domingo, 20 de maio de 2012

Medo de amar14

Medo de Amar 14

O final desse cap está bem pesado. Se você não tem muito estômago, sugiro parar quando Edward chegar a mansão para sua iniciação.

Os planos eram executados exatamente como Jacob queria. Dias antes o seu administrador lhe informara que já havia conseguido uma quantidade razoável de promissórias para tirar tudo o que Lord Colchester tinha e ainda enviá-lo para a prisão dos devedores. Ele ordenou que seu empregado entrasse com uma ação na justiça, pedindo um pagamento imediato do montante do dinheiro. Sabia, no entanto, que o magistrado daria ainda um mês para o outro quitar a dívida.


Aquela manhã foi gloriosa para ele. O empregado lhe informou que o magistrado aceitou a queixa e que naquele mesmo dia o devedor seria notificado sobre a ação de cobrança. Aquele era só um pequeno passo em sua vingança, pois o advogado do falecido Marquês já estava preparando uma ação também. Logo ele seria formalmente acusado de roubo e teria que devolver uma soma considerável a sua pupila. Tudo perfeito. Agora só lhe faltava um último passo, para deixar seu inimigo à beira do precipício.

- Lord Colchester será notificado ainda hoje. Terá um mês para quitar a dívida, ou perde as poucas propriedades que tem e ainda vai para a prisão dos devedores. – Disse seu administrador.

- Ótimo! Estupenda essa notícia. Avise ao Sr Crispt que se ele aparecer por aqui o deixe esperando um bom tempo e depois me avise. Quero que fique ansioso. Certamente Colchester virá me implorar clemência. – Respondeu ao criado.

- Envie uma missiva ao visconde de Leicester solicitando uma audiência em minha casa. Ele sabe do que se trata o assunto. – Ordenou ao valete.

- Claro, Excelência! Despacharei imediatamente uma missiva convocando-o para uma reunião.

- Também quero saber como anda o processo que o tal advogado fará contra Colchester. Entre em contato com ele e descubra como está o caso. Quero que tudo ocorra ao mesmo tempo. O homem ficará louco com tantos processos e a humilhação publica. – Jacob observou o criado franzindo o cenho. Ele, provavelmente, não era a favor daquele ataque contra o marquês, mas apenas recebia as ordens e as executava com esmero. – Algum problema? – Ele inquiriu o homem.

- Não! Não Milord! Vossa Excelência apenas está defendendo a honra de sua adorável Lady. – Respondeu constrangido.

- Espero realmente que não haja. Agora está dispensado! Ficarei aguardando respostas.

Jacob continuou analisando alguns documentos, enquanto o homem partia e minutos depois seus amigos apareceram para saberem dos últimos mexericos. Ele passou uma semana fora e depois disso não compareceu aos eventos sociais. Estava com muitas coisas para pensar e resolver. Não tinha tempo para diversão. Apenas queria ficar só em sua mansão, apesar de todos estranharem sua ausência.

- Ora! Ora! Quem é vivo sempre aparece! – Disse Derick com ar zombeteiro. Ele e Alex entraram no escritório sem serem anunciados e Jacob odiava quando faziam isso. Mas não estavam com humor para discutir modos com os amigos.

- Estou cheio de coisas para resolver e não tenho tempo para bailes, sarais e reuniões enfadonhas, meus amigos. – Respondeu e depois bebeu um gole de run.

- O que andastes fazendo essas semanas, Excelência? – Alex inquiriu.

- Não que seja da conta de vocês... Passei uns dias com minha adorável Lady. E depois que voltei tinha muitas coisas para me preocupar. Estou ansioso demais para pensar em ir aos eventos sociais.

- Sua mãe já está desconfiada que andas com uma amante nova. A duquesa não dos deu paz esses últimos dias. – Reclamou Derick, enquanto se servia da bebida do duque.

-  Que os céus me salvem da curiosidade da minha mãe. Não falaram nada comprometedor para ela, falaram? – Ele questionou.

- Dissemos que viajou a negócios. Não foi isso que nos disse? Mas a velha raposa está desconfiada. Se fosse você tomaria mais cuidado. Não seria de se estranhar se ela colocasse um detetive vigiando sua sombra. – Disse Alex.

- Era só isso que me faltava. Pode deixar que tomarei cuidado com minha mãe. – Bebeu mais um pouco e ficou ouvindo os amigos.

