quinta-feira, 23 de junho de 2011

Crisalida26


CAPÍTULO 27 – SEM MEDO
by ValentinaLB

POV BELLA
ILUMINADOS
(Ivan Lins)
O amor tem feito coisas
Que até mesmo Deus duvida
Já curou desenganados
Já fechou tanta ferida
O amor junta os pedaços
Quando um coração se quebra
Mesmo que seja de aço
Mesmo que seja de pedra
Fica tão cicatrizado
Que ninguém diz que é colado
Foi assim que fez em mim
Foi assim que fez em nós
Esse amor iluminado

Foi um beijo longo e apaixonado.
Para alguns poderia soar como uma rendição; para mim era a vitória da minha opção pelo amor.
*"Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se! Você quer ser feliz para sempre? Perdoe!"
Eu tinha decidido ser feliz para sempre, e o prazer que a boca de Edward estava me proporcionando era a prova de que eu tinha feito a escolha certa.
Assim que nossos lábios se afastaram, ele me apertou em seus braços e suspirou profundamente.
- Volta para mim, Isabella. – Sussurrou em meu ouvido.
- Eu te amo, Edward... E estou aqui, não estou?
Ele começou a me girar, segurando embaixo dos meus braços. Nossos olhares se cruzavam, como se um ímã os atraísse e seu sorriso era enorme, assim como o meu.
Ele me beijou novamente.
- Eu também te amo, Isabella – falou cheio de paixão.
Estávamos juntos finalmente. As mágoas do passado não nos assombrariam mais. Ele provou que me amava e que estava arrependido. Acreditei na verdade de seus sentimentos e agora estávamos namorando outra vez, felizes e mais apaixonados do que antes.
- Vamos sair daqui? – Perguntou, parecendo preocupado com minha reação.
- Vamos. – Não queria ficar me agarrando com ele na frente de outras pessoas, correndo o risco de ser flagrada por minha mãe.
Edward mandou uma mensagem para o celular de Berta avisando que ele e eu estávamos indo embora. É óbvio que elas presumiriam que tínhamos feito as pazes.
Entrei em seu carro e antes de partirmos, Edward me puxou para si e me beijou ardentemente. Quando suas mãos chegaram perto dos meus seios, mesmo que por cima do vestido, ele parou.
- Tudo bem, Isabella? Se quiser que recomecemos devagar, eu entenderei.
Ri do seu novo estilo prudente e comedido.
- Não sabe a falta que senti de suas mãos, Edward! Meu corpo se acostumou com suas carícias. Não acho que seja algo que ele queira abrir mão.
Ele sorriu torto e me beijou novamente, sem me tocar.
- Vamos fazer isso direito, Isabella. Vou te levar em um lugar onde nunca fomos, mas não se preocupe, não te forçarei a nada, é apenas para ficarmos a sós.
Fiquei meio sem graça. Já imaginava que lugar era esse.
As letras em neon confirmaram minha suspeita. Era um motel.
Edward parou o carro e me encarou, procurando decifrar minha expressão. Abri a porta e saí, não havia resposta mais direta do que essa.
O quarto era lindo e decorado com muito bom gosto, desconsiderando o excesso de espelhos por todos os lados. Tremi em pensar o que eles refletiam. Era estranho estar em um motel.
Edward ligou uma música bem baixinho e me abraçou.
- Se não gostou podemos ir embora. – Ele parecia menos à vontade do que eu.
- Eu gostei, Edward. Nunca estive num lugar desses. Não imaginei que tivesse tantos espelhos e até... aparelho de musculação? – Quem em sã consciência malhava em um motel?
Edward começou a rir alto.
- Aquilo é uma cadeira erótica, Isabella – disse rindo, passando a mão na minha cabeça. - Um dia te mostro como funciona – falou, olhando para mim com uma expressão maliciosa.
Fiquei roxa de vergonha, tanto pela demonstração tola de ingenuidade, quanto pelo comentário indiscreto de Edward.
- Desculpe-me, Isabella, não quis te deixar sem graça.
