terça-feira, 16 de novembro de 2010

Doce Vingança 10

CAPÍTULO 10



  Jacob entrou no escritório e Renesmee entrou junto em prantos com a voz trêmula.
Uma dor terrível o dilacerava. Nunca imaginara que tamanha dor pudesse apoderar-se de alguém. Sua respiração estava desregular, enquanto lágrimas preenchiam os seus olhos.
- Há quanto tempo se deita com Seth?
Renesmee reagiu indignada. Como ele ousara tal pergunta? Nunca deu-se tamanho motivo para tal pergunta. Sentia-se uma vagabunda ao ser tratada assim... Pior, pelo pai de seu filho e pelo homem que ela amava.
- Deitar-me com ele?
- Chega de mentiras! Eu os vi juntos... Beijando-o! - Rugiu Jacob. Segurou Renesmee pelo pulso, não brutal e nem gentil. Faltava muito pouco para se descontrolar. Porém, juntou suas forças, pensando no filho que estava no ventre de sua... De Renesmee.
- Eu só digo a verdade! Eu nunca dormi com Seth. A simples idéia me enoja... Eu não sabia que ele queria me beijar! - Disse sinceramente.
Jacob tinha o rosto empedernido. Petrificado, não sabia o que pensar.
- Todas as mulheres são dissimuladas. - Afirmou.
Renesmee sentiu suas pernas bambas. Céus, nunca o vira tão zangado, nem tão magoado.
- Pode não acreditar no amor de uma mulher, mas duvida do sentimento de uma mãe pelo filho? Não pode tirar ele de mim.
Jacob rosnou. Ele estava totalmente fora de si e não estava pensando com muita clareza. Para ele, naquele momento, o certo era o rumo que estava tomando.
- Pelas circunstâncias, eu até duvido que esse filho seja meu.
- Você está me ofendendo! Essa criança que cresce no meu ventro e sua! Você disse que sempre quis ter um filho! - Renesmee disse consternada com tal afirmação. O filho deles era o fruto do amor que surgiu entre eles e, renegá-lo ou dá-lo, como algo banal, seria o pior ato que já fizera... Além de ser um meio de renegação ao amor deles.
- Eu quis que as minhas sementes se enraizassem em você. Não as de um covarde qualquer. - Jacob rugia feito leão ferido.
Paralisada de medo, Renesmee sentia-se pequena e insignificante. Após noites de paixão, o vinculo entre ambos significava tão pouco? Talvez não existisse sentimento da parte dele, afinal, talvez nunca fosse amá-la como ela o amava, acabara de afirmar. Ela o perdoou pela sua vingança contra sua família e ele, vendo que ela que jurava que nunca tivera nada com Seth, a beijou a força não acreditava nela. Agora, convencia-se de que tal emoção não poderia florescer num coração tão vazio.
Jacob remexeu o maxilar, mas em seus olhos frios não havia um pingo de pesar ou remorso.
- É novamente minha prisioneira. Renesmee Cullen, tente fugir e conhecerá a crueldade de que sou capaz.
- Jacob... - Tentou protestar.
Jacob pegou um copo de uísque e começou a beber.
Renesmee, que vira nele um traço de afeição, arrependeu-se. Lágrimas inundavam os olhos. Uma angústia tão intensa lhe oprimia o peito que mal conseguia respirar. A dor em seu peito era tão forte, porém não era física... Era emocional. Tudo o que acontecera nesse meio tempo, não fazia bem a eles.
Com a cabeça erguida Renesmee saiu do escritório. Ela precisava guardar a sua honra. Afinal, já perdera a virgindade para aquele ser. Agora tinha que se dar dignidade.
Quando fechou a porta, ouviu um som que recordava muito bem. Jacob atirara um copo contra a parede, movido a raiva.
Jacob estava à janela do escritório, encostado à parede, olhando para o pátio do castelo.
Distraído, ouviu a porta a abrir-se .
- Pelo amor de Deus, Jacob! O que disseste à Renesmee? - Perguntou Sam. - Estava pálida. Discutiram por que?
Ele virou-se lentamente para o seu amigo, apertando o punho com força, enquanto tentava controlar-se.
- Peguei ela com Seth no jardim, aos beijos! - Murmurou com o maxiliar trincado.
- Ela foi forçada a fazer isso. Jacob, será que o Senhor não encherga que essa moça te ama incondicionalmente e Seth sempre o invejou?
Jacob apertou o queixo, duvidoso. Porém, não mudou a sua decisão, afinal, estava convicto que seus olhos não mentiram.
- Mais eu os vi!- gritou Jacob e deu um murro na mesa. - Quantas vezes tenho de dizer isso?
Atônito ao ver aquela explosão de raiva, Sam afastou-se e fez um gesto para acalmar o seu amigo. Ele sabia que Jacob estava apenas de cabeça quente e poderia refletir melhor depois... Ele sabia que o seu Senhor se arrependeria.