Alex e Derick seriam duas mexeriqueiras se fossem mulheres, pensou Jacob. No pouco tempo que ficaram na casa, contaram a vida de toda a sociedade. Ele riu dos últimos escândalos e se divertiu com tudo o que falara. Contudo, propositalmente, não tocaram no nome de Colchester. E ele não queria demonstrar sua fraqueza, por saber mais daquele homem. Aguardou por informações e elas não vieram. Depois de expor os últimos acontecimentos da vida alheia, os dois quiseram saber sobre a sua vida intima com a jovem Bela Adormecida. Mas ele foi evasivo e não deu nenhuma dica de como andava o relacionamento.


Depois que os amigos foram embora, recebeu a visita da mãe. Ela estava louca de preocupação com ele. Não queria que nenhuma vigarista lhe roubasse o titulo de duquesa. Isso estava lhe tirando o sono  e a fez encher a paciência de Jacob com perguntas indiscretas, acusações infundadas e cobranças para encontrar uma noiva de bom partido. Ele ouviu as queixas com paciência e aguardou que fosse embora... Finalmente ela se cansou.

A tarde recebeu a notícia que esperava de Lord Leicester. A iniciação de Colchester seria em três dias. Ele só teria que esperar mais três dias para ver o seu inimigo sofrer por toda a dor que causou a sua preciosa. Mal podia esperar por aquilo.

[...]

Edward estava em seu escritório quando recebeu do seu mordomo uma missiva urgente, lacrada com o selo real. Aquilo era bem estranho. Sabia de poucos casos em que o Príncipe Regente colocava o seu selo em correspondência. Abriu rapidamente, curioso sobre o seu conteúdo, e começou a ler depressa.

Ele não acreditava no que lia. O duque de Telford, aquele miserável, entrou com uma reclamação no magistrado contra ele. Tinha inúmeras promissórias, que somavam quase quarenta mil libras. O magistério aceitou a acusação e como era um nobre, pediu ao príncipe George para aceitar a queixa com ele, afinal os nobres não eram julgados pela justiça comum. Agora Edward tinha um mês para pagar as promissórias ou perderia suas propriedades. Esse era o preço cobrado pelo duque.

- Maldito! Maldito!- Ele socou a mesa e gritou furioso. O mordomo, vendo o estado alterado, saiu e o deixou só. – Eu acabarei com esse maldito. Quando for membro da Sociedade dos Libertinos de Fogo de Londres serei amigo dos mais ricos e importantes dessa sociedade. Então Telford! – socou a mesa novamente. – Acabarei com você e sua arrogância.

Sua iniciação seria em três dias. Depois disso Edward sabia que faria parte de um grupo seleto. Quem sabe um deles não lhe emprestasse o dinheiro. Ele estava convicto de que conseguiria reverter à situação. Ainda tinha a esperança de encontrar Renesmee. Se conseguisse colocar as mãos nela, todo o dinheiro do falecido marquês seria somente seu. Mas antes precisava ir tratar com o duque. Tinha que barganhar um prazo maior para o pagamento. Infelizmente, naquela situação, precisava ser cordial com ele. Depois o faria pagar por aquilo... Depois.

Edward foi à Telford House na Mayfair e ficou aguardando um longo tempo. O mordomo o anunciou e pediu que esperasse, porque o duque estava despachando com seu criado particular. Aquilo era irritante e ele sabia que o fazia de propósito, mas preferiu se fingir de calmo.

Depois de uma eternidade esperando, o duque finalmente se dignou a atendê-lo e foi encaminhado ao seu gabinete. Na saída cruzou com a duquesa mãe, que saia com o ar desgostoso do local. Aquela era uma informação importante. Edward sabia que o duque e a duquesa não eram próximos. Muitos diziam que ela estava insatisfeita pelo estado civil do filho e tentava lhe arrumar uma esposa. Se a duquesa estava ali, era sinal de arrumou uma noiva ou o duque lhe chamou para informar o compromisso. Aquilo só podia significar uma coisa... Renesmee. O filho da mãe realmente estava com ela e ele pretendia tirar a estória a limpo.

Foi anunciado pelo mordomo e entrou no gabinete. Telford, como sempre, com a pose arrogante, observando alguns documentos. Nem se deu ao trabalho de olhá-lo. Apenas fez um sinal com a mão para que se sentasse. Irritante aquilo! Intolerável!


