segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Galope para Felicidade 11




Capítulo 9 - Toques

- Ness, escuta o que vou te falar. Tenta ouvir apenas uma vez o que preciso dizer. – Jacob acariciou os meus cabelos e beijou o meu pescoço enquanto me abraçava por trás. – Eu não me deitei com Caroline. Não marquei um encontro com ela. Tudo ocorreu ocasionalmente. – Suas mãos passaram pela minha barriga delicadamente, sentia seu hálito quente em meu pescoço enquanto sussurrava baixinho roçando seus lábios, causando-me arrepios pelo corpo. – Eu estava muito confuso, pensando no nosso beijo, por isso precisava andar um pouco, também queria nadar no rio e tentar colocar as ideias em ordens. Foi nesse momento que encontrei Caroline. – Meu corpo estremeceu e senti um frio em minha barriga ao ouvir aquele nome de sua boca.

- Jacob, por favor, não! – Choraminguei, sentindo as lágrimas rolarem em meu rosto. Não queria ouvir sobre ela, não queria ser humilhada novamente com aquela verdade que tanto me machucava.

- Ness, por favor, tente me ouvir. Se você tivesse nos observado, veria que nada ocorreu, que apenas discutimos e eu nem sequer cheguei muito perto dela. – Sua voz ficou embargada, ele parecia chorar enquanto falava. – Ness, meu coração está ferido, minha alma foi destruída e hoje não sou nada. Não estou em condições de te dar o amor que você quer e precisa. Mas eu quero muito... – Jacob se calou por um momento e depois continuou chorando. Senti meu coração apertar com o seu choro e a sua dor se transformou em minha dor. – Hoje você é tudo o que tenho, sinto-me feliz ao seu lado, sinto falta do seu sorriso, do seu toque e do seu cheiro. Você não faz idéia de como fiquei infeliz esses dias em que me desprezou, pequena. Você hoje é o meu Sol particular. – Jacob dizia tudo aquilo de forma tão intensa e tão verdadeira que era impossível não acreditar em suas palavras.

- OH Jacob... – Sussurrei e ele colocou os dedos sobre os meus lábios.

- Pequena, eu quero te amar, quero me entregar e ser feliz ao seu lado. Mas hoje meu coração está partido e não posso te dar um monte de pedaços para você juntar. Você merece muito mais do que um homem fraco, emotivo e completamente destruído por uma rejeição.

- Jacob, eu quero você do jeito que está. Podemos ser felizes juntos...eu sei.

- Eu quero amar você de verdade. Não acho que seja justo me deitar com você pensando em outra. – Aquelas palavras me feriram, senti meu coração doer muito forte e quis acabar com a minha agonia, sabia que ele precisava de mim. Que precisava desabafar tudo o que sentia e por isso eu o ouviria até o fim.

- Percebi que você não é mais uma criança. Meus sentimentos são mais fraternais do que gostaria que fosse. Eu a desejo como mulher e isso para mim, que sou homem, é a coisa mais natural do mundo. Só que você é importante demais para eu tratar isso com leviandade e fazê-la minha mulher por uma simples necessidade de satisfazer o meu corpo. – Jacob voltou a beijar o meu pescoço, causou mais arrepios por todo o meu corpo estremecido. Virei-me para fitar os seus olhos chorosos. - Você merece muito mais, Ness. Já não basta esse destino de ter se casado com um homem como eu¿ Já não basta ter sujado o seu nome¿ Eu não quero simplesmente deitar com você. – Seus olhos negros, cheios de lágrimas, cravaram nos meus enquanto falava e comecei a chorar. – Quero fazer amor com você, Ness. Mas para isso, eu preciso juntar os meus pedaços e me refazer desse duro golpe que recebi. Só peço que seja paciente e me dê um tempo para arrumar o meu coração. Não desista de mim, pequena. – Jacob colou as nossas testas e nossos olhares ficaram ainda mais pertos, sentia a sua respiração em meu rosto, o hálito quente enquanto falava. Vi quando fechou os olhos e aproximou o rosto do meu. Então, fechei os olhos e esperei o toque dos seus lábios.

Seus lábios quentes e molhados tocaram os meus, movendo-se de forma gentil e carinhosa, permitindo-me aproveitar cada toque, os movimentos sinuosos, o gosto doce e a paixão nascendo lentamente entre nós.

Suas mãos seguraram a minha cintura de forma firme e me puxaram ainda mais para o seu corpo. Senti um volume em suas calças, como na noite em que nos beijamos, suas mãos deslizaram lentamente pela minha cintura até chegar aos meus seios. Depois, ele fez singelos movimentos sobre eles enquanto me beijava.

Jacob interrompeu o beijo, que não foi como o primeiro, ficou ofegante, ainda com o rosto próximo ao meu. Tocou a maçã do meu rosto de forma gentil, abri os olhos e vi um sorriso em sua face exótica. Um sorriso que nunca havia presenciado. Senti um frio na barriga, meu coração acelerou ao perceber que ele gostava de mim. Havia uma chance para nós dois e só precisaria de paciência para esperar a sua recuperação.

