terça-feira, 5 de outubro de 2010

Doce Vingança escrita por mica_black, leticiasilveira 7

Capítulo 7

By Mica Black




Renesmee começou a montar seu jardim em um pedaço de terra enfrente o castelo, queria fazer um jardim lindo como em sua casa em Cullen.



— Bom dia, mi lady. Já cedo no seu futuro jardim, — pergunta uma voz rouca.



Renesmee olhou e viu que o dono da voz era Seth.



— Sim algum problema? — Ela respondeu franzindo o cenho, pois lembrara muito bem o que ele a chamou para o Jacob.



— Desculpe, só gostaria de saber se queria ajuda essa semana. Nosso Senhor não me deu tarefas e como conheço muito de plantas queria ajudá-la — indagou.



— Não preciso de ajuda. Eu sei o que você pensa de mim e não o quero do meu lado.



— Mas, mi lady, aquilo foi um belo mal entendido. Agora, conhecendo a Srta. melhor, confesso que me equivoquei. Para mostrar que estou muito arrependido, darei o meu melhor para que esse jardim seja o mais lindo de todos os castelos.



— Tudo bem, Senhor Clearwater. Pode me ajudar, mas não permitirei afinidades!



Seth riu e assentiu com a cabeça.



Nos últimos dias, Jacob percebeu que Renesmee e Seth estavam muito juntos, mesmo sabendo que era por causa do jardim e se enfurecia por estar com ciúmes de Renesmee.



— Bem, Srta. Renesmee, vejo que os lírios estão todos plantados. Agora precisamos fazer um canteiro de rosas o que acha? — Comentou Seth.



— Sim, Sr Clearwater. Logo Jacob vai nos matar ao ver que estamos montando um jardim botânico no castelo.



Os dois riram simultaneamente. Eles andavam demasiados amigos e isso era o alvo das fofocas geradas no Reino. Depois, Renesmee saiu à procura de Jacob. Encontrou-o não muito longe do Castelo, apoiado contra uma árvore torta. Era evidente que a ouvira se aproximar, pois estendeu a mão para trás sem nem mesmo se virar. Renesmee segurou-a e então deixou escapar um pequeno grito de surpresa quando ele a puxou depressa para seus braços.



— Pensei em vir e ver onde estava curtindo o mau humor.



Jacob fitou-a, esboçando um sorriso ao deparar com a expressão maliciosa de Renesmee.



— Danada. Não estou de mau humor.



— Claro que não.



— Só preferi vir até aqui a ter de socar um amigo no nariz. Ninguém veio com você?



— Você esta com ciúmes de mim? - Renesmee perguntou, arqueando a sobrancelha direita, com uma face expressando incredulidade.



— Não era para ter? Vocês ultimamente estão muito grudados para o meu gosto. — Disse desgostoso.



— Seth está me ajudando com o jardim!



_ Você é muito dócil, Renesmee. Não percebe quando alguém está com segundas intenções. — Ele exclamou rouco, ao deslizar as mãos pelas costas de Renesmee e puxá-la contra o próprio peito.



Renesmee aconchegou-se contra ele. Era nela que Jacob pensava agora, desejando-a com tanta intensidade que não conseguia se controlar.



— Ele não está aqui agora — ela murmurou, ficando na ponta dos pés para beijá-lo sob o queixo.



— É verdade — Jacob disse ao comprimir-se contra Renesmee e imaginar porquê se torturava assim.



— E nem seus criados.



Jacob encarou-a. Os olhos dela estavam iluminados pelo mesmo desejo que o fazia arder em chamas. A paixão que Nessie despertava nele era uma loucura a lhe incendiar o sangue. Antes, bastavam alguns minutos para saciar-se com qualquer mulher. Com Nessie, cada vez que fazia amor, sua necessidade parecia aumentar. Olhou ao redor. Estavam completamente sozinhos. Não havia sinal de perigo, embora ele estivesse tão perturbado pelo desejo que não se surpreenderia se isso lhe ofuscasse a visão. Fitou Nessie no momento em que ela corria a língua pelos lábios. Com um gemido, beijou-a.



A paixão explodiu entre os dois. As mãos de Jacob estavam em toda parte, e Renesmee tentava febrilmente corresponder a cada carícia. Rezou para que ninguém aparecesse. Estavam esfaimados demais um pelo outro, tresloucados de necessidade e incapazes de ser cautelosos.



Muito tempo depois, quando o tremor do êxtase deu lugar a um prazer langoroso e a respiração de ambos voltou ao compasso normal, Jacob beijou-a suavemente.



