sábado, 15 de janeiro de 2011

A Herdeira 25 O inferno dos Blacks

25 O inferno dos Blacks

Eu estava completamente insana. Tomada por uma dor tão profunda, uma necessidade de ser amada, sentir um aconchego em meu corpo, algo que apagasse aquele pesadelo e não me fizesse sentir um lixo.

Vi os olhos meigos de Seth, analisando as expressões de meu rosto, enquanto o seu se movia lentamente em direção aos meus. Ele parou muito próximo a minha boca e os seus olhos inquietos observavam. Talvez estivesse esperando que eu desistisse daquilo, mas eu não tinha condições de raciocinar. Estava tão destruída pelas recentes descobertas, que não tinha condições de sentir remorso ou pensar nas conseqüências dos meus atos. Aquele foi o meu erro. Tenho certeza disso analisando os fatos com mais clarezas.

Sua respiração era pesada e exalava o calor quente de seus lábios. O nariz roçou sobre o meu, fazendo a minha pele formigar. Não tinha mais duvidas e a necessidade que crescia dentro de mim, fez com que colasse os meus lábios sobre os seus e movesse lentamente.

Sua pele era gostosa, os movimentos cálidos causavam arrepios em meu corpo, as mãos calejadas pelos anos trabalhando na oficina acariciavam e minha pele, nossos corpos se colocaram e não sei exatamente como as coisas aconteceram, mas quando percebi estava deitada no sofá com ele sobre o meu corpo.

Ele se colocou entre as minhas pernas e senti o leve movimente sobre os tecidos da minha roupa. Um tesão foi crescendo dentro de mim e as nossas línguas pareciam se encaixar perfeitamente enquanto proporcionavam prazer uma a outra. O gosto do seu beijo era de hortelã, o seu perfume forte me inebriava completamente e suas mãos carinhosas tocavam a minha pele com delicadeza.

Seth me tocava como se eu ainda fosse uma virgem, apesar da urgência que aumentava em seus beijos. E eu me sentia verdadeiramente amada em seus braços fortes, tocando cada músculo de seu corpo enquanto namorávamos no sofá.

Depois de um tempo ficamos sem ar, ele afastou os lábios dos meus e ofegava de forma forte. De olhos fechados, esperei que desse o próximo passo naquele momento. Senti seus dedos desabotoando os botões da minha blusa lentamente. Começou a beijar o meu pescoço, enquanto passeava com os meus dedos entre os seus cabelos negros e sedosos. Os arrepios pelo meu corpo só cresciam e a necessidade de me sentir mulher em seus braços também.

Tirou o meu sutiã sem pressa e quando abri os olhos o vi admirando os meus seios. Não disse nada, apenas sorriu e  começou a tatear com os dedos os meus pequenos bicos. Curvou-se sobre mim e colocou os lábios sobre um deles. A sua língua tocava o bico e fez movimentos circulares. Sua mão começou a apertar o outro, com um pouco de força, mas com muita cautela para não me machucar. Aquilo me fez lembrar a primeira vez dos toques fortes de Jacob e da forma como ele me fazia sentir. Meu estômago se revirou de forma estranha e quase desisti. Então veio a minha mente a lembrança da conversa dele com Rebecca e mais uma vez me senti um lixo.

Lágrimas encheram os cantos dos meus olhos e esforcei-me para não chorar. Sabia que Seth se sentiria mal se fizesse aquilo. Engoli o choro e tentei pensar apenas em nós dois naquele momento.

Continuou beijando meus seios, depois desceu e foi até a minha barriga e foi dando leves chupões. Meu corpo reagia a cada toque de suas mãos e beijos de seus lábios quentes. Necessitei senti-lo dentro de mim. Esperei ansiosa que chegasse a minha calça e percebi a sua hesitação naquele momento.

- Tem certeza? - Ele sussurrou encarando o meu olhar. Assenti com a cabeça, fechei os olhos e esperei que abrisse o o botão da minha calça e descesse o zíper.

Ele tirou a minha calça, deixando-me apensa com a calcinha e por um momento tive vergonha que me visse daquela forma. Minhas bochechas esquentaram e depois começaram a queimar. Sabia que estava vermelha pela situação e ele sorriu ao ver o meu rosto.