No meio disso tudo, senti uma forte cólica, devido ao fato de estar nos dias de meus sangramentos, mordi os lábios e tentei disfarçar o meu desconforto.

- Você está sentindo alguma coisa¿ - Ele perguntou ao ver a expressão de dor se formando em minha face.

- Jacob, tem coisas sobre mulheres que precisa saber. – Comecei constrangida, sem fazer a ideia se ele sabia do que falava. – Todos os meses, nossos corpos passam por um estado complicado que nos afeta fisicamente. Eu fico um pouco mais nervosa e irritada. Não sei se percebeu a mudança de humor que tive no mês passado. Ficamos mais emotivas também. Sentimos dores em alguns momentos e depois de dias, a coisa acaba e voltamos ao normal. – Disse envergonhada e fiquei observando o seu rosto abrindo um sorriso malicioso.

- Você narrou tudo isso para dizer que está sangrando¿ - Riu e abaixei a cabeça.

- Não tem graça! – Resmunguei. – Sabe o que é isso¿ Como¿ - Perguntei curiosa.

- Nós homens conversamos sobre essas coisas, Ness... Precisamos aprender uns com os outros como funciona o corpo de uma mulher. Apesar de ser novo, não sou ignorante nesses assuntos.

- Tudo bem! Então, pode entender o motivo de eu estar tão irritada¿ - Mordi os lábios e fiquei vendo os seus olhos encarando os meus de forma estranha. Meu corpo queimava, meu estômago se revirava e um frio percorria a minha espinha com aquele olhar.

- Ness, sempre tentarei entender você... Sempre... Eu quero tanto te amar. – Sussurrou me encarando.

- Vamos deixar as coisas acontecerem então, Jacob. – Falei passando os dedos sobre os seus lábios carnudos e molhados, vendo seus olhos acompanhar os meus movimentos.

- Só não vou dormir com você por enquanto. Não quero cometer o desatino antes da hora. Tudo bem¿ - Perguntou.

- Tudo bem, Milord! Vamos nos conhecer aos poucos e deixar as coisas acontecerem. Um dia, quando menos percebermos, seus sentimentos serão outros e nada nos separará. – Respondi e aproximei os meus lábios dos seus. Fechei os olhos e o beijei.

Jacob começou com um beijo lento, doce e com muita calma. Mas depois inclinou a cabeça e pediu passagem para sua língua. Senti o seu toque molhado, seus movimentos em minha boca me causavam sensações completamente desconhecidas. Meu corpo gritava sentindo aquela sensação gostosa percorrendo todo ele. Meu desejo fazia percorrer as minhas mãos pelo seu corpo, tentando mapear cada pedacinho de seus braços fortes, o peito estufado, o pescoço grosso e a barriga durinha e cheia de pequenas saliências que me deixava bem intrigada.

O corpo de um homem era completamente misterioso para mim. Desde o dia em que o vi sem camisa, fiquei completamente alucinada por aquela figura perfeita de homem que se apresentava diante de mim, desejei tocar cada pedaço com meus dedos. E em seus braços, com nossos corpos colados, senti a reação que aqueles toques me proporcionavam, meu corpo queimando, uma forte vontade de querer mais e mais dele. Queria sentir tudo o que ele pudesse me proporcionar. Contudo, a paciência seria a minha melhor aliada, enquanto tentava juntar os pedaços de seu coração ferido.

- Chega, pequena! – Sussurrou ofegante

- Por quê¿ - Arfei quando se afastou de mim.

- Porque não quero cometer um desatino. Quero estar completamente curado desse sentimento que me destrói para me entregar a você e te tomar minha mulher. Quero te dar tanto prazer e amor que nunca mais sentirá vontade de se afastar de mim.

- Mas eu não tenho vontade de me afastar de você. – Retruquei.

- Falo em outro sentido, pequena... Outro sentido... Não vai mais querer sair da cama. – Começou a distribuir beijos pelo meu pescoço. – Agora eu vou trabalhar. Tem muita coisa para fazer e tenho que dar ordens aos serviçais. Fica bem! Mas tarde conversaremos um pouco.

- Jacob, fala para mim o que aconteceu com Caroline¿ Quero ouvir tudo de você, amor. – Disse tocando o seu rosto e vi seus olhos entristecerem novamente. Mas eu precisava falar tudo naquele momento e colocar as coisas às claras entre nós.