— Você leva um homem à loucura, meu anjo — disse baixinho.



— É uma loucura deliciosa! — Renesmee murmurou e enrubesceu ao arrumar as saias.



Ao vê-la tão vermelha e com um toque de nervosismo nos movimentos, Jacob ajeitou depressa as calças. E segurou as mãos agitadas de Renesmee que fechavam o corpete. Esperou que ela o encarasse. E sorriu quando finalmente o fitou por sob os cílios espessos.



— Não fizemos nada a lamentar, fizemos? — Ele perguntou, e lhe deu um beijo na ponta do nariz.



— É que às vezes acho minha própria falta de inibição um pouquinho desconcertante. — Renesmee retrucou, num tom constrangido. — Quero dizer fazer… isso em plena luz do dia.



— Pensei que tivesse gostado.



— Oh, sim. — Ela admitiu incapaz de fitá-lo. — É que você estava vendo tudo de mim… Acho que custa um tempo para eu me acostumar.



— Gosto de olhar para você. É muito bonita. — Beijou-a com sofreguidão renovada. — Molhada. Quente. Deliciosa.



Renesmee enrubesceu violentamente de novo, também excitada por aquelas palavras. Fitou-o, pensando em repreendê-lo pelo atrevimento de suas palavras. Mas não fez.



Até o final de semana, Renesmee só via Jacob a noite, pois ele ficava na aldeia ajudando seus homens ainda tinha muito trabalho na aldeia e Jacob ordenou que precisasse de Seth para ajudar na aldeia.



O grande hall estava vazio sem os rapazes e Renesmee olhou em procura do que fazer. Decidiu-se por ajudar a limpar o castelo, pois ele estava precisando de uma bela faxina e decidiu começar pela escadaria, começando a esfregar com vigor os degraus. Sentia-a atormentada em ficar enfornada no castelo sem pode sair nem visitar a sua família. Não entendia por Jacob a proibiu de visitá-los.



Depois de terminar a faxina, ficou algum tempo sentada, pensativa, recordando a última noite passada na cama com Jacob. Um forte rubor subiu-lhe às faces ao lembrar das liberdades que lhe concedera. Como pudera permitir que o Lorde fizesse tudo aquilo com ela? Não tinha orgulho? Ou vergonha? Afinal, era uma Cullen e eles ainda nem eram casados. Seu olhar foi atraído para o ventre plano. Não suportaria jamais a vergonha de dar à luz um bastardo. Deus do céu, era a filha de um duque tinha que contar logo para Jacob sobre a gravidez para assumir votos evitando então que o filho nasça bastardo!



Observou através da janela Sam e o soldado, ouviu-se uma trombeta anunciar a chegada de alguém. Renesmee saiu para ver a comitiva passava pela ponte e aden¬trava o pátio. E Seth e Jacob logo se adiantaram para receber os recém-chegados.



Curiosa, Renesmee saiu lá fora se aproximou, perto de um pilar e observou que eles tinham aparência pacata e até simpática. Sor¬riam, cumprimentavam a todos com efusão. Pelo que Renesmee pôde ouvir, comunicaram a Jacob que Srta. Leah chegaria a alguns dias. Seth, satisfeito, bateu amigavelmente nas costas de Jacob que, curiosamente, não sorria como os demais.



Sam colocou a mão sobre o ombro de Renesmee assustando-a e esse gesto chamou a atenção de Jacob. Ficou ali, parado, olhando para ela, vendo-a sorrir, mas evitou encontrar-lhe o olhar...



Renesmee não viu mais Jacob até o jantar. E, sentado em seu lugar de sempre, no centro da grande mesa, olhava para ela e para Sam com uma expressão diferente, sofrida.



Renesmee pensou que amanhã mesmo tinha que contar para Jacob sobre a gravidez. Então, ele descartaria Leah de vez.



— Renesmee, meu anjo, amanhã poderei ajudar você no jardim. — Disse Seth todo sorridente interrompendo seus pensamentos.



Jacob estranhou a atitude do amigo. Renesmee, por sua vez, notava que Seth, com a expressão mais alegre que usava, era até um homem bonito.



— Creio que amanhã não poderei Sr. Clearwater, pois Sue vai me levar na lagoa para nadarmos.



— Vocês tem ido à lagoa sem meu consentimento? — Jacob perguntou incrédulo.



— Ah, meu querido, você, esses últimos dias, está tão ocupado e não poderia me acompanhar-me e Sue é uma excelente companhia.