- A que devo a honra, Lord Colchester? – Telford perguntou com a voz seca e com tom de presunçoso.

- Vim falar com Vossa Excelência sobre uma missiva que recebi hoje. – Ele engoliu em seco e continuou. – Desde quando Vossa Excelência tem promissórias em meu nome? – Inquiriu.

- Desde o momento em que entrastes em  minha residência, com um magistrado, acusando-me de seqüestro. Eu disse que não deverias brincar comigo, Colchester. Sou um péssimo inimigo.

- Bem e como podemos resolver essa situação? – Ele continuou com a voz firme para o duque.

- Pagando, é claro! Se não me pagar em um mês, perderá as propriedades e será enviado para a prisão dos devedores. O Príncipe já assinou o meu protesto. Não há nada que possa fazer contra isso, meu caro.

- Isso tudo é por ela, não é? Está se vingando por causa daquela cortesã ordinária! – Acusou furioso.

- Não se atreva a falar de Lady Renesmee na minha frente ou a sua situação ficará ainda pior. – Ele percebeu que a expressão do duque mudou e havia ficado transtornado.

- Então é isso! Tudo se trata de uma mulher? Eu permito que se case com ela. Pode ficar com aquela perdida, em troca das promissórias. – Tentou negociar.

- Você não negocia o que não tem. Toda Londres sabe que sua pupila fugiu e que não tem ideia do seu paradeiro. Então não tente jogar esse jogo comigo, meu caro. Sua situação pode piorar. Vou lhe dizer o que quero. Quero o na ruína total. Você mexeu com a pessoa errada, Colchester. Agora está dispensado. Não tenho mais nada a tratar contigo. – O duque falou como se fosse um criado e voltou a observar os documentos. Aquilo era inaceitável. Edward estava furioso.

- Ainda ouvirás falar de mim, Excelência!- Ele ameaçou.

- Creio que sim, meu caro! Ouvirei sobre sua prisão. – Riu malicioso e Edward saiu bufando do escritório. Não esperava por aquilo. O homem era intragável. Nunca na vida viu uma criatura mais insuportável do que o duque de Telford. Precisava arrumar aliados para destruí-lo. A noite da iniciação seria um novo começo e o duque pagaria pelos seus atos.

[...]

Os três dias se passaram sem maiores problemas. Os cobradores já não batiam mais sua porta e Edward sabia o motivo. Apesar disso estava preocupado. Sabia que nenhum deles seria capaz de entrar com uma queixa judicial, como o duque fez. Agora tinha que arrumar uma forma de conseguir o dinheiro e sem Renesmee aquilo estava muito longe de acontecer.

Os detetives que contratou não mais faziam o serviço, visto que os pagamentos dos honorários estavam atrasados. Edward não sabia o que fazer e sua única esperança eram os aliados que faria aquela noite. Tentou se manter mais calmo possível diante daquela situação, mas aquilo era praticamente impossível. Estava insuportável e não suportava a presença dos empregados e da sua mãe lhe exigindo mais dinheiro.

A iniciação foi marcada para aquela madrugada na mansão de Lord Lambey, que ficava próximo a Londres. Segundo os boatos que ouvira, ele oferecia as orgias mais fantásticas de toda a Inglaterra e apenas os mais conceituados nobres eram convidados. Edward se sentia honrado por ter oferecido a mansão para a sua entrada na sociedade. Parecia um verdadeiro sonho se realizando. Tentou se infiltrar por anos e não conseguiu. A hora para isso era perfeita. Precisava se aproximar de alguns Lordies, que até então o desprezavam e apenas de davam ao trabalho de cumprimentá-lo em ocasiões sociais, como mandava a boa educação.

Ao chegar ao local, viu a enorme mansão iluminada, havia musica alta e sons de gargalhadas. Ele entregou o convite para o mordomo e foi conduzido para um salão enorme, a iluminação era fraca, havia um cheiro apimentado no ar, deixando o ambiente exótico e atraente. Havia várias esculturas de casais em cenas sensuais, uma tapeçaria cafona e que mostrava cenas de puro erotismo, Homens e mulheres estava praticamente nus, fazendo sexo em o menor pudor em todo o salão. Parecia algo normal e ninguém se demonstrava escandalizado com a situação.

