domingo, 15 de maio de 2011

Pena de anjo18


CAPÍTULO 18
by ValentinaLB

... - Em nome de Deus, eu os declaro marido e mulher.
Nossos olhos se tornaram incapazes de ver qualquer coisa que não fosse o outro e naquele momento não havia medo, nem trauma, nem nada que nos impedisse de fazermos o que nossas almas exigiam. Atraídos por uma força mágica, nos abraçamos sem receios. Nossos corpos se uniram em perfeita precisão, embevecidos de alegria por terem enfim se reencontrado. Eu não duvidava mais de que Bella já tivesse sido minha. Eu reconheceria a sensação de plenitude daquele abraço mesmo que séculos e séculos houvesse se passado desde a última vez que a experimentei. O êxtase de tê-la junto a mim não era algo que pudesse ser esquecido.
Sem nos separarmos, nossas bocas se encontraram e, ao som de palmas, celebramos o nosso próprio ritual de casamento. Agora, mais que nunca, éramos marido e mulher.
Aos poucos o som ambiente foi invadindo meus ouvidos. Separei-me dos lábios de Bella e colei minha testa à dela, fitando seus olhos úmidos.
- Eu te amo, Isabella Cullen. – Sussurrei, dando a ela meu mais sincero sorriso.
- Também te amo, Edward. – Bella me respondeu baixinho, sorrindo pra mim de volta.
Sua boca tão perto da minha era uma tentação, mas já podia ver que estávamos rodeados de parentes esperando que nos separássemos para que pudessem nos cumprimentar. Nosso universo particular tinha sido violado.
Assim que nos separamos a saudade do calor de seu corpo se apoderou de mim no mesmo instante. Ia demorar até que pudéssemos voltar a ter um momento só nosso novamente.
Quando Bella se deu conta de que todos nos observavam, lembrou-se que era tímida e a cor vermelha de seus lábios se espalhou pelo sua face.
Minha mãe foi a primeira a me abraçar. Seu rosto estava banhado em lágrimas.
- Parabéns, filho! – Faltaram-lhe palavras para continuar, mas elas não eram necessárias. Seu amor por mim era visível. Nunca, em nenhum segundo sequer da minha vida, tinha duvidado de que era amado incondicionalmente por ela.
Sem conter a emoção, apertei-a em meus braços.
- Obrigado por tudo, mãe!!! Eu também te amo muito.
Alice estava eufórica e mal esperou Esme me soltar para pular em meu colo.
- Você é um abusado, mas eu te amo, meu irmão. Desejo que você e Bella sejam muitos felizes juntos. E pelo visto já estão sendo – falou, rindo maliciosamente. Com certeza se referindo ao episódio do piquenique.
- Também te amo muito, sua espoleta! Obrigado por esta festa perfeita que nos proporcionou. Você se superou.
- Foi de coração, vocês merecem!
Seu abraço em Bella foi igualmente afetuoso e intenso, como tudo o que Alice fazia. Ela disse algo no seu ouvido que a deixou completamente encabulada. Era melhor eu nem perguntar do que se tratava, mas fazia idéia.
Nesse clima emotivo, eu e Bella fomos felicitados por toda nossa família, que nos desejaram muitas felicidades e sucesso em nossa união.
O anjo se aproximou de mim e colocou a mão sobre minha cabeça.
- Você fez a escolha certa, Edward.
Em seguida se despediu de todos e foi embora. Eu gostaria muito de vê-lo novamente.
Passamos em todas as mesas para cumprimentarmos os convidados. A surpresa por nosso casamento repentino era geral, mas todos eram unânimes em dizer que o amor que sentíamos um pelo outro estava evidente na forma como olhávamos um para o outro. Elogiaram muito a cerimônia e as palavras lindas do Padre.
A toda hora éramos chamados a dar atenção a alguém e cada vez ficava mais difícil ficarmos juntos. Eu a acompanhava com o olhar, vendo-a sorrir para os convidados, e ficava extasiado ao me lembrar que aquela mulher linda era agora minha esposa.
Depois de muitos discursos, abraços, comidas e bebidas, finalmente chegou a hora de irmos. O avião que nos levaria à Wallace sairia em uma hora. Nossas malas já estavam no carro e Bella havia entrado para o quarto com Alice para se trocar.
