígida e os meus escrúpulos não me permitem passar por cima dos meus sentimentos ou os dos outros. –Um perfeito cavalheiro... bonito, romântico, sensível e educado... tudo o que preciso na vida... OH Jacob, por que¿



Na semana que vem, estarei em Seattle para uma entrevista de emprego. E gostaria muito de te conhecer pessoalmente. Se me enviar o número do seu celular, assim que chegar eu ligo para você e marcamos para almoçar juntos. Quem sabe assim você perceba que eu não sou o cara certo para você. – Eu conquistarei você, Jacob... nem que seja a última coisa que faça na vida... esse encontro será decisivo para nós dois. Pode acreditar!



Respirei fundo, tentei me acalmar e colocar as idéias no lugar, sabendo que teria uma oportunidade com sua visita à Seattle e estava disposta a jogar com todas as cartas para o prender a mim. Por mais maluquice que aquilo pudesse parecer, ele seria meu... todo meu... nem que precisasse engravidar para prendê-lo... não em escaparia... não mesmo.



Jacob,



Não mentirei para você, dizendo que estou bem com sua resposta, tentando passar um estado de espírito que não tenho nesse momento.



Sabe, quase não dormi a última noite e hoje é um dos dias mais tristes da minha vida.



Sinceramente, não sei como chegar em eu avô e dizer que não tenho como casar. E ao mesmo tempo não posso dizer que aceitarei o noivo que me arrumar.



Estou sofrendo muito com toda essa situação e você não faz idéia do medo que senti ao te enviar o email. Sabendo que a sua resposta poderia ser não e meu coração sairia despedaçado. Mas era a última coisa que poderia fazer antes de dizer sim ao meu avô.



Agora, que na frente desse computador, observando a montagem de uma foto sua, meu coração sangra com a dor e a saudade do que nunca tive.



Tudo isso é muito complicado para mim. Apesar disso entendo, e admiro, a sua posição diante de uma proposta tão absurda.



Fico feliz por saber que é um verdadeiro cavalheiro, que é generoso e honesto e nunca se casaria, ou venderia, por dinheiro. Isso só me faz te admirar ainda mais... complicado isso. Sabia¿



Sei que tenho que tomar uma atitude diante da sua resposta, mas como deve compreender me falta coragem para dizer “não”. E isso está me machucando tanto quando a sua rejeição.



Obrigada pela sua honestidade e compreensão diante de uma pessoa tão louca, que foi capaz de fazer a proposta mais absurda por amor. Mas saiba que eu tinha que pelo menos tentar... não poderia dizer não sem tentar.



Bem, meu telefone é 23 8790-9976 e se quiser realmente me encontrar quando vier a Seattle, ficarei muito feliz.



Continuarei te amando... mesmo que nunca possa retribuir.



Com amor,

Renesmee Cullen



Com lágrimas nos olhos, terminei a minha carta resposta e enviei, com a esperança de encontrá-lo na semana seguinte e de dá um jeito de mantê-lo perto de mim.



Eu queria aquele homem e não desistiria tão fácil, mesmo com o coração sangrando e o desespero me consumindo. Enquanto houvesse esperanças, lutaria por seu amor e um dia, mesmo que distante, Jacob seria meu... completamente meu.



Fiquei novamente na frente do computador, passando minha noite esperando uma resposta que não veio. E no dia seguinte, meu celular era a única coisa que me importava, porque nele viria a resposta que tanto esperava. Quando a noite chegou, finalmente recebi a sua resposta.



Querida, Renesmee



Tenho uma entrevista de emprego na terça feira, no centro comercial de Seattle, e gostaria de aproveitar para rever alguns amigos de infância. Por isso devo chegar em Washington no sábado.



Ainda não tenho o número do vôo e nem o horário da minha chegada. Mas com toda certeza, gostaria muito de almoçar ou jantar com você nesse dia... és a minha prioridade.



Assim que tiver as informações do Vôo, envio um email para você e poderemos marcar uma data e um local para nos encontrarmos. Tudo bem para você¿



Você mencionou mais de uma vez que manipulou fotos minhas, para ver como eu seria quando adulto. Então anexei algumas fotos, as mais atuais, para você ver como sou hoje.



Acho que não mudei muito nesses últimos anos. Mas isso é você quem tem que me dizer depois.



Gostei muito de te conhecer e espero que não esteja magoada comigo. E se aceita um conselho: Não se case por conveniência... o amor é a única coisa que importa.



Fica bem, querida!



Beijos com carinho, Jacob.

- AHHHHHH! ELE CHEGA SÁBADO! ELE CHEGA SÁBADO! – Eu pulava como uma louca em meu quarto e meus pais vieram ver o que se passava comigo. – ELE CHEGA SÁBADO.



- Filha, quem chega sábado¿ Por que essa euforia¿ - Meu pai perguntou franzindo o cenho, enquanto abraçava minha mãe por trás.



- Jacob, chega sábado, pai! Ele tem uma entrevista de emprego em Seattle na terça feira. E virá mais cedo para cá. E eu vou encontrá-lo e o convencer de casar comigo. Não é ótimo¿ - Perguntei dançando no quarto.



- Isso é loucura, Renesmee. – Minha mãe disse apreensiva. – E se ele dizer não¿ Filha... – Eu a interrompi.



- Chega! Ele já disse não, mãe. – Respondi contendo o meu ataque. – Já disse não, mas eu o convencerei do contrário... ele casa comigo... pode ter certeza disso. – Conclui.



- Isso é loucura, Ness. – Meu pai interviu com o olhar preocupado.



- Loucura é eu me casar sem amor. – Retruquei sentando novamente em meu computador e abrindo as fotos anexadas.



- Você não é obrigada a se casar. – Minha mãe me lembrou.



- E como negar¿ Eu me casarei com Jacob. Pode ter certeza disso, mãe. Ou não me chamo Renesmee Carlie Swan Cullen.



- Ela está pior do que imaginava. – Meu pai sussurrou no ouvido dela.



- Temos que dá um basta nisso, Edward! Diga para o seu pai que não haverá casamento. – Minha mãe disse para ele, como se eu não estivesse participando da conversa.



- Nem pense nisso! Eu me casarei com Jacob! - Disse franzindo o cenho.



- Acho que precisarei marcar um analista para ela. – Disse para minha mãe, que me olhava consternada.



- Não irei para analista algum! Agora me deixem curtir as fotos do “meu” Jacob. – Dei de ombros e fiquei pasma olhando para o computador, de boca aberta, sem conseguir falar, com o coração acelerado e um frio na barriga ao ver a foto de Jacob. Ouvi a porta bater, mas não olhei, continuando com a atenção presa na tela.



- Lindo! Gostoso! GOD!!! Ele é maravilhoso e perfeito demais. Esse homem tem que ser meu... tem que ser...





Jacob,



Você ficou muito mais bonito do que eu imaginava... mal posso esperar para te ver pessoalmente.



Até sábado!



bjs





O resto da semana passou muito lento e só me restava mesmo esperar por um novo contato, informando o vôo e o horário de chegada a Seattle. E a resposta não tardou a chegar para o meu alivio.



Renesmee,



Chegarei ao aeroporto internacional às 10:00 no vôo 772.



Assim que possível, farei um contato com o seu celular... também não vejo a hora de te encontrar pessoalmente, linda!



bjus com carinho



-- xx ---



Sábado de manhã, o grande dia, o mais esperado, o mais importante e decisivo em minha vida. Levantei às seis horas da manhã, tomei banho, fiquei um bom tempo no closet escolhendo uma roupa apropriada e acabei optando por um vestido cinza a altura do joelho, com pequenas lantejoulas negras na borda, e um casaquinho preto na altura do ombro.



Coloquei a roupa, penteei os cabelos, escovei os dentes, passei creme nos braços e nas pernas, um pouco do perfume Frances que havia ganhado da minha tia maluquinha, sapatos preto de altos, escolhi um agasalho para combinar com a roupa, afinal dezembro fazia um frio enorme e desci para comer algo. Depois que tomei café, liguei para Jimi mais ou menos 8.10 e pedi que fosse me buscar.



Apesar de ser muito cedo, não queria correr o risco de me atrasar e ocorrer um desencontro. Afinal ele nem sabia que eu iria e a minha presença no aeroporto seria uma surpresa... uma agradável surpresa.