Por um momento Edward se sentiu estranho naquele ambiente. Mas já era um homem e conhecia bem os prazeres da carne. Não se deixaria intimidar com toda a vulgaridade daquela situação.


- Lord Colchester! - Foi abordado por um homem mascarado. Ali Edward percebeu que as maiorias dos homens usavam máscaras. Também algumas mulheres. Ele sabia que a sociedade permitia a presença de mulheres, mas eram raríssimas as exceções e normalmente somente viúvas muito ricas e sem pudor algum. Ele reconheceu a voz do homem. Era o seu antigo colega de quarto, Leicester.

- Boa noite, Leicester! A festa está divina. Nunca vi algo como isto. - Ele disso ao homem.

- Sim! Fizemos uma comemoração especial. É sempre assim quando recebemos um novo membro. Mas antes tem que passar por sua iniciação. – Disse com sorriso irônico.

- E como será essa iniciação? – Edward perguntou cauteloso, sem deixar o outro perceber a sua ansiedade.

- Você terá que agüentar uma noite com uma dominatrix. Ela é a melhor que temos e muito talentosa em sua arte. Se conseguir sobreviver algumas horas com nossa convidada. Estará apto a entrar na sociedade. Terá que manter o pênis ereto o maior tempo possível. Se sobreviver a isso, estará oficialmente unido aos irmãos.  

- Só isso? Parece-me uma coisa bem simples. – Edward gargalhou com desdenho.

- Não se iluda, Colchester. Marriet é ótima no que faz. È uma cortesã francesa muito boa e dizem que o próprio Napoleão já foi rendido por ela. Não será nada fácil domar essa francesa. Mas cabe a você se quer continuar ou se desiste aqui mesmo. – Leicester disse em tom desafiador. Edward sentiu a humilhação ardendo em sua face. Aquele homem ousava a sugerir  que ele não seria capaz de passar uma noite com a dominatrix. Mas ele provaria justamente o contrário.

- Pois eu não tenho medo de desafios, principalmente quando se trata de mulheres. – Respondeu em tom ríspido.

- Ora! Ora! Pelo que vejo o pequeno Edd cresceu e, finalmente, virou um homem de verdade. Que diria, heim? Poderia jurar que não gostava de mulheres. – O outro alfinetou.

- Pois sou um homem e provarei o meu valor com essa mulher. – Desafiou.

- Então me acompanhe, meu amigo. Veremos se agüenta uma noite com Marriet. – Gargalhou.

Edward estava com o sangue fervendo. Queria dizer poucas e boas para aquele homem. Como ousava a falar da sua masculinidade? Como ousava a zombar dele depois de tudo o que ocorreu entre eles? Edward o odiava. Sempre odiou depois dos acontecimentos que os levaram ao rompimento da amizade. Mas aquela era uma oportunidade que não poderia desperdiçar. Depois acertaria as contas com ele. Naquele momento só precisava cumprir suas tarefas e entrar na sociedade... Uma coisa de cada vez.

O cheiro do ópio, sexo, fumaça exótica e bebidas estavam deixando Edward enjoado. Aquela gente realmente tinha gostos estranhos. Enquanto caminhava pelo salão, passando no meio da orgia que se seguia, seu estômago embrulhou com tantos cheiros misturados. Seguiu Leicester por um corredor enorme e vazio, pararam na porta de um aposento e o homem a abriu.

- Ainda quer continuar? – Leicester inquiriu.

- Não voltaria a trás por nada nesse mundo. – Respondeu mal humorado, com a nova insinuação de Leicester.

- Se por acaso não agüentar Marriet e resolver desistir, só recolher as roupas e sair. No final desse corredor tem  uma saída para os jardins. Sua carruagem foi deixada lá. Ninguém saberá do seu fracasso, apenas eu e o líder da sociedade.

-  Já disse que não desistirei! – Edward vociferou e  o homem assentiu. Saiu e o deixou ali sozinho, diante da porta que o separava da aceitação daquela sociedade. Ele respirou fundo e após contar até dez, e entrou.

O ambiente era mal iluminado, possuía apenas alguns castiçais espalhados pelos cantos do quarto. Havia uma enorme cama com correntes, chicotes, mordaças e alguns apetrechos que ele não conhecia. Em uma poltrona uma enorme mulher estava sentada. Ela usava uma máscara negra, os lábios eram carnudos e vermelhos como sangue, uma pele muito branca e com aparência delicada. A mulher se levantou e Edward viu o espartilho de couro negro, uma cinta liga que prendia a meia calça e uma sapatilha com um salto enorme.