- O que ela disse?
- Negou tudo é claro.
- Pois seria melhor que acreditasse nela! Ou vai perdê-la pra sempre! Lembre-se, meu lorde, foi o senhor que a resgatou, a trouxe aqui e tirou sua honra!
Era possível que já a tivesse perdido, pensou Jacob. Sentiu um aperto no coração perante àquela ideia.
- Amanhã quero Seth fora daqui! - Ordenou Jacob que, repentinamente, tinha dificuldade para pronunciar as palavras e colocando mais uísque em seu copo.
- Pelo amor de Deus, está bêbado! - Exclamou Sam
- Ah, sério? Perguntou Jacob, enjoado, como se tivesse batido com a cabeça. Olhou para o copo que tinha na mão e deu um sorriso torto, totalmente inconsciente de seus atos. - Devo estar. - Murmurou e atirou o copo para o chão. - Isso explicaria... Esquece! - Olhou novamente para o seu amigo e perguntou bravo, atropeçando as palavras:
- O que quer? Você também vai questionar essa minha decisão em expulsar Seth?
Sam arqueou as sobrancelhas, incrédulo.
- O senhor é o lorde aqui. Eu só quero que o senhor tome as decisões certas!
- Eu não tenho que lhe dar explicações! - Disse Jacob e apontou com um dedo hesitante para a porta, ao mesmo tempo que sentia uma tontura passageira. - Vai-te embora!
Em vez de sair, Sam apoiou-se na beira da mesa e cruzou os braços enquanto continuava a observar o seu amigo com o seu habitual sangue-frio.
Jacob apoiou as costas nas costas da cadeira e olhou para ele com os olhos avermelhados.
- Eu comecei a gostar da ideia de ter um filho...
- Mas o terá!
Jacob levantou-se imediatamente. A cadeira caiu para trás e ele teve de se segurar à mesa para se manter de pé, devido a posição cambaleante.
- Mas ela me traiu! Nem sei se esse filho é meu. - Disse desgostoso, ao mesmo tempo que sentia a dor das palavras o afetarem.
- No fundo, o Senhor sabe que é! Você tem o coração bom e sabe que a mãe de seu filho também tem!
Jacob assentiu, sombrio.
- Ótimo. Agora, pára de beber e, quando estiver sóbrio, vai falar com a sua futura esposa! - Indagou Sam
- Qual delas? - Disse Jacob com sarcasmo.
- Aquela que seu coração bate mais forte. - Sam limitou-se a falar e saiu da sala à passos pesados e arrastados. Não sabia que o patrão era capaz de tamanha estupidez.
(***)
O humor de Jacob era negro como uma noite sem lua. Desejos conflitivos retumbavam em seu peito. Ele não conseguia dar uma resposta sorrindo, ou amigável. Vivia emburrado e sombrio pelos corredores do Castelo.
Jacob passou três noites dormindo em um banco do salão, enquanto Renesmee permanecia isolada durante todo o dia.
Jacob lançava sua ira a qualquer um que fosse o suficientemente insensato para cruzar seu caminho. Não havia mais motivos para ter bom humor e descontava as suas mágoas na bebida e nos outros.
Os olhos de Renesmee estavam vermelhos e inchados de tanto chorar. A mera menção do nome de Jacob lhe tremia os lábios. As lágrimas caíam sem que ela as pudesse controlar.
Ela voltava a pensar em coisas que feriam o seu coração. Você ficara aqui até que o bebê nasça. Assim que nascer você vai embora com Seth e o bebê ficara comigo! Essas palavras proferidas pelo Jacob não saíam da cabeça de Renesmee. Uma criança crescia dentro dela, uma criança de seu sangue. Muito antes do dia em que sentiu um movimento em seu ventre, soube que nunca poderia abandonar essa criança. Nunca poderia abandonar seu filho.O que devia fazer? Ele não acreditava que ela não tinha o traído. Ela tinha que fugir e voltar para sua família eles iria compreender e aceitar!
- Meu amor, você não está comendo direito! Você tem que pensar em seu filho! - Indagou Sue chegando ao quarto.
Renesmee olhou para Sue e desabou em lágrimas. Sue lançou-a um olhar de pena e já havia se acostumado com a Renesmee chorando. Era uma rotina diária.
- Não fique assim. Jacob é muito orgulhoso, mas no fundo ele sabe que você e Seth nunca tiveram nada. - Sue tentou consolá-la, não obtendo sucesso.
- Ele não olha na minha cara e não pergunta como estou!
- Mas ele pergunta para os empregados e está furioso porque você não está se alimentando.
- Eu quero ir embora Sue! Eu me sinto sozinha aqui.