— Mas você sabe que tem soldados por toda a parte no castelo e poderiam ver vocês nuas!



— Ah, Jacob, não sou tola. Eu sei os horários do plantão.



— Mas estou ordenando que não vá mais! Perdeu o juízo, Renesmee? Você está se comportando como uma atrevida que quer ser observada nua! — Esbravejou Jacob, fazendo com que os olhos de Renesmee marejassem.



— Como ousa dizer algo assim? Perdeste o juízo, Jacob? Sabes muito bem que não sou uma vadia qualquer! Eu vou à lagoa apenas para banhar-me e aproveitar o sol! — Retrucou Nessie.



— Eu não quero que você volte lá! — Jacob disse com o maxilar trincado. — Não quero que ninguém a observe! Alguém já pode ter visto você e Sue se banhando, mas não dera pistas sobre a sua presença!



Jacob sentia a consciência mais do que pesada. Não poderia deixar que o ciúme tomasse conta dele e lhe tirasse o bom senso.



— Nós não notamos ninguém! Pelo amor de Deus, Jacob! Não é um pecado banhar-me na lagoa! Por favor, eu já não posso nem ver os meus familiares, deixe-me ter este lazer! — Implorou Renesmee sentindo um aperto no coração ao lembrar dos familiares.



Jacob olhou ao redor e viu os amigos encarando a discussão do casal em pleno jantar. Notou um pequeno sorriso ameaçando aparecer no canto da boca do Seth, porém, preferia não ter visto. Isto fez sua ira aumentar, mas tentou agüentar o extinto que dizia para discutir mais ainda com Renesmee. Não podia tolerar tal exposição de sua parceira.



— Não quero ouvir mais nada. — Não a encarava. Sua única vontade era poder interromper o curso de aconteci¬mentos que estava em ação e que, eventualmente, iria ter um fim dolorido para ambos.



— Venha, Nessie. Você não pode ter emoções fortes. Vá descansar! — Sue apressou-se a falar, segurando-a pelo braço.



Jacob mordeu o lábio inferior, diante de mais aquele olhar de decepção e reprimenda. E franziu o cenho preocupado por Sue falar com Renesmee daquele jeito. Será que ainda não havia melhorado? Despistou o pensamento ruim e começou a lembrar dos momentos maravilhosos que tinha passado com Renesmee. A risada, a beleza e a suavidade dela, enfeitiçavam-no.



Mas seu dilema tornava-se a cada momento mais e mais intenso. Não queria desejar Renesmee dessa forma. Não queria deixá-la partir. Jamais. Não queria que outro homem viesse a tocá-la como ele próprio fazia. Renesmee era sua e de mais nin¬guém! Não conseguiria viver imaginando que outro a tinha, dava-lhe prazer, fazia-a gemer... Não. Seria insuportável!



Caminhou em direção a escadaria para subir ao quarto, mas lembrou-se que seu quarto era o mesmo de Renesmee e sentiu-se ainda pior. Decidiu caminhar no pátio.



(***)





— Infeliz! Homem estúpido! Grosseiro! — Renesmee dizia irritada caminhando por um lado e por outra no quarto. Porém, recuou diante de quem apareceu na porta. Seth Clearwater a olhava, parecendo atônito. Seus olhos, endurecidos, mas também surpresos, passavam-lhe pelo corpo, avaliando-a inteira, pois Renesmee já pusera sua roupa de dormir.



Mesmo envergonhada, Renesmee não vacilou. Protegeu-se atrás da porta, dizendo:



— Teria sido melhor se tivesse se anunciado antes de entrar.



— Eu teria se tivesse me dado chance. Mas estava ocupada demais dando nomes a alguém. E, na verdade, agora acho me¬lhor não ter batido.



— Claro... O que deseja?



— Como assim?



— Bem, qual o propósito de vir me procurar?



— Ah, sim. Queria lhe mostrar, lá no jardim, o balanço que fiz. Queria ter mostrado no jantar mais Jacob parecia ocupar você.



— Devia ter me falado logo no jantar. — Renesmee ia fechar a porta, mas o pé de Seth a impediu.



— A Srta. vai ver?



— Se me permitir que eu me vista! Estarei lá embaixo em alguns minutos.



Seth sorriu e se foi. Na escadaria, a risada aumentou e ressoou até Renesmee. Com gestos rápidos, ela se vestiu e des¬ceu achando isso muito estranho, pois era noite não dava para ver muito bem o jardim, pois precisavam melhorar a iluminação.