Jimi chegou em vinte minutos e correu para o aeroporto. E assim que chegamos, fui direto para o setor de bagageiro do portão de desembarque que sairia. Ficando andando de um lado para o outro por um longo tempo... muito longo.



Para o meu azar, recebemos uma mensagem que o vôo atrasaria uns vinte minutos. Então fiquei ainda mais tensa com aquela situação toda, com o meu coração batendo forte, um frio na estomago e uma sensação de milhares borboletas o revoando. Pensei que não agüentaria aquela espera. Quis gritar! Quis chorar! Quis milhares de coisas. Era a primeira vez que o veria em anos e não me agüentava de tanto nervoso. Achei até que enfartaria.



As primeiras pessoas começaram a sair, meus olhos já estavam cheios de lágrimas, eu as sequei e tentei me controlar. Não queria que me visse chorando como uma boba, mas era emoção demais para o meu coração. Foi então que eu vi... Sim eu o vi!



Ele era alto, devia ter mais de um metro e oitenta, forte, pele morena com tom avermelhado, cabelos negros, sobrancelhas grossas, um rosto lindamente marcante com aquela boca carnuda, covinhas no queixo, maças do rosto arredondada, nariz levemente arredando e “lindo” [não me venham falar mal do nariz do Tay!!]. Era exatamente como eu me lembrava, ou ainda mais bonito, mais interessante... havia deixado a face de moleque e virado um homem maravilhoso,.



Todo azul do mar

(Flávio Venturini)

http://www.youtube.com/watch?v=SVOlWf1Aifo&feature=player_embedded



Foi assim, como ver o mar

A primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar

Não tive a intenção de me apaixonar

Mera distração e já era momento de se gostar

Quando eu dei por mim nem tentei fugir

Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar

Quando eu mergulhei no azul do mar

Sabia que era amor e vinha pra ficar

Daria pra pintar todo azul do céu

Dava pra encher o universo da vida que eu quis pra mim

Tu...do que eu fiz foi me confessar

Escravo do seu amor, livre pra amar

Quando eu mergulhei fundo nesse olhar

Fui dono do mar azul, de todo azul do mar

Foi assim, como ver o mar

Foi a primeira vez que eu vi o mar

Onda azul, todo azul do mar

Daria pra beber todo azul do mar

Foi quando mergulhei no azul do mar



Jacob saia com sua bagagem e quando me viu parou, longos segundos se passaram e ficamos nos olhando de longe. Usava calças preta de linho, um suéter caqui de gola role e sapatos negros. Seus olhos brilhavam, seu corpo parecia estático, em sem mover um único músculo, até que uma senhora esbarrou nele, despertando o do transe.



Ele abriu um sorriso maravilhoso deixando os dentes a mostra. Fiquei completamente catatônica, acho que até parei de respirar, não tinha mais reação diante da visão do paraíso sorrindo a minha frente... sim... ele era o meu paraíso particular.



Andou lentamente em minha direção e tive que conter as lágrimas, senti meu corpo inteiro se arrepiar com a sua proximidade, um calor estranho subiu em minhas pernas e se apossou do meu ventre, um verdadeiro enxame de abelhas fez a festa em meu estômago e de repente, estava há dois passos de mim... dois passo do nosso futuro.



Nota Glau:

E ai¿ O que acharam¿ Gostaram¿

A Ness ficou completamente pirada. kkkk Acho que caiu do berço e bateu com a cabeça. Mas eu também ficaria pirada com a visão do paraíso a minha frente... ADOGO ISSO! AMO JACOB!!! JACOB PEGA EU! PEGA EU!!!

Estou no time da Tafnes e da Popozita e acho que ela não merece sofrer. Que esse Jacob está muito mal e não a merece. MAS GENTE!! COMO RESISTO A ESSA COISA LINDA¿ ELE É PERFEITO DEMAIS! UMA VERDADEIRA PERDIÇÃO... EU KERO JACOB PRA MIM! PEGA EU!

E AI¿ QUERE O PVO DO JACOB¿ SHUAHSU



Bem, espero que tenham gostado! Agora vou almoçar, depois tenho que correr pra o salão e de lá vou para a casa de mani.

Tentarei postar o PVO dele amanhã.... tentarei!



bjus no core

Doce Vingança escrita por mica_black, leticiasilveira 4

Capitulo 4

By Mica Black




Um dia e meio depois, Jacob respirou aliviado quando o desvio para a pequena cidade nas cercanias dos Black surgiu mais à frente.



Tendo a irmã dos Cullens a seu lado, não desejava esbarrar com ninguém que a conhecesse ou com algum dos seus irmãos.



Também mantivera distância de Renesmee que, para seu alívio, parecia satisfeita com sua atitude. Cavalgavam lado a lado, conversavam sobre coisas amenas e Jacob fazia o possível para não tocá-la.



Mesmo assim, seus músculos estavam tensos. O frio do outono não acalmava o fogo quase febril que o torturava dia e noite.



Mas agora, tão perto do seu reino, sua pulsação normalizava. Poderia se concentrar no trabalho braçal e ir para a cama à noite sem ter nada em mente além do sono.



Jacob sabia que deitar com ela seria um pecado mortal, mas ele perguntou-se quanto sua intenção somaria ao pecado. O inferno não o assustava. Ele já sobrevivera a um inferno.



Nem temia viver o resto de sua vida em solidão.



Tudo que ele sabia, com certeza, era que a segurança de Renesmee era mais importante do que qualquer outra coisa.



Ele lamentava muito o fato de ter metido Renesmee em seu meio. O que fez para ela era imperdoável.



_ No que está pensando, Jacob?



Ele se assustou quando sentiu o toque da mão de Renesmee contra seu tórax e o som de suas palavras o tirou de seus pensamentos.



Jacob tirou a mão de seu tórax e agitou a cabeça.



_ Nada. — Ele respondeu, severamente, como se sua presença o aborrecesse, quando na verdade, gostaria d apertá-la em seus braços.



_ Eu não penso em nada, estou somente aproveitando o silêncio ao meu redor.



Renesmee retrocedeu, ele viu a confusão em seu rosto. Apesar de sentir o coração apertado, Jacob não disse nada para amenizar o tom duro em sua voz.



— Vamos parar. Pressinto que uma tempestade se aproxima. Iremos armar nossas barracas por aqui mesmo. — Jacob deu ordem aos seus homens.



— Graças a Deus. — Ela desmontou, amarrou o cavalo a uma árvore e se espreguiçou.



Jacob também desmontou, acenando para que Sam fizesse o mesmo.



— Sua vingança contra os Cullens não está tomando o rumo que disse — murmurou Sam.



— Tem sido assim desde o começo. — Jacob sabia que nada saíra como esperava naquela missão.



Jacob se voltou para olhar em Renesmee,sentada no tronco de uma árvore.



— Ela vem de uma família que dá as ordens, Sam.



— A família dela ficaria contente com a nossa morte — comentou Sam.



A raiva reprimida emanava dele feito uma nuvem negra.



— Renesmee não é nossa inimiga. Pode compreender isso?



— Compreender? Sim. Concordar? Não.



O tom de Sam tornara-se sarcástico e a atitude beligerante.



— Não perguntei se concordava. — Quando os olhos de Sam se arregalaram e Jacob continuou — Pode fazer isso sem descontar sua raiva numa mulher inocente?



Sam hesitou, como se refletisse numa resposta. Por fim, assentiu.



— Ela não é exatamente inocente, mas odiaria arruinar seus planos.



— Ótimo.



Sentada contra uma árvore, Renesmee engoliu o último pedaço de pão com queijo que Jacob trouxera.



Como estivesse ansiosa por esticar as pernas, Renesmee anunciou:



-Nossa estou cheia de bolhas já! Quem diria uma dama com bolhas nos pés!



Ao se levantar Renesmee tropeçou em um galho de arvore e caiu.



-Ai! Droga! Está bêbada Renesme! — Ela mesma se subjugou.



Jacob continuou a observá-la, impassível, sem fazer a menor menção de ajudá-la. Com a queda, os tornozelos dela ficaram à mostra, o que chamou sua atenção. Se desejasse, poderia ter uma pequena visão de suas coxas, porém desviou o pensamento.



— É meio desastrada, não? — observou, rindo.



Após lutar por algum tempo com o arbusto, ela finalmen¬te se pôs em pé lançou-lhe um olhar frio.



— Damas não são desastradas, são graciosas.