Ficou de joelhos no sofá e começou a tirar a camisa de manguá. Depois a camiseta branca dentro dela, deixando o peitoral forte e definido a mostra. Mordi os lábios desejando tocar e beijar aquele corpo. E ele pareceu-me feliz ao ver a minha satisfação.

Levou a mão ao fecho da calça, abriu o botão, desceu o zíper e depois começou a tirar a calça jeans.

Ficou de boxe vermelha, super sexy, que o deixava ainda mais bonito e desejoso. Meu coração batia muito rápido, minha respiração estava irregular, minha pele molhada pelo suor que começava a sair pelos meus poros. Ele se debruçou sobre mim, apoiou um os cotovelos no sofá e o outro braço se colocou na lateral, deixando a mão livre para afagar os meus cabelos.

Ficamos nos beijando no sofá por um longo tempo, com ele se movimentando no meio das minhas pernas para estimular a minha sexualidade.

Senti prazer. Nenhum remorso naquele momento, eu confesso. Mesmo que hoje saiba que estava errado e que aquilo pudesse acabar em morte, permiti que acontecesse. Não pensei e nem calculei nada. absolutamente nada... Só nele!

Ele parou o que estava fazendo. Levantou-se do sofá, ficou diante de mim, pegou-me no colo e me levou para o seu quarto.

Colocou-me deitada sobre a cama, debruçou sobre mim, apoiando um dos braços sobre a cama e levou uma das suas mãos até o tecido da minha calcinha. Passou a mão sobre o elástico e penetrou os seus dedos para me estimular.

O prazer foi aumentando os seus movimentos e tive o meu primeiro espasmos, enquanto ele me olhava com satisfação e sorria me vendo gozar em sua mão.

A hora havia chegado, ele tirou lentamente a minha calcinha, segundos depois despiu a única peça que cobria o seu lindo corpo, abriu as minhas pernas e se encaixou entre ela. Penetrou lentamente, como se estivesse com medo de me machucar. Não sei se sabia que Jacob e eu não dormíamos no mesmo quarto, mas pelo que percebi estava cauteloso como se fosse virgem. Os movimentos de seu membro começaram lento, deixando-me mais ansiosa ainda. Por isso ditei o ritmo, movimentando rápido o meu por, fazendo com que fosse mais intenso e mais voraz. O prazer me fazia gemer muito, afogada em um rio de prazeres. Nossos corpos estavam molhados de suor, exalando a luxuria pecaminosa que esbanjávamos sobre aquela cama.

Não demorou muito senti o seu gozo dentro de mim, fazendo-o perder as forças e deixar o seu corpo cair sobre o meu.

Ficou deitado sobre mim por algum tempo. Não conseguia falar nada. Talvez tivesse medo da minha atitude. Só acariciava o meu corpo com toques leves da ponta de seus dedos.

Ele saiu de dento de mim, deitou-se de lado e ficou olhando para o meu rosto. Seu olhar era inquieto e perturbador. Parecia com medo do que eu diria e como me comportaria depois daquele momento. Meu estômago começou a revirar novamente ao perceber o quão magoado ele ficaria com aquilo tudo. Não era justo com ele, e nem comigo, apesar de muitos não concordarem com as minhas atitudes.

Acabei me distraindo com os meus pensamentos e me lembrei de Jacob dizendo que apesar de tudo ele me amava. Aquilo foi um golpe no meu coração. Eu me senti suja. Para dizer a verdade imunda e quis me enfiar debaixo d’água para lavar os vestígios da minha sujeira.

Pouco a pouco as lágrimas foram enchendo os meus olhos e Seth ficou me olhando com aquela expressão de coitado. Era horrível ver o resultado das minhas ações. Quis morrer naquele momento, mas era muito fraca para cometer algum desatino que tirasse a minha vida fracassada.

- Você se arrependeu, docinho? - Ele engoliu seco e ficou analisando o meu rosto.

- Seth eu...- Minha língua travou, um nó prendeu minha garganta e meu coração começou a sufocar, causando-me uma estranha dor.

“O que eu fiz?” “O que eu fiz?” “Não sou melhor do que ele. Sou uma imunda!”

- Eu tinha medo disso. - Ele disse segurando o choro. - Sabia que se sentiria mal depois de tudo. Nunca deveria ter seguido a diante... Nunca.