- Ness, eu amei aquela vadia... – Respirou fundo e depois de hesitar um tempo voltou a falar. - Eu a amei, e ela me usou, Ness. - Revirou os olhos e depois voltou a me encarar. – Eu dei tudo de mim para ela, amando-a de forma enlouquecedora, ma ela só me usou para se satisfazer e quando terminou o nosso caso, pisou em mim e me humilhou da forma mais cruel. Chegou até a dizer que me mandaria à forca por tê-la seduzido. Eu sofri muito e hoje sinto meu coração quebrado. Sinto-me um lixo humano incapaz de despertar amor, uma pessoa repugnante que não pode ser vista ao lado de alguém de bem. Eu nem sei como não sente vergonha de mim, pequena... – Coloquei os dedos em seus lábios e o impedi de continuar.

- Nunca, Jacob. Eu amo você e acho que o amei desde o primeiro momento. OH! Jacob se você pudesse ler os meus pensamentos, se conseguisse entender o que se passa em meu coração, saberia o quão importantes é para mim, amor. Eu não admito que se sinta assim por causa de uma cortesã porca... Tenho vontade de arrancar os olhos dela, Jacob... Ela não é merecedora do seu sofrimento e sei que vai superar isso. Essa dor, essa rejeição e esse sentimento de inferioridade que sente passarão. Eu prometo que o ajudarei nisso, amor... Prometo. – Eu o abracei forte e ficamos chorando juntos em silêncio por um momento.

- Você merecia um marido melhor, pequena... Não merecia ter se casado com um homem como eu. – Sussurrou em meu ouvido.

- Nunca mais diga isso, amor... Não há ninguém melhor do que você... Quando eu te vejo, meu coração dispara, sinto coisas estranhas em meu corpo, tenho pensamentos impróprios e vontade de estar em seus braços... Jacob, você é o meu marido e eu me orgulho de você. Eu o amo do jeito que é e vejo que não há pessoa mais decente nesse mundo... – Comecei a distribuir beijos o seu rosto, enquanto chorava emocionado. – Todos os dias, eu direi como é especial, como eu o amo e o quero. – Mais beijos. – Ficarei ao seu lado e o ajudarei até que se cure. E quando estiver pronto para me receber como sua mulher, amor, estarei aqui pronta para me entregar de corpo e alma... Eu fui paciente até agora e continuarei assim. Pode ter certeza.

- Você é um anjo que caiu do céu para me salvar, Ness. Eu sei que a amarei muito... Muito... – Ele me olhou nos olhos de forma tão intensa, fazendo-me suspirar fundo. – Hoje o que sinto por você é tão forte, que a sua falta, a sua dor e as suas lágrimas chegam a me doer. Por favor, não desista de mim, pequena.

- Nunca, Milord! Você é o dono do meu corpo e do meu amor incondicional. Mesmo que nunca venha a me amar, o que sinto por você é tão forte que dá para nós dois.

- Não fale assim! Você não merece ter um homem pela metade. – Colou a bochecha na minha, fechou os olhos e continuou. – Você merece um homem que te ame com paixão e muito ardor, Ness. E eu serei capaz disso... OH, pequena, você desperta tantos sentimentos em mim... Não faz noção como já me fez feliz desde que chegou a esse lugar.

- Chega de falar, Milord! Beije-me agora!!! – Ordenei e senti seus lábios procurarem os meus com paixão, sua boca se movia sobre a minha com intensidade, sua língua explorava cada canto de minha boca, suas mãos acariciavam os meus seios. Gememos juntos com aquela explosão de emoções em nossos corpos. Senti Jacob nos girar na cama e quando percebi, estava sobre mim, acariciando o meu corpo sem restrição, beijando minha boca com loucura. E eu, perdida com aquela sensação nova aflorando em meu ser, correspondia o beijo da forma mais apaixonada possível, aproveitando o doce gosto da sua boca, os arrepios de meu corpo. Uma ligeira sensação gostosa em meu ventre e o cheiro forte de homem me inebriou por inteira, enquanto era tomada pelo meu marido, que pela primeira vez não tinha medo de se mostrar como era.

- Pequena... – Gemeu meu nome após interromper o beijo, ainda arfando enquanto segurava o meu rosto com as duas mãos.

Abri os olhos e vi a paixão naquele novo brilho que transparecia sem o menor medo.

- Eu amo você... – Sussurrei. – Continua, por favor... Preciso disso, amor.

- Pequena, você está com sangramento e não podemos abusar agora... – Ofegou. – Queria te dar prazer, mas não posso te tocar mais do jeito que está.

- AH! Sempre tem algo para interferir... Sempre...

- Deixa de reclamar! Já avançamos muito, meu pequeno botão de rosa. – Beijou a maçã do meu rosto, desceu uma das mãos pelo meu pescoço até o meu copo e a posicionou em meus seios. – Gosta disso¿ - Perguntou acariciando-os com carinho.

- Muito... - Sussurrei.

- Eu te farei a corte e apenas trocaremos carícias. Aos poucos, vamos nos soltando, até que eu tenha certeza que posso te dar o que merece. – Mordiscou o meu queixo delicadamente.

- Eu sei esperar, amor.

- Prometo que você não vai se decepcionar. – Disse levando os lábios, roçando pelo meu rosto, até chegar a minha orelha e mordeu o meu lóbulo. – Eu te darei de tudo, pequena.