Ele a estudou. Os pés estavam sujos, principalmente o direito, que ainda tinha sangue devido ao corte com a pedra; os cabelos despenchados e o rosto, empoeirado. Não havia muito de gracioso nela.



Renesmee ergueu o queixo e teria marchado para longe se Jacob não bloqueasse sua passagem com o peito.



— Saia do meu caminho! — ela ordenou furiosa.



— Renesmee é só uma brincadeira, estou vendo que você tem o mesmo temperamento do seu irmão Emmett!



O ferimento em seu pé piorou bastante: estava ver¬melho e inchado. Ela tentava amenizar a dor ao andar, enfaixando-o com tiras que rasgava do vestido e, com isso, a barra estava cada vez mais curta.



Estranhamente, Jacob se divertia com as queixas e as maldições terríveis que ela lançava. Na verdade, admi¬rava-lhe a coragem. A moça não baixava a cabeça de forma alguma, tra¬zendo o nariz sempre apontado para o céu, o que deixava seu delicado pescoço ainda mais gracioso.



Jacob sorriu ao fitá-la.



Sam limpou a garganta, numa tentativa de chamar a atenção do amigo e interromper-lhe a contemplação, convidando-o a auxiliar na tarefa de soprar os gravetos. A ma¬deira estava úmida e custava a queimar.



— Meu Deus! Se demorarem mais para acender esse fogo, vou congelar de frio. — Renesmee reclamou mais uma vez.



Jacob grunhiu mais não falou nada.



Renesmee observou a paisagem ao redor. Embora o frio cor¬tante, havia uma profusão de flores coloridas desabrochara com esplendor e botões pontilhavam as árvores.



Não conseguia apreciar nada daquela beleza, devido ao frio que sentia. Revirou-se, ten-tando adormecer, porém todo seu esforço foi em vão.



Olhou através das chamas para se certificar de que Jacob já havia adormecido. Os olhos dele não se mexiam e não havia nenhum sinal de que estivesse acordado.



Cuidadosamente, ela se levantou e foi até a fogueira se aquecer.



Jacob se levantou e viu Renesmee se aquecendo perto do fogo.



Ela quase gritou de susto ao ver Jacob ao seu lado.



— Renesmee, se queria se aquecer porque não me acordou? Eu sou muito quente.



— Hoje você está um grosso, não é o Jacob que conheci semanas atrás!



Jacob ficou magoado pela confissão de Renesmee e sentou-se junto dela em frente a fogueira.



Permaneceram alguns segundos em silêncio, somente com o aquecimento do fogo entre eles. Jacob olhou as chamas que se elevavam ao azul do céu como que hipnotizado.



— Pode colocar mais lenha na fogueira, por favor? — pediu, incomodada.



— Está com frio...



— Sua esperteza realmente me surpreende.



Sem responder, Jacob se levantou e adicionou uma série de troncos ao fogo. Limpou as mãos e permaneceu em pé, com ar pensativo.



— Não se preocupe. Logo eu a devolverei para seu irmão.



Renesmee o fitou, Jacob parecia mais humano e, de alguma forma, mais acessível.



Antes que pudesse pensar em algo para dizer, ele se dei¬tou a seu lado, abraçando-a.



— O que está fazendo? — perguntou, chocada. Ele a aconchegou contra o peito.



— Está com frio, não está? Vou aquecê-la. — E de fato o fez.



A pele de Renesmee se arrepiou ao sentir a respiração morna contra o pescoço. Era bom tê-lo tão perto.



Tratou de se livrar do pensamento o mais rápido possível.



— Sente-se melhor?



A voz de Jacob tinha uma ponta de ternura. Ou ela estava imaginando coisas?



— Sim, obrigada.



Renesmee suspirou. Estava exausta devido aos últimos dias, mas em breve estaria em casa. Com esse pensamento, e já aquecida, adormeceu nos braços de Jacob, sentindo-se segura e protegida.



— O fogo... Quase apagou. — Renesmee despertou no meio da noite, sentindo-se a ponto de congelar.



Em poucos segundos, Jacob se pôs próximo à foguei¬ra, reavivando-a. Em seguida deitou-se novamente ao lado dela, que, sem constrangimentos, se aninhou junto ao peito largo.



Jacob sorriu. Sem nenhum aviso, deu-lhe um beijo suave e quente na curva do pescoço delicado. Renesmee sorriu sonolenta, sem se incomodar com o gesto.



Mas em seguida veio outro beijo, igualmente suave, e mais outro... Agora nos lábios.



Ela segurou a respiração, porém não se opôs. Quando Jacob a ajeitou gentilmente nos braços, sentiu um arre¬pio percorrer a espinha. Nunca experimentara nada pare¬cido antes.



Deixou que ele continuasse aceitando com abandono os beijos e carícias à luz da lua.



Jacob prosseguiu, enlevado. Ousou tocá-la nos seios. Renesmee soltou o ar com força, mas não o impediu. Ele ses de Jacob se insinuaram pelo decote do vestido, segurou o ar nos pulmões, tomada de expectativa. Ela não pôde evitar um pequeno gemido, que teve um efeito devastador sobre Jacob.



Envolvido no calor do corpo macio, ele se esqueceu de que Renesmee era irmã de seu pior inimigo. Esqueceu-se, ainda, de que Sam dormia a poucos metros dali. Louco de desejo prosseguiu com as carícias, vendo-se totalmente correspondido.



Renesmee arqueou o corpo involuntariamente, mergulhan¬do os dedos nos cabelos claros e sedosos de Jacob. Gemia a cada nova sensação, totalmente entregue às carícias. O frio desapareceu por completo, substituído por um calor inexplicável que tomou conta de seu corpo. Jacob a beijou com ânsia na boca, e ela correspondeu com vigor, já sem medo das conseqüências.



Apesar de tudo, ele sabia que ela era inocente. As res¬postas de Renesmee deixavam claro que era a primeira vez que experimentava os carinhos de um homem.



Jacob ergueu a cabeça de leve e a fitou no fundo dos olhos. Os olhos claros estavam semicerrados, os lábios carnudos úmidos e entreabertos. Não mais podendo resistir, deslizou a mão por entre os corpos.



O calor de seu corpo a envolvê-lo por inteiro trouxe uma sensação inexplicável para Jacob, que soltou uma ex¬clamação de puro prazer.



— Precisamos parar Renesmee. Não podemos fazer algo que você se arrependera mais tarde.



Sem nada dizer, Renesmee ajeitou o vestido. Jacob percebeu que as mãos dela tremiam. Quando a viu estremecer por inteiro, atri¬buiu a reação ao frio e parou de se preocupar.



Aninhou-a novamente junto ao corpo e, puxando o manto de lã para cima de ambos, adormeceu quase de ime¬diato, sem ver as lágrimas silenciosas que rolaram pelo rosto dela.



O sol já havia se erguido, quando Renesmee despertou ainda envolvida pelos braços de Jacob. Não perdeu tem¬po matutando sobre o que acontecera na noite anterior. Já tinha pensado o suficiente. Seus olhos inchados e conges¬tionados pela noite mal dormida, podiam comprovar isso: ela estava apaixonada pelo Jacob.



Sentou-se devagar e olhou para seu amor adormecido a seu lado, totalmente alheio à sua aflição.



Censurando-se pelo seu desejo interrompido por ele, levantou-se e ajeitou o vestido.



— Não posso voltar para casa — ela murmurou.



— O que disse? — perguntou Jacob, preferindo se fazer de de¬sentendido.



Renesmee prendeu a respiração, o coração disparado. Não o havia percebido acordado.



— Não posso voltar para casa — ela declarou nervo¬sa.



Era como se ouvisse outra pessoa, e não ela, a proferir aquelas palavras. Pior ainda era constatar que era a única saída que encontrara para aquele dilema. — Ao menos não agora.



Jacob a olhou, admirado e sorriu outra vez. Surpresa, Renesmee notou os dentes perfeitos... O que a fez se lembrar das pequenas mordidas da noite anterior.



Imediatamente, uma onda de calor a varreu dos pés à cabeça.



— Tem dentes bonitos — comentou, sem saber o que dizer.



— Obrigado — Jacob agradeceu sem tirar os olhos dela. — Mas, como eu disse, voltará para casa. Já está decidido.



— Não! Por favor...



— Por que não? — Ele franziu o cenho.



— Não posso — respondeu Renesmee com calma.



— Está louca?



— Louca ou não, não vou para casa.



Jacob balançou a cabeça devagar.