- A culpa não é sua. - Desabei no choro e não conseguia parar. Ele me envolveu em seus braços e ficou afagando os meus cabelos.

- Ness, eu amo você. Amo mais do que suporto e mais do que deveria. Mas eu sei que o seu amor por Jacob chega a ser doente. Ele te trata mal e vocês vivem um casamento de fachada. Se bem a conheço, o seu orgulho não permite que você abandone o seu marido e admita para todos o que ele é de verdade. Saiba que sempre estarei por perto. Acredito que isso foi um erro. Sei que você sempre sentirá culpada por trair aquele... - Ele trincou os dentes com raiva. - Não quero que sofra e sei que te fará mal para sempre.

- Eu não sou melhor do que ele Seth. - Chorava muito e tinha dificuldade de falar. - O que fiz foi me rebaixar ao nível dele. Eu não quis te usar... Eu juro! Tudo o que aconteceu foi real e bom para mim, mas... - Como dizer que em sentia suja? Como admitir para ele que não foi a mesma coisa? Que ainda me sentia vazia e meu corpo gritava, mas não pelo dele.

- Vamos passar uma borracha sobre isso e fingir que nunca aconteceu. Se depender de mim ele não saberá nada sobre isso. Sei que você não vai abandoná-lo. E não seria capaz de me vingar dele fazendo você sofrer. Eu te amo demais para isso, docinho.

- Você é o melhor homem do mundo. - Beijei o seu rosto e deitei a cabeça em seu ombro.

- Tenho que te levar para casa. - Ele sussurrou em meu ouvido.

- Não quero ir... Não agora.

- Tudo bem. Podemos ficar mais um pouco. - Deitei a cabeça em seu peito e tentei me acalmar enquanto ele fazia caricias sobre os meus cabelos. Era tão bom me sentir em seus braços. Eu me sentia segura e verdadeiramente amada. Mas ao mesmo tempo tive a certeza que não era ele que queria. Por mais que Jacob não prestasse, inevitavelmente eu continuava o amando de forma desesperada. E ainda continuava disposta a viver aquele casamento de mentira ao seu lado. Ai alguém pode me acusar de louca. Contudo afirmo que aquilo não era loucura. Apenas amor... Um amor doente. Mesmo assim amor.

O tempo passou e após cochichar em seus braços, fui acordada docemente por sua voz angelical me chamando. Pensei que estava sonhando e até desejei isso antes de abrir os olhos. Ai percebi que não era sonho.

- Acorda, docinho.

- Seth!

- Já é fim de tarde e precisamos ir embora. Você precisa dar as ordens para o jantar e Jacob pode chegar e sentir a sua falta. Não quero que tenha ainda mais problemas com seu marido. - Levantei meu corpo quente lentamente de seu peitoral e me sentei sobre a cama, cobrindo os seios. Ora bolas, eu já tinha dormindo com ele. Mesmo assim ainda sentia-me envergonhada com aquilo.

Ele percebeu o meu constrangimento, levantou-se da cama, pegou as suas roupas pelo chão e foi nu para sala. Revirei os olhos para não olhar aquelas nádegas morenas completamente despidas.

Levantei da cama, peguei a calcinha no pé da cama e fui para o banheiro.

Fechei a porta, coloquei a calcinha sobre a pia e fiquei olhando para o meu rosto no espelho. Vi as marcas de chupão em meus seios e fiquei apavorada. Sabia que Jacob deduziria a verdade se as visse. Era vital para todos nós que ele não visse meu corpo até que não houvesse nenhum sinal da minha traição.

Meus olhos encheram de lágrimas e quis me afundar em um poço naquele momento. De repente o barulho da porta me despertou. Era Seth chamando.

- Docinho, as suas roupas e uma toalha limpa para se banhar. Não demore muito. Precisamos chegar na sua casa antes do seu marido. Não quero que ele te faça mal por mim. Sei que isso me deixaria louco e partiria para cima dele.

Abri uma brecha na porta e peguei as coisas.

Depois de pendurar tudo sobre o aparador de roupas na parede, abri a porta do boxe e entrei. Liguei o chuveiro e tomei um banho quente delicioso, esfregando meu corpo forte para tirar todo o sinal da sujeira da traição. Eu esfregava, esfregava tão forte que deixei a pele de meus braços, barrigas, pernas e outras partes vermelhas. Só cuidei para proteger o meu pescoço, sabendo que Jacob mataria Seth se eu chegasse com pescoço vermelho em casa... Inferno!