- Você já me dá tudo estando comigo, Milord. – Disse de forma provocante.

- Por que me chama desse jeito¿ - Perguntou curioso.

- Gosto de te provocar... Sei que não gosta disso, mas acho charmoso, Milord.

- Tudo bem, Milady! - Elefoi descendo os lábios até o meu pescoço e começou a lamber lentamente, passando a língua quente pela minha pele.

- Assim eu não aguento, Milord!

- Eu tenho que controlar o meu desejo, Milady... És desejosa e provocante demais... Quero te respeitar. Mas minha boca não me obedece, ansio sentir o gosto de sua pele... Você é linda demais e está acabando com meu controle, Milady!

- Milord, não sou uma criança... Sou uma mulher... A sua mulher. Nessa condição, sinto à vontade para revelar que também sinto desejo. E que estou feliz por você me ver como mulher. Por perceber que não sou a menina que pensava e que estou aqui, esperando ansiosamente para ser sua...

- Me deixa partir de sua cama, antes que cometa um desatino... Se não estivesse nessa condição, não sei se aguentaria, após ouvir essa confissão. – Jacob deu um breve beijo em meus lábios, levantou da cama e caminhou em direção a porta. Antes de sair, olhou brevemente para mim.

Senti uma felicidade tão grande que era quase impossível descrever os meus sentimentos, o desejo aflorando dentro de mim quando sentia suas mãos tocarem o meu corpo de forma tão intensa.

Sabia que não seria fácil e que ele ainda estava preso às lembranças de seu passado doloroso, mas o primeiro passo já havia sido dado. Ele confessou seus sentimentos por mim. E eu só teria que esperar um pouco mais e usar de todos os meus encantos para ajudar a descobrir que também me amava... Sim, Jacob me amava! Ele ainda não tinha a noção daquilo, porque ainda estava preso a sua dor. Mas a forma como me olhava e tocava, revelava os seus sentimentos e fortalecia o meu ser.



---- xx ----

Os dias se passaram rapidamente e nós começamos a nos conhecer como homem e mulher.

Jacob me fazia a corte, levava-me para passear, trazia flores para mim todos os dias, galopava comigo pelos campos. Entretanto, evitava certas intimidades, como banhos no rio, ele sabia que seria demais para o seu controle.

À noite, ficava em minha cama, nos aposentos escuros, apenas iluminados pelas singelas chamas das velas acesas nos castiçais, desejando que ele estivesse ao meu lado, imaginando os seus beijos quentes e úmidos pelo meu corpo. Mas a sua prudência impedia que ficasse comigo sozinho.

A maior parte do tempo, passava montando os cavalos, principalmente Nefasto, e brincava com Seth, e os outros serviçais, de corridas pela floresta.

Poucas vezes, ficava no castelo com Rachael, que sumia frequentemente e já era alvo de boatos.

Ela estava sendo cortejada por Paul, o cocheiro dos Black. Ela sumia furtivamente em alguns momentos. Eu comecei a me preocupar com aquilo.

Cheguei até a conversar com ela, ao perceber que estava apaixonada, mas não queria ser indelicada e deixar minha cunhada amável mal com meus comentários. Apenas dei conselhos para que conversasse com o pai e evitasse os encontros às escondidas com Paul. Afinal era uma moça e a sua atitude poderia arruinar a sua reputação. Mas ela não me deu ouvidos e continuou os seus encontros secretos.

Jacob trabalhava muito para colocar as coisas em ordem. E às vezes precisava viajar para comprar suprimentos, vender a safra do castelo e fazer novos negócios, deixando-me sozinha por dias.

Quando voltava, sempre trazia pequenos mimos para mim e contava cada detalhe de seus dias.

Já tínhamos quatro meses casados, apenas me fazia à corte, procurando sempre ser mais o respeitoso possível e pedindo que eu tivesse paciência com ele.

Ainda tinha pesadelos e não conseguia se livrar do feitiço da vaca porca da Caroline. Deixando-me mal com a confissão, mas também mais compassiva com o fato de ele ainda não ter consumado o nosso casamento.

Às vezes, quando começávamos a nos beijar e tocar, as coisas esquentavam um pouco e ele sempre tinha que se refrear para não pôr tudo a perder. Apesar de desejá-lo com toda força de minha alma, estava gostando da oportunidade de ser cortejada e paparicada pelo meu marido. Coisa que não fizemos no período breve do nosso noivado.

No início da primavera, ele precisou viajar por vários dias. Senti tanto a sua falta, que às vezes pensei que não suportaria. Aproveitei a sua ausência para conhecer melhor Nefasto e era treinada por Seth, que dizia que eu tinha um grande potencial para sair como campeã nas corridas de cavalos que havia no hipódromo de Londres.