Na escadaria, topou com Jacob subindo, que logo a impediu com o braço.



— Aonde a srta. pensa que vai?



— Seth quer me mostrar o balanço que ele fez no jardim.



— Mas que historia essa? Seth está perdendo o amor pela vida! — Jacob disse incrédulo.



Ela sentiu-se tonta de repente. Sua boca estava amarga e o estômago revirava.



— Você está bem? — Jacob preocupou-se.



— Eu já disse para me deixar em paz! — Ela afastou as mãos dele e seguiu se apoiar na braçada da escada. Curvou-se e vomitou.



Os braços de Jacob estavam ali novamente, amparando-a.



— Sinto muito por ter gritado com você no jantar — disse ele, cari¬nhoso.



Renesmee apoiou-se a ele, sentindo que, caso não o fizesse, desabaria ali mesmo. Jamais se sentira tão mal, nem tão en¬vergonhada.



Seth observou tudo de longe e pegou um pano e umedeceu e aproximou-se de Jacob.



— Use isto — Seth oferecia um pano molhado, que Jacob passou pelo rosto dela, aliviando-a sobremaneira.



— Obrigada... — Renesmee enfiou o rosto no tecido molhado, respirando fundo. Estava recostada a Jacob e tentava acalmar-se. Quando a tontura passou, aventurou-se a abrir os olhos.



— Por tudo que é santo, Nessie, o que houve?



— Estou bem agora, não ando me alimentando bem. Só isso.



Jacob não estava acreditando nessa história, ela podia notar. Levanto-a e levou-a con-sigo. Junto à porta do quarto, parou e encarou-a.



— Vamos, diga-me o que aconteceu. Não vou engolir a história que me contou lá em baixo.



— Agora está me chamando de mentirosa! — Ralhou Renesmee.



— Ok, Renesmee, não vou te atormentar mais. Já é tarde e como passou mal, precisa descansar. Eu ainda vou demorar a dormir, então não me espere.



Jacob deu um beijo na testa de Renesmee e saiu.



Seguiu pelo Hall, encontrando Sue junto as escada limpando o vômito de Renesmee



— Quero lhe falar — anunciou, e Sue veio ao encontro de Jacob.



— Esta manhã, Nessie sentiu-se mal e agora de novo. Você sabe o que isso significa?



— Senhor Jacob, vocês vivem como um casal e estão sujeitos a tudo!



— Sue você esta sinuando que Renesmee esteja esperando um filho meu?



— Não posso afirmar nada. Não sou curadeira.



— Se ela passar mal novamente, avise-me.



Estaria Nessie grávida? Ainda era impossível saber...



No dia seguinte, Renesmee levantou-se. Precisava encontrá-lo. Talvez pudessem con-versar a respeito. Talvez pudesse convencê-lo a irem juntos ao encontro de sua família para pedir permissão para que se casassem, pois logo sua rival iria chegar e tinha sensação que tinha que resolver isso o quanto antes.



Estavam todos na mesa principal fazendo o desjejum e Jacob mostrava muito atencioso com Renesmee e forçando a comer Renesmee serviu-se de pão, queijo, frutas, enquanto Jacob contava suas expectativas para a aldeia com Sam. Renesmee pegou na mão de Jacob vendo que seria a hora da revelação.



— Jacob, meu amor, tenho que lhe contar algo muito importante.



— Pois diga minha princesa — Jacob soltou um belo sorriso.



Quando o senhor se preparava para escutar a revelação de Renesmee, Quil entrou no salão, anunciando a entrada de alguém importante, e Jacob sussurrou:



— Não estávamos esperando ninguém, Leah chegaria a alguns dias e não hoje.



Renesmee sentiu que estava prestes a conhecer a mulher que ela disputaria com seu Jacob. Observou a jovem que entrou no salão, com gestos graciosos, se aproximou da mesa e abraçou Jacob.



Leah era alta, com formas exuberantes, e de cabelos negros. A pele era branca como marfim, e seus olhos de um azul profundo. Renesmee estremeceu ao perceber que o olhar em sua direção era curioso, mas também calculista. Renesmee estava tão absorta no que via que co¬meçou a cambalear, sendo amparada por Sam.



— Ela pode ter nascido bela, sim, mas também nasceu ruim como um javali enfezado — comentou o soldado, em voz bem baixa.



Jacob estava mudo e pálido. Ele temia a possível reação de Renesmee ou uma provocação por parte de Leah.