 - Porca! Vagabunda! Imunda! O que eu faço agora, Senhor? O quê?

- Docinho? - Seth chamou.

- Já vou! - Respondi.

Sai debaixo da água, peguei a toalha e sequei o meu corpo. Vesti minhas roupas o mais rápido que pude, sequei os cabelos e os penteei com o pente que estava sobre o armário da pia.

Voltei para sala sem conseguir olhar direito para Seth. Morri de vergonha de encará-lo naquele momento.

- Renesmee, olha para mim! - Ele ordenou, pegou a minha mão e se sentou ao meu lado do sofá. Revirei os olhos, tentei fugir. Infelizmente não houve para não olhá-lo. Sabia que viveria com aquela culpa pelo resto da vida. Eu o fiz sofrer mais uma vez e se pudesse voltar atrás eu o teria feito.

- Eu amo você. Sei que sempre amarei e sempre levarei esse momento que vivemos. Foi importante para mim e não quero que se culpe pela minha dor. Vou superar isso, amor. Já superei o pior e passei noites sem dormir pensando em você nos braços dele. Acho que mesmo depois de cem anos ainda pensarei se está bem. Não quero que se culpe nunca mais. Aconteceu... Simplesmente aconteceu.

- Seth... - Eu já soluçava de tanto chorar. Ele era o homem mais perfeito do mundo e seu sabia disso. Como consegui ser cega por anos e não ver o óbvio?

- Eu preciso te contar uma coisa. Não queria esconder isso de você. Mais cedo ou mais tarde você saberá. - Ele ficou pensativo e pareceu hesitar por momentos. Fiquei ansiosa para saber o que era. Meu coração apertou sem saber exatamente o motivo. Ele sabia que algo estava errado... Muito errado. - Eu conheci alguém. - Ele disse e ficou me analisando.

- ALGUÉM? COMO ASSIM? - O ciúme subiu pela minha cabeça e quase surtei de raiva. Meus olhos inundaram e pareciam uma cachoeira.

- Uma menina... Na universidade. - Ficamos em silêncio e ele parecia ter medo. Ficou assustado com a minha reação. Talvez não esperasse uma cena de ciúmes.

- Tudo bem! Tudo bem! Agora que me diz isso? - Cruzei os braços e fiz bico. Virei de costas e fiquei chorando como tonta, me sentindo traída e feriada com aquilo.

- Somos amigos ainda, mas estou sentindo algo... Sabe? Sei lá é estranho me sentir esquisito com outra pessoa. - Ficou na minha frente, segurou o meu queixo e o ergueu. - Queria que soubesse. Sempre fomos amigos. Apesar de você me esconder as coisas ultimamente.

- Ela é bonita? - Comecei a imaginar se ela era loira, branca, morena ou ruiva. Se tinha rosto bonito e um corpo escultura. Senti-me uma coisinha insignificante.

- É linda... Você é mais. - Disfarçou.

- Eu não quero saber! Não quero! Não!!! - Estava quase gritando.

- Tudo bem! - Respondeu olhando em meus olhos e desviei o olhar envergonhada.

- Qual o nome dela? - Quando ele me responderia gritei. - NÃO! NÃO QUERO CONHECER! VAMOS EMBORA! - Bati o pé e sai de sua frente, caminhei rápido até a porta da sala, sai e vi que já estava escurecendo. Corri para o carro e esperei que viesse. Ele caminhou em minha direção, abriu a porta do carro sem dizer nada e entrei. Deu a volta, abriu a porta, entrou, deu partida e nos conduziu até a minha casa.

Quando estávamos a poucos quilômetros de casa, vi um filhote de cachorro machucado no acostamento da praia e gritei:

- Para!

- O que foi? - Ele freou bruscamente o carro.

- Um filhote de cachorro machucado. - Abri a porta do carro, sai correndo e fui em sua direção, ouvindo os passos apressados de Seth atrás de mim. Ajoelhei diante dele e vi sangue em sua pata, ouvia o chorinho baixo e os olhos tristes revirando. - Tem alguma cosia para enrolarmos ele? Precisamos levá-lo para o veterinário.

