quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Pena de Anjo por Valentinab1



Sinopse: - Você não tem direito ao amor físico, sequer deveria necessitar dele.

- Mas eu a amo perdidamente. Quero tê-la para mim.
- Precisará abrir mão da sua condição para poder experimentar este tipo de amor.
- Eu abro.
- Sabe que terão conseqüências. Está mudando o curso da vida dela.
- Eu sei...
- Não se importa?
- Pagarei qualquer preço para tê-la comigo por toda essa vida. Preocuparei com as conseqüências quando for a hora...
A hora chegou...

Um anjo com desejos humanos.
Um homem com responsabilidades de anjo.
A dor da culpa...
Uma linda história de amor!
“A toda ação corresponde uma reação de mesma intensidade, mesma direção e sentido contrário.”
(Terceira Lei de Newton)


Classificação: +18
Saga Crepúsculo
Gêneros: Drama
Avisos: Sexo
Autora: Maria Bethânia (Valentinab)

Notas da História:

Os personagens pertencem a Stephenie Meyer.
Nesta estória os personagens são humanos.
A estória será toda contada apenas pelo PDV de Edward Cullen.

CAPÍTULO 1



A biblioteca da Universidade de Chicago, mesmo com o ar condicionado ligado, parecia um forno. Não via a hora de sairmos de lá.



Eu e Sabrina, uma colega de sala, estávamos fazendo um trabalho sobre doenças tropicais. Cursávamos o terceiro ano de medicina.



Quando terminamos, achei por bem oferecer-lhe uma carona para casa. Já passavam das vinte e duas horas; seria perigoso deixá-la pegar um ônibus tão tarde.



Tudo o que eu queria era um banho frio. Se fosse acompanhado por Sabrina, melhor ainda. Nunca tínhamos ficado, mas o trabalho nos aproximou bastante.



Para meu azar, descobri que seu prédio ficava em um bairro meio barra pesada.



Eu tinha em mente a possibilidade de subir para tomarmos alguma coisa e, se possível, ver se rolava sexo. Ela tinha dado sinais de que também estava interessada.



Quando percebi o nível do lugar, decidi que o melhor era ir embora logo. O banho e o que quer que fosse rolar ficariam pra depois. Com um carro como o meu, um Aston Martin, eu me tornaria um chamariz para os bandidos.



Assim que a deixei, inventei um compromisso urgente e me despedi logo. Nenhuma transa no mundo compensaria o risco que correria ficando ali.



- Não quer subir, Edward? – Sabrina tinha um sorriso malicioso nos lábios que deixava óbvio suas intenções.



- Gostaria muito, Sabrina, mas tenho de encontrar meu pai no hospital. Ele está me esperando.



- Então fica para a próxima.



- Claro, será um prazer. – Agora quem esbanjava malícia era eu.



Na volta, como não conhecia bem a região, acabei me perdendo. Decidi, irritado, que minha próxima aquisição seria um GPS. Foi quando passei em frente daquela construção abandonada. O que me chamou a atenção foi o rapaz que saiu correndo lá de dentro, abotoando as calças. Ele passou na frente do meu carro e tive de frear bruscamente para não atropelar o infeliz. Quando o farol iluminou seu corpo, vi nitidamente que havia sangue em suas roupas.



Ele me olhou assustado e continuou correndo em direção a um beco logo à frente.



Acelerei o carro com o objetivo de sair dali o mais rápido possível. Já estava ficando com medo. A barra era mais pesada do que imaginei.



Tinha andando quase um quilômetro quando a idéia maluca de regressar começou a martelar em minha cabeça. Era como se alguma coisa, ou alguém, estivesse me mandando voltar lá e ver o que tinha acontecido naquele galpão.



Não tinha nada que justificasse minha volta àquele lugar perigoso, mas obedecendo uma força maior que minha razão, virei o carro e voltei.



Olhei para os lados e não vi ninguém. Não sabia se isso era bom ou ruim. Abri a porta e desci apreensivo. A iluminação era precária, vinda apenas de um poste do outro lado da rua. De fora dava pra ver que a luz de dentro estava acesa.



Resolvi entrar. A necessidade de estar naquele local era maior que o pavor que sentia. Não conseguia entender o que estava acontecendo comigo.



O lugar era sinistro. Minha impressão era de que ninguém ia lá há muito tempo. O cheiro de excremento de morcegos era horrível. O que alguém normal faria num lugar como aquele?... O que eu estava fazendo ali?



- Tem alguém aí? – O eco tornava a situação mais assustadora ainda.



Silêncio total.



- Ei, tem alguém aí? – Perguntei mais uma vez, dando mais alguns passos em direção ao seu interior.



Foi então que me deparei com a cena mais impactante e pavorosa de toda minha vida.



Estirado no chão imundo jazia o corpo nu e ensangüentado de uma garota. Minha primeira reação foi sair correndo, obedecendo ao instinto de auto preservação, mas me faltou força nas pernas. Elas tremiam intensamente; porém, como estudante de medicina, senti a obrigação ética de me aproximar e ver se poderia ajudá-la.



Assim que me abaixei, pude constatar que se tratava de uma menina de no máximo quinze anos. Com toda a certeza tinha sido estuprada. Suas pernas estavam abertas e dava para ver que seus órgãos genitais estavam cobertos de sangue e apresentavam lacerações. Tinha cortes profundos nos seios, pescoço e barriga. Certamente feitos com mordidas.



Levei meus dedos em sua jugular procurando pulsação, apesar de não acreditar que depois de tamanha barbaridade ela ainda estivesse viva. Minhas mãos suavam e sentia meu estômago revirar.



Por incrível que pareça ela apresentava sinis vitais.



Peguei meu celular, tentando me lembrar o telefone da polícia, mais no desespero que me encontrava, mal saberia dizer meu nome, quanto mais memorizar um número. Liguei então para meu pai, que também era médico, e afobadamente expliquei o que tinha acontecido, passando para ele o nome do bairro onde estava. Ele tentou me acalmar, pedindo que não me preocupasse, pois já estava tomando todas as providências.



- Edward, meu filho, saia deste lugar o mais rápido possível. Deixe que agora a polícia e os paramédicos cuidem de tudo. Depois iremos juntos à delegacia para que preste seu depoimento e veja no que poderá ajudá-los. Tenho medo que esse bandido volte.



Meu pai tinha razão, era o certo a fazer. Eu já tinha feito minha boa ação e agora tinha de cuidar da minha segurança... Mas como poderia deixar aquela garotinha ali, sozinha, machucada e violentada?



Pela segunda vez, em menos de uma hora, agi pelo coração e me sentei ao seu lado, segurando sua mão fria.



Quase gritei de susto quando ela apertou fortemente meus dedos e sussurrou a frase que fez meu rosto banhar-se em lágrimas.



- Por favor, acabe de me matar!



Ela ainda tinha os olhos fechados e o corpo inerte, mas suas palavras eram tão intensas que me chocaram.



Senti uma dor tão profunda em ver tamanho sofrimento, que comecei a chorar.



Como aquele cara pode ser tão cruel com uma menina tão frágil como aquela? Que prazer sentiu em fazer sexo com uma criança, e ainda com tamanha violência e sadismo?



Naquele momento senti vergonha de ser homem. Queria não ser tão covarde e ter coragem de atender seu pedido, ela merecia.



Apertei forte sua mão e pedi a Deus que acabasse com seu sofrimento e a levasse para junto dele... Até que me lembrei que eu sequer acreditava que ele existisse.

N/A: Obrigada, NathFaith, por esta capa linda que fez pra mim. Amei!!!!




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