— Vou ter que ficar em pé o dia inteiro? — Disse Leah.



— Venha, Leah. Eu a conduzo a seu lugar — Jacob ofereceu, colocando-a ao seu lado.



Renesmee assistia à cena sem entender como ele era tão gentil com uma mulher que se mostrava tão grosseira e não era nada dele. Sentiu a mão de Seth em suas costas. Ele lhe indicava o lugar a seu lado, na mesa. Serviu um cálice de suco e deu-o a ela. Renesmee con¬trolava-se para não jogar o líquido no rosto da recém-chegada.



Durante o desjejum, mesmo tendo Seth a seu lado, ofere¬cendo-lhe os mais deliciosos quitutes, Renesmee não conseguiu comer. Sentia-se nauseada. Sue parecia estar se sentindo tão mal quanto Nessie. Seus olhares se encontraram ao Jacob com rejeição. Seth voltou-se para o que Nessie colo¬cara em seu prato: um bom pedaço de pão de aveia. Cortou um pedaço e comeu-o, sabendo que precisava colocar algo no estômago. Renesmee olhou-o e sorriu, como se estivesse se agradecendo pelo pedaço de pão, e Jacob percebeu o movi¬mento. De cenho fechado, ele depositou seu cálice sobre a me¬sa.



Nessie não agüentava mais o clima tenso e levantou-se.



— Creio que desejo me recolher — disse Nessie sem fitar o anfitrião.



Jacob tomou-lhe a mão.



— Entenda que sou obrigado a agir assim. — Renesmee afastou-se com brusquidão.



— Jacob quem é essa fulana horroroza? E topetuda? — Comentou Leah arrogantemente.



— Não insulte lady Renesmee — murmurou Jacob de dentes cerrados.



— Ela é sua amante? — Disse Leah incrédula.



— O que acontece entre lady Renesmee e a mim, não é da sua conta!



— Quero saber aonde vou dormir?



— No quarto que Sue preparou para você.



— É junto com o seu? — Perguntou leah descaradamente.



— Não! — Exclamou Jacob não acreditando que ousara tal pergunta.



Jacob entrou no escritório junto com Sam, Seth, Quill e Paul para discutir a decisão de Jacob em quem honrar os votos e sobre a vingança.



Renesmee desceu do quarto já se sentindo melhor e resolveu procurar Jacob para terminar o assunto que fora interrompido, ouviu vozes no escritório fechado e decidiu escutar.



— -O que vai fazer agora, Senhor? — Indagou Sam



— Eu realmente não sei!



— Uma das duas o Senhor tem que honrar — Paul disse.



— Se for à lógica, tem que ser lady Leah. Ela é sua predestinada desde pequeno, é rica tem muitos dotes e não é filho de seu maior inimigo! — Murmurou Quil.



— Eu sei! Mas Renesmee...



— Raciocine, Jacob. Lorde Emmett nunca vai consentir essa casamento, ele o odeia e ainda mais, ao saber que a usou para uma vingança, ele pode até tirar todos os dotes de Renesmee por causa do Senhor. - Disse Seth, pensando em Renesmee, assim como na Leah.



— Parem homens! Senhor Jacob, eu sei que o senhor é dono do seu coração, mas não creio que seja feliz com lady Leah. — Disse Sam.



— Mas pense melhor! Lorde Emmett colocou fogo na nossa aldeia, matou sua mãe! — Disse Quil.



— Não! — O grito escapou dos lábios de Renesmee sem que, ao menos, o percebesse lhe vindo à boca. Não podia ter ouvido direito. Vingança?!



Ela ficou estática, com os pensamentos conturbados e dúvidas cruzando sua mente. Será que ela ouvira corretamente? Jacob havia usado-a?



Jacob ficou parado, rígi¬do, calado. Só agora ele percebera que Renesmee ouvira tudo o que fora discutido.



— Você me usou por uma vingança! Você acusa meu irmão de destruir a vila? E para atingi-lo me usou? — Renesmee acusou. — Todos neste castelo ouviram suas palavras, prometendo ficar comigo e eu tonta acreditei que o Senhor me amasse.



Lágrimas ameaçaram transbordarem dos olhos de Renesmee. Não podia acreditar em tal feito. Tudo não se passara de uma mentira! E agora? E o seu filho? O filho que seria concebido ao mundo com apenas o amor da mãe. Sim, ela já amava a criança em seu ventre!



Houve alguns segundos de silêncio ainda, até que ele res¬pondeu:



— Renesmee a usei sim como vingança no começo, mas agora eu...