- Bonne nuit, mon cher! Prêt à démarrer le jeu? – Ela perguntou em Francês se ele estava pronto para começar o jogo. Sua voz era sensual e fazia todos seus poros vibrarem.

- Você não fala inglês? – Ele perguntou. Sabia perfeitamente o idioma, mas preferia que ela falasse em seu idioma de origem.

- É claro, mon Cher! Se prefere assim... – Respondeu com um sotaque muito carregado.

- O que devo fazer? – Edward perguntou inseguro. Nunca esteve com uma dominatrix e não sabia como lidar com ela.

- Tire as roupas, Oui! – Ela ordenou. Ele começou a desabotoar os botões de sua roupa, enquanto ela brincava com o chicote. Um arrepio percorreu em sua espinha. Pelos olhares e gestos, a mulher parecia perigosa. Sua aparência era bela e apetitosa, mas Edward não se enganava com isso. O amigo já havia lhe alertado sobre ela. Pensou em desistir, mas aquilo seria humilhante e nunca mais seria respeitado na sociedade. Lentamente foi removendo peça a peça de seu vestuário, até ficar completamente nu.


A dominatrix se aproximou quando chegou perto percorreu as enormes unhas pelo seu torso. Ele ficou imaginando o que aquela criatura poderia fazer com aquelas unhas e se imaginou todo arranhado. A imagem em sua mente não era boa.

Dela se agachou diante dele e abocanho o seu sexo, chupando forte e mordendo. Edward logo se sentiu excitado  e começou a gostar da brincadeira.

- Mais... – Ele implorou.

- Oui milord! – Ela continuou a chupar o seu sexo, até levá-lo ao primeiro orgasmos. Edward caiu de joelhos e a dominatrix começou a chicoteá-lo. Ele se sentiu desconfortável com aquilo, mas tentou não demonstrar pavor com a situação.

- Venha aqui, milord!- Ela ordenou e quando Edward a olhou, estava deitada sobre a cama. Ele arrumou forças para levantar e caminhou até a cama. Viu quando pegou algumas correntes e começou a brincar com a língua.  – Gosta de ser amarrado, Oui? Jouons, oui?

- Em meu idioma, por favor! – Ele disse e ela assentiu.

- Oui milord! - Deu uma gargalhada melódica e começou a algemar Edward.

- O que está fazendo? – Ele perguntou

- Jogando, milord! Jogando! Seja um bom menino e me deixe algemá-lo. Garanto que irá adorar o nosso jogo.  – Edward assentiu, mesmo receoso. Ela o algemou de bruços e depois prendeu as algemas nas grades da cama. Naquela posição ele estava totalmente vulnerável.

- O que está fazendo? – Ele perguntou quando a viu pegando uma caixa ao lado da cama e a abrindo.

- Pegando alguns brinquedinhos... – A mulher tirou algo com formato cilíndrico, parecia feito do marfim e quando se aproximou viu que era a prótese de um pênis. – Um passarrinhho... Contou que gosta disso. – E riu debochada. – Vamos jogarrr.

- Não! Não gosto! Essa brincadeira está fugindo do controle. Não quero brincar desse jeito. – Sacudiu as mãos e tentou se soltar. – Solte-me, sua puta! – Ordenou.

- OH No! No!! – E foi se aproximando ainda mais dele.

- NÃO OUSE!!- Gritou, mas foi só tempo dela enviar a coisa com tudo em seu traseiro. – AHHHHHH! AHHHH! Sua vadia!! Pare! Eu ordeno que pare! – E a mulher tirou o objeto. Edward suava muito frio, a dor era dilacerante. Ele se lembrou da primeira vez e sentiu nojo. Estava muito enjoado. Queria ir embora. As lembranças de sua juventude, quando fora violado pela primeira vez era humilhante demais.

- Talvez algo mais real... – Edward virou um pouco a cabeça e viu o sorriso debochado. A mulher bateu palma três vezes e a porta se abriu. Um homem enorme, aparentando quase dois metros, com uma estrutura bruta, devia ter mais de sem quilos. Seu corpo era redondo demais, com uma enorme pança. As pernas deveriam ser quatro vezes maiores do que a sua. Edward sentiu pavor quando viu aquela figura gigantesca e com aparência desleixada.