- O que acha de comemorarmos nossa volta com champagne? – Mudou de assunto, pegando uma garrafa que estava em um balde de gelo, em cima da mesa.
- Tudo bem – falei ainda encabulada por meu comentário idiota. Um pouco de bebida me relaxaria um pouco. Se viesse com algumas gotas de veneno, melhor ainda.
Edward estourou a rolha da garrafa, provocando um enorme barulho. Encheu duas taças até quase transbordarem e me entregou uma.
- Ao nosso amor! Que ele seja maior a cada dia. – Brindou, elevando a taça.
- Ao nosso amor! Que ele seja mais forte a cada dia – disse, fazendo o cristal que estava em minha mão tilintar ao tocar o seu.
Deixei o líquido descer por minha garganta, sentindo suas bolhinhas fazerem cócegas em minha boca.
Edward tirou a taça de minha mão e colocou a minha e a sua sobre a mesa, me abraçando a seguir.
- Isabella, não quero que pense que te trouxe aqui porque continuo pensando só em sexo. Não vou negar que sinto um desejo louco por você, mas aprendi nesses dias em que ficamos separados que é a sua presença que me interessa. Só queria que ficássemos a sós, para podermos ficar à vontade. Achei que meu apartamento não te traria boas recordações, foi por isso que tive a idéia de virmos aqui.
- Edward, estou feliz de estarmos aqui. Também queria ficar a sós com você, não fique preocupado com o que estou pensando, relaxa.
Segurei sua nuca e o beijei, puxando-o para que deitasse na cama comigo. Edward estava muito formal. Era melhor eu tomar as iniciativas ou íamos ficar no zero a zero. Depois de tudo o que aconteceu não estranharia se ele nunca mais me tocasse.
Alguns minutos se passaram e não tínhamos saído dos beijos. Não tinha certeza de onde queria chegar naquela noite, mas queria que fôssemos mais íntimos do que estávamos sendo.
- Edward, você está muito respeitador para o meu gosto – falei rindo, meio em graça.
Ele me olhou assustado, depois começou a sorrir maliciosamente.
- Isabella, Isabella... Não brinque comigo, menina – disse, segurando meu rosto entre suas mãos. – Se quer assim...
Comecei a rir, corada por ter tido coragem de dizer aquilo.
Edward me pegou de jeito e me beijou alucinadamente, me deixando sem fôlego. Suas mãos procuraram até acharem o zíper do meu vestido, que foi aberto antes que eu me desse conta. Em pouco tempo eu estava apenas de calcinha sentindo seus lábios em meus seios. Estava sobre mim, apertando seu corpo no meu. Desabotoei sua camisa e ele me ajudou a tirá-la. Respirei fundo, tomando coragem, e desafivelei seu cinto, abrindo o botão que fechava a calça. Mesmo tomando cuidado, era difícil não tocar no volume que se pronunciava em sua boxer, ainda mais com Edward se mexendo o tempo todo. Numa das vezes em que o toquei, ele me olhou cheio de malícia, me deixando completamente envergonhada.
- Desculpa – falei baixinho.
Ele sorriu torto, deixando transparecer que tinha gostado.
Com sua ajuda, a calça deslizou por suas pernas. Estávamos agora quase nus. Pele com pele, desejo com desejo.
Edward pareceu satisfeito com o ponto aonde chegamos e voltou a me beijar. Estava muito bom, pra dizer a verdade estava maravilhoso, mas percebi que não queria esperar mais. Ia ser hoje... ou melhor,agora!
- Acho que ainda temos roupas demais – falei, surpreendendo-me com minha coragem.
Estava realmente decidida a ir até o fim. Não queria perder mais tempo. Eu era uma mulher e Edward era um homem. Nós nos amávamos e nos desejávamos, motivos suficientes para deixar meus medos e neuras de lado.
Edward olhou para mim sem acreditar no que tinha ouvido.
- Foi o champagne que provocou isso? - Perguntou de brincadeira, surpreso com minha iniciativa.
- Não, foi você, Edward.  – Eu estava provocando-o e poderia me arrepender disso.