Sem ser observada, Renesmee pôde pensar com mais sensatez. Respirou fundo e prosseguiu, explicando seus propósitos:



— Não voltarei para casa até que nos casemos.



A brisa balançou os galhos das árvores acima deles e alguns pássaros pousaram no chão.



Mas não houve manifestação alguma por parte do homem à frente dela. Por um instante, ela pensou se devia ou não repetir o que havia dito.



Jacob deu um passo em sua direção, o que a fez con¬gelar. Num momento, pareceu-lhe que ele diria algo, mas nenhum som deixou a boca bem-feita.



Ouviram ruídos à distância, sinal de que Sam acordara.



Por fim, ele correu as mãos pelos cabelos num gesto impaciente. Estava confuso. Precisava pensar com calma. Renesmee continuava a olhá-lo, ansiosa, aguardando uma resposta.



Mas ele, desposando uma inimiga?



— O que tem a dizer, milorde? — insistiu Renesmee.



— Seu irmão não apreciará a idéia, tenho certeza e outra você está confusa Renesmee. Como sabe, o destino da mulher é aceitar qualquer noivo que a família escolha para ela se casar.



— E?



— Não concordo com esse costume. — Ela soltou um pro¬fundo e dramático suspiro. — Tão pouco o considero justo.



Jacob olhou além de Renesmee e viu que, ao fundo, Sam apagava o fogo.



— Quando chegarmos minha cidade ,decidiremos.



Dizendo isso, Sorriu. O amigo não acreditaria na súbita mudança de planos.



— Não posso acreditar — declarou Sam, exasperado, mexendo os braços enquanto falava.



— Diga-me que não é verdade. Quer nos dar de presente, para o inimigo fazer conosco o que desejar? Ele irá nos destruir trazendo consigo o exército Emmett Cullen!



— Claro que não — Jacob replicou com calma. — Não permitirá que a irmã, a quem tanto ama, se torne viúva antes do tempo.



— Vamos seguir nosso destino, quero chegar ainda hoje! — protestou Jacob para todos.



A estrada fazia uma curva em direção a uma colina. Aproximando-se do topo, Jacob diminuiu o passo.



— Não espere que meu reino seja igual ao seu.



Renesmee lhe tocou o braço.



— Não importa se seu reino não é tão rica e grande quanto o meu. É seu lar. Isso basta.



A boca de Jacob se contorceu numa careta de escárnio.



— Black… — Ele olhou para o céu. — Black é… — Por fim, ele deu de ombros. — É um nada. Veja por si mesma.



O bosque se abria numa clareira. Renesmee fez o cavalo parar de súbito. O campo entre o bosque e o que antes deveria ter sido uma muralha estava enegrecido pelo fogo.



Tábuas de madeira formavam uma paliçada ao pé da colina à sua frente. Torres também de madeira flanqueavam os portões. A construção de uma nova fortaleza no topo da colina mal começara.



— O que aconteceu? — Não conseguia imaginar meu reino reduzido a minas assim. Isso bastava para deixá-la enjoada. Foi uma guerra?



— Não.



A resposta ríspida chamou atenção de Renesmee. A raiva se transformava em ódio no rosto de Jacob. Mesmo o cavalo pareceu sentir o receio de Renesmee, pois tentava se afastar dele.



— Então, o que houve?



Ele indicou as ruínas com a cabeça.



— É óbvio que foi um incêndio proposital.



— Onde você estava? Alguém morreu?



Jacob meneou a cabeça.



— Eu estava aqui. Vários aldeões morreram, inclusive minha mãe! Somente o castelo não pegou fogo, colocaram fogo só nas aldeias.



— Quem faria coisa tão horrível?



Devia contar a verdade?



Se Renesmee não acreditasse nele.



A idéia de roubar-lhe o coração e usá-la para vingar-se do irmão era discutível. O primeiro passo acontecera sem nenhuma atitude intencional de sua parte. Agora, para sua surpresa e pesar, não queria usá-la de maneira tão vil.



Na verdade, sua maior vontade no momento era protegê-la.



— Não sei. Ainda temos de descobrir o responsável.



Caminharam mais um pouco e o inclinava-se agora. A floresta ficava a cada passo mais rala e as pedras cinzentas do castelo de Black come¬çavam a aparecer na distância. A fortaleza ocupava uma ilha unida à terra por uma ponte feita de pedras. Um portão com guardas ficava à entrada da ponte. Ao fim dela, havia outra casamata atrás da qual estava uma ponte levadiça que fora ali colocada como proteção extra.



O castelo propriamente dito ficava de perfil para a terra firme. A entrada ficava na parte central da construção, a parte mais protegida da estrutura. À esquerda, as muralhas eram imensas. E, por trás, havia outra parte que era ainda mais alta e formidável.



Jacob franziu a testa.



— Vamos! — instigou mais uma vez, forçando-a a recome¬çar a caminhada.



E, assim que se aproximaram da primeira casamata da ponte, as pessoas do castelo já estavam reunidas para recebê-los. A tempestade pare¬ceu recusar-se a cruzar a ponte.



— Pelo menos seu castelo está intacto. Você está residindo seu povo em sua fortaleza? — Ela comentou.



— Não. Seth, Paul e Quill fizeram cabanas para meu povo se abrigarem até reconstruirmos toda a aldeia.



— Quem é Seth?



— Você logo vai conhecê-lo.



— Que bom que chegou Jacob. — Seth enca¬rou-o, para depois se voltar em direção a Renesmee. Aproximando-se dela, olhou-a descaradamente, como se avaliasse seus dotes físicos.



Jacob não gostou da expressão no rosto do amigo.



A multidão se aproximava para apreciar o espetáculo. E to¬dos voltaram o olhar para seu senhor quando ele anunciou:



— Ouçam todos e ouçam bem! Tenho boas novas que vocês saberão em breve Renesmee Carlie Cullen será nossa hóspede — Jacob explicou.



Uma vaia uníssona soou entre todos que ali estavam pos sabiam que sua família causou tudo isso. Renesmee por vez ficou triste com a hospitalidade.



As pessoas murmuraram contrariadas, mas foram obede¬cendo aos poucos. Alguns se mostravam até hostis agora que sabiam que era uma Cullen que estava no meio deles. Ou¬tros ainda lançavam olhares solidários para ela, mas afasta¬vam-se como seu senhor ordenara. Ninguém, porém, voltou de fato a seus afazeres. Ficaram por ali, perambulando, fingindo trabalhar, mas atentos a cada movimento de Jacob.



Jacob suspirou. Fosse como fosse, agora já estava feito e tinha de prosseguir com sua vingança.



Ao entrarem no castelo.



— Renesmee, esta é Sue, a dama de honra da minha mãe, e governanta da casa. Uma velha amiga da casa que agora vou colocá-la em seu dispor, ela é de tremenda confiança.



— Prazer Srta Cullen. Imagino que queira descansar e tomar um banho. — Sue avaliou o vestido dela. — Vou ver se encontro algo que possa vestir.



No quarto muito chique, Renesmee despiu-se. Então, entrou na tina, sentando-se logo. Procu¬rava não gritar de dor. As bolhas em seus pés ardiam como se estivessem em fogo. Seus ombros e braços estavam muito do¬loridos por terem sido mantidos na mesma posição por tanto tempo. Moveu-se na água e relaxou em pensamentos



— Quer ajuda? — A voz suave de Sue a fez voltar para a realidade.



Olhou-a, vendo apenas bondade em seu rosto redondo. Quando assentiu, ela sorriu e passou a lavar-lhe os cabelos.



— Como tem essa cor tão linda por todo o corpo, Renesmee? — perguntou ela, pouco depois.



— Não me escondo do sol.



— Não teme que ele fira sua pele?



— Não. Afinal, sou mais do que um simples corpo. Meu valor não está em minha pele, mas em minha honra, em minha mente, minhas habilidades.



O banho já estava quase terminado. Sue despejou com cui¬dado um balde de água morna sobre os cabelos de Renesmee, e depois lhe estendeu um grande pedaço de tecido para que se enxugasse.



— Vou trazer roupas minhas depois que cuidarmos de suas feridas — disse, sempre solícita.



Assim que se viu sozinha, Renesmee arrastou a pesada cadeira para junto da janela. Colocou os pés enfaixados sobre o assento e subiu, segurando com força o pano em torno do peito.



— Não devia ficar em pé — Sue recomendou, tornando a entrar no quarto. Aproximou-se e olhou também pela janela, vendo Jacob gritar ordens lá embaixo.