- O quê... Não! Ordeno que me libertem! – Edward começou a se debater na cama, desesperado com o que via se aproximar. De perto o homem era ainda mais assustador do que imaginava. – QUERO SAIR DAQUI! QUERO IR! – Já senti as lágrimas no canto dos olhos. Não queria chorar! Não iria chorar! Não podia! Era um homem! Um marquês!

- Garantiram que milord gosta de sexo anal e bem bruto.  Estou aqui para participar do jogo. – A voz do homem era assustadora demais. Edward queria morrer naquele momento, ao ter que passar por aquilo. Não adiantaria gritar. Todos estavam participando de suas próprias orgias. Ninguém ouviria os gritos de socorro dele.

Tudo aconteceu muito rápido. Quando ele percebeu estava sendo invadido por aquele homem bruto. As lágrimas rolavam em seu rosto, a dor rasgava o seu anus e ele só queria que aquilo acabasse. Era humilhante e doloroso. O homem continuava investindo, enquanto a mulher arranhava-lhe as costas e dava risadinhas. Edward chorou! Naquele momento não foi possível não chorar. O pior é que a coisa não acabava. Quanto mais ele chorava, mais as investidas o machucavam. Até que algum tempo depois ele acabou e ele caiu exausto sobre a cama.

- Dispensado!- Ouviu a mulher dizer com o sotaque francês muito carregado. As passadas do homem eram bem claras. Ele sabia que estava partindo.

Passado um momento, a mulher libertou suas mãos das algemas e ficou de joelhos sobre a cama com o seu chicote, gargalhando da situação. Ele reuniu todas as forças que tinha e a empurrou longe, fazendo-a cair da cama. Levantou-se meio trôpego e tentou ficar de pé. A dor era dilacerante e percebeu um liquido escorrendo em suas penas. Pegou o lençol para se limpar e conforme fazia, percebia que era seu sangue misturado com o esperma do homem. Edward chorou mais uma vez e naquele momento se lembrou de Renesmee. Ele fez a mesma coisa com ela. Ele a violou de forma brutal porque estava com ódio, pela herança que não teria, por ter que aturá-la e se casar para ter o que achava seu por direito. Chorou ainda mais de remorso.

Ouviu o barulho da porta, que ficava ao lado de um enorme espelho. Nem tinha se dado conta de que ali havia aquela porta e um espelho. Homens mascarados começaram a entrar no local, rindo, aplaudindo e debochando dele. Edward sabia que estava perdido. Era a mais completa humilhação para um homem. Todos sabiam o seu segredo. Sabiam que já havia participado daquele tipo de joguinho. Ele quis morrer. Começou a recolher as suas roupas, depois de um instante petrificado observando a cena, e enquanto fazia isso ouviu uma gargalhada que reconheceria em qualquer lugar... Era do duque de Telford. Ele nunca se esqueceria daquela gargalhada.

Virou-se, segurando as roupas e os sapatos, e viu ao seu lado outras duas figuras aplaudindo. Todos estavam mascarados, mas Edward sabia que eram Brandt e Langlay. As lágrimas escorriam pelo seu rosto não eram mais pela humilhação e pela dor. Eram de ódio. Aqueles três pagariam muito caro por aquilo. Ficou claro para Edward que Telford sabia sobre Renesmee e a violência. Aquela vingança era típica de alguém cheia de ódio. Agora, mais do que nunca, estava disposto a caçá-la no fim do mundo e fazer com ela o que o seu duque lhe fez. Ela iria sofrer e depois disso ele jogaria os restos na porta dele. Edward, enquanto chorava e via os risos e aplausos, imaginou cada cena. Nada seria capaz de lhe deter agora... Estava completamente louco.


Medo de Amar13
Medo de Amar15

Amorecos, para compensar vc pelas três semanas sem cap sai um extra. Não pensem que a vingança já acabou. Vcs lembram do que fiz em A mentira? Pois é! Pois é! Pois é! Jacob não vai se contentar com isso. Além de pobre e humilhado, ele o deixará louco também! É só esperar e ver o que acontecerá. Já disse que não gosto de vilões morrendo. Acho que uma vingança não faz mal no final das estórias, né?

Bem espero que tenham gostado desse extra.