- Faz isso não, Isabella... Não sabe o quanto é difícil me controlar ao seu lado. – Ele falou de um jeitinho tão sofrido que me deu pena.
- Não quero que se controle, Edward, só quero que faça amor comigo, se não for pedir muito – brinquei.
Edward me olhou intensamente, cerrando levemente os olhos, numa atitude pensativa, depois sorriu.
- Vou fazer que essa noite seja perfeita para você, Isabella.
- Será, Edward.
Ainda sobre mim, ele apoiou-se nos cotovelos e foi me beijando desde o pescoço até a barriga, usando os braços para deslizar para baixo.
Seus lábios pararam na parte debaixo do meu umbigo, me causando arrepios tão intensos que me faziam gemer descontroladamente.
Edward se sentou sobre minhas pernas, sem colocar seu peso em mim. Segurou o elástico da minha calcinha e antes de puxá-la para baixo, me encarou. Seus olhos estavam repletos de desejo, mas também havia neles uma ternura relaxante.
Finalmente ele me despiu. Seus olhos passearam por meu corpo, parando mais demoradamente em meu sexo. Minha respiração estava tão alterada que não sabia como não tinha desmaiado ainda. As sensações eram um misto de vergonha e excitação, vontade e medo, desejo e amor.
Ele então retirou sua boxer, expondo seu membro ereto e úmido na ponta.
Esticou-se e com o braço alcançou uma camisinha que estava no criado ao lado da cama. Vestiu-a com facilidade, demonstrando enorme familiaridade com o objeto. Seus olhos não se afastaram dos meus em momento algum. Era como se ele estivesse esperando que a qualquer momento eu o pedisse para parar. Essa não era nem de longe minha intenção. Apesar da vergonha e do medo, eu queria muito ser dele por inteira.
Edward se deitou sobre mim novamente e chegou sua boca bem perto do meu ouvido.
- Não precisamos ir até o fim se não estiver preparada, Isabella.
Minha voz quase não saiu, tamanha a ansiedade em que me encontrava.
- Eu te quero muito, Edward, só me dê mais alguns minutos para me acalmar - falei ofegante
- Te dou o tempo que precisar, Isabella. Como já disse, só iremos até onde quiser.
Ele me beijou, soltando seu corpo sobre o meu, de modo que nossos sexos se tocassem. Não sei se por reflexo ou intencionalmente, flexionei minhas pernas, abrindo-as para que Edward se encaixasse entre elas, promovendo uma sensação enlouquecedora de prazer.
Seus beijos se intensificavam na mesma medida que nossos gemidos.
Sem querer, virei meu rosto pro lado e me deparei com nosso reflexo num dos vários espelhos que nos cercavam. Quase tive um infarto. A imagem de nossos corpos nus, entrelaçados sobre a cama me deixou maravilhada e apavorada ao mesmo tempo.
- Edward, pelo amor de Deus, apague esta luz – implorei.
- O que foi, Isabella? – Edward a princípio não entendeu meu desespero.
Ele olhou para o lado também e então riu.
- Acho melhor não olhar para cima...
Pai amado!! Não tinha visto que tinha um espelho no teto também. Fiquei mais vermelha que um pimentão.
Edward saiu de cima de mim, ficando de lado e estendeu os braços até chegar ao interruptor, apagando a maioria das luzes. O quarto ficou na penumbra.
- Prefere assim?
- hãm, hãm.
- Vai chegar o dia em que não só vai gostar desses espelhos como também vai se exibir para eles – falou rindo, se divertindo com minha timidez.
- Nunca.
- Veremos – falou rindo.
Agora estávamos de lado, um de frente pro outro.
Edward acariciou meu rosto com os dedos, depois os levou até meus seios, repetindo as carícias e por fim desceu-os até meu sexo, me fazendo contrair todos os músculos do corpo, incapaz de resistir a tanto prazer.
- Isabella, eu quero fazer uma coisa, mas não sei se vai gostar, ou mesmo deixar – falou com a voz rouca, olhando em meus olhos.
Gelei por dentro. O que seria?