As corridas eram famosas, possuíam os melhores cavaleiros, os melhores cavalos e o público era formado da nata da sociedade, que assistia e fazia apostas usando uma boa quantidade de ouro nas bilheterias.

Fiquei super curiosa e desejei participar de uma daquelas corridas. Mas para aquilo ser possível, teria que convencer Jacob a me deixar correr. Coisa que me custaria muita argumentação. Já com a certeza de ser vencedora, uma vez que o cavalo era muito veloz e nenhum outro conseguia acompanhá-lo.

Depois de quinze dias fora, fui avisada que a carruagem de Jacob se aproximava dos muros dos castelos. Corri pelo pátio até chegar aos portões e fiquei à espera da carruagem.

Avistei-a vindo em nossa direção e senti meu coração apertado acelerar de tanta saudade que sentia dele.

A carruagem vinha letamente e quanto chegou a mim, parou e o meu lord desceu.

Corri para os seus braços, pulei em seu corpo, sendo erguida pelas suas mãos fortes me sustentando no alto. Comecei a distribuir muitos beijos pelo seu rosto.

- Jacob... Jacob... OH, Jacob... Pensei que não aguentaria mais a sua ausência. - Ele me sustentava no alto com suas duas mãos, abriu um sorriso enorme, fitou-me com intensidade e depois de alguns instantes, colou os seus lábios nos meus, beijando-me com intensidade.

Seus movimentos eram rápidos, pareciam querer me devorar com aquela ansiedade toda, sua língua se movia de forma desesperada sobre a minha, como se aquele fosse o nosso último beijo, o último encontro e precisasse aproveitar cada momento ao meu lado.

- Senti sua falta, pequena. – Gemeu após interromper o beijo. Ouvimos risadinhas ao nosso redor enquanto nos observávamos. Sentia o seu hálito quente sobre o meu, enquanto seus olhos pareciam analisar cada detalhe do meu rosto.

- Nunca mais se atreva a me deixar por tanto tempo, amor. – Sussurrei para ele.

- Não quis me demorar nessa viagem. Mas tive imprevistos, pequena. – Colocou o seu rosto em meus cabelos e cheirou profundamente. – Prometo que da próxima vez a levo comigo.

- Espero que sim! – Disse sorrindo, enquanto me agarrava em seu pescoço, recostando a minha cabeça em seu ombro.

- Filho, como foi a viagem¿ - Lord Billy disse para nós e fiquei envergonhada ao perceber que todos, ele,Rachael, Mary, Seth e o restante dos serviçais nos observavam.

- Não como esperávamos. Mas terei tempo para lhe contar depois, meu pai. – Respondeu-me colocando no chão.

- AH, menino! Sentimos a sua falta. – Mary caminhou até ele e o abraçou.

- Também senti falta de todos, Mary. – Ele beijou sua cabeça.

- E eu¿ Não ganho beijos¿ - Rachael reclamou.

- É claro que sim! Minha irmã, carente. – Caminhou até ela e a abraçou.

- Você fez muita falta, mano! Alguém aqui ficou o tempo inteiro reclamando a sua ausência. – Ela deu um sorriso para mim, enquanto contava a ele.

- Eu imagino! Mas agora eu preciso tomar um banho. Estou cansado e preciso me recuperar. – Disse e caminhamos para o castelo.

- Amanhã, quando estiver mais disposto, quero que me conte o que ocorreu nessa viagem. – Disse-lhe Lord Billy.

--- xxx ---

- A comida estava ótima! Senti saudade do tempero da Mary. – Disse enquanto caminhávamos de mãos dadas pelo jardim.

- Sim, estava maravilhosa. – Virei-me para ele e fitei os seus olhos negros. – Estava apreensiva quanto ao seu conforto nesses dias de viagem. Às vezes, mal dormia imaginando se estava bem acomodado e se alimentando direito.

- Você se preocupada demais, pequena. – Beijou a ponta do meu nariz e continuou a falar. – Já sou um homem feito. Não sou mais um menino. – Completou e eu o abracei forte, prendendo o meu corpo no seu. Se pudesse, nunca mais o soltaria.

- Sempre me preocuparei com você, meu amor. – Encostei a cabeça em seu ombro e fiquei ali, de olhos fechados, sentindo o calor que emanava de seu corpo.

- O que fez esses dias¿ Conte-me tudo. – Pediu de forma exigente.

Virei-me de costas, olhei para lua e fiquei observando a maravilha que era, toda branquinha enfeitando o céu.

- O de sempre... Cuidei dos cavalos, brinquei com Duque, cavalguei bastante... Seth me treinou no Nefasto... Sabe, ele está cada vez mais rápido. E Seth disse que poderia competir e ganhar nas corridas de Londres.- Quando terminei, ouvi-o bufar.

- Seth... Seth... Seth... – Repetia com a voz áspera, aparentando raiva e indignação. – Você passou todos esses dias com Seth. - Vociferou.

- Mais o que é isso¿ Você está com ciúmes do Seth¿ - Virei para ele e encarei o seu rosto.