Pouco tempo depois ela reapareceu linda, vestindo um vestido de tirar o fôlego. Ela estava tremendamente sexy.
Fizemos um rápido discurso de despedida, agradecendo a presença de todos.
Quando entrei finalmente no carro, parecia que tinha lutado em uma batalha, tamanho o cansaço que sentia.
Confesso que achei aquela limusine que nos levaria ao aeroporto muita ostentação para meu gosto, mas quando o motorista levantou o vidro a nossa frente, deixando-nos na mais completa privacidade, agradeci mentalmente os surtos megalomaníacos da minha irmã.
Acariciei o rosto de Bella e beijei-a com paixão.
- Cansada? – Perguntei, afagando seus cabelos.
- Um pouco, mas valeu cada segundo que eu vivi hoje, Edward. Nosso casamento foi tão lindo! Foi a noite mais perfeita de toda a minha vida.
- A noite ainda não acabou, Bella – falei, cheio de malícia, ciente que ela entendia o que eu estava insinuando.
Não havia luz o bastante para ver o rubor em sua face, mas a mordida que deu em seus lábios era suficiente para saber que eu a tinha deixado sem graça.
Antes que Bella começasse a se desculpar por não estar pronta ainda, puxei-a para mim e colei meus lábios nos seus, deixando minha língua invadir sua boca na busca incessante de satisfazer o desejo que eu sentia por ela. Só a necessidade de respirar me fez cessar o beijo.
- Não se preocupe, Bella, não te forçarei a nada. Nossa noite terminará tão linda quanto começou.
O carro parou e tivemos de descer.
Ao entrarmos no avião, Bella ficou encantada com o requinte de seu interior. Era uma aeronave projetada para viagens de executivos e era extremamente confortável. Fiz questão que fosse, pois a viagem seria longa. Atravessaríamos praticamente o país de ponta à ponta para chegarmos ao estado de Idaho.
Bella dormiu durante todo o vôo. Os remédios a deixavam com muito sono e achei melhor deixá-la descansar.
O carro que aluguei já estava no pequeno aeroporto de Wallace.
Chegar ao hotel foi fácil. Já era tarde da noite e o único automóvel nas ruas era o nosso. Aliás, as únicas pessoas acordadas pareciam ser nós também. A cidade realmente era pitoresca.
Enquanto fazíamos o check-in, nossas malas foram levadas para os quartos.
- A reserva está no nome de quem? – Perguntou o gerente sonolento.
- Sr. e Srª Cullen. – respondi.
- Ah, sim! Está aqui. – Ele nos olhou confuso.
- Tem mais alguém com vocês?
- Não. – Respondi, já sabendo o motivo da pergunta.
- É que deve ter havido uma confusão e foram reservados dois quartos conjugados.
- Não foi confusão, apenas queríamos dois banheiros – falei sorrindo.
Ele me olhou com incredulidade e não fez mais nenhum comentário. Devia estar acostumado com as excentricidade dos hóspedes.
Bella me encarou aliviada.
Quando chegamos aos quartos, fiquei sem saber o que fazer... E parece que Bella também.
- Entre pelo meu, suas malas devem estar aqui – falei.
Bella me acompanhou e deixei que entrasse primeiro.
O quarto era limpo e decorado bem ao estilo interiorano. Tinha lá seu charme.
Uma cama de casal coberta com uma colcha de patchwork atraía meu olhar sem que eu conseguisse contê-lo.
Abri a porta que dava para o apartamento de Bella.
- Esse é o seu – falei, sentindo uma dor pressionar meu peito. Eu não queria que paredes nos separasse naquela noite.
Bella estava visivelmente nervosa e envergonhada. Ela sabia que aquela não era uma situação comum em uma noite de núpcias e se sentia culpada. Era fácil ler isso em seus olhos.
Peguei suas malas e coloquei sobre a bancada.
Aproximei-me dela e tomei-a em meus braços. Era nosso segundo abraço. Apertei-a junto a meu corpo e procurei sua boca, sedento por um beijo.
Bella retribuiu o beijo com avidez. Foi como uma explosão de sentimentos e sensações.
Com os lábios em sua orelha, fazendo-a arrepiar-se toda, desabafei:
- Por favor, Bella, durma comigo hoje! – Implorei, sabendo que não era certo o que estava fazendo. Eu tinha prometido deixá-la à vontade, mas separar-me dela nesta noite era inimaginável.