- Quero que me peça para parar se eu fizer algo que a deixe constrangida ou que não queira fazer – pediu.
Balancei a cabeça afirmativamente.
Edward voltou a se deitar sobre mim e começou a me beijar lenta e apaixonadamente, descendo quase em câmera lenta por meu corpo, beijando-me a pele, provocando-me arrepios intensos.
A cada centímetro que descia pelo meu corpo, meu coração se acelerava, prevendo aonde aquilo chegaria. Uma parte de mim, impulsionada pela timidez, queria pedir-lhe que parasse, mas a outra, regida pela luxúria, e esta era a maior parte, ansiava pelo que viria... E veio.
Fechei meus olhos, mordi os lábios e soltei um gemido alto. Sua boca estava em meu sexo. Edward afastou minhas pernas, abrindo caminho para aquela carícia enlouquecedora.
Fiz o que se pode chamar de uma “viagem astral”. Seus lábios e língua eram gentis e ao mesmo tempo ávidos. Quando percebi estava gozando alucinadamente, numa intensidade jamais imaginada. 
Edward aguardou eu me acalmar e então mudou de posição, encaixando gentilmente seu membro em minha entrada.
Deitou-se sobre mim, cuidando para não forçar ainda a penetração e me deu um beijo tórrido, temperado com o meu próprio gosto.
- Tudo bem, Isabella? Quer que seja agora? – Perguntou todo carinhoso e cheio de cuidados.
- Acho que sim. – Senti meus músculos contraírem-se.
- Então tem de relaxar,meu amor, para não doer – pediu.
Balancei a cabeça, ciente de que era isto mesmo que teria de fazer, mas sem ter a mínima idéia de como relaxar numa situação daquelas.
Edward forçou seu sexo contra meu corpo, fazendo uma onda de dor irradiar do meu ventre.
- Ai!! – Gritei de dor. Não queria ter feito isso, mas foi instintivo.
- Desculpe, Isabella. – Edward estava apavorado. Parou o que estava fazendo.
- Dói muito, Edward... – Sussurrei, envergonhada por me comportar daquela forma infantil.
- Eu sei... Vem cá, menina,vamos tentar de outra forma. Não quero te machucar, Isabella. – Ele parecia decidido a fazer aquilo da melhor forma possível para mim.
Deitou-se do meu lado, colando minhas costas em seu peito, na posição de conchinha.
Posicionou-se para iniciar a penetração novamente, não forçando ainda. Seu braço segurou minha cintura, mantendo-me bem junto dele. Quando começou forçar a introdução, sua mão desceu para meu sexo, estimulando-me de uma forma enlouquecedora. Desta vez não doeu tanto. Ele foi colocando bem devagar, beijando minha orelha e me perguntando se estava tudo bem, sempre que forçava um pouco mais seu membro para dentro de mim. Durante todo o tempo foi falando o quanto me amava e o quanto eu era importante para ele.
Mesmo doendo um pouco, era uma sensação indescritível, única, mágica. Muito melhor do que imaginei.
Algum tempo depois me senti completamente preenchida. Quando Edward começou a se movimentar, num vai e vem eletrizante, achei que morreria de prazer.
- Isabella, me desculpe, mas não sei se vou aguen...
Nem ouvi o resto das palavras de Edward. Meu corpo explodiu em êxtase, me fazendo gritar seu nome em meio a gemidos alucinantes.
Percebi, nos poucos momentos de lucidez, que ele também gemia desesperadamente.
Só quando acalmei um pouco é que tomei consciência do que tinha acontecido. Tínhamos alcançado o clímax juntos, perfeitamente sincronizados.
Edward me aconchegou em seus braços, ainda dentro de mim. Seu coração pulava no peito.
- Não acredito que fizemos isso, parece que estou sonhando. – Sua voz estava rouca.
- Foi tão... tão... lindo, Edward! – Consegui finalmente falar.
Ficamos em silêncio, deixando nossa respiração voltar ao normal.
Eu estava muito feliz. Edward era o homem da minha vida e agora eu podia me considerar verdadeiramente a mulher da vida dele.

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