- Você é uma senhora casada e não é adequado que fique andando por aí com um criado enquanto o seu marido está viajando. – Encarou meus olhos com uma expressão de raiva e por um momento tive vontade de estapeá-lo pelo insulto.

- Está a me insultar, Milord! –Respondi de forma debochada. – Seth não é só um serviçal. Ele é nosso amigo e não deveria nos julgar tão mal.

- Ele continua sendo um serviçal e a sua aproximação com ele é imprópria. – Revirou os olhos e olhou para o céu. – Por que acha que fiquei tão perto de você quando chegou aqui¿ Foi justamente para evitar esse tipo de aproximação. – Respondeu com raiva.

Desvencilhei-me de seus braços e me afastei de seu corpo indignada com o insulto.

- Pelo que me tomas, Milord¿ Acha que sou uma cortesã porca para me deitar com qualquer um no meio do mato¿ - Perguntei com raiva, dei as costas e saí andando de volta para o castelo. Não acreditava na maneira leviana como me tratava e falava as coisas. Estava magoada e muito decepcionada pelo seu acesso de ciúmes. Senti seus braços me envolverem por trás, impedindo a minha trajetória. Quis correr e gritar, mas acabei cedendo aos seus lábios roçando em meu pescoço, para proporcionar aquela sensação gostosa que eriçava os pelos do corpo.

- Perdão, Milady... Não tive a intenção de ofendê-la e não quero que perdure esse nosso dilema. Só estava morrendo de ciúmes por saber que ficou sozinha com ele, galopando por essas terras. Mas sei que jamais me trairia e que Seth é um amigo leal. Perdoa esse meu desatino. – Suas mãos apertaram a minha cintura e começaram a fazer carinho sobre ela. Seus lábios beijavam docemente o meu pescoço e ombro, deixando-me completamente perdida em seus toques.

- Tudo bem, Milord... Contudo quero que me ouça, antes de darmos essa conversa por encerrada. – Disse para ele.

- Sim! Pode dizer tudo o que quiser, pequena. – Seu tom ficou mais brando e sua voz mais suave e meiga. Continuava a fazer carinho pelo meu corpo, beijava minha mão, braços o meu colo, enquanto eu falava. Senti que estava muito apaixonado e talvez já me amasse, mas ainda não havia se dado conta do fato.

- Seth me falou sobre as corridas de Londres e eu gostaria de participar com Nefasto, Jacob. Quero levar o nosso cavalo e mostrar a sua grandeza para o mundo. Fazer aquela gentinha metida se render aos pés dos Black. – Disse para ele, que me encarou de forma estranha.

- Não, Ness! Não é pelo cavalo, mas por você. Será doloroso demais para mim vê-la apontada nas ruas como esposa de um selvagem, pequena. Ainda por cima, montando em um cavalo arisco... Será um escândalo!

- Achas que eu me importo com a opinião alheia¿ As pessoas já falam e já me apontam. Mas no final das contas não são elas que proveem meus alimentos e vestuário. Eu não ligo para o que essa gentinha elitista hipócrita e mesquinha fale de mim. Sei me impor e colocar cada um em seu lugar. Na semana passada, fui com Rachael à costureira e três senhoras que lá estavam tentaram depreciar Rachael e eu. Soube colocá-las em seus devidos lugares e no fim as três saíram de lá envergonhadas. – Jacob abriu um sorriso com a minha altivez. – Se nos escondermos agora, o que será dos nossos filhos¿ Ficarão presos nesse castelo¿ Terão que omitir que são Black para serem respeitados¿ Eu não concordo e não aceito isso, meu amor. E essa corrida será uma chance de estarmos no meio da mais seleta sociedade. Talvez até a Rainha Vitória estará lá... É claro que não sou louca de desafiar a rainha. Mas abaixar a minha cabeça de forma alguma... Eu aprendi com meus avós que um Cullen nunca abaixa a cabeça e não o farei agora que sou uma Black... Não mesmo... Não permitirei que ninguém nos humilhe. – Disse com a voz segura e ele me olhava sem acreditar nas coisas que havia dito.

- Você não tem mesmo vergonha de mim¿ Teria coragem de desfilar comigo nas ruas de Londres¿ De me apresentar como seu marido para os amigos de seus avós¿ - Perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Como terei vergonha do homem que amo¿ Pode me explicar¿ Você não é um brinquedo que eu uso e escondo, uso e escondo; e quando não quero mais, simplesmente jogo fora... Jacob, você é especial para mim e o amo da forma que é. Não teria vergonha nunca... E que ninguém ouse querer humilhá-lo na minha frente, porque esqueço que sou uma lady e viro uma égua selvagem para dar um coice. – Ele riu com o meu comentário e me abraçou forte, prendendo os nossos corpos.

- Eu sinto orgulho de você, pequena. – Sussurrou em meu ouvido. – Mesmo com essa língua afiada, sinto orgulho de você.