Antes que ela desmaiasse, pois dava pra ouvir e sentir seu coração se acelerando freneticamente, continuei.
- Não vou te tocar se não quiser, queria apenas não ter de me despedir de você hoje.
Bella ficou me olhando assustada. Ela tinha razão de estar assim, eu tinha sido extremamente inconveniente.
- Esqueça o que eu disse, Bella. Não tenho o direito de te pedir isso. – Desculpei-me.
- Está tudo bem, Edward, eu também não conseguiria ficar longe de você esta noite, e duvido que consiga algum dia. Só me deixe trocar de roupa e logo irei pra lá.
- Vou te esperar- falei, dando-lhe meu mais agradecido sorriso.
Fui para meu quarto e fiquei buscando uma razão para eu ser tão masoquista. Ter Bella na mesma cama que eu e não poder fazer amor com ela seria muito doloroso.
Fui para o banheiro, tomei um banho rápido e coloquei um pijama de calças e camiseta de mangas curtas. O aquecedor do quarto funcionava muito bem.
Depois de uns vinte minutos de espera, Bella entrou vestida com o roupão atoalhado do hotel, fechado até o pescoço.
- Edward, me empresta um pijama? – Pediu sem graça.
Nada naquela noite estava sendo normal, mas aquele pedido de Bella superou todas as minhas expectativas.
- Não precisa se fantasiar de homem para ma manter afastado, Bella. – Brinquei, sem saber se esta era mesmo sua intenção.
Ela não deu muita importância para minha piada.
- Ou minha mala foi trocada com a de uma atriz pornô ou eu vou matar sua irmã quando voltar.
Minha cabeça doeu só de imaginar a que ela se referia: Lingeries!!
- Não tem nada usável?
- Essa aqui é a mais comportada – Bella disse, abrindo rapidamente o roupão e me deixando ver de relance seu corpo escultural coberto por uma minúscula camisola de tecido preto transparente que mal cobria sua calcinha.
- Pelo amor de Deus, Bella, tampa isso!
Passei a mão no cabelo e roguei a todos os santos do céu que me dessem forças.
Pelo visto meu “amigo” lá embaixo continuava ateu, pois não deu a mínima importância para a ajuda divina, se animando na hora, da forma mais pagã possível.
Abri minha mala e lhe entreguei a camisa de um dos meus pijamas. Era de algodão, com botões na frente e de mangas longas. Ficaria enorme em Bella.
- Vai ficar grande – comentei.
- Obrigada, Edward. Já volto.
De onde eu tirei a idéia de que eu conseguiria me controlar? Eu era feito de carne e osso e corria sangue em minhas veias. Neste exato momento ele corria em uma direção bem específica... Eu estava perdido...
Bella voltou vestindo a camisa, que mais parecia um vestido nela. O pior é que ela continuava tão sexy quanto antes.
Encostei minhas costas na parede buscando apoio.
- Ficou parecendo um vestido – falou, achando graça.
- Você está linda! - E não era mentira.
Bella veio até mim, passou os braços em volta do meu pescoço e, nas pontas dos pés, beijou minha boca apaixonadamente.
Segurei sua cintura e a puxei para junto do meu corpo, sabendo que ela perceberia minha excitação.
Só quando já nos faltava o ar é que paramos de nos beijar. Neste ponto eu já estava prestes a explodir.
Com o rosto encostado em meu peito, ainda abraçados, Bella confidenciou.
- Eu estou tão feliz, Edward!
- Eu também, Bella. Ainda não acredito que estamos casados. – Falei, com o queixo apoiado sobre sua cabeça.
- Você está precisando de um banho frio – disse rindo. Eu sabia que ela perceberia minha ereção.
- Desculpe-me por isso, Bella, mas é impossível me controlar.
- Eu entendo, Edward. Não precisa ficar se desculpando por ser homem. Também, te agarrando assim não estou ajudando muito, né?
Bella me soltou e começou a se afastar.
Antes que fosse muito longe, puxei-a pelo braço girando-a e colei suas costas em meu peito, prendendo-a junto a mim pela cintura.
- Aonde pensa que vai, menina?
Coloquei meu rosto no vão do seu pescoço e comecei a beijar-lhe ali e na orelha.
Bella riu baixinho dos arrepios que eu lhe causava.