— Ele me parece um bom Senhor - comentou.



Assim que Sue terminou com seus cabelos, ela se levantou ia falar mais, mas o guarda colocado do lado de fora da porta bateu de leve com sua espada contra ela e, em seguida, abriu-a.



— Lorde Jacob ordena que lady Renesmee desça para jantar.



Já estavam no salão e ele a guiou até um banco. Ela se acomodou, tendo Sue a seu lado direito. À sua esquerda, sentou-se Seth e, depois dele, Jacob. Sam e Paul estavam do outro lado de seu senhor.



Os comentários começaram a surgir, entre risadas. Renesmee notava que todos os homens ali presentes pareciam à vontade agora. Alguns ainda a olhavam com certa curiosidade.



E aumentava a tensão de Renesmee. Nunca tivera muita paciência. Por quanto tempo conseguiria conter as perguntas?



— Preciso perguntar uma coisa. — Ela falou baixinho só para ele escutar



Jacob parou de comer. Respirou fundo antes de se voltar para ela.



Não importava a resposta, precisava saber. Jurou não gritar, lamentar ou chorar. Era adulta, capaz de manter a calma enquanto aguardava a resposta.



— Jacob, você é casado? — Lamentou o patético tremor em sua voz.



— Casado? Quer saber se sou casado? — Um sorriso suavizou a expressão preocupada de Jacob



— Sim. — Suas pernas tremiam. Considerando tudo, é uma pergunta razoável.



— Não devia ter perguntado antes de eu te beijar?



— Eu não… — Renesmee engoliu a resposta.



Jacob parou diante dela, acariciando com o dedo a linha de seu queixo.



— Nunca a trataria de maneira tão cruel, Renesmee. Fique tranqüila. Não sou casado.



O alívio afastou a tensão do corpo dela.



— Se me dá licença senhores, eu vou me deitar. O que mais quero é de uma boa cama. — Anunciou Renesmee e saiu.



Seth aproximou-se do seu Senhor e lhe perguntou:



— Então, você está gostando dela?... — Disse uma voz abor¬recida a seu lado.



— Talvez. E nem pense em interferir, Seth.



— Não? — O guerreiro sentou-se — Pois não gosto nada da idéia de você ter uma amante quando Leah chegar.



— Ela não tem nada com isso.



— Não? Ela verá como um insulto que você tenha outra mulher.



— Não assinei o contrato de noivado ainda. Aliás, Leah deve manter-se em seu lugar e não interferir em mais nada.



Jacob Sentiu um aperto no peito. Remorso, pelo que estava por fazer. Renesmee não tinha culpa dos atos do irmão. Talvez ti¬vesse escolhido essa forma de vingança simplesmente porque a queria para si...

domingo, 26 de setembro de 2010

Doce Vingança escrita por mica_black, leticiasilveira 3

Capitulo três
 
by Mica Black




Renesmee acordou sobressaltada. Algo a despertara.



Fazendo o mínimo de barulho possível, ela vasculhou a cama feita de cobertores dobrados até encontrar a pedra trazida do riacho. Não era uma arma, mas serviria para deixar um homem desmaiado se usada com força.



— O que está procurando?



— Nada. — Renesmee relaxou os dedos, mas deixou a pedra escondida ao seu lado. — Só estava me espreguiçando. Esse colchonete é o mais desconfortável no qual já dormi.



— Tentei não acordá-la. — Jacob riu enquanto se aproximava.



— Está com fome? - Jacob perguntou.



— Sim muita!



— Toma esse pedaço de pão.



Renesmee fitou-o e uma estranha sensação atingiu seu estô mago. Ele sorriu, fazendo-a corar, não de vergonha por estar enlameada, mas devido ao efeito que ele exercia em seu corpo. Afastou o pensamento perturbador.



Os dedos de Jacob tocaram os dela. O leve contato a lembrou do quão vulnerável estava na companhia daqueles homens estranhos.



Jacob não era um de seus irmãos. Nem queria que ele fosse.



Para seu profundo desgosto, ela o queria como uma mulher quer um homem. Talvez mesmo como marido. Mas primeiro precisava descobrir mais sobre ele: quem era; de onde vinha; porque a tratava feito uma prisioneira; e, acima de tudo, porque seu nome lhe parecia familiar.



Contudo, sem nenhuma razão aparente, sentia-se acanhada. A presença dele a deixava desconfortável, alerta… mas consciente de coisas que normalmente não notaria.



Coisas como sua pulsação acelerada, a respiração pesada, o anseio inexplicável em seu peito, a maneira como a brisa fria tocava suas faces quentes. Jacob a tocou no ombro.



— Está satisfeita?



— Sim. — Ficou quieta.



Jacob deslizou os dedos pelo rosto dela. O toque gentil deixava uma trilha ardente na pele. Renesmee recuou do gesto perturbador.



— Não tente me adular como se eu fosse seu cão de caça favorito.



— Não se parece com um cão de caça.



—Não. Sou o prêmio que ganhou no jogo. Uma prisioneira que além de lhe cortar a carne, desobedeceu a suas ordens e humilhou seus homens.



— Está errada novamente. — Jacob a puxou para perto e sussurrou-lhe ao ouvido: — É uma mulher desejável que pretendo conhecer melhor. - Renesmee tremeu com o hálito quente de Jacob em seu ouvido.



Jacob afastou a mão e ficou olhando fixamente para ela.



Mesmo que decidisse seguir a sugestão de Paul, procederia devagar, com cuidado. Sim, estava zangado com ela, mas violentar Renesmee não a faria lhe entregar o coração. Na verdade, além de deixá-lo enojado, cometer tal ato certamente provocaria sua morte. Não havia dúvida de que enfrentar três Cullen decididos a defender a honra da irmã seria uma forma rápida e indolor de morrer.



Eles tomaram seus cavalos e seguiram o trajeto até o destino desejado por Jacob.



— Onde estamos? - Renesmee pergunta não reconhecendo o local.



— Bem longe, seus seqüestradores te levaram para longe do seu reino



Controlando a frustração, ela sorriu com doçura.



— Onde estamos exatamente? - Ele arqueou as sobrancelhas.



— Cuidado para não falar na presença de Sam. Ele não gosta de mulheres tagarelas.



— E você?



— Já mostrei como me sinto a esse respeito. — Jacob pou sou os olhos nos lábios de Renesmee. — Sei como fazê-la parar de falar.



Ela estremeceu, sentindo a determinação enfraquecer. Jurou dali em diante se manter de boca fechada. Teria conseguido se não fosse uma necessidade que não podia mais conter.



— Preciso pedir que pare um pouco. — Disse, hesitante.



Os olhares de Jacob e Sam fizeram com que ela se sen tisse um inseto. Alguns minutos se passaram e a necessida de ficou forte demais.



— Preciso parar — insistiu.



— Por quê? — inquiriu Jacob.



Com o rosto vermelho como um pimentão, ela ergueu o queixo.



— Preciso... Aliviar-me.



— Como posso saber se não é um truque? — perguntou Jacob com um brilho divertido no olhar.



Controlando o ímpeto de apagar a expressão de zombaria com uma bofetada, ela respirou fundo.



— Se demorar muito falando bastante sobre o assunto, a resposta logo irá ficar visível.



Jacob fitou-a pensativo por mais um instante e assentiu.



— Siga-me.



Jacob a conduziu para dentro da floresta, longe dos de mais, até uma pequena clareira, onde parou de costas para ela. Constrangida, ergueu a saia e se agachou, sem deixar de fitá-lo.



— Não acabou ainda?



— Estou tentando, mas é difícil com você parado aqui tão perto — disse corada. — Queria ver se fosse mulher.



— Nesse caso, você não conheceria os prazeres que logo des cobrirá comigo — ele murmurou, numa voz quase sedutora.



Renesmee engoliu em seco e apressou-se com a tarefa, tentan do ignorar o que ele tinha dito.



Quando chegaram ao seu destino à noite, o céu estava co berto de estrelas e a lua brilhava. Um vento frio balançava os galhos das árvores, mas não voltara a chover.



Ao entrarem na clareira, o aroma delicioso de carne sucu lenta explicou o motivo de Paul ter partido na frente. Renesmee sentiu água na boca e fitou ansiosa, pela comida.



Embora exausta, sentiu o humor melhorar um pouco. Eles só tinham feito uma parada durante o dia. Seus pés doíam e ela estava faminta.