Renesmee entreabriu os lábios, chocada. Usava toda a sua for¬ça interior para não tremer. Tudo o que vivera com ele não passara, então, de uma mentira! Jacob a tinha enganado! Fizera ela se apaixonar por ele! Por vingança. Fizera-a acreditar que era sua prometida, que seriam marido e mulher. Por vingança...



Mal conseguia respirar. Uma fúria intensa se apoderava de sua mente. Seu coração batia descompassado, movido pela de¬cepção e pela mágoa.



Um novo sentimento, que desconhecia por completo, pul¬sava em suas veias. Ódio. Tão intenso que poderia ser tocado.



— Meu Deus! Fui usada. Você roubou o bem mais valioso que eu tinha: minha virgindade! Apenas para atingir meu irmão! E tenho certeza que não foi ele quem fez isso. — Renesmee disse, sentindo-se totalmente desamparada, pois sabia o quão verdadeiras eram suas palavras.



Jacob abriu a gaveta da escrivaninha e retirou um pedaço de tecido e mostrou para Renesmee.



— Achei isso do lado do corpo de minha mãe. É pedaço de tecido bordado com o símbolo da sua família.



Renesmee pegou o pedaço de pano e cheirou. De fato, era de seu irmão Emmett. Lágrimas escorreram dos olhos de Nessie, devido à confirmação de tal artimanha de seu irmão.



Todos no escritório continuavam em silêncio. Podiam ouvir cada palavra. Renesmee sentia seu peito espremer-se numa agonia sem fim. Tinha sido para ele o que jurara jamais ser... Uma amante apenas. Todo o desprezo que sentia por Jacob brilhava em seus olhos muito verdes.



— Não somos mais um só. E agora juro, diante de todos aqui reunidos, que nada mais devo aos Black. Nada que seja meu lhe pertence. Se eu “estivesse grávida”, você jamais teria di¬reitos sobre meu filho, pois nunca estivemos legalmente uni¬dos! Não lhe devo mais lealdade, nem respeito. Nada. E nem minha família! — Renesmee olhou para Leah que chegara agora no escritório, e concluiu: — Você escolheu muito bem sua companheira para a vida toda, Jacob. Nada mais perfeito do que uma harpia e um men-tiroso.



Saiu do escritório antes que sua raiva e mágoa a de¬nunciassem. Ou que fizesse alguma coisa da qual viesse a se arrepender mais tarde.



Jacob há tempos temia a reação que ela teria diante da situação. Sabia que Renesmee se sentiria humilhada, destruída. Já não pre¬cisava preocupar-se mais. Havia ódio nela e esse sentimento a manteria forte.



— Jacob, mande prender essa louca — Leah instigou.



Ele a ignorou, abaixando-se para pegar o pedaço de pano jun¬to a seus pés. Voltando-se para Sam e Paul, Jacob deu suas próximas ordens:



— Cuidem para que todos os guardas evitem que Reensmee deixe o reino.



Usando um tom baixo, para que apenas Jacob o ouvisse, Sam indagou:



— Não acha que deveríamos deixar que a moça voltasse ao seu reino? Já teve sua vingança. Mantê-la aqui, onde será forçada a ver vocês dois juntos todos os dias, vai destruí-la.



— Ela não deve partir! — Jacob sabia que era errado forçá-la a ficar, mas não conseguia imaginar-se longe de Renesmee, sem poder vê-la nunca mais. — Tenho o direito, já que ela sinuou uma suposta gravidez, então ela tem que permanecer aqui como... Hóspede.



Sam meneou a cabeça, ao que Jacob rebateu:



— Já chega! São minhas ordens!Eu sou o senhor aqui!



Suas palavras ecoaram pela sala. Todos já se retiravam e ele bem sabia porquê. Muitos nem tinham tentado disfarçar o desagrado diante dos fatos, pois tinham passado a admirar e até a gostar de Renesmee Carlie Cullen. Sua honestidade e de¬terminação tinham cativado as pessoas de seu reino.



Sentou-se numa cadeira próxima, enfiando os cotovelos nos joelhos, pensativo. Baixou a cabeça e enfiou as mãos pelos cabelos. Estava tomado pelo demônio quando decidiu vingar-se. Agora seu coração a Renesmee estava ligado, inexoravelmente. Sentia-se amputado de seu próprio sentimento. E ele lhe faria falta para sempre, estando presente e dando-lhe a falsa impressão de ainda permanecer em seu corpo.

0 comentários:

Postar um comentário