Comecei a mexer minhas mãos para acariciar-lhe a barriga e ela rapidamente colocou as suas sobre elas, num sinal claro de que era para eu parar. Seus dedos entrelaçaram levemente os meus. Aquilo me deu uma idéia.
- Bella - sussurrei em seu ouvido – pode usar minhas mãos como quiser, meu amor.
Queria que ela se sentisse no controle, sabendo que poderia parar no momento que desejasse.
Ela pareceu entender minha intenção, pois senti um leve aperto de seus dedos nos meus e lentamente suas mãos foram conduzindo as minhas sobre o tecido da camisa.
Bella acariciava a barriga dura e lisinha bem devagar e eu podia sentir a vibração de sua respiração ofegante.
Coloquei meus lábios atrás da sua orelha e fique beijando-a ali, deixando que ela ouvisse os gemidos que eu inutilmente tentava conter.
Sua cabeça pendeu levemente para o lado, se apoiando completamente em meu peito. Ela estava totalmente entregue àquele momento.
Eu não controlava os meus movimentos, mas sentia o prazer de acariciar Bella. Aquilo era a melhor coisa que já tinha feito em toda minha vida. Eu não tinha como saber onde minhas mãos estariam no segundo seguinte. Era prazerosamente enlouquecedor.
Bella colocou minhas mãos em sua cintura e as soltou.
- Não se mexa – murmurou, rouca de prazer.
Obedeci. Meu coração parou de bater quando vi que ela, nitidamente trêmula, desabotoava os botões da camisa que usava.
Assim que terminou, entrelaçou seus dedos nos meus novamente e voltou a conduzir minhas mãos, agora sem a proteção do tecido, possibilitando-me sentir o calor de sua pele macia em minhas palmas.
Gemi alto com aquele toque. Nada que eu já tinha feito se comparava àquilo.
Deixando transparecer um leve temor pelos próprios atos, Bella foi subindo minhas mãos rumo a seus seios e eu já duvidava que teria pernas para manter-me de pé. Soltei o peso do corpo na parede e respirei fundo em seu ouvido, fazendo-a se encolher toda.
Por cima de seus ombros, duvidando que ela soubesse que aquilo era possível, pude ver seu corpo perfeito que ela acabara de desnudar. Ela era linda!
Com movimentos em câmera lenta, totalmente guiados por Bella, meus dedos alcançaram seus seios delicados e firmes. Fechei meus olhos e mergulhei naquela sensação alucinante.
Bella movimentou minhas mãos fazendo-as passarem levemente sobre seus mamilos intumescidos pela excitação. Sem se controlar, sussurrou meu nome entre seus gemidos cheios de luxúria.
- Isso é tão bom, Edward!
- Você não imagina o que está me fazendo sentir, Bella. Você está me deixando louco – sussurrei, com os lábios encostados em seu ouvido, fazendo-a apertar mais ainda minhas mãos em seus peitos.
Bella soltou-me e se virou de frente para mim, se preocupando em manter-se coberta pela camisa, como se tivesse esquecido que há segundos atrás seus seios me pertenceram. Enlaçou meu pescoço e nos beijamos fervorosamente.
Colei seu corpo no meu e a suspendi para que não precisasse ficar na ponta dos pés. Esta nova posição fez nossos sexos se encostarem perigosamente e senti o corpo de Bella se contrair.
Ela me empurrou sutilmente, demonstrando que queria se afastar.
- Tudo bem, Bella? – Eu sabia que não estava.
- Tudo, Edward. Eu só preciso me sentar porque minhas pernas estão bambas – tentou disfarçar o medo que já se apoderara dela.
- As minhas também – confessei.
Ela se virou de costas para mim e começou a abotoar a camisa.
Tive vontade de rir ao ver sua preocupação em me esconder o corpo. Ela era encantadoramente tímida.
Deitei-me na cama e chamei-a para que se deitasse comigo.
Bella acomodou a cabeça no travesseiro, cobriu-nos com o edredom e se virou de lado, ficando de frente pra mim.
- Edward, me dê só mais um tempo e eu vou ser sua por inteiro. – Falou com a voz doce, afagando meu rosto e me presenteando com seu sorriso que eu tanto amava.
- Vai ser o dia mais feliz da minha vida, meu amor.
Fiquei passando a mão em seus cabelos até que dormisse. Um espaço enorme nos separava naquela cama, mas eu nunca me senti tão junto dela como naquele momento.

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