- Mas foi da minha língua afiada que você gostou primeiro. Ou se esquece do risinho que deu quando a minha mãe quase teve um ataque na primeira vez que foi ao meu castelo¿ - Jacob riu achando graça naquilo. – E no risinho que deu quando disse ao seu pai que não ficaria dentro de casa cosendo e pintando... Que gostava de correr, subir em árvores, cavalgar... Você riu, amor. Eu me lembro disso perfeitamente.

- É... Eu ri... Agora vamos entrar. Já está esfriando aqui fora e eu preciso colocar a mocinha na cama. – Pegou a minha mão e me conduziu para o castelo.

- Mas não me disse o que acha da corrida. – Insisti com ele.

- Vou pensar. – Respondeu.

- Jacob, você não me negaria isso. Negaria¿ Por favor! – Implorei.

- Meu pai terá um ataque quando souber dessa ideia. – Respondeu.

- Eu não sou casada com seu pai e ele não manda em mim. E só te obedeço por respeito, porque você também não manda em mim. Então não venha jogar para cima dele essa responsabilidade.

- Você é terrível, pequena. – Disse ao entramos pela porta principal.

- Eu sou assim... Simplesmente assim e não mudarei. – Ele me encarou com olhar encantador.

- Está na hora de ir para seus aposentos e descansar. – Disse dando um leve beijo em meus lábios.

- Você não me acompanha¿ - Perguntei mordendo os lábios enquanto o observava com segundas intenções.

- Não é prudente...

- O que as pessoas vão pensar, não me interessa. Afinal, você é meu marido e o fato de estar apenas me cortejando não lhe tira essa condição. Então vamos! – Peguei a sua mão e o conduzi pelas escadarias. – Por que está calado¿ Eu notei que você voltou estranho dessa viagem. Aconteceu algo anormal¿ - Perguntei enquanto caminhávamos pelo corredor quase escuro.

- Não se preocupe, pequena... Não se preocupe. – Disse baixinho, mas sabia que algo ainda o incomodava e não era o ciúme de Seth ou a possibilidade de eu correr em Londres.

- Chegamos! – Abri a porta e entramos.

- Bem, já está entregue. Durma e sonhe com os anjos. – Beijou a minha testa e virou-se para se despedir.

- Jacob... – Ele se virou para me olhar.

- Pode me ajudar com esse vestido¿ Só preciso que desabotoe os botões e solte o espartilho. – Disse toda dengosa e vi um brilho se formando em seus olhos.

- Você está me tentando¿ - Perguntou sorrindo.

- Eu¿ Apenas preciso de ajuda... Ou quer que durma com essa coisa me apertando¿ - Perguntei me fazendo de inocente.

- Tudo bem, pequena. Vire-se! – Disse e eu obedeci. Senti os seus dedos sobre o vestido e depois senti o espartilho ficar frouxo em meu corpo. Depois disso, meu corpo se arrepiou quando os seus lábios começaram a beijar as minhas costas, passou os dedos suavemente pela minha pele, seus beijos foram subindo até o meu pescoço. Meu coração acelerou, minhas pernas tremeram e esperei ansiosa pelos seus toques. Suas mãos tocavam o meu colo e foram descendo até os meus seios, passando os dedos suavemente sobre eles enquanto beijava o meu pescoço. Então parou de repente e disse.

- Já vou, pequena. Boa noite! – Disse e se foi.

Depois que tirei toda aquela roupa e coloquei a camisola, deitei na cama e fiquei vendo os vultos das sombras que as chamas das velas faziam nas paredes, até ficar cansada demais e adormecer.

--- xx ----

- Ness... Ness... OH, Ness... – Acordei assustada com Jacob me chamando na cama. Estava praticamente sobre mim, havia lágrimas em seus olhos, seu corpo estava trêmulo e sua voz embargada.

- O que foi, meu amor¿ O que aconteceu¿ - Sentei na cama e o puxei para o meu colo, apavorada com a cena. Comecei a fazer carinho em sua cabeça, depois que o deitei sobre ele e pedi que me contasse o que havia acontecido. – O que aconteceu, Jacob¿ Foram os pesadelos novamente¿

- Promete para mim que não vai me abandonar¿ Todas as pessoas que eu amo me abandonam. – Disse chorando.

- Jacob, por favor, não faz assim! Eu não abandonarei você... Prometo... – Passava as mãos pelos seus cabelos e suas costas fazendo carinho. Ele estava tão frágil e atordoado com aquilo, que parecia um menino chorando.

- Eu vi você me abandonar... Eu vi você dizendo que eu não servia... Que era um selvagem sujo... – Jacob chorava apavorado.

- Você sonhou comigo dizendo essas coisas¿ Jacob, eu não sou a Caroline... Por favor, você tem que superar isso... Sua mãe não te abandonou... Ela morreu...