Jacob e seus homens deram tapinhas amigáveis no ombro de Paul em agradecimento, antes de começar a de vorar a comida. Renesmee permaneceu olhando, imaginando se dariam algo para ela comer.



— Está uma delícia — comentou Sam, enfiando mais um pedaço da carne na boca.



— Paul cozinha melhor que minha Emily — elogiou outro.



Jacob apenas sorriu muito ocupado em comer. Um som o fez se virar para as sombras atrás de si. Olhando por sobre os ombros, viu Renesmee, em pé onde a havia deixado. Ele ergueu um pedaço de carne para ela.



— Vai ficar aí parada a noite toda ou prefere sentar e comer?



— Por fim está me dando uma escolha? — Perguntou Renesmee, a voz carregada de sarcasmo.



Jacob limpou a boca na manga da túnica, já arrependido da oferta generosa.



— Precisa de uma lição sobre boas maneiras.



— E acha que vai me ensinar, fazendo-me caminhar até perder as forças e me matando de fome?



— Meu Deus, mas você tem a língua afiada! — Exclamou Jacob, quase perdendo a paciência.



— É eu nasci com ela. — Ela parou para sorrir. — E você, quando ganhou a sua?



Ele perdeu a calma e agiu por impulso, algo que fizera pou cas vezes na vida. Largou a carne, levantou-se e, antes que Renesmee se desse conta, agarrou-a pelo braço e a levou para o meio das árvores. Parou e puxou-a de encontro ao corpo.



— O que está fazendo? — Perguntou ela, sem fôlego.



— Lembrando-a de que também tenho boca e de que sei usá-la. — Murmurou suavemente, o hálito quente acariciando seu rosto.



Jacob a pressionava contra o peito e ela sentia as batidas fortes e regulares do coração dele. Os braços que a envolviam eram musculosos e longos. E, então, viu-o se inclinar e tomar sua boca, provocando-lhe novas sensações. Ele era o conquis tador e ela a subjugada. Sentiu um calor percorrer seu corpo, do ventre às pernas. Quando a língua atrevida pediu entrada em seus lábios, ela gemeu.



Ele interrompeu abruptamente o contato, deixando-a pa rada, confusa, tentando se recuperar, atordoada com o calor em seu corpo.



— Agora é hora de comer. — Jacob grunhiu.



Tropeçando atrás dele, Renesmee retornou para a clareira, ten tando dominar as batidas do coração. Sentou-se junto aos outros e aceitou um generoso pedaço de carne, mas já não tinha fome.



— Por que a moça está tão quieta? — Quis saber Paul. — Estará doente como o amigo?



Jacob deu de ombros.



— Tive que lembrá-la para não me desafiar.



Sem saber o que fazer, Renesmee recorreu a um gesto infantil e mostrou-lhe a língua.



Para sua surpresa, ele riu.



— Deveria ser chicoteada por agir feito uma criança teimosa.



— Chicoteada? — Com olhos arregalados, Renesmee se afastou. — E quem seria… tolo suficiente para tentar?



A hesitação deixou evidente que Renesmee tencionava perguntar quem seria "homem" suficiente para tentar. Ao menos fora inteligente de não desafiar ainda mais sua paciência. Mas a expressão assustada fazia com que Jacob lamentasse a péssima escolha de palavras.



— Renesmee, ainda se arrependerá por ser tão imprudente.



Ela se ergueu e começou a andar pela pequena tenda.



— Não é imprudência querer liberdade.



Jacob se levantou também.



— Não se faça de tola, Renesmee. Não é uma prisioneira. Pretendo devolvê-la a Cullen, completamente ilesa. Mas você parece ter o hábito de correr riscos desnecessários.



Horas depois, Renesmee já estava esticada na manta quase dormindo quando Jacob se juntou a ela.



— Vai dormir comigo. — Jacob se inclinou, e com um gesto que começava a se tornar um péssimo hábito, levantou-a pelos braços



Lembrando-se do episódio de antes do jantar, ela tratou de obedecer. Porém, nenhum aviso parecia induzi-la a se deitar de boa vontade ao lado do Black, embora soubesse que teria que fazê-lo. Nos últimos dias não tivera muitas escolhas. De repente, tudo pareceu chegar ao limite, e lágrimas de frustra ção inundaram seus olhos.



— Por que está chorando? — Perguntou Jacob, deitando-se sobre as mantas.



Renesmee fungou temerosa de falar e gaguejar, acabando as sim com o restante de orgulho e dignidade.



Jacob a segurou pelo tornozelo, fazendo-a cair sobre seu peito, os narizes encostados um no outro.



— Diga-me por que chora — murmurou a voz baixa e per suasiva. — Tratei você com bondade e a salvei de ladrões.



— Quero ir embora!



_ Descanse tranqüila, Renesmee, eu não vou machucar você. - Jacob afastou o braço de sua cintura, e roçou um dos dedos em sua face, enxugando uma lágrima, que ela não conseguiu conter.



Ela suspirou e disse:



— Eu sei que não.



Renesmee queria dizer mais. Falar de tudo que lhe corroía a alma, mas se calou.



Jacob estreitou os olhos.



Rolando para o outro lado, ele lhe deu as costas. Ela fechou os olhos e tentou dormir, mas os acontecimentos dos últimos dias invadiam sua mente. Dentre eles, uma suspeita que não a deixaria descansar sem resposta.



Cutucou as costas de Jacob, que resmungou:



— O que foi?



— Quem é você, Jacob Black?



Ele não respondeu.



Renesmee não discutiu. Teria de fazer muito esforço para que os dentes parassem de bater. Não lembrava ter sentido tanto frio antes. O ar da noite estava úmido pela promessa de um inverno maldoso.



Jacob a puxou para perto, então começou a esfregar-lhe vigorosamente os braços.



— Você está congelando.



Incapaz de responder por causa dos dentes batendo, Renesmee cruzou os braços e apertou-se nele para aproveitar o calor oferecido.



Ele tirou a blusa de lã e a ofereceu a Renesmee.



— Não é muito, mas vista.



Uma vez vestida com a blusa tão comprida quanto um vestido, Renesmee encolheu as pernas para que ambos pudessem compartilhar do abrigo.



Jacob a puxou novamente, mantendo os braços ao redor dela.



— Tente dormir um pouco.



Renesmee pousou a cabeça no peito dele. Ele, por fim, ficou meio embaraçado com essa situação, ou seja, ela era irmã de seu inimigo. Mas Renesmee era diferente era ousada. Obstinada. Imprudente. Curiosa. Todas as coisas que afastariam o tédio e manteriam seus longos dias cheios de atividade.



No dia seguinte, Renesmee acordou e viu que Jacob não estava ao seu lado, então saiu da cabana e do lado de fora estava sentando Sam comendo um pedaço de pão. Renesmee, por sua vez, deu um passo para trás para entrar na cabana, mas foi impedida pelo mesmo.



— Ora, Srta Cullen, pode sentar junto comigo eu não mordo. - Murmurou ele.



— Cadê Jacob? - Indagou-a com uma voz autoritária.



— Foi tomar um banho de riacho. Logo ele vem, Srta. Você é muito diferente do seu irmão Emmett, eu fazia imagem diferente antes de conhecê-la.



— Como me imaginou?



— Bem uma chata, mimada e ruim igual ao seu irmão aquele desgraçado ambicioso!



— Meu irmão não é ruim como todos pensam e, por favor, não o insulte perante a mim.



— Bem, vejo que você não sabe nada sobre seu irmão!



— E o devo saber dele?



— Que...



Sam foi interrompido por Jacob.



— Deixa Renesmee em paz Sam! - Ordenou Jacob.



O som de cavalos se aproximando ecoou no ambiente. Um homem gritou:



— Lorde Jacob!



Jacob respondeu ao grito seguinte.



Desmontando, Harry perguntou:



— Seu povo precisa do Senhor. Tem que dar ordens de como faremos para recuperar aldeias às crianças morrendo de fome!



— Do fundo do meu coração lorde, desejo-lhe sucesso em Cullen, porque precisamos fazer algo justo.



O comentário de Harry intrigou Renesmee. Que tipo de sucesso Jacob poderia ter em Cullen?



— Pode sair agora, Harry.



Jacob voltou para junto de Renesmee e lhe apertou a perna.



— Ouviu?



Renesmee encolheu-se devido ao tom severo.



— Sim.