Bjs no core

10 comentários:

ϟ Faa Mariia Anntunes disse...

eeeeba,até que enfim esse viado sofreu um pouco UHAUHA

Katherine Black disse...

adoreiiiiiiii
a vingança foi demaissss... quero mais vingança...
o Colchester achava que conseguiria se vingar do Telford... kkkkk coitado..
maiss
bjss

Michelle Black's disse...

Nossa estou arrepiada...eu simplesmente adorei a vingança..e adorei muito mais saber que não acabou..huhul ele irá sofrer mais...e merecidamente..Mais me deu medo..Glau vc não vai fazer a mocinha sofrer mais não..peloamordedeus...eu não vou aguentar! Parabéns minha DIVA!! Amadinha kkkkk! Adorei!

Paty disse...

Adorei não poderia ser melhor a vingança de Jake , para ele ver como e ser violado , ter seu direito de dizer não roupado assim como a Nessie teve tds esses anos seus sonhos roupados sendo que ela era apenas uma criança indefesa ok

Deia disse...

Adorei a vingança, ele saio humilhado e todo mundo sabe, adorei mesmo, mas acho que deve vir mais, isso não paga o que ele fez com a Nessie.
Glau não faz nada com a Nessie não, n]ão qiero nesm pensar no que o Edward pode fazer com ele se chegar a colocar as mãos nela agora, mas uma coisa é certa se ele tentar algo ta ferrado, pq o Jacob não vai perdoar.
Adorei, esperando por mais.
Bjos

elaine disse...

A vingança e algo sublime aos olhos de alguem possuido pelo odio mas tambem nos deixa vazios sempre buscando deaculpas pelo que foi feito mas mesmo assim sente o gosto doce que ainda paira em sua boca ...
Amei o capitulo viva jacob...

elaine disse...

A vingança e algo sublime aos olhos de alguem possuido pelo odio mas tambem nos deixa vazios sempre buscando deaculpas pelo que foi feito mas mesmo assim sente o gosto doce que ainda paira em sua boca ...
Amei o capitulo viva jacob...

Daniela RC disse...

Glaucia minha diva esta vingança é poucaaa......tudo bem que ele sofreu bastante....MAS PELO AMOR DE DEUS......ESSE EDWARD PRECISA DE MAIS...MUITO MAIS....ACREDITO QUE O JAKE NAO FIQUE POR AQUI...TUDO O QUE ELE FEZ Á NESSIE TEM QUE IR DE VOLTA AO QUADRADO =D

ADOREI ADOREI ADOREI...... ESTA VINGANÇA ESTA CADA VEZ MELHOR HAHAHA =D

AMR VOLTO A PEDIR DESCULPAS PELO COMENTÁRIO PEQUENINO..MAS TAL COMO EXPLIQUEI NO COMENTÁRIO ANTERIOR EU ESTOU MESMO SEM TEMPO E EU PREFIRO DEIXAR UM PEQUENO DO QUE ESPERAR POR MAIS TEMPO...

VOÇE SABE O QUANTO AMO A SUA ESCRITA E A CADA NOVO CAPÍTULO É UMA DÁDIVA PARA MIM....O MEU DIA FICA BASTANTE MELHOR E ESTA SUA HISTÓRIA É SIMPLESMENTE LINDA E ESTE CAPITULO SÓ VEIO COMPROVAR O QUANTO VOÇE É BOA NO QUE FAZ =D

Ansiosa por mais....

Beijos grandes minha linda...

Daniela Cristóvão

hilsiane disse...

Omg eu amei a vingança do jake ,o edward mereceu cada dor e hulmilhação que passou mais ainda acho pouco pelo que ele fez a nessie ,eu quero que o meu jake destrua ele por completo ja que mesmo depois de tudo que ele passou ainda quer fazer a nessie sofre mais do que ele já fez .por favor n deixa ele machuca ela de novo n, já basta tudo que ele fez a ela.glaucia amei a vingança foi mara como vc disse quando vc é mau se supera.agora só tá faltado o proximo cap se bem hot , ja que a primeira vez do jake e da nessie n foi tão hot.eu nem acredito que desde domigo o cap ta postado e eu n sabia so soube agora e já lie e amei.ps;gostei da capa de para sempre.e glaucia parabéns pela fic tá mara.bj;anne

thalyta_1 disse...

Chocada! mas valeu a pena... o safado do Ed mereceu.
e vem mais por ai? \ooooooo/ super anciosa...

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