- Calma ai! Tem uma manta lá no porta malas. Vou lá buscar. - Ele saiu correndo em direção ao carro e voltou em segundos.

- Ele vai morrer? - Estava morrendo de pena do coitado e queria que ele sobrevivesse aquilo. Comecei a chorar de agonia, enquanto Seth o enrolava na manta. Pegou com todo o cuidado e caminhamos para o carro. Eu entrei primeiro e ele colocou o filhote em meu colo. Deu a volta e dirigiu em direção a cidade.

Fomos ao veterinário e ficamos um bom tempo até ele limpar os ferimentos, e medicá-lo. Quando saímos de lá, já passavam das oito horas e eu estava preocupada com a reação de Jacob. Sabia que ele estava preocupado, provavelmente dando um ataque e ameaçando todo mundo. Mas o que eu podia fazer? Tinha que esperar o animalzinho ser liberado.

Quando entramos em casa, Jacob estava sentado a beira da escada vermelho. Seu olhar era furioso e Rachael e Sue estavam na porta da cozinha a nossa espera. A expressão de Sue era horrível e a de Rachael nem se fala. Rebecca apareceu na porta e parecia divertir-se com a desgraça alheia.

- AONDE VOCÊS ESTAVAM ATÉ ESSA HORA? - Jacob gritava de tanta raiva. Todas entraram em sua frente. Todas não! Rebecca ficou com sorriso no canto dos lábios.

- Olha!- Tirei a manta que cobria o cachorrinho e mostrei a ele. - Achamos esse animal na beira da praia e fomos ao veterinário em Forks. Por isso demoramos. Qual o motivo do ataque? - Tentei me impor e disfarçar o meu medo. Sabia que ele mataria Seth se soubesse a verdade.

- QUER QUE ACREDITE NISSO? INFERNO! - Apontou o dedo para Seth. - EU VOU MATAR VOCÊ.

- Para, Jacob! - Rachael implorava segurando o seu colarinho.

- Por favor, Jacob! Tente se acalmar. - Sue pedia chorando e Seth continuava quieto, sem se intimidar ou provocar mais a sua fúria.

- Leve-o para a área de Serviço e cuide bem do Bob. Não esqueça de pegar as coisa que compramos no carro. - Coloquei o cachorro com cuidado nos braços de Seth, que o enrolou na manta e caminhou em direção a cozinha. Passei por Jacob e fui para o meu quarto.

- Sue, pode levar algo para eu comer no quarto? - O ambienta aqui é horrível e não quero jantar na sala. - Subi as escadas enquanto Jacob continuava a gritar.

- ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM, RENESMEE! VOCÊ É MINHA ESPOSA E ME DEVE RESPEITO.

- RESPEITO? QUE RESPEITO VOCÊ MERECE DEPOIS DE TUDO O QUE FEZ? É UM MISERÁVEL OPORTUNISTA, QUE SÓ SE CASOU COMIGO POR DINHEIRO, ESTÁ ME ROUBANDO E AINDA TEM UMA AMANTE. PRETENDE MESMO DISCUTIR ISSO COMIGO? VÁ PARA O INFERNO! - Dei as costas e subi chorando. Corri para o quarto e tranquei a porta antes que entrasse.

Fui para o meu banheiro, tirei as roupas, entrei no boxe e mais uma vez esfreguei o meu corpo com violência. Estava com nojo de mim mesma e quanto mais esfregava, mais suja me sentia. As lagrimas não cessavam e a dor era tanta que roubava-me o ar.

---xx---

Os dias que se passaram foram horríveis. Eu não falava com Jacob, evitava os telefonemas de minha família e evitava Seth. Além disso, as brigas entre Rebecca e eu ficavam piores. Ela se sentia a dona da casa e tentava dar ordens para os empregados, mudar as coisas e escolher até o cardápio... Eu já estava cheia daquilo e tivemos a nossa primeira briga séria duas semanas depois daquela noite. Saímos no tapa e rolamos no chão da casa. Fiquei toda vermelha de apanhar, mas ela ficou com o rosto unhado e bem ferido... Bem feito!

Todos os dias Jacob chegava em casa e ela se queixava. E eu, fazendo-me de sonsa, fingia que não ouvia as coisas.