- Não...não...não... – Ele chorava ainda mais e meu coração doía com toda aquela fragilidade. Lembrei da conversa com Rachael, que contou que os seus pesadelos começaram depois da morte da mãe. Que ele foi a última pessoa a vê-la viva e depois disso nunca mais foi o mesmo. Que passou por momentos super complicados e quando parecia ter melhorado dos pesadelos, sofreu com a perda de Caroline. E desde aquele momento, tinha pesadelos com ela e com a sua mãe. Percebi que toda aquela fragilidade, era medo de abandono e que ele não se permitia me amar, com medo que eu também o fizesse. Aquilo estava acabando comigo e queria encontrar uma forma de ajudar a superar a dor da perda e o medo de ser abandonado.

- Eu nunca o abandonarei, meu amor... Nunca... Nunca. – Comecei a beijar a sua cabeça enquanto tentava acalmá-lo.

- Eu vi! Vi você indo embora e me humilhando... AH, Ness!

- Não, Jacob! O que você viu foi um pesadelo. Não foi real e nunca será. Porque eu te amo muito e nunca ficaria sem você, meu meninão.

- Jura para mim¿ Por favor! – Ele suava frio e seu corpo tremia em meu colo.

- Eu prometo, amor! Nunca o abandonarei. – Jacob acabou adormecendo em meu colo e sem perceber, dormi sentada na cama.

--- xx ---

Meu corpo doía. Tentei me virar, mas senti um peso me prendendo. Abri os olhos e vi a penumbra do quarto o corpo frágil de meu amor sobre a minha barriga. Então, tentei movê-lo para mudar de posição e me esticar na cama.

- HUM! Oh, meu Deus! Eu dormi assim sobre você¿ - Perguntou saindo do meu colo.

- É! Acho que sim... Deixa só eu esticar o corpo e as pernas. – Sussurrei passando as mãos em seus cabelos.

- Eu só te dou trabalho, não é, pequena¿ - Deitou de costa na cama e me puxou para si, deitando a minha cabeça em seus largos e fortes ombros.

- Você nunca me dá trabalho, amor! – Aconcheguei-me sobre ele, passei os braços sobre o seu peito e respirei fundo para inalar aquele cheiro forte de homem que me inebriava.

- Vamos para Londres, pequena... A temporada de corridas começa em vinte dias e nós partiremos para lá. – Disse com aquela voz rouca que me deixava completamente perdida.

- Promete! AH, Jacob! - Subi em seu corpo e o abracei com entusiasmo, comecei a distribuir beijos pelo seu rosto, enquanto ele ria para mim. Então, me apertou forte contra seu corpo, tomou meus lábios com voracidade e me beijou de forma desesperada. Senti o volume aumentar nas suas pernas enquanto me beijava e acariciava o meu corpo. Nesse momento, a porta se abriu e interrompemos o beijo. Olhamos juntos para o lado e vimos Mary constrangida com as velas nas mãos.

- OH! Perdão... Eu... Eu... – Colocou as velas sobre a mesa e saiu envergonhada.

- Vou para o meu quarto, pequena. Tenho que me arrumar e descer para falar com meu pai. Faremos o nosso desjejum juntos daqui a pouco. – Tirou meu corpo debaixo do seu, levantou-se da cama, beijou a minha testa e saiu me deixando ali completamente sem ação.

---xx ---


N: Glaucia / E aí¿ Gostaram¿ Lord Jacob está completamente apaixonado pela sua pequena travessa. Mas se perceberam no final do cap, tem medo de perdê-la e por isso não consegue abrir o seu coração. A vaca da Caroline só mexeu em uma ferida que já existia e o rapaz agora morre de medo de perder a sua pequena. Mas apesar disso, a relação dos dois começa a esquentar e o seu desejo aumentar. Até quando vão segurar isso¿ Será que nessa viagem, sozinhos, apaixonados e vivendo as primeiras experiências dos primeiros toques irá rolar¿ Acho que Lord Jacob gostosão não vai agüentar muito para desposar sua pequena. E vocês¿
Espero que tenham gostado do cap.

bjus

[Nota da Valéria: Meninas, essa Glaucia e incrível mesmo!!!! Ela tem uma imaginação. Um casal casado fazendo a corte apenas. Oh, my God!!! Pode isso???? Eu queria mesmo é ver o lesco lesco deles. Mas eu sei que vai acontecer, sim vai. Apaixonado ele já está, só falta... Meninas, falta o quê mesmo????? Kkkkkkkkkkkkkk]

N/H: ó gente esse cap foi o melhor....ele dizendo: ... não posso te dá um monte de pedaços para você juntar.....muito fofo, desejos intenso da parte dele... TA QUASE. FALTA MUITO POUCO....Glaucia você cada dia está melhor...bjs meninas e vamos recomendar pq esse LORD JACOB merece..ah se merece!!!

1 comentários:

Thayná Stephany disse...

Nossa ele ta muito fragilizado tadinho

Postar um comentário