Sue olhou para Renesmee assustada. Sue sabia que era a ruína para Renesmee, caso Jacob descobrisse que queria fugir e se não obtesse sucesso na ação.
- Ah, então eu não sou boa companhia? - Brincou.
Renesmee olhou para Sue assustada.
- É lógico que é Sue. Me desculpa! Eu prezo muito sua amizade. - Murmurou Renesmee dando um abraço carinhoso em Sue, e logo foram interrompidas pelas batidas na porta.
- Pode entrar, -disse Sue.
- Sue, o Senhor Jacob está convocando todos os empregados no escritório e quer urgência na convocação. - Anunciou Quill e logo saiu.
- Jacob deve estar furioso, – murmurou Renesmee.
- Não está não Renesmee! Bem, deixe-me ir logo. Eu volto trazendo um lanche. - Afirmou Sue, não esperando uma resposta negativa da patroa. Saiu do quarto, enquanto Renesmee sentia-se novamente aquela saudade da família.. E saudade do antigo Jacob, o qual se apaixonou e que não era o atual Jacob, frio e sombrio. O impassível que não mostrava sentimentos e tinha uma obscuridade a sua volta.
Renesmee esperou Sue sair. Fez uma trouxa de roupas aproveitando que todos estavam em reunião... Ela iria fugir.
(***)
No escritório, Jacob esperou que todos se posicionassem para dar uma decisão.
- Convoco todos vocês aqui para anunciar que amanhã vou me casar!
Todos olharam um para os outros com pontos de interrogação.
Sue por vez sentiu uma ponta de dó por supor que Jacob, por vingança, iria casar com Leah. Era provável que fizesse isso apenas para causar ciúmes em Renesmee. Afinal, Sue via o amor preencher cada canto do olhar deles, quando estavam conectados. Agora, só via dor... E sabia que Renesmee sofreria muito mais por causa de Leah. Mas levou um baita susto quando ele anunciou o nome de sua noiva.
- Quero que preparem tudo e que convoquem o padre que amanhã vou me casar com Renesmee Cullen.
Sem esperar, Jacob foi pego por murmuros de alegria. Todos achavam que Renesmee seria a melhor escolha ao reino e a Jacob. E depois do anúncio pediu para que todos se retirassem.
Jacob encostou-se à janela e observou que o céu se encontrava coberto por densas nuvens. O ar estava carregado e não demoraria a chover. A ventânia aumentava com a aproximação da tempestade.
O pesar que ele sentia antes no coração, libertou-se do seu ser. Só de pensar que estaria casado com a futura Renesmee Black, sentia uma paz interior. Mas isso seria passageiro...
- Senhor! Srta Renesmee fugiu! - Anunciou Sue entrando no escritório sem bater, apavorada. Ela estava transtornada, pois Renesmee acabara de arruinar o seu destino.
- Como? - Perguntou Jacob, sentindo seu coração falhar sobre o que acabara de ouvir.
Tudo aconteceu muito rápido. Mal acreditando no que acontecia, Jacob respirou fundo e tirou seu cavalo da baia. Colocou rédeas na montaria, mas não se importou em selá-lo e foi para a mata à procura de Renesmee.
Renesmee começou a lutar contra o vento forte que percorria o matagal. Só após alguns minutos, perguntou-se o que estava fazendo. A ira, a humilhação e a aceitação da derrota tinham tomado conta de seu ser e ela agira sem pensar. Ela sentou-se e encostou-se em uma árvore, pois não já estava cansada. Devido a gravidez, era impedida de fazer o trajeto sem descansar.
Não demorou e ouviu os cascos de um cavalo se aproximando e de longe viu que era Jacob. Seu coração acelerou, mas ela não sabia se era de alívio, de medo ou por pura adrenalina.
Só não entendia porquê Jacob a perseguia. Seria orgulho masculino? Ou simples arrogância por não permitir que alguém agisse sem seu consentimento?
Maneou a cabeça, pois não queria pensar nas razões dele. A verdade era que não desejava fugir. Não queria se expôr ao perigo das estradas.
Talvez fosse esse o motivo pelo qual ele a perseguia. Os homens não costumavam acreditar no sucesso das mulheres, e ele temia que algo lhe acontecesse. Afinal, mesmo ele pensando que ela era uma vadia, ela estava sob seus cuidados. Se algo lhe acontecesse, teria de enfrentar o questionamento de sua família.
A chuva desabou de repente, gelando-a até os ossos. Não contara com esse inesperado em seus planos. Respirou fundo, tomando fôlego e paciência. O que representava um pouco de chuva? Não era feita de papel e nunca adoecera na vida. Tudo ficaria bem.
— Peguei você, — declarou com um misto de satisfação e raiva na voz.