— Bom. — Ele relaxou a mão, acariciando-lhe a coxa com o polegar.



— Vamos, é hora de partir.



— Para suas terras?



Um sorriso lhe suavizou as feições. O olhar perturbador a manteve em silêncio.



— Sim. Estive longe por muito tempo. Preciso verificar algumas coisas antes de viajar para as suas terras.



— Mas primeiro posso me banhar no riacho?



— Logicamente, minha dama!



Renesmee se banhou, mas demorara muito para retornar e Jacob já estava ficando preocupado e foi ver o que estava acontecendo



Renesmee estava olhando para o pequeno lago, abaixou-se na margem, espirrando água em seu rosto. Se isso não a acalmasse, pelo menos diminuiria o queimor em suas faces.



— Renesmee, vamos.



— Ok! Meu "Senhor", sua escrava já vai!



— Por favor, Renesmee, não gosto de sátiras.



Renesmee levantou e seguiu andando sem esperar por Jacob e ele apegou pelo braço a fazendo esperar e a trouxe para perto, novamente.



— Um beijo, então poderemos ir.



Renesmee, rapidamente, ergueu a cabeça e deu-lhe um rápido beijo, mal tocando seus lábios.



— Pronto, já teve seu beijo.



— Oh, chama isso de beijo? - Sua pergunta a atordoou.



— Sim, eu...



Jacob rapidamente cobriu a boca dela com a sua, cortando sua resposta e, pela primeira vez, desde que era criança, Renesmee sentiu-se gelada de terror. Sua pulsação corria rápida.



Isto era perigoso. Ela tinha que fazê-lo parar. Tinha que achar um modo de trazer Jacob à razão.



Jacob moveu seus lábios mais firmemente contra sua boca. Renesmee quis erguer seus braços para empurrá-lo para longe, quebrar aquele encanto que havia descido sobre ela, deixando-a em chamas.



Mas seus braços se recusaram a obedecer.



Jacob interrompeu o beijo, com um gemido rouco e tocou sua fronte com os lábios.



— Isso é um beijo.



Renesmee olhou fixamente para ele, perguntando-se quando seu coração ia parar de bater alucinadamente para poder caminhar.



Jacob sentiu estranho. Seu sangue corria quente por suas veias e seus sentidos incendiaram. Um beijo não era suficiente. O mero movimento dos lábios macios de Renesmee contra os seus, seu corpo suave apertado contra seu peito e a dança erótica das línguas se buscando, não contribuíam em nada para acalmar o desejo crescente.



Ele a queria. E era homem suficiente para admitir desejar que Renesmee sentisse o mesmo. Jacob também reconhecia a raiva que borbulhava sob seu desejo.

A HERDEIRA - JAKEXNESS 7 Ação


 Capítulo 7 - Ação

PVO – Jacob

Meu plano já estava traçado e só faltava colocar a minha estratégia em ação. A primeira coisa que precisava, era enviar Currículos para empresas em Seattle e torcer para uma delas me chamar para entrevista. Apesar de ter um plano perfeito, também precisava que a sorte me ajudasse. Afinal Carlisle Cullen com toda certeza averiguaria se eu realmente estava lá para uma entrevista. Se pegasse ele me uma mentira, só me complicaria a situação. Precisava ser meticuloso e cuidar de cada detalhe com calma, para não colocar tudo a perder antes de colocar as mãos naquela bonequinha tão linda.

Sentei em meu computador depois de pensar mais sobre os fatos. Comecei a fazer pesquisas em sites de emprego e me candidatei há várias vagas, depois coloquei em meu perfil a foto mais bonita que encontrei, torcendo para a pessoa que fosse avaliá-lo fosse uma mulher e se encantasse pelo meu rosto exótico.

Depois de me candidatar às vagas, fiquei observando o meu email por um bom tempo, esperando uma resposta que não veio nas primeiras horas. Então pensei: Ela ainda não leu ou está chorando rios de lágrimas, achando que sou o mais cavalheiro de todos os homens.

Às vezes eu fingia tanto, que acabava acreditando em minhas próprias mentiras. E ria muito das coisas que aprontava.

Na manhã seguinte, mais uma de inferno naquele covil de cobras, tentei parecer o mais calmo possível, quando estava super ansioso pra saber o que ela me escreveria. E a cada vinte minutos, observava a conta de email para ver se tinha a resposta. Até que finalmente chegou e tive que rir com o seu sentimentalismo barato.

Jacob,

Não mentirei para você, dizendo que estou bem com sua resposta, tentando passar um estado de espírito que não tenho nesse momento.

Sabe, quase não dormi a última noite e hoje é um dos dias mais tristes da minha vida.  Sinceramente, não sei como chegar em meu avô e dizer que não tenho como casar. E ao mesmo tempo não posso dizer que aceitarei o noivo que me arrumar.

Estou sofrendo muito com toda essa situação e você não faz ideia do medo que senti ao te enviar o email, sabendo que a sua resposta poderia ser não e meu coração sairia despedaçado. Mas era a última coisa que poderia fazer antes de dizer sim ao meu avô.

Agora, aqui na frente desse computador, observando a montagem de uma foto sua, meu coração sangra com a dor e a saudade do que nunca tive. Tudo isso é muito complicado para mim. Apesar disso entendo, e admiro, a sua posição diante de uma proposta tão absurda.

Fico feliz por saber que é um verdadeiro cavalheiro, generoso e honesto e nunca se casaria, ou venderia, por dinheiro. Isso só me faz te admirar ainda mais... Complicado isso. Sabia?

Sei que tenho que tomar uma atitude diante da sua resposta, mas como deve compreender me falta coragem para dizer “não”. E isso está me machucando tanto quando a sua rejeição.

Obrigada pela sua honestidade e compreensão diante de uma pessoa tão louca, que foi capaz de fazer a proposta mais absurda por amor. Mas saiba que eu tinha que pelo menos tentar... Não poderia dizer não sem tentar.

Bem, meu telefone é 23 8790-9976 e se quiser realmente me encontrar quando vier a Seattle, ficarei muito feliz.

Continuarei te amando... Mesmo que nunca possa retribuir o meu sentimento.

Com amor,
Renesmee Cullen

- God! Essa garota é mesmo maluca. Riririri! – Comecei a rir relendo as linhas do seu triste email. – Vamos aproveitar toda essa loucura para tirar tudo dos Cullens e fazê-los pagar pela desgraça de minha família. Ririririr.

No final do dia olhei o meu email e vi que havia uma reposta do site de Vagas de Emprego que me cadastre. Comecei a ler a proposta medíocre, com salário no mínimo ridículo. Mas era o que precisava para embarcar para os Estados Unidos sem despertar a desconfiança de Carlisle.

Respondi o email e confirmei uma entrevista de emprego, em um prédio no centro comercial de Seattle, na terça-feira da semana seguinte. Depois comecei a pesquisar hotéis, para arrumar um lugar legal e apresentável para ficar. Afinal não poderia deixar que vissem que minhas condições financeiras não eram tão boas.

Encontrei um Apart Hotel em conta e fiz as reservas para o sábado pela manhã. Já com a intenção de passar todo o final de semana com a linda Herdeira dos Cullens, fazendo-me de apaixonado e tirando umas casquinhas daquela delicinha... Aquela será a melhor parte.


Fiz uma lista para ver se estava tudo nos conformes:

- Responder o email – Ok
- Candidatar para uma vaga de emprego. – OK
- Agendar entrevista – Ok
- Arrumar hotel aceitável para ficar – Ok
- Mentir para o chefe – Não OK
- Comprar as passagens – Não OK
- Fazer as malas – Não OK
- Jogar Casy para escanteio. – Não OK
- Fazer-me de apaixonado – Não OK
- Seduzir aos poucos. – Não OK
- Deixar a menina louca de tesão (mas não comer no primeiro encontro) – Não OK
- Namorar a distância umas duas semanas. – Não OK
- Terminar o namoro de forma teatral. – Não OK
- Enganar o avozinho da delicinha e conseguir um cargo de confiança na empresa - Não OK
- Casar – Não OK.
- Conseguir uma procuração da delicinha – Não OK
- Conseguir uma procuração do avô idiota – Não Ok
- Desviar o dinheiro – Não Ok
- AHHH! Manter Casy longe (PRIORIDADE MÁXIMA) – Não OK.