Em uma das brigas, estava muito furiosa por ela me chamar de chifruda e nos pegamos feio na casa, fomos parar na piscina e quando Rachael foi separar, rolamos as três para a piscina.

A vida se tornou um inferno e não tinha com quem conversar. Seth estava cada vez mais distante. Às vezes eu percebia um sorriso maroto no seu rosto. Sentia raiva e ciúmes, às vezes medo de que Jacob soubesse a verdade e matasse Seth. Tinha vontade de sumir daquela casa e não ser mais encontrada por ninguém.

Dois meses de inferno! Não tinha mais qualquer relação com Jacob, não conversava com Seth e me pegava todos os dias com Rebecca. O que poderia ser pior do que isso? Achei que nada poderia. Realmente achei, mas ai veio o pior.

- Sua vadia, toma! - Dei um tapa na cara de Rebecca. Ela estava judiando de Bob e peguei bem na hora. Sai do meu Studio por alguns momentos e quando voltei e peguei enfiando alfinete no pobre. Que vontade de estrangular aquela vaga.

- Sua chifruda!- Ela me deu outro tapa e me jogou para trás. Pegou os meus cabelos e eu revidei pegando os delas. Nós duas formos agarradas ao cabelo uma da outra até o quintal. Jacob, que estava em casa naquele inicio de tarde veio correndo, seguido de Sue, e os dois começaram a puxar para nos separar.

- SOLTA ELA, REBECCA! SOLTA!!

- VADIA CHIFRUDA!

- VACA, PREGUIÇOSA!

- ORDINÁRIA!

- HORROROSA!

- PAREM AS DUAS! - Cai para trás em cima de Jacob. O ar me faltou e tudo começou a sumir.

---xx ---

- Ness! Ness! Ness, por favor acorda. - Era a voz rouca de Jacob.

- Coloque isso para ela cheirar. - Ordenou Sue. Tentei abrir os olhos, senti a minha respiração ainda fraca, as pálpebras piscavam rapidamente, minha cabeça girava e em meu estômago havia uma estranha sensação de desconforto.

- O que... - Sussurrei.

- Você desmaiou, amor.  - Ele beijou o meu rosto e fez carinhos sobre a minha bochecha. - Não me dê mais susto, não. - Pegou-me no colo e me levou para dentro da casa. Minha cabeça continuava a rodar e me sentia fraca.

- Meu cachorro... Meu cachorro...

- Sue vai cuidar dele. Com Rebecca eu me entendo depois. Ela vai pagar por maltratar o bichinho. Já estou farto disso. - Caminhou comigo nos braços até o nosso quarto. Era a primeira vez que ficamos juntos durante aqueles dois meses. Eu vi os seus olhos negros me olhando com saudade e muita preocupação. Fiquei completamente derretida e deixei que me colocasse sobre a cama.

Jacob me deixou só por alguns momentos, levantei-me da cama, fui para o banheiro ainda zonza, tirei as roupas e entrei no boxe. Comecei a tomar banho e de repente tudo sumiu novamente.

- Deus, o que você tem? Acorda, por favor! Será que ficou doente? SUE! SUE! SUE - Eu ouvia os gritos, mas não conseguia abrir os olhos.

- Ela deve estar fraca. Trarei uma sopa para ela beber;

- Só pode estar doente. Ela nem tem comido direito. - Percebi que Jacob estava a ponto de ter um colapso nervoso. - Ela só tem vivido muito estresse. Só isso!

- Vou chamar o médico para vir vê-la.

- Deixa ela comer primeiro e relaxar. Depois você a leva em um hospital. Tenho certeza que esse mal estar não é coisa ruim.

- Eu espero.... Amor, acorda! Por favor, acorda!

- O que... - Consegui abrir o olhos e vi os dois me olhando de forma estranha. Jacob me sentou na cama e depois me fez beber toda a sopa. Quando terminei, me deu pedaços de bolo na boca e ficou esperando para ver se eu iria melhorar.

Meia hora depois de comer, estava sentada na cadeira de frente para a Janela olhando a rua e ele veio por trás de mim.

- Marquei uma consulta no médico para você na segunda feira. Vamos descobrir o que você tem. Sue não vê motivos para desespero. Acho até que está me escondendo algo. Pelo sim, pelo não, prefiro que o médico te examine o mais rápido possível.