— Não vou voltar com você, Jacob. — Afirmou convicta. Ela não iria voltar para os bracos de Jacob, para ele roubar-lhe o filho que nascia em seu ventre.
— Vai fazer o que eu mandar. — Retrucou.
— Isso não faz sentido algum! Você não me quer. O que pretende humilhar-me ainda mais? Quer me acompanhar até minha família com uma corda no pescoço, talvez? Anunciar que sou uma vadia e que sou amante de seu amigo e ainda carrego um bastardo, que não mereço sua consideração? Não imaginei que pudesse ser tão cruel.
Ele franziu o cenho. Sua raiva era justificável, sabia disso. No entanto, Renesmee o colocava na defensiva, pintando-o tal qual um monstro.
Inferno. Ele era um homem educado, articulado, racional... E, ainda assim, ela o manipulava. Nenhuma mulher jamais conseguira isso antes.
— Venha. Vamos voltar!
— Não!
— Como pretende impedir que eu a arraste? Não vejo nenhum Castelo. Aliás, não importa a arma que pretenda usar, não fará nada. Não tolerarei violência de sua parte, Renesmee. Obedecerá e virá comigo sem reclamar. Vamos!
— Não!
Nesse instante, um raio caiu numa árvore próxima, partindo um galho. Renesmee gritou de susto.
— Vê aquela trilha ali? Ela leva a uma cabana. Vamos até lá. Estamos muito longe da mansão. — Indagou Jacob a puxando para montar no cavalo.
A cabana ficava no fim da trilha, numa clareira. Obviamente era um lugar para alguém que valorizava a privacidade: pequeno, porém muito bem cuidado. Parecia um lugar limpo e ocupado recentimente, porém não havia ninguém lá.
Com um empurrão entraram na cabana, Jacob por vez já começou a colocar lenha na fogueira e ordenando que tirassem as roupas.
Renesmee olhou para ele assustada.
— Pare de bobeira Renesmee! Já conheço todas as partes do seu corpo, — murmurou.
— Mas mesmo assim não ficarei nua perante você. — Esbravejou Renesmee
Jacob sorriu.
— Lá, naquele baú, tem roupas secas. Pode colocar uma delas. — Ordenou ele já tirando as suas roupas.
Eles se deitaram em um colchão e esticaram uma manta. Ela deitou-se hesitante, porém sentiu uma necessidade de abraçar Jacob e sentir a sua pele novamente, mas evitou tal pensamento.
Durante a noite, Jacob ouviu um gemido de Renesmee. Minutos depois, ele sentiu sua pele quente.
— Nessie? — Chamou baixinho e pousou a mão no rosto delicado. Estava pegando fogo!
Por um instante, não quis acreditar. Concluiu que Renesmee estava doente e ela e seu filho precisavam de ajuda. Pelo menos, sabia o que tinha de fazer. Chovia muito ainda e não havia como chamar um médico, portanto Renesmee e seu filho também dependiam dele.
Levantou-se rapidamente e seguiu para a porta. Pegou água e compressas e tocou Renesmee na fronte: ela suava. Começou a fazer compressas para esfriá-la. Quando ela tentou se esquivar do pano frio, ele a impediu.
— Nessie você está doente!— Avisou com suavidade. Sabia que ela não o compreendia, mas continuou a falar mesmo assim. — Está ardendo em febre... Confie em mim, sei o que estou fazendo.
Molhou o pano diversas vezes, passando-o pelo corpo alvo, tentando não analisar como se sentia diante do que via. Esforçou-se para ignorar a reação do próprio sexo.
Renesmee provavelmente não o desejaria mais, mesmo que estivesse sã.
— Abra os olhos e olhe para mim, Nessie... Maldição abra os olhos!
Mais uma vez, ela obedeceu, encarando-o com olhos límpidos e brilhantes.
— Olá... — murmurou, esboçando um sorriso.
— Como está se sentindo?
— Tudo dói.
— Isto a faz se sentir melhor? — ele perguntou ao passar o pano úmido pelo torso ainda quente.
— Sim, — ela respondeu e fechou os olhos.
Sentou-se ao lado dela e amparou sua cabeça no braço.
— Acorde de novo, vamos... Precisa beber este chá. Abra a boca.
Ela engasgou no primeiro gole e ele diminuiu a dose a um fio. Com paciência, ofereceu toda a caneca.
Renesmee tornou a gemer em seu desconforto, e Jacob a deitou novamente, retomando as compressas.
Ele tornou-se atencioso e carinhoso, bem diferente do Jacob que deixara o Castelo tomado pela ira.
Após uma hora, a febre tinha cedido. Logo, ela começou a tremer de frio.
Ele não pensou duas vezes. Subiu na cama e a aconchegou junto ao próprio corpo e posou sua mão no ventre dela. Renesmee se enroscou nele, buscando seu calor.