Bem, por enquanto se seguisse a minha lista, o meu plano já estaria muito bem. E só precisaria encontrar uma forma de dar um golpe final nos Cullens e acabar com a família. Seguindo cada passo, teria que mentir para Stivie, que era bem mais inteligente do que o meu ex-chefe, então precisava encontrar uma boa desculpa para me afastar pelo menos dois dias na semana seguinte.

Resolvi matar o avô, que nunca tive, e dizer que precisava resolver questões do inventário da família. E talvez conseguisse enganá-lo.

- Stivie! – Eu o chamei enquanto caminhava para o elevador, vendo-o andar na frente com a “puta” da Sara

- Black, o que deseja? - Perguntou analisando as minhas expressões.

- Meu avô morreu no mês passado e recebi uma mensagem de um primo, dizendo que preciso estar presente para a leitura do testamento. Então gostaria de saber se na semana que vem posso me ausentar na segunda, terça e quarta-feira? - Perguntei tentando parecer consternado e preocupado com a situação. E no quesito caras e bocas, eu era realmente muito bom. Mas sabia que o meu diretor era muito esperto, podia não engolir a minha mentira. Fiquei tenso observando a sua face, que ficou pensativa por uns instantes e depois finalmente me respondeu.

- Tudo bem! Mas deixe todos os relatórios dos seus clientes prontos antes de ir. Não quero nenhum imprevisto durante a sua ausência. – Respondeu, depois deu as costas e continuou andando.

Yes!! Eu sou bom mesmo nessa coisa de mentir. RARARA!! Agora vamos comprar as passagens.

Sai na surdina do escritório, para não ter que cruzar com Casy e ouvir todas as suas lamúrias. Fui direto para o meu apartamento e para variar, encontrei Becca jogada no sofá vendo TV.

MY God!! Será que algum dia essa fará algo de útil na vida? Já estou me cansando disso. Por que ela não é como Rachael?

- Becca, tem algo para comer nessa casa? - Perguntei observando-a jogada como uma mulher preguiçosa e relaxada.

- Não! Se quiser faço uma omelete para você. – Respondeu com má vontade, sem se quer me encarar.

- Não precisa... – Resmunguei. – Se continuar desse jeito, virará uma orca mal amada. Depois não reclame da vida. Por que não faz algo de útil para o seu próprio bem?

- Infelizmente o que eu queria, você não pode ou não quer me dá... Adoro shoppings. – Resmungou.

- Acha que me mato de trabalhar para você se vestir como uma riquinha? Por que não arruma um emprego? - Questionei vendo a expressão de desdém.

- Não torra! – Não se deu nem ao trabalho de me olhar. Então dei as costas e fui para o meu quarto.

Tomei meu banho e preparei um sanduíche para comer, voltei para o quarto com o meu lanche, liguei o computador, conectei a internet e comecei a reler o email da delicinha Cullen, pensando no que escrever para ela.


Querida, Renesmee...  Isso ficou melódico. RARARA Parece até letra de música ou nome de livro. RARARA Sem rir, Jacob. Você precisa se concentrar para responder esse email.

Querida, Renesmee

Tenho uma entrevista de emprego na terça- feira, no centro comercial de Seattle, e gostaria de aproveitar para rever alguns amigos de infância. Por isso devo chegar a Washington no sábado.

Ainda não tenho o número do vôo e nem o horário da minha chegada. Mas com toda certeza, gostaria muito de almoçar ou jantar com você nesse dia... És a minha prioridade.

Assim que tiver as informações do vôo, envio um email para você e poderemos marcar uma data e um local para nos encontrarmos. Tudo bem para você?

Você mencionou mais de uma vez que manipulou fotos minhas, para ver como eu seria quando adulto. Então anexei algumas fotos, as mais atuais, para você ver como sou hoje. Acho que não mudei muito nesses últimos anos. Mas isso é você que tem que me dizer depois.

Gostei muito de te conhecer e espero que não esteja magoada comigo. E se aceita um conselho: Não se case por conveniência... O amor é a única coisa que importa.

Fica bem, querida!

Beijos com carinho, Jacob.

“O amor é a única coisa que importa” RARARAR – Eu escrevi isso mesmo? Às vezes eu não me reconheço. RARARA Que amor? Amor não enche a barriga de ninguém, garota idiota... Retardada. RARARA

Anexei algumas fotos, as mais bonitas e de preferência sem camisa, e depois pressionei o SEND.

- Agora é que você enfarta, delicinha. kkkkkk

Depois que enviei o email, entrei no site da companhia aérea e comprei passagens de ida e de volta, já pensando no encontro “teatral” e cheio de emoção que teria com ela. Ficaria com os olhos brilhando, cara de bobo apaixonado que encontra o amor da sua vida.
- Quem acredita em amor a primeira vista? Afff Eu odeio essa coisa de romantismo piegas! Amor é para os tolos... Nunca permitirei que meu coração se renda a mulher alguma! Nunca!! Ainda mais por uma idiota apaixonada e ainda virgem! OMG!!! Como vou me divertir com tudo isso!

Coloquei a foto dela na tela e fiquei passando o dedo na altura da bochecha rosada. Comecei a rir imaginando a cara de boba que faria quando me visse depois de tantos anos. RARARAR - Você vai comer na palma da minha mão! OH Renesmee... Você vai até gostar de umas boas “fodas”. Rararara Vou te deixar tão viciada, que quando terminar com você, vai implorar para não te abandonar, garota estúpida e burra!

[...]

O resto da semana parecia não passar e o tempo se arrastava, enquanto eu tentava evitar Casy de todas as formas. E finalmente sexta feita à noite chegou e em poucas horas eu estaria nos Estados Unidos, seguindo com o meu plano de sedução e vingança contra os Cullens.

Sai do trabalho correndo, sem falar com ninguém, chegando em casa como um louco para terminar de arrumar as malas para a viagem.  Deixei tudo pronto, coloquei na carteira cartões de crédito, alguns dólares e cheques de viagens que havia trocado na casa de câmbio. Deitei para descansar um pouco antes de sair.

O meu vôo estava marcado para as três da madrugada, com previsão de chegada em Settle no sábado às dez da manhã e de forma alguma poderia perder a hora. Por isso fui dormir cedo, tranquei porta do quarto e desliguei o celular para não ser acordado por ninguém.

Enviei um torpedo para Casy, informando que teria uma viagem para o litoral, onde teria uma reunião com um novo pretendente à cliente. Assim ela não me encheria o saco durante o final de semana. Sabendo que provavelmente estaria jogando o meu charme para alguma mulher, com a pretensão de conseguir a sua conta.

Liguei rapidamente o meu notebook e conectei a internet. Depois acessei o meu email e respondi a sua última mensagem.

Jacob,

Você ficou muito mais bonito do que eu imaginava... Mal posso esperar para te ver pessoalmente.

Até sábado!

bjs

- Claro que sou bonito! – Balancei a cabeça. – Como as mulheres são idiotas e se iludem com um rostinho bonito. Burra!

Renesmee,

Chegarei ao aeroporto internacional às 10:00 no vôo 772.

Assim que possível, farei um contato com o seu celular... Também não vejo a hora de te encontrar pessoalmente, linda!

bjus com carinho

 - Ela se derreterá toda...  Eu sou mesmo muito cínico. kkkkk Deveria ter chamado de gostosinha. Kkkkk Não! Pareceria abusado. Preciso dar a impressão de ser um cavalheiro.

Desliguei o notebook e o guardei na maleta. Deitei em minha cama e tentei dormir, mas estava ansioso demais por aquele encontro, como se algo muito importante estivesse para acontecer naquele lugar.  As horas se passaram e acabei pegando no sono.

[...]

Acordei com o som do despertador, corri para o banheiro, tomei um banho rápido, coloquei uma calça preta de linho, um suéter caqui de gola role, sapatos negros, penteei os cabelos, passei perfume, escovei os dentes, peguei as malas e parti para a minha viagem tão esperada.

Peguei o carro e corri o máximo que podia para o aeroporto, depois o deixei no estacionamento, corri para o balcão de atendimento e fiz rapidamente o meu check in. Sai dali chegando em cima da hora ao terminal de embargue. Quase perdi o vôo.

Depois de despachar as malas e partir para o avião, apenas com a maleta de mão com notebook e alguns documentos, pude me acomodar no avião e dormir por horas até chegar os Estados Unidos... Minha sorte estava lançada o meu golpe de mestre dependia daquele único final de semana. Se seguisse o plano, em poucos meses teria tudo o que sempre quis... Dinheiro, poder e vingança.