- Tudo bem. - Respondi baixinho.

- Posso ficar aqui com você? - Ele puxou uma das cadeiras da mesa que havia no quarto e se sentou ao meu lado. Pegou a minha mão e ficou fazendo caricias. Era tão bom sentir o seu toque novamente. Muitas vezes quis procurá-lo, mas ainda me sentia suja pelo que havia ocorrido com Seth. Tinha medo de falar o nome do outro na hora H e de tudo acabar em tragédia. Eu o evitei por muitas noites, trancando a porta do meu quarto para que não entrasse e me seduzisse. Nunca ficava sozinha com ele no mesmo ambiente e evitava intimidade. Mas naquele momento eu quis os seus braços.

Levantei de onde estava e sentei em seu colo. Coloquei a cabeça em seu ombro. Ele me abraçou e cheirou os meus cabeços.

- Senti tanto sua falta, meu amor. Não vai me colocar para fora? Vai? - Perguntou temeroso.

- Não! Pode ficar. - Respondi, fechei os olhos e respirei fundo para sentir aquele cheiro que tanto amava. Era tão bom me sentir bem novamente. Só que minha felicidade não durou muito. Meu estômago começou a embrulhar, uma sensação horrível começou a subir. Levantei rapidamente do seu colo, corri para o banheiro o mais rápido que a situação me permitia, ajoelhei diante do vaso sanitário e vomitei toda a sopa e a sobremesa. Vomitei o que tinha e o que não tinha. Pensei que fosse morrer com aquela sensação horrível.

Jacob se ajoelhou perto de mim, segurou os meus cabelos e ficou em silencio. Era constrangedor aquela situação diante dele. Quis me afogar na privada e quando pensei que era a pior parte... Quando eu digo que o que é ruim pode piorar, acredite em mim. Sei o que falo.

- Vou chamar um médico. Não dá para te ver assim. - Ele disse enquanto eu escovava os dentes e saiu. Minutos depois chegou ao banhei com Sue.

- Já disse que não precisa esse desespero todo. Ela não está doente. - Sue disse com a voz tranqüila.

- Então o que acontece? Ela não pode ficar assim passando mal. Eu não agüento isso. - Jacob andava de um lado para  outro. Estava a ponto de ter um treco.

- Ela só está grávida. - Sue disse sorrindo.

- Grávida?
- Gravida?

- Sim! Não sabem como isso acontece? Quando foi sua última regra? - Sue perguntou e comecei a fazer as contas. EPA? Não! Não pode ser. Meus olhos encheram de lágrimas e meu chão caiu. Fazia dois meses que não menstruava e dois meses que havia dormindo com Seth e com Jacob. O que fazer? Como saberia quem era o pai do bebê? Como esconderia a coisa de Jacob? Fiquei tonta e quase cai novamente.

- DEUS! UM FILHO? OH! EU VOU SER PAI?  - Jacob começou a andar de um lado para  outro chorando. Depois me pegou no colo e me girou no ar. - Você vai me dá um filho. - Como contar a ele que esse filho poderia ser de Seth? Quando eu digo que as coisas podem piorar, acredite em mim. Para mim cada dia as coisas ficam piores. A empresa passa por uma situação terrível, meu avô está a cada dia pior, meu pai, minha mãe e meus tios estão todos em Nova York. Minha casa é um inferno, minha cunhada uma bruxa, meu marido é um interesseiro e tem uma amante, e o meu melhor amigo pode ser o pai do meu filho. Seth estava aparentemente namorando e me evitava a todo o custo. Só sabia que estava envolvido demais e que a relação o fazia feliz. Quis me afogar na piscina naquele momento. Ser mãe para mim seria uma benção, mas como evitar que Seth contasse a verdade se o filho fosse dele? Como fazer para Jacob aceitar a situação? Como impedir que os dois se matassem? Eu não tinha a menor noção de como resolver a situação que envolvia a minha vida. A única certeza que tinha naquele momento, era que não podia permitir que Jacob matasse Seth e que me abandonasse. Eu mentiria a todo o custo para proteger o meu segredo. Só tinha que tomar cuidado com a cobra da minha cunhada.


Nota Glau:
Gente, primeiro de tudo não me matem. A minha vida não está nada fácil no trabalho. A empresa está em uma campanha nova e estou trabalhando como uma corna. Não tenho tempo para ver as minhas mensagens, só entro no nyah quando tenho tempo para comentar as fics, só uso o facebook e as vezes neném consigo ver o que se passar. Atualizar o blog é um inferno, pois o meu chefe esta chegando tão cedo quanto eu e não consigo atualizar sem que veja. Saio mais tarde e estou tão de saco cheio que nem consigo parar para ver mensagem nenhuma. Estou cheia de MPs e emails para responder, mas não da tempo. E para completar a situação critica, meu notebook continua parado e o meu marido so traz o dele para casa nos fins de semana. Por isso só tenho acesso a internet pelo celular.
A boa noticia é que em14 de fevereiro saio de férias. E já estou trabalhando na Guerra dos sexos. Fiz o rascunho do penúltimo cap, onde todos os mistérios são desvendados e a sinopse e o prólogo.
Antes de começar as demais fics, quero terminar a herdeira. Por isso vou escrevendo e enviando para a Heri e quando tudo estiver organizado eu posto. OK?

Bem, consegui autorização do Staff do Nyah para postar o concurso de Song fic. Será feita em duas etapas. O regulamento já está pronto, já convidei as juradas, mas a Heri não gostou da musica que escolhi: Copacabana de Tom Jobim. Vou analisar algumas musicas que ela me enviou e devo colocar o regulamento na pagina do meu perfil e no blog até amanhã a tarde

Prometo responder as MPs em breve! Não esqueci de vocês;

Obrigada por todos os comentários que deixaram e pelas recomendações.
Amo vcs!!!!

N/Heri:
 Eu não sei vocês,mas eu não culpo Ness nem o Seth pelo fato ocorrido. Apenas aconteceu, foi o acaso nada premeditado por nenhuma parte...(DEFESA) e o MARIDO... pediu,nesse caso. Mas eu amei o lance deles foi lindoO...(mas proibido).
Agora barraco, adorooOOO! A Glaucia faz perfeito, eita carioca.(sem ofença)     Eu acredito que tudo pode sempre piorar Ness...gente viu como ela ta encrencada?....e agora? Comentem..Glaucia vai fazer tudo virar apartir de agora...FOGOoooOOOO! E o bicho vai pegar.

4 comentários:

Pollyana disse...

GRAVIDA, quase enloqueci
coitada da Ness tanto problema pra resolver tadinha.
Glau muito obrigada pelo sacrificio
BJs

Anônimo disse...

odie esse capitulo siceramente nao quero mais o jake com a nessie ele nao merecer passa por corno e ainda assumir o filho de outro ja basta tudo que o pobrezinho passou na saga crepusculo
acho que a bella ja o machucou demais.eu amor o jake e nao gostei nada do que ela fez com ele por mais errado que ele tenha feito ele nunca mais traiu ela depois do casamento e ele sofria mais do que ela quando ele a machucava .chega basta pra mim essa fanfics e a pior historia dos dois que eu ja lie paro por aqui.

Anônimo disse...

não gostei e estou decepcionada com essa historia o meu jake não merecia isso que ela fez com ele e essa nessie não presta mesmo eo jake tem que dexa ela e fica com outra que realmente ame ele de vedade e ajude ele a munda não sai dado pra qualque um como ela fez
porque ai ela provou que não ama ele de verdade porque que ama não faz uma sujeira dessa com quem se ama .não quero mais o jake com ela se antes eu queria que os dois ficase juntos não quero mais ela não merecer ele .e pior que a safada nem camisinha usou .e mesmo que o filho seje dele não quero mais ele com ela. e essa historia acabou para mim.vou ler outra onde ela realmente ame ele de verdade

Anônimo disse...

fique triste com o que ela fez com ele mais ela se arrepedeu e ama ele de verdade eo amor dos dois e maior do que magoa ou desilusao eu tenho certeza que que esse bebezinho e do jake e vai ser tao lindo quanto o pai .eu sei que voce ama tanto o jake como eu e vai conduzi a historia da maneira mais linda possivel afinal e jakexnessie e saber quanto o amor deles e lindo.estou esperado o proximo capitulo um pouco triste mais esperaçosa.

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