Quando começou a suar, Jacob não se afastou. Apoiou o rosto no topo de sua cabeça com um suspiro. Sentia-se responsável por ela e estava ciente de que suas mãos não paravam de afagá-las nas costas. Maldição...
Ela voltou a gemer. Ao perceber o calor da respiração quente em sua pele nua, ele se sentiu tomado por uma sensação estranha. Fechou os olhos, exausto. Não demorou e adormeceu.
Despertou ao alvorecer. Ainda chovia, notou, portanto não podia levar Renesmee de volta ao castelo. Tentou despertá-la, mas ela ainda estava grogue com um resto de febre. Tenso, ele a obrigou a beber mais chá.
Jacob por vez continuou alternando xingamentos e compressas com abraços, visto que a febre aumentava e diminuía em ciclos intermináveis.
Assustado, chegou até mesmo a rezar por sua amada e por seu filho. Nunca fora muito religioso, mas em momentos de apertos sempre apelara para o Criador.
No fim do mais longo dia de sua vida, teve certeza de que ela sobreviveria. Parou ao lado da cama, observando-a, ciente de que a melhora agora só dependia dela.
— Não se atreva a desistir agora, meu amor! Temos uma vida aí dentro! — Falou em voz alta. — Vai apanhar para valer se ousar desistir...

Renesmee gemeu e tentou ficar de lado. Jacob se viu entrando debaixo das cobertas outra vez, pois Renesmee tremia dos pés à cabeça e a beijou na fronte e a trouxe para perto de si. Tomada pelo desejo, ela apoiou os braços sob o abdômen definido dele e tentou ali, nos braços do seu amado - pois o antigo Jacob voltara -, tentou relaxar e salvar o seu tão amado filho. Será que ela iria conseguir?

1 comentários:

Anônimo disse...

gostaria de saber quando chega os novos capitulo de doce vigança estou